Por Carlos Alberto Brilhante Ustra*
Dois coronéis que combateram a luta armada foram
assassinados.
Não coleciono armas e não escondo documentos comprometedores
O primeiro foi o
coronel Júlio Miguel Molina Dias, que comandou o DOI/CODI/I Exército, RJ,
em 1981, assassinado na noite de 1º de novembro de 2012, em Porto Alegre,
quando chegava em sua residência, no bairro Chácara das Pedras.
Segundo a polícia, o
Cel, durante um sequestro relâmpago, foi morto porque reagiu quando 4
policiais militares o renderam e dispararam 15 tiros em sua direção.
O motivo do crime
seria o roubo de uma coleção de armas do
coronel.
Segundo a mídia os assaltantes assassinos, tiveram
oportunidade de sequestrá-lo antes de chegar em casa, pois o seguiram desde a
residência de uma filha, mas preferiram atacá-lo na porta de sua casa, fugindo
em seguida.
A polícia gaúcha,
investigando o crime, encontrou na casa de Molinas um documento do ano de 1971,
da Turma de Recebimento do DOI/CODI/I
Ex, comprovando que Rubens Paiva deu entrada naquele DOI. O Cel assumiu o
comando do DOI/CODI/IEx dez anos depois, em 1981.
Então, verifica-se que o Cel, como comandante, foi remexer
nos arquivos do DOI e encontrou esse papel lá guardado por uma década. O caso
Rubens Paiva não tem nada a ver com o seu comando, mesmo assim ele o achou
interessante, e deve ter pensado que era um documento altamente comprometedor.
O surrupiou e foi escondê-lo entre seus alfarrábios, em sua casa.
Trinta e três anos depois é assassinado, e a polícia
encontra o tal documento que, estranhamente, não é juntado aos autos do
inquérito, mas, entregue ao governador Tarso Genro que, com pompas e
circunstâncias, o entrega no Palácio Piratini ao Dr Cláudio Fonteles, então
membro da Comissão Nacional da Verdade.
Outros documentos comprometedores também teriam sido
encontrados na cada de Molinas.
As últimas notícias foram que os sequestradores assassinos
foram presos e julgados.
Depois, o silêncio total sobre a morte do Coronel Molinas.
Notícias apenas sobre os documentos entregues à Comissão da Verdade.
O segundo foi o coronel Paulo Malhães, morto no dia 17 de
abril.
Inicialmente, a mesma motivação foi levantada: roubo de
armas de um colecionador.
Logo a esquerda se alvoroçou e nos acusou de queima de
arquivo.
Porém, com presteza, dispensando o auxílio da PF, a polícia
desvendou o crime: o assalto foi coordenado, segundo o que lemos na mídia, pelo
seu caseiro e mais dois irmãos deste. O objetivo era apenas o roubo.
Segundo o atestado de óbito, a morte ocorreu por edema
pulmonar e infarto. Parece que o Cel
Malhães morreu devido ao estresse do assalto, pois era cardíaco.
Um mandado de busca e apreensão foi deferido dia
26/04/2014 pelo juiz federal Anderson
Santos da Silva, e teve por finalidade apreender, além de documentos, outras
provas que possam contribuir para a investigação de crimes cometidos durante a
“ditadura militar” por agentes do estado. Foram apreendidos computadores e
documentos.
Dezessete dias depois, o mesmo silêncio sobre a morte do
Cel.
Como o caso Molinas, o que vai interessar é o que possa ser
encontrado nos computadores roubados e nos encontrados depois, quando foram
apreendidos
Crime de assalto, sem assassinato, creio eu, tem pena bem
mais leve ! Pode até ter sido o caseiro, mas ...Mistério!...
Tenho uma sugestão a fazer aos companheiros. Seria
interessante que deixassem uma declaração com amigos semelhante a que faço abaixo:
“Eu, Carlos Alberto Brilhante Ustra, deixo muito claro que
não sou colecionador de armas e que não tenho, guardado em minha casa, qualquer
documento comprometedor a respeito da luta armada no Brasil, bem como qualquer
outro que possa interessar à Comissão Nacional da Verdade, ao Ministério
Público Federal ou à esquerda revanchista que hoje domina o Brasil.
Caso venham procurá-los, e digam que os encontraram, podem
ter certeza de que eles foram plantados para me incriminar.
Volto a afirmar: tudo o que eu sei está dito no meu livro 'A Verdade Sufocada – A história que a esquerda que o Brasil conheça',lançado em 2006 , atualmente na
9ª edição, com 609 páginas, e que pode ser adquirido em todo o Brasil, nos
endereços especificados no site 'A Verdade Sufocada'
Declaro, ainda, que sempre fui tratado com amizade,
respeito, deferência e solidariedade, não
só pelos companheiros que combateram a
luta armada, bem como pelos demais companheiros das Forças
Armadas.”
Por que não deixar aqui, também, a nossa teoria de
conspiração? Conjecturas por conjecturas: pode ser essa esquerda
raivosa, revanchista, que pretende por qualquer pretexto incriminar os
militares que tenha planejado e executado esses crimes!... Ou só eles podem
fazer conjecturas?
Para saber mais Clique nos links abaixo:
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*Carlos Alberto Brilhante Ustra – Cel Ref – Comandante do DOI/CODI/IIEx (SP) - no período de 29/09/1970 a 23/01/1974