sábado, 19 de abril de 2014

NOVO ESCÂNDALO NA PETROBRÁS:
Ex-sócio da Petrobras em refinaria denuncia novo ESCÂNDALO com APROVAÇÃO de DILMA


O governo do PT expropriou do empresário Boris Gorentzvaig, fundador da Petroquímica Triunfo, uma gigantesca planta industrial localizada no interior gaúcho que produz matéria-prima para a produção de plásticos. A Petrobras detinha 85% do capital da Triunfo. Os outros 15% estavam nas mãos da família, cujo patriarca, Boris (falecido em 2012), foi o pioneiro na implantação do Polo Petroquímico do Sul, no fim da década de 70. Logo que a Triunfo começou a operar, nos anos 80, a Petrobras e os Gorentzvaig se desentenderam. Desde então, entraram em litígio judicial para saber quem deveria comandar a Triunfo. Para encerrar o litígio, o juiz Mauro Gonçalves, responsável pela causa, propôs que a estatal vendesse sua parte aos Gorentzvaig por 250 milhões de reais.

A Petrobras topou sair do negócio, mas cobrou um valor maior por sua participação: 355 milhões de reais. Os Gorentzvaig concordaram com o novo preço. Entretanto, logo depois, a Petrobras desistiu do acordo alegando que já havia passado muito tempo desde que a empresa fizera a contraproposta e "razões estratégicas" impediam a conclusão do negócio. A empresa também reclamou do pedido de due diligence (investigação contábil, jurídica e econômica) feita antes do fechamento de grandes negócios. Para ela, a due diligence iria "embolar o meio de campo".

Meses depois, a Petrobras decidiu repassar a Triunfo para outra empresa, a Braskem (controlada pela Odebrecht, a mesma empresa envolvida em diversos negócios escusos com o governo PT, como o Porto de Mariel em Cuba), da qual é sócia minoritária, por 118 milhões de reais pagos em ações. Preferiu, portanto, receber *118 milhões de reais em ações por 100% da Triunfo* aos *355 milhões de reais em dinheiro por 85% da mesma empresa que seriam pagos pelos Gorentzvaig*. Os Gorentzvaig, minoritários na petroquímica, foram obrigados a sair do negócio e aceitar ações da Braskem em troca de sua participação. "Entregaram a Triunfo para a Braskem".

A Braskem-Odebrecht já era dona do polo petroquímico da Bahia e da refinaria paulista de Paulínia, e assim monopolizou o setor petroquímico do país. Dilma Rousseff era a Presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

André Vargas: canastrão em cena




Um dia depois de prometer que renunciaria para "preservar a família", o ainda deputado federal voltou atrás e deixou claro que só pensa em André Vargas.

Não param de surgir provas de corrupção na Petrobras da Dilma e do PT.

MACACÃO A presidente Dilma Rousseff em Suape, Pernambuco, de uniforme da Petrobras. Ela batizou o petroleiro Dragão do Mar (Foto: João Carlos Mazella/Fotoarena) 
Na manhã da segunda-feira, dias após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter convocado os petistas a defender a Petrobras das mais graves acusações de corrupção na história, a presidente Dilma Rousseff trocou o discreto tailleur preto da Presidência pela clássica jaqueta laranja da estatal. Deixou a labuta no Planalto para fazer campanha no Porto de Suape, em Pernambuco.

Numa cerimônia montada às pressas para lançar ao oceano o navio Dragão do Mar, Dilma defendeu incisivamente a Petrobras. “Não ouvirei calada a campanha negativa dos que, por proveito político, não hesitam em ferir a imagem desta empresa que nosso povo construiu com tanto suor e lágrimas”, disse, zangada. “Nada, nem ninguém, conseguirá destruir (a Petrobras). Com o apoio de todas as pessoas, a Petrobras resistiu bravamente às tentativas de desvirtuá-la, reduzi-la e privatizá-la.”

A jaqueta laranja que Dilma ostentava ao discursar já deu orgulho aos brasileiros. Quem não teria orgulho da maior empresa do Brasil, a 13ª produtora de petróleo do mundo e líder inconteste na exploração de óleo em alto-mar? Hoje, é a mesma jaqueta de Paulo Roberto Costa, o ex-diretor da Petrobras preso pela Polícia Federal (PF), acusado de comandar um dos mais vastos esquemas de corrupção já descobertos na estatal, um sujeito mantido no cargo por um consórcio entre PT, PP e PMDB, com o aval de Lula, que o chamava de “Paulinho”.

A mesma jaqueta de Nestor Cerveró, o ex-diretor internacional da Petrobras que, indicado por PT e PMDB, é agora acusado de ser o artífice do desastre conhecido como “operação Pasadena”, em que a estatal desembolsou US$ 1,2 bilhão por uma refinaria nos Estados Unidos comprada um ano antes por US$ 42 milhões.

A jaqueta laranja não é mais a mesma. Nem a autoridade política de Dilma, após ficar claro que ela avalizara a compra da refinaria Pasadena em 2006. Somente agora, tantos anos depois, ela se disse enganada pela diretoria da Petrobras, acusada de não ter explicado corretamente os termos do negócio. Como fica a imagem de gestora competente, marca de Dilma, assim como a jaqueta laranja é a marca da competência da Petrobras? A combinação das duas imagens pareceu fora do lugar. Tudo ali estava fora do lugar.

O navio Dragão do Mar fora construído pelo Estaleiro Atlântico Sul, uma sociedade entre as empreiteiras Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, ambas suspeitas de pagar propina para conseguir contratos na Petrobras, segundo a PF investiga na Operação Lava Jato.

Nos últimos dias, Maria das Graças Foster, presidente da Petrobras, e Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional, foram ao Congresso Nacional falar sobre o caso da refinaria Pasadena. Eles divergiram. Para Graça Foster, “o negócio originalmente concebido tornou-se um investimento de baixo retorno sobre o capital investido.” Para Cerveró, “foi um bom negócio, sem dúvida”. É útil relembrar a cronologia da transação. Em 2004, a empresa belga Astra comprou o controle acionário da refinaria Pasadena, no Texas, por US$ 42,5 milhões.

A Astra pagou dívidas antigas, fez investimentos e vendeu 50% da refinaria à Petrobras por US$ 360 milhões. Havia no contrato uma cláusula segundo a qual, em caso de divergência entre os sócios, a empresa divergente deveria comprar a parte do outro. Tal divergência ocorreu em 2008, e a Astra fez uma proposta para vender a refinaria à Petrobras. A Petrobras decidiu não pagar e entrar na Justiça. Perdeu – e foi obrigada a pagar uma indenização de US$ 639 milhões.

O prejