Nesta manhã, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral
da Presidência) concedeu uma entrevista ao “Jornal da Manhã”, da Jovem Pan.
Disse, na prática, esperar, ora vejam!, a compreensão do MTST, que promete uma
nova manifestação nesta sexta, e fez votos de que o ato não atrapalhe o
amistoso do Brasil. Repetiu isso ao longo do dia a outros veículos de
comunicação.
Carvalho expressou ainda a confiança de que a Polícia
Militar de São Paulo saberá manter a ordem e lembrou que o Exército também está
preparado para atuar como força de apoio. Tudo muito certo, tudo muito bem!
Está na Constituição. Antes que prossiga, devo lembrar que Carvalho esteve na
linha de frente do petismo na demonização da PM de São Paulo mais de uma vez.
Seu governo e seu partido batem à porta das Forças Armadas, embora tentem
enredá-las na revisão da Lei da Anistia. Mas isso tudo ainda é o de menos.
Carvalho também esteve entre aqueles que se opuseram à
votação de uma lei para punir atos de vandalismo, tenha ela o nome que for. E
isso também é pouco.
Foi quem convenceu a presidente Dilma a receber em São Paulo
o coxinha ultrarradical Guilherme Boulos, do MTST. Em Brasília, o MST feriu 30
policiais num protesto e foi recebido pela Soberana. No dia seguinte, Carvalho
compareceu a evento promovido pelo movimento e defendeu com energia seus
companheiros, que contavam com patrocínio da Caixa Econômica Federal.
No “Jornal da Manhã”, Carvalho defendeu o direito que têm as
pessoas de se organizar. Ora, claro que têm! Ninguém é contra isso. A questão é
saber se esse direito tem limites. E me parece que sim.
Como o governo foi leniente com grupos que, obviamente,
transgrediram a lei, agora tem de se haver com um sem-número de minorias
radicais, capazes de transformar num inferno a vida de amplas maiorias.
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