quarta-feira, 7 de maio de 2014

O Brasil precisa voltar a acreditar nas instituições: sem esperança resta apenas o caos!

Fonte: Band
Não é de hoje que as nossas instituições gozam de pouca credibilidade. O tema é batido: a justiça é lenta e falha, os políticos são corruptos, a polícia abusa do poder. Dito isso, e parafraseando um famoso metalúrgico, nunca antes na história deste país se viu um clima de tanta desesperança com nossas instituições e nosso futuro. O metalúrgico tem boa parcela de culpa.

Não, o PT não inventou nada disso, e os problemas nacionais não começaram em 2003 com Lula. Mas os petistas são responsáveis, sim, pelo agravamento da situação. Ao colocar as expectativas de muitos lá em cima, após décadas monopolizando a bandeira da ética na política, e ao se mostrar simplesmente o mais cínico e corrupto de todos os partidos, o PT colaborou muito para o esgarçamento social completo. O editorial do GLOBO de hoje concorda:

Há uma séria questão nisso tudo que é a percepção popular — mesmo que não seja verbalizada por todos — da falência de instituições. A situação se agrava com o péssimo exemplo dado por partidos políticos, do PT ao PSDB, pelo envolvimento de correligionários em casos de corrupção. O mau exemplo do PT chega a ser mais daninho, por ter conquistado o poder com a aura de extrema seriedade e honestidade. Ao trair as promessas de defesa intransigente da ética, dá grande contribuição, infelizmente, ao descrédito da população diante dos poderes constituídos. Não há culpado único por todo este drama social.

Após o escândalo do mensalão, abriram-se as comportas do cinismo e passou a valer tudo para se perpetuar no poder. É verdade que os eleitores têm culpa também. Dizem que cada povo tem o governo que merece. Pode ser. E eu mesmo apontei várias vezes o dedo para as escolhas que estavam sendo feitas, desprezando-se totalmente as questões éticas. Quando Dilma foi eleita, mesmo após claro abuso da máquina estatal em uma “democracia suja”, escrevi no GLOBO:

O dia 2 de novembro foi escolhido como data oficial para a homenagem aos mortos. Gostaria de prestar aqui minha homenagem ao mais recente defunto brasileiro: a Ética. Seu falecimento gerou profunda tristeza em milhões de brasileiros. Não foi morte acidental, mas homicídio. Cinqüenta e cinco milhões de brasileiros executaram a Ética a queima-roupa, no dia 31 de outubro. As armas usadas: as urnas.

Em sua coluna desta terça, Arnaldo Jabor escreveu talvez seu melhor artigo dos últimos anos, ao fazer um diagnóstico dos motivos pelos quais o Brasil “está com ódio de si mesmo”. O país, por meio da maioria dos eleitores, acabou trilhando um caminho que nos trouxe até aqui, em meio a esse clima de anomia, de desesperança, de raiva, intolerância e ódio. Ele diz:

O Brasil está irreconhecível. Nunca pensei que a incompetência casada com o delírio ideológico promoveria este caos. Há uma mutação histórica em andamento. Não é uma fase transitória; nos últimos 12 anos, os donos do poder estão a criar um sinistro “espírito do tempo” que talvez seja irreversível. A velha “esquerda” sempre foi um sarapatel de populismo, getulismo tardio, leninismo de galinheiro e agora um desenvolvimentismo fora de época. A velha “direita”, o atraso feudal de nossos patrimonialistas, sempre loteou o Estado pelos interesses oligárquicos.

A chegada do PT ao governo reuniu em frente única os dois desvios : a aliança das oligarquias com o patrimonialismo do Estado petista. Foi o pior cenário para o retrocesso a que assistimos.

Invocando a profecia de Lévi-Strauss, Jabor alerta que podemos chegar a barbárie sem conhecer a civilização. Junto ao clima de ódio, há a mentalidade fatalista sendo alimentada, aquela que afirma a inevitabilidade de nossa desgraça. Recebo muitas mensagens de leitores com esse tom, alegando que só resta ir embora, e o último que sair que apague a luz. É a morte de qualquer esperança, a última que morre – e com boa razão: sem ela, o que resta? O niilismo, o caos!

O Brasil mergulhou com o PT na era do maniqueísmo também: tudo se resume ao “nós contra eles”. Toda crítica construtiva ao governo foi tratada como ataque de um inimigo da nação. A imprensa, que mostrava os escândalos, trazendo luz como detergente das impurezas, era tratada como “partido de oposição”, uma “mídia conservadora e golpista”.

O PT conseguiu o impensável: em véspera de Copa do Mundo, que será realizada no Brasil, nunca se viu um clima de tanta indiferença. Não há ruas pintadas, bandeiras penduradas, mascotes, nem mesmo febre de álbum de figurinhas, apesar de toda a campanha. Há a indiferença, ou mesmo a incerteza diante de várias ameaças de protestos e manifestações. O PT levou tão adiante o “pão & circo” que o tiro saiu pela culatra e o povo cansou. Jabor conclui:

E o pior é que, por trás da cultura do crime e da corrupção, consolida-se a cultura da mentira, do bolivarianismo, da preguiça incompetente e da irresponsabilidade pública.

O Brasil está sofrendo uma mutação gravíssima, e nossas cabeças também. É preciso tirar do poder esses caras que se julgam os “sujeitos da história”. Até que são mesmo, só que de uma história suja e calamitosa.

Não há como discordar. O Brasil precisa resgatar alguma esperança no futuro, acreditar que um país desenvolvido se constrói solidificando as instituições republicanas, e que isso depende de nós, pois nada em nossos genes nos impede disso. É preciso dizer não ao fatalismo derrotista. É preciso enfrentar a ameaça com coragem e derrotá-la.

Muitos, com razão, consideram as próximas eleições talvez a última chance de virar o jogo. Caso contrário, a Venezuela vem aí. Vamos aceitar isso passivamente? Ou vamos arregaçar as mangas e lutar para salvar nossa democracia?

Segue, para quem não viu ainda, a homenagem que fiz a todos aqueles que não desistiram e pretendem lutar pela liberdade:

MARCO AURÉLIO MELLO – Lei que censura jornalistas não vale mais do que a Constituição. Hora de a Abert recorrer ao Supremo com uma ADI!

Marco Aurélio Mello: Lei Eleitoral não é maior do que a Constiotuição
Marco Aurélio Mello: Lei Eleitoral não é maior do que a Constituição
Daqui a pouco, no dia 1º de julho, o jornalismo de rádio e de televisão será submetido à censura. Sim, à censura, por força do Artigo 45 da Lei Eleitoral, a 9504. Entrevista concedida ao programa “Os Pingos nos Is”, da Jovem Pan, pelo ministro Marco Aurélio, do Supremo, dá alguma esperança de se resgatar um valor essencial garantido pela democracia: a liberdade de expressão. Vamos ver. Não custa lembrar: ele exerce, no momento, a presidência do Tribunal Superior Eleitoral e será o regente, no tribunal, das disputas de 2014.

Vamos ver o que está escrito na lei. A transcrição segue em vermelho. Volto em seguida com Marco Aurélio.

Art. 45. A partir de 1º de julho do ano da eleição, é vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e noticiário:

I – transmitir, ainda que sob a forma de entrevista jornalística, imagens de realização de pesquisa ou qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja possível identificar o entrevistado ou em que haja manipulação de dados;

II – usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou produzir ou veicular programa com esse efeito;

III – veicular propaganda política ou difundir opinião favorável ou contrária a candidato, partido, coligação, a seus órgãos ou representantes;

IV – dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação;

V – veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou crítica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente, exceto programas jornalísticos ou debates políticos;

VI – divulgar nome de programa que se refira a candidato escolhido em convenção, ainda quando preexistente, inclusive se coincidente com o nome do candidato ou com a variação nominal por ele adotada. Sendo o nome do programa o mesmo que o do candidato, fica proibida a sua divulgação, sob pena de cancelamento do respectivo registro.
§ 1º A partir de 1º de agosto do ano da eleição, é vedado ainda às emissoras transmitir programa apresentado ou comentado por candidato escolhido em convenção.

§ 1º A partir do resultado da convenção, é vedado, ainda, às emissoras transmitir programa apresentado ou comentado por candidato escolhido em convenção. (Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006)
§ 2º Sem prejuízo do disposto no parágrafo único do art. 55, a inobservância do disposto neste artigo sujeita a emissora ao pagamento de multa no valor de vinte mil a cem mil UFIR, duplicada em caso de reincidência.
(…)

Voltei

Muito bem! Quem é que pode ser favorável a que se usem trucagem e montagem para depreciar candidatos? Ninguém! Seria um absurdo! Nesse caso, obviamente, a lei faz bem em ser restritiva.

Mas vejam lá o que está disposto no Inciso III. Um jornalista está impedido de emitir uma opinião, pouco importa o que pense o candidato. Se alguém propuser uma barbaridade qualquer, o jornalismo faz o quê? Deve se calar?

De resto, o que é uma “opinião contrária” e “uma opinião favorável”? A margem de subjetivismo é absurda. É o mesmo que votar uma lei que diga o seguinte: “Todos estão obrigados a ser bons, e é proibido ser mau”.

Se alguém propusesse, por exemplo, privatizar a Petrobras (ninguém fará isso, eu sei), eu tenderia a elogiar tal proposta. Então não posso dizer aos ouvintes, aos telespectadores, que essa proposta é boa? Se alguém propuser estatizar todos os bancos, estou proibido de dizer que se trata de uma coisa estúpida?

É claro que isso é censura! É claro que isso cerceia o livre debate de ideias.

Vamos ver o que disse o ministro Marco Aurélio:

OS PINGOS NOS IS – Ministro, a Lei Eleitoral criará, daqui a pouco, severas restrições para o trabalho do jornalismo em rádio e na TV. Uma simples análise poderá ser confundida com campanha. Não se trata de um resquício autoritário, que cerceia o livre debate de ideias?

MARCO AURÉLIO – Há realmente esse temor por parte da imprensa em geral. O que nós precisamos é ter presente a lei das leis, a Constituição Federal. E ela revela em bom português, em bom vernáculo, que a liberdade de informação, em um estado democrático de direito é a tônica. (…) Nós não podemos adotar uma ótica que inviabilize a atuação jornalística.

OS PINGOS NOS IS – Ministro, quer dizer que, se alguém decidir entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a Lei Eleitoral, com base na garantia da liberdade de expressão, que está na Constituição, poderia ter sucesso?

MARCO AURÉLIO – Olhe, no mínimo, será implementada aí a decisão conforme o texto constitucional. Nós não podemos colocar a Lei Eleitoral, que é a Lei 9.504, de 1997, acima do texto maior, ou seja, da Constituição Federal.

OS PINGOS NOS IS – Eu acho que a gente está dando junto um furo aqui, ministro, nacional!

MARCO AURÉLIO – Não, imagine! Eu estou revelando o convencimento que sempre exteriorizei no plenário. Aliás, eu sou um juiz previsível.

OS PINGOS NOS IS – Aliás, como devem ser os juízes nas democracias.

MARCO AURÉLIO – Sem dúvida, é a segurança.

OS PINGOS NOS IS – É a segurança jurídica.

Retomo

Eis aí. Quem sabe ler põe os pingos nos is e nem precisa que se corte o “t”. Sem entrar no mérito, parece que Marco Aurélio deixa claro que a Lei Eleitoral não tem o direito de interditar o debate. Cumpre agora que a Abert (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão) recorra a uma Ação Direita de Inconstitucionalidade contra parte ao menos do Artigo 45. Que fique claro: nos EUA, todo esse artigo seria considerado uma aberração porque a Primeira Emenda proíbe que se legisle sobre liberdade de expressão.

Mas nem é preciso querer tanto, embora fosse o ideal. Segundo a Constituição, entidades de classe de âmbito nacional, como é a Abert, têm poder de ajuizar uma ADI.

À luta, senhores! Que a Constituição se sobreponha a uma lei. Assim é nas democracias.

Ouça a entrevista.


Aécio avisa Dilma que vai acabar com "boquinhas" do PT.


Aécio NevesEm resposta a Dilma, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse nesta quarta-feira (8) que a presidente está "permanentemente preocupada" por ter permitido a volta da inflação no país. Pré-candidato do PSDB à Presidência, Aécio também afirmou que vai tomar duas medidas "impopulares" ao PT se assumir o governo, de olho no controle dos gastos públicos. A primeira delas é reduzir o número de ministérios. "Vou acabar com a boquinha de muita gente", disse.

Em conversa com jornalistas na noite de ontem, Dilma alfinetou Aécio sem citá-lo nominalmente ao afirmar que "tem gente dizendo que tem medidas impopulares, mas tem que ter cuidado para que medida impopular não se transforme em medida antipopular".


O tucano também prometeu acabar com "falcatruas e irresponsabilidades" em empresas brasileiras, especialmente a Petrobras. O que nós vamos fazer é corrigir os equívocos do atual governo. O que nós vamos fazer é acabar com a medida mais impopular tomada por esse governo que foi permitir que a inflação voltasse no Brasil", afirmou.(Folha Poder)

Dilma reúne mulheres jornalistas no Palácio da Alvorada e mostra que mentir é sua especialidade

(Divulgação - Presidência da República)
(Divulgação – Presidência da República)
Perna curta – Ultrapassa o limite do aceitável, com muita largueza, a desfaçatez da presidente Dilma Rousseff, que vem enfrentando um verdadeiro calvário nas pesquisas de intenção de voto. Candidata à reeleição, Dilma já sente os efeitos negativos do seu desgoverno e por isso começa a abusar do “non sense” em suas declarações. Na terça-feira (6), a presidente reuniu um grupo de mulheres jornalistas para um jantar no Palácio da Alvorada. Às profissionais da mídia a petista falou sobre vários temas, mas não abriu mão de tentar pautar a grande imprensa.

Questionada sobre a crise econômica, Dilma tentou sair pela tangente e voltou a repetir a mentirosa cantilena de que a inflação está sob controle. “O efeito da inflação não explica o mal-estar. Não está tudo bem, mas está sob controle. Uma coisa que explica é a taxa de crescimento de bens e de serviços. Melhorou a renda, eu quero mais. A população quer mais e melhores serviços. O estoque de bens é de agora, mas de serviços é do passado, quem me critica tem memória curta” disse a presidente.

Em suma, Dilma Rousseff tentou empurrar o enorme desarranjo econômico para os antecessores, como se ela própria tivesse feito algo de positivo para a população brasileira. À frente de um governo perdido e paralisado, a presidente consegue ser mais utópica que a utopia. E tenta emplacar a ideia de que a crise é reflexo do aumento da renda dos cidadãos e do não avanço do setor de bens e serviços. Só mesmo um irresponsável, com direito a reforçada camisa de força, é capaz de fazer tal declaração.

Sua possível derrota nas urnas, que já começa a aparecer em pesquisas reservadas, vem sendo considerada pelo mercado financeiro. A cada queda de Dilma nas pesquisas, o mercado financeiro reage positivamente. Até mesmo as ações da enrolada Petrobras sobrem de preço quando uma pesquisa de intenção de voto registra a ladeira abaixo que vem sendo trilhada pela petista.

As trapalhadas do desgoverno do PT são tantas, que Dilma mais uma vez desautorizou o ainda ministro da Fazenda Guido Mantega, que no último domingo (4), em entrevista ao jornal “O Globo”, afirmou que o governo aumentaria alguns impostos como forma de compensar o reajuste de 10% no valor do benefício do programa Bolsa Família. A presidente negou às suas convidadas que sobre a escrivaninha presidencial exista um plano para elevar impostos e garantir o cumprimento superávit fiscal de 2014. “Não vai ter aumento de imposto. Passamos três anos reduzindo impostos. Ele estava falando em tese”, afirmou. Em suma, os petistas continuam pecando por não combinar os discursos com antecedência.

Ainda falando sobre economia, Dilma rechaçou a ideia de que o País está prestes a explodir. Para a presidente, “o Brasil vai bombar” em 2015. Contudo, não é essa a previsão dos principais economistas do planeta, que apostam em recuo da economia verde-loura neste ano e no próximo.

Sobre o seu projeto político de conquistar novo mandato, Dilma descartou a possibilidade de derrota. “A única pessoa que te derrota é você mesma. Em qualquer circunstância, a derrota está aqui dentro (apontando o dedo para a própria cabeça) e eu não me deprimo. Não sou uma pessoa deprê”, disse.

Assim como qualquer ser humano, a presidente pode e deve ser otimista, mas virar as costas para a realidade é um ato de irresponsabilidade. Dilma sabe que a derrota vem se aproximando de seus domínios e que Lula é o seu maior adversário. Há muito o ex-presidente nega que será candidato, mas ele continua trabalhando nos bastidores para desestabilizar sua sucessora, pois sabe que uma vitória de Dilma nas urnas representaria uma enorme derrota para o grupo petista do ABC.

Caso assumisse seu desejo de retornar ao Palácio do Planalto, Lula estaria reconhecendo que errou, em 2010, ao indicar Dilma como candidata à Presidência da República e ter trabalhado por sua vitória. Agora, sem escapatória, Lula terá de trabalhar silenciosamente para, quem sabe, se candidatar em 2018.

Lobby do jogo oferece R$ 90 milhões ao PT para apoiar legalização de cassinos e bingos no Brasil

Por Jorge Serrão – Alerta Total
 
Parte da cúpula petista já aposta em reforço de caixa para os R$ 370 milhões que já tem para torrar na campanha reeleitoral de Dilma Rousseff. Em troca do lobby para a tão esperada legalização dos jogos de azar, com a implantação de cassinos em cidades estratégicas, o partido negocia uma “doação” de R$ 90 milhões. Metade do dinheiro viria dos interessados em operar apenas bingos em grandes cidades.

Curiosamente, os milhões “doados” viriam de um grupo argentino, que tem negócios no Uruguai e relações com empresários norte-americano da jogatina – oficialmente proibida no Brasil desde o final da década de 40, por lobby da Igreja Católica junto ao então governo do General Eurico Gaspar Dutra. O movimento pela legalização do jogo no Brasil avança e recua desde o primeiro mandato de Lula da Silva.

O consultor que estaria fazendo a ponte entre os agentes do jogo e o governo é Antônio Palocci Filho. O também consultor José Dirceu de Oliveira e Silva, que abriu as negociações, não pode atuar agora, por causa da hospedagem forçada na Penitenciária da Papuda. Mesmo problema de outro petista identificado como lobista da jogatina, José Genoíno, obrigado a suportar o mesmo drama de “reeducando” do companheiro Dirceu, por causa da condenação no Mensalão.

Agora, a intenção o jogo seja permitido, inicialmente, em localidades estratégicas: Angra dos Reis, Búzios e Petrópolis (RJ), Guarujá, Campos do Jordão e litoral Norte de São Paulo, além de Araxá (MG). Nos planos também entram cidades na região de Florianópolis, Curitiba, Manaus e no litoral da Bahia. A intenção é liberar os bingos, com restrições, apenas em grandes cidades. Provavelmente, só se tenha uma decisão no próximo governo. Por isso, outras candidaturas também devem receber “incentivos” dos lobistas do jogo.

Campanha dispendiosa

Já circula no mercado de lobbies quanto vão gastar as três principais candidaturas ao Palácio do Planalto em 2014.

O esquema pró-Dilma Rousseff já tem para torrar R$ 370 milhões.

O empresariado e o mercado financiero apostam alto em Aécio Neves com alguns milhões a mais: R$ 44 milhões.

Em terceiro nas pesquisas e na previsão de gastos de campanha vem Eduardo Campos, com previsão de investir R$ 270 milhões.

Foco prioritário

O PT só enxerga a estratégia da hegemonia, e não admite perder a reeleição de Dilma Rousseff.

Para garantir, vai apostar no crescimento da candidatura de Eduardo Campos, sabotando, ao máximo, a de Aécio Neves.

Se forem obrigados a encarar um segundo turno eleitoral – panorama que hoje se desenha como mais provável -, os petistas preferem encarar o neto de Miguel Arraes, que até outro dia foi aliado deles, em vez de enfrentar o neto de Tancredo Neves.

Medinho de retaliação

O comando petista avalia que não dá para negociar um pacto futuro de não agressão com Aécio Neves, nos mesmos moldes que Lula da Silva fechou com Fernando Henrique Cardoso, em 2002.

É grande o temor de retaliações, principalmente contra Lula, caso Aécio conquiste o Palácio do Planalto – desgraça que os petistas só projetam nos fechados bastidores de discussão de campanha.

Na pior hipótese, se Dilma for obrigada a perder, por pressões internacionais bem delineadas, Eduardo Campos seria uma alternativa para uma futura recomposição, sobretudo pela amizade pessoal dele com Lula.

Abundância

 

Roubo do cartão

O Parlamento Europeu, definiu os valores máximos que podem ser cobrados dos comerciantes, os serviços dos cartões de crédito e débito na zona do euro: 0,2% para cartões de débito e 0,3% para os de crédito.

No Brasil a taxa média é de 5% nas operações de crédito e de 2,5% nas operações de débito – o que faz com que o comerciante repasse tal custo absurdo para os preços finais dos produtos.

Como a taxa tupiniquim é cerca de 15 vezes maior que aquela cobrada na zona do euro, temos apenas mais uma das razões para que os lucros dos bancos aqui no Brasil sejam os maiores do mundo e sempre recordes.

Perigo do Shopping

Uma notícia péssima para a petralhada que anda lavando seu rico dinheirinho na construção de shopping centers.

Dos 36 empreendimentos inaugurados no ano passado, metade abriu com lojas fechadas por falta de locatários.

Entre os shoppings lançados entre setembro e dezembro de 2013, a taxa média de ocupação em 21 deles foi de apenas 21% - conforme dados da Associação Brasileira de Shopping Centers.

Bebendo os impostos

Há cerca de uma semana, o Governo Federal anunciou um novo aumento na tributação de bebidas frias, o segundo em menos de 30 dias.

Com a entrada em vigor da nova tributação e os correspondentes ajustes nos preços, a Ambev estima que poderá haver impacto negativo nas vendas, o que, fatalmente, provocará uma revisão nos planos de investimentos da empresa para 2014.

Ontem, a Ambev comemorou um crescimento de 6,8% nos volumes de venda e anunciou que seu EBITDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado no Brasil alcançou R$ 2,8 bilhões, o que representa um incremento orgânico de 15,1%.

Educação financeira

A Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) promove hoje, às 18 horas, em sua sede na Avenida Paulista, uma palestra gratuita sobre Educação Financeira.

O evento faz parte da Semana Nacional de Educação Financeira 2014, de 5 a 9 de maio.

Também será lançado o serviço de orientação S.O.S Educação Financeira - vide o site: http://www.abefin.org.br/

Violência no campo

O sindicato Rural de Carazinho, onde nasceu o falecido Leonel Brizola, condena publicamente o assassinato de produtores rurais ocorrido no dia 28 de abril, no município de Faxinalzinho:

“Trata-se de uma tragédia anunciada fruto de uma política indigenista desastrosa, baseada em premissas que não produzem outra coisa se não o conflito, a desgraça e a miséria para todos os envolvidos. Essa política não se baseia no apoio e integração das comunidades indígenas à sociedade brasileira, mas em uma lógica absurda de criação desenfreada de territórios isolados para, em tese, acomodar indígenas dispersos e buscar fazer com que estes voltem a seu estilo de vida de 600 anos atrás, nas mesmas condições que viviam à época, negando-lhes acesso aos avanços obtidos através do desenvolvimento e tornando-os assim cidadãos brasileiros. No nosso entender, esta política indigenista equivocada precisa ser revista imediatamente, a qual hoje se baseia na obtenção de terras produtivas e legítimas, particularmente de pequenos produtores, em flagrante desrespeito do direito constitucional à propriedade privada pelo cidadão do campo. Mais uma vez fica clara a urgência necessária ao Estado Brasileiro, não só neste momento de agravo garanta a segurança e a paz entre os brasileiros, bem como tome prioridade o estabelecimento de regras objetivas para o processo de atendimento das determinações constitucionais, conforme a vontade do legislador constituinte”.

O Sindicato Rural de Carazinho adverte que, “em um futuro próximo, você leitor poderá se encontrar na mesma situação, pois se uma área rural pode ser invadida, porque não uma área urbana?”.

Paulinho Bomba

 

Africanagem


Aécio Neves assina CPI do metrô e deixa o sen. Humberto Costa sem palavras


Senador Humberto Costa do PT, em uma clara tentativa de descredibilizar os parlamentares do PSDB alegando que estes, como faz seu partido, querem evitar uma CPI para investigar as licitações do metrô de São Paulo pede para que senadores da oposição assinem o requerimento.

Imediatamente é interrompido pelo senador Aécio Neves que diz que basta trazer o documento e ele terá prazer em assinar. E assina!

Não satisfeito, Humberto Costa diz ao senador para que não somente assine, mas que também peça aos outros membros do partido que assinem também.

Mais uma vez é interrompido, dessa vez pela senadora Gleisi, que pede a indicação aos nomes para a CPI da Petrobras e finalmente o senador Aloysio Nunes fala que apenas o presidente do Senado pedir os nomes para que seja feito.

E prossegue: Diante de uma forte suspeita de formação de cartel nas concessões para o metrô de Porto Alegre-RS (Do governador Tarso Genro do PT) e Belo Horizonte-MG pede que a CPI seja ampliada e que se investigue também essas licitações. Mas assina o requerimento assim mesmo!

Humberto Costa, com cara de desolação e sem ter mais como atacar os senadores tucanos muda radicalmente o discurso e começa a falar sobre..........futebol???

Não que a violência nos estádios não seja algo sério e que mereça atenção especial das autoridades, mas uma mudança tão repentina para um assunto completamente diferente deixa claro a postura de quem não tem mais o que falar.

O senador Álvaro Dias também assinou o requerimento.

Renan combina estratégia arrasa-CPI com Planalto; Eduardo Cunha diz não abrir mão de comissão mista e afirma haver “malfeitos” na Petrobras

Renan Calheiros: ele combinou ações anti-CPI
Renan Calheiros: ele combinou ações anti-CPI
Cunha, líder do PMDB: há malfeitos na Petrobras
Cunha, líder do PMDB: há malfeitos na Petrobras
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), joga em dobradinha com o governo para criar o maior número possÍvel de empecilhos à investigação das lambanças na Petrobras pelo Congresso. Renan combinou os passos com o Palácio do Planalto e está em descompasso com o líder de seu partido na Câmara, Eduardo Cunha (RJ).  O senador marcou para esta quarta à noite uma sessão conjunta do Congresso para dar início à instalação da CPI Mista. Mas também já recebeu as indicações governistas para a instalação da CPI exclusiva do Senado. Trata-se de uma verdadeira tropa de choque, que não vai querer apurar nada.

A oposição, que luta pela CPI mista, já que o governo tem menos controle da Câmara, retirou os nomes que havia indicado, e Renan ameaça fazer ele mesmo a indicação, o que é possível. Os petistas vão dizer que tem prevalência a CPI que for instalada primeiro, o que é bobagem porque nada impede que as duas funcionem, ainda que isso seja absurdo. O objetivo é retardar o máximo possível o início dos trabalhos de uma ou das duas CPIs, tentando arrastar a questão até junho, quando o Congresso entra em recesso antecipado por causa da Copa do Mundo.

Renan se estranhou com o líder do partido na Câmara porque o deputado estaria disposto a indicar nomes para a CPI mista que não rezam exatamente pela cartilha do Planalto.

Cunha concedeu nesta terça-feira uma entrevista ao programa “Os Pingos nos Is”, da Jovem Pan. Indagado sobre qual seria o papel do PMDB na CPI mista, afirmou: “Não vamos fazer o papel nem de beque governista, nem vamos ser ponta de lança oposicionista; nós vamos nos ater aos fatos, que são os fatos que têm que ser apurados”. E foi adiante: “Nós não vamos aceitar que não tenha a CPI mista; ela já está criada”. E emendou: “A gente acha que tem um malfeito, sim, na Petrobras; estes estão fartamente denunciados: há um ex-diretor da Petrobras preso; há uma série de denúncias na imprensa que precisarão ter respostas, e isso tem de ser apurado. A gente quer participar de uma resposta à sociedade sobre esses malfeitos que são denunciados”.

O governo sabe que não poderá impedir a CPI Mista e pretende usar a do Senado para encurralar a oposição. Um dos participantes da reunião que definiu a estratégia do governo,  que juntou Dilma, Renan e os ministros Ricardo Berzoini (Relações Institucionais) e Aloizio Mercadante (Casa Civil) resumiu ao Globo: “Vai ser olho por olho, dente por dente. A Petrobras tem turbina da Alstom e deu R$ 2 bilhões para que a empresa Copergas, do governo de Pernambuco, fizesse obras no entorno da Abreu e Lima. A conexão já existe”.

Vale dizer: o governo pretende transformar a CPI da Petrobras na tal CPI X-Tudo. A ordem é impedir que se investigue a Petrobras. Eles devem saber por que tanto o medo. Em parte ao menos, nós também sabemos.

Maioria do PP quer apoiar Aécio. Exceto Maluf, Negromonte, Pizzolatti e mais meia dúzia de envolvidos em corrupção que só envergonham o partido.

O presidenciável tucano Aécio Neves e a senadora e pré-candidata do PP ao governo do Rio Grande do Sul, Ana Amélia (Foto: Agência Senado)
O governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho (PP-MG), e a pré-candidata do PP ao governo do Rio Grande do Sul, senadora Ana Amélia, vão se reunir na próxima semana, em Brasília, com o presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira (PI), para defender o apoio formal à candidatura presidencial de Aécio Neves (PSDB).

Conforme o Painel publicou na terça-feira, o PP anuncia até o fim deste mês aliança com o PT pela reeleição da presidente Dilma Rousseff. Na mesma ocasião, a sigla deve divulgar resolução assinada por Nogueira liberando as seções estaduais a firmarem os acordos que bem entenderem, sem veto ao apoio local a outros presidenciáveis, inclusive.


Mas Coelho e Ana Amélia, que integram a ala do PP ligada a Aécio, vão usar o argumento de que Minas e Rio Grande do Sul têm as maiores representações na bancada do partido na Câmara, 5 e 6 deputados, respectivamente, para pressionar para que a decisão de alinhamento formal com Dilma seja revista. Os dois Estados também foram os que mais elegeram prefeitos do PP em 2012. (Painel da Folha de São Paulo)

Janot destaca em documento indícios de regalias na Papuda aos presos do Mensalão do PT


rodrigo_janot_01Sol quadrado – Procurador-geral da República, Rodrigo Janot enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) documento em que afirma que há claros indicativos de tratamento diferenciado aos presos condenados à prisão no processo do Mensalão do PT que cumprem pena no Complexo penitenciário da Papuda, em Brasília. Entre os beneficiários das regalias está o ex-ministro e deputado cassado José Dirceu, acusado de ser o chefe dos mensaleiros.

Entre os indicativos listados por Janot está o fato de os mensaleiros presos terem recebido, na Papuda, visitas fora do horário estabelecido pelo presídio. Isso só foi possível porque o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), passou a comandar a partir de seu gabinete as muitas regalias concedidas aos companheiros presos.

No documento encaminhado ao STF, o procurador-geral destacou depoimento de outros presos, que relataram que os presos condenados na Ação Penal 470 recebem alimentação diferenciada, principalmente no café da manhã. “Há indicativos bastante claros que demandariam uma atitude imediata das autoridades”, frisou Janot.

Em 6 de janeiro deste ano, com a costumeira exclusividade, o ucho.info noticiou que o Conselho Nacional de Justiça deveria fazer uma operação pente-fino no presídio da Papuda, uma vez que os mensaleiros presos estavam a gozar de regalias, como uso de telefone celular, acesso à internet e televisão de plasma instalada na cela, que por ordem de Agnelo Queiroz foi devidamente preparada para receber os bandoleiros do Mensalão do PT.


Com o documento enviado pelo procurador-geral da República ao STF, a análise do pedido de autorização trabalho externo formulado por José Dirceu continuará na fila, pois os presos que transgridem as regras dos estabelecimentos penais acabam prejudicados em seus pleitos. Ou seja, Dirceu terá de prosseguir em sua burlesca encenação como vítima do sistema penitenciário.

O PT e o Plano Real

Por Arthur Jorge Costa Pinto*

A partir da iniciativa do Congresso Nacional em fevereiro e no decorrer deste ano, estaremos comemorando os vinte anos do exitoso Plano Real, que teve como principal objetivo extirpar a hiperinflação presa a uma armadilha inercial (quando a origem da inflação passa a ser a própria inflação), que por alguns anos corroeu a economia brasileira.

Os contínuos Planos Econômicos Emergenciais (Cruzado, Cruzado II, Bresser, Verão, Brasil Novo ou “Plano Collor”, Collor II) que o precederam, foram basicamente heterodoxos, intercalados por períodos de ortodoxia, todos criados após o fim do Regime Militar e o início da redemocratização do País,  por iniciativa de sucessivos governos, o que envolveu um espaço temporal de aproximadamente dez anos.

Durante este período, o Brasil trocou sua moeda cinco vezes, chegando até a cortar três zeros, mas não alcançou o sucesso desejado por vários motivos, principalmente por não existir um ambiente internacional mais favorável. A profundidade do abismo conjuntural econômico agravou-se com os efeitos convulsivos da retroalimentação da inflação, deixando as classes trabalhadoras aterrorizadas com a perda do seu poder de compra.

A sensação que transpirava naquela época é que estávamos dentro de um laboratório de aventuras macroeconômicas, onde as equipes técnicas multidisciplinares faziam suas experiências mirabolantes, desde congelamento de preços até o confisco da poupança, baseando-se em argumentos monetaristas de que a inflação era originada unicamente pelo excedente de moeda na nossa economia, sendo as verdadeiras cobaias a desesperada sociedade brasileira.

O Brasil sofria, com sua economia totalmente enlouquecida após enfrentar uma inflação de 2.477,15% em 1993. Somente no decorrer do mês junho de 94 atingiu 46,58%; a partir daí, quando o Plano Real deslanchou, tivemos uma acentuada queda para 244,86% a.a., ao final do segundo semestre daquele exercício. Estávamos sendo vistos como uma Nação internacionalmente desacreditada, atrasada tecnologicamente, empobrecida e bloqueada para o mundo.

O Plano Real foi lançado em 27 de feveriero de 1994 e, mesmo com todos os problemas enfrentados, algumas medidas liberais foram adotadas. Diversos segmentos da nossa sociedade foram consultados e assim, o Cruzeiro Real foi sepultado, dando lugar ao vigoroso Real em 01 de julho de 1994, através de uma Medida Provisória.

Os fundamentos do plano não se limitavam somente à estabilização econômica, mas traziam com eles uma ampla abertura comercial e financeira, dentro de um programa de privatização de estatais, com um ajuste fiscal, prevendo uma forte redução das funções do Estado na sociedade e buscando também manter os níveis de produção e de emprego.

Lula e o PT, na época, combatiam frontalmente o plano, apontavam que se tratava de um “estelionato eleitoral”, concebido exclusivamente para eleger FHC à Presidência da República, adicionando outras expressões sarcásticas para definir melhor a iniciativa que transformou a nossa economia – “medida de efeito passageiro” e “golpe das elites”. Votaram contra a MP do Real em junho de 1995 e foram além - recorreram ao Supremo com uma ADI (Ação Direita de Inconstitucionalidade) contra o Plano. E, mais, retornaram ao tribunal para tentar derrubar a Lei de Responsabilidade Fiscal. O Real enfrentou também forte oposição do movimento sindical e até mesmo do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Lideranças petistas na época, após analisarem o novíssimo Plano Econômico,  pronunciaram-se iluminados por uma notável “visão de futuro”:

Lula – Ex-presidente do Brasil
 “Esse plano de estabilização não tem nenhuma novidade em relação aos anteriores. Suas medidas refletem as orientações do FMI. O fato é que os trabalhadores terão perdas salariais de no mínimo 30%. Ainda não há clima, hoje, para uma greve geral, mas, quando os trabalhadores perceberem que estão perdendo com o plano, aí sim haverá condições” (Publicado no jornal O Estado de S. Paulo em 15 de janeiro de 1994).

Guido Mantega – Ministro da Fazenda
 “Existem alternativas mais eficientes de combate à inflação. É fácil perceber por que essa estratégia neoliberal de controle da inflação, além de ser burra e ineficiente, é socialmente perversa” (Publicado na Folha de S. Paulo em 16 de agosto de 1994).

Aloizio Mercadante – Ministro-Chefe da Casa Civil
 “O Plano Real não vai superar a crise do país. O PT não aderiu ao plano por profundas discordâncias com a concepção neoliberal que o inspira” (Publicado no livro “O Milagre do Real”, de Neuto Fausto de Conto).

Gilberto Carvalho – Ministro-Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República
 “Não é possível que os brasileiros se deixem enganar por esse golpe viciado que as elites aplicam, na forma de um novo plano econômico” (Publicado no livro “O Milagre do Real”, de Neuto Fausto de Conto).

Marco Aurélio Garcia – Assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais
 “O Plano Real é como um relógio Rolex, destes que se compra no Paraguai e têm corda para um dia só. A corda poderá durar até o dia 3 de outubro, data do primeiro turno das eleições, ou talvez, se houver segundo turno, até novembro” (Publicado no jornal O Estado de S. Paulo em 07 de julho de 1994).

Vicentinho - Líder do PT na Câmara dos Deputados
 “O Plano Real só traz mais arrocho salarial e desemprego” (Publicado no livro “O Milagre do Real”, de Neuto Fausto de Conto).

Maria da Conceição Tavares – Filiada ao Partido dos Trabalhadores; Ex-deputada Federal pelo Rio de Janeiro
 “O Plano Real foi feito para os que têm a riqueza do País, especialmente o sistema financeiro” (Publicado no Jornal da Tarde em 02 de março de 1994).

Paul Singer – Um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores
 “Haverá inflação em reais, mesmo que o equilíbrio fiscal esteja assegurado, simplesmente porque as disputas distributivas entre setores empresariais, basicamente sobre juros embutidos em preços pagos a prazo, transmitirão pressões inflacionárias da moeda velha à nova” (Publicado no Jornal do Brasil em 11 de março de 1994).
 “O Plano Real é um arrocho salarial imenso, uma perda sensível do poder aquisitivo de quem vive do próprio trabalho” (Publicado no jornal Folha de S.Paulo em 24 de julho de 1994).

Após alguns anos, ficou reconhecido que o Partido dos Trabalhadores foi o que mais se favoreceu com o sucesso do Real, pois quando começou a governar o Brasil, a moeda já se encontrava plenamente consolidada.

O Real é tido hoje, por muitos, como um divisor de águas que estimulou o desenvolvimento econômico e uma melhor distribuição de renda no País, em harmonia com o momento próspero que a economia mundial desfrutou entre os anos de 2003 a 2007. Omitir o progresso que a Nação viveu por alguns anos é tão mesquinho quanto repudiar a expressiva contribuição do Plano Real para a nossa história econômica contemporânea.

Nos últimos quatro anos, a equipe econômica do governo realiza projeções e prognósticos apoiados em malabarismos inconsequentes nas contas públicas internas e externas que distorcem plenamente a nossa realidade. Declarações do atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre dados que envolvem a macroeconomia sempre acabam não se realizando, desgastando ainda mais a sua imagem e, consequentemente, contribuindo para aumentar a desmoralização do nosso desgoverno no âmbito empresarial e nos mercados financeiro e de capitais.

Sucessivos erros e equívocos se devem a uma dose considerável de aventuras na condução da política econômica marcada pelo populismo, intervencionismo, contracionismo, confrontacionismo, mascarando resultados, promovendo estímulos artificiais ao consumo, leiloando incentivos, fomentando renúncias fiscais e protelando medidas indispensáveis.

O governo inova com a invenção de uma “nova matriz econômica”,desistindo do “tripé econômico” (formado por meta de inflação, responsabilidade fiscal e câmbio flutuante), sem que nenhuma política coerente seja a substituta, o que deverá requerer um preço alto a ser assumido pelos brasileiros, possivelmente a partir do segundo semestre deste ano.

Decorridos mais de onze anos de gestão petista, os brasileiros voltaram a conviver gradativamente com um ambiente de temor com a escalada inflacionária, com a possibilidade concreta de ser adotado o racionamento de energia, com os protestos nas ruas durante a Copa do Mundo, com os escândalos endêmicos de corrupção vistos em diversos níveis da administração pública, com alguns tentáculos voltados também para interesses inescrupulosos no exterior e, uma grande dúvida íntima crescente, quanto à eventualidade do continuísmo da administração petista à frente dos destinos da Nação. “PT? – FRAUDE EXPLICA”.

É indispensável, o quanto antes, adotar um novo choque sinérgico de confiança e de esperança similar aquele com que o Plano Real contemplou o País há vinte anos, recambiando a inflação ao centro da meta estipulada, promovendo a retomada da agenda das reformas que permanecem engavetadas há mais de uma década, abrindo espaço para que o Plano Real seja oxigenado em função da diminuição gradativa da sua suscetibilidade, assegurando o poder de compra da população, favorecendo a retomada do crescimento econômico, o aumento da produtividade e propiciando o equilíbrio necessário para o desenvolvimento sustentável da economia brasileira.


Fonte:  Alerta Total


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*Arthur Jorge Costa Pinto é Administrador, com MBA em Finanças pela UNIFACS – Universidade Salvador.

Verdades e contos sobre Cuba

Por Pedro Corzo

Enquanto por décadas um grupo de cubanos radicados no exterior dedicou uma grande parte de seu tempo a lutar para que em seu país retorne a democracia e se estabeleça uma sociedade de direitos, outro setor, menor em número mas também fora de Cuba, trabalhou por anos a favor de que os Estados Unidos modifiquem sua política para a ditadura dos irmãos Castro, sem demonstrar interesse em mudanças políticas na ilha.

É paradoxal, porém ambos os setores recorreram a diferentes estratégias para conseguir seus propósitos e procurou ajuda em governos e entidades estrangeiras para alcançar seus fins.

O primeiro grupo transitou por inúmeras vias. A luta armada foi uma delas. Recorreu à violência quando estimou pertinente e posteriormente, sem renunciar ao passado, um amplo setor desse grupo se convenceu de que era necessário usar outros métodos para a mudança necessária e assumir estratégias diferentes.

A mudança não modificou o compromisso e a luta pela liberdade a continuação por outras vias.

Denúncias mundiais, publicações, conferências, respaldo material à oposição interna, assistência a eventos nos quais se expõe a realidade cubana, entrevistas com funcionários de governos para buscar apoio em foros internacionais, tudo o que seja possível no marco do politicamente correto nestes tempos.

Entre os membros que integram este grupo pró-democracia há diferenças evidentes, alguns se questionam e possivelmente não compartilham uma ou outra decisão, porém não há dúvidas de que são indivíduos e grupos que querem uma mudança que conduza à democracia e ao respeito ao cidadão em Cuba.

Um aspecto divisivo neste campo é o embargo, porque há pessoas que favorecem o fim do mesmo sem esperar nenhuma retribuição, já que é uma demanda que corresponde às suas convicções. Há outros que se opõem à violência por princípios morais, como há os que não participaram em um greve de fome por suas crenças.

É justo também dizer que neste setor há os que ainda continuam defendendo os métodos usados no passado, acreditam na confrontação, estão a favor da ruptura e o fazem com devoção porque, apesar dos anos, não lhes falta disposição para lutar.

O outro grupo também é complexo porque, embora haja representantes do setor que lutaram pela democracia em Cuba, é muito discutível que na atualidade mantenham o mesmo compromisso.

Este setor, nutrido fundamentalmente por indivíduos que nunca enfrentaram a ditadura, investe grandes esforços e recursos para que seus reclamos sejam ouvidos por quem possa exercer influência a seu favor. O paradoxo é que muitos cobrem suas ambições de lucro sob o manto humanitário da reunificação familiar, o intercâmbio cultural e o fim do embargo.

Essa história do embargo é importante porque, embora afirmem que sua derrogação favorecerá ao cubano a pé, a realidade é que as oportunidades de negócios se incrementariam e beneficiariam economicamente aos que promoveram a mudança.

Na realidade, embora haverá exceções, a intenção é lucrar porque a reunificação familiar e as viagens a Cuba sem limitações, favorecem economicamente as agências de viagens que vendam passagens para Havana com preços como se fossem para Madri.

O intercâmbio cultural favorece os promotores de espetáculos, uma atividade lucrativa válida como qualquer outra, que não é necessário justificar com o conto de que se está favorecendo o re-encontro entre cubanos.

Seu afã imediato é que os Estados Unidos eliminem todas as restrições impostas ao regime de Havana, inclusive o comércio, financiamento e certamente viagens e intercâmbios culturais que afinal de contas são como uma calçada de um só via porque termina favorecendo o regime dos Castro ou aos que possam ser seus herdeiros, porque eles têm em sua agenda o pós-castrismo que não precisamente inclui um regime de direito para os cubanos.

Estas pessoas e instituições não questionam o regime de Havana, inclusive seus métodos mais brutais. Não sancionam os abusos à oposição interna, as restrições aos direitos cidadãos nem criticam a corrupção que existe na ilha. Seu trabalho é sempre orientado para demandar indulgência ao regime e culpar os governos estrangeiros ou o exílio pela ineficiência deste.

Nos últimos anos um novo conto incorporou-se a esta agenda e diz que o investimento favorece a democratização, como se essa fórmula tivesse dado resultado na China.

O fato de que as ditaduras permitam a existência de ricos e milionários não garante a liberdade dos cidadãos, inclusive os potentados, porque a nomenklatura dispõe as regras e as muda quando lhe dá na telha, porque o direito de pessoas não existe para esses regimes.


Tradução: Graça Salgueiro


A DELINQUÊNCIA POLÍTICA DISFARÇADA DE MILITÂNCIA. OU: ELE É A CARA DOS BLOGS SUJOS

Ex-assessor de deputada petista é preso no Senado por insultar Aloysio Nunes no Senado André Coelho/ O Globo
Ex-assessor de deputada petista é preso no Senado por insultar Aloysio Nunes no Senado André Coelho/ O Globo

Leiam o que informa O Globo:

Está preso na Policia do Senado o militante petista e ex-assessor da deputada Erica Kokay (PT-DF), Rodrigo Grassi, depois de quase se atracar com o líder do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira (SP), na saída do plenário. Conhecido como Pilha, o militante é o mesmo que agrediu o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, na saída de um restaurante no mês passado. Ele se identificou para Aloysio como dono do blog Botando Pilha.Com. Quando o tucano parou para conversar, ele o questionou sobre porque o PSDB não deixava instalar em São Paulo uma CPI para investigar o caso Alstom. Aloysio respondeu até então, calmo. Mas quando ele perguntou o que tinha a dizer sobre seu “envolvimento” no escândalo do cartel do metrô em São Paulo, Aloysio partiu para cima do militante para lhe bater. Rodrigo saiu correndo de costas e filmando a investida do senador, avisando que o vídeo estaria em seu blog logo em seguida. Foi alcançado pelos seguranças do Senado antes que conseguisse entrar em um carro na saída.

“Eu não tinha outra atitude que não partir para cima dele para lhe dar um pescoção. Eu fui agredido! Não tenho envolvimento em caso nenhum de metrô. É assessor da deputada Érica Kokay que agrediu o ministro Joaquim Barbosa? É um bando de vagabundos, cafajestes! Só não dei um pescoção nele porque ele correu mais do que eu!”, disse o senador.

Nas dependências da polícia legislativa, a primeira providência de Rodrigo Pilha foi ligar para a deputada Érica Kokay. Na época da agressão a Joaquim Barbosa na porta da restaurante, a deputada petista o defendeu, dizendo que não estava a serviço e tinha o direito de livre manifestação. Mas pressionada pelos líderes da oposição, acabou exonerando o funcionário. “Aconteceu uma agressão a um senador da República. Estamos investigando como ele entrou nas dependências do Senado”, disse o chefe da Polícia Legislativa do Senado, Pedro Araújo Carvalho.

Segundo Pedro, até as 21h30min a deputada não tinha ligado para interferir em defesa de Rodrigo Pilha. O senador Aloysio Nunes foi um dos líderes da oposição a pedir à Mesa da Câmara a punição do assessor da deputada petista pelas agressões a Joaquim Barbosa.

Depois da agressão a Joaquim Barbosa com um grupo de militantes na saída de um restaurante, Rodrigo Pilha postou um vídeo em seu blog onde, sem camisa e de óculos escuros, chama o ministro do Supremo de covarde, autoritário e coxinha. “Tá nervoso ministro, tá brabinho? Pega uma daquelas máscaras sua que estão encalhadas e vai pular carnaval”.

Dilma defende mais inflação para garantir empregos.


Está nos jornais de hoje. Ontem, em jantar com jornalistas mulheres (ver post logo abaixo), Dilma declarou que só há emprego porque há inflação. É um absurdo! Vejam o que ela disse:

"Aí vem uma pessoa e diz que a meta de inflação é 3%. Faz uma meta de inflação de 3%... Sabe o que significa? Desemprego lá pelos 8,2%".

Fica claro que, na visão da Dilma e dos gênios petistas, só é possível garantir emprego se houver mais inflação. Na cabeça do PT inflação é solução para produção e consumo. A mesma inflação que por décadas impediu o crescimento do Brasil, até o lançamento do Plano Real. É esta visão que está fazendo a inflação disparar, corroendo a renda do trabalhador e acabando com a pequena capacidade de poupança dos brasileiros. Que está aumentando os juros e o endividamento das empresas, promovendo o sucateamento da indústria.


A fala da presidente, neste singelo jantar com jornalistas mulheres, indica que ela está para derrubar o pouco que ainda resta da estabilidade econômica: o controle da inflação por sistema de metas. Dilma diz que o Brasil não vai explodir em 2015. Só não vai explodir se ela não for reeleita.

Trapalhadas e escândalos começam a causar estragos na campanha de Gleisi ao governo do Paraná


gleisi_hoffmann_47Efeitos colaterais – As recentes trapalhadas da senadora petista Gleisi Hoffmann causaram seios danos à sua campanha rumo ao Palácio Iguaçu, sede do Executivo paranaense. Candidata do PT ao governo do Paraná, um dos mais importantes estados brasileiros. Gleisi vem acumulando nos últimos meses dividendos políticos negativos, todos decorrentes de escolhas equivocadas e pouco ortodoxas.

O primeiro impacto aconteceu na esteira da decretação da prisão do pedófilo Eduardo Gaievski, ex-prefeito de Realeza e levado por Gleisi à Casa Civil na condição de assessor especial da pasta. Acusado de cometer 28 estupros, sendo 14 deles contra vulneráveis (menores de 14 anos), Gaievski cuidou durante meses dos programas federais para menores e estava escalado para coordenar a campanha de Gleisi Hoffmann ao governo paranaense. Prestes a ser condenado pela Justiça, Eduardo Gaievski encontra-se preso na penitenciária de Francisco Beltrão e vem ameaçando contar o que sabe sobre a senadora.

O segundo estrago surgiu na esteira da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Durante as investigações, a PF descobriu o envolvimento do deputado federal André Vargas com o doleiro Alberto Youssef, preso em Curitiba e acusado de movimentar ilegalmente aproximadamente R$ 10 bilhões. Até a eclosão do escândalo, Vargas era o homem forte do PT no Paraná e estava na coordenação da campanha de Gleisi Hoffmann.

Mesmo após renunciar à vice-presidência da Câmara dos Deputados e sair do Partido dos Trabalhadores, André Vargas tem mandado duros recados à senadora Gleisi. Afirma o ex-petista que não aceitará ser transformado em um “novo Gaievski”, em referência ao pedófilo que assessorou a então ministra. Vargas teria provas contundentes capazes de implodir a campanha da outrora “companheira” de legenda.

Fossem poucos os escândalos, Gleisi Hoffmann recebeu, no Palácio do Planalto, Cláudio Honigaman, representante do Banco Mizuho, investigado no Japão por suas canhestras ligações com a Yakuza, a violenta máfia da terra do sol nascente.


O estrago na campanha de Gleisi é tão grande, que conforme apurou o ucho.info a petista chegaria em terceiro lugar na corrida ao Palácio Iguaçu, caso a eleição fosse hoje. Tal cenário é mais um golpe na cúpula do PT, que até então vinha apostando todas as fichas na vitória da ex-chefe da Casa Civil na disputa de outubro próximo. Além disso, o pífio desempenho de Gleisi Hoffmann entre os eleitores paranaenses complica ainda mais a já difícil situação da presidente Dilma Rousseff, que perde espaço no estado sulista.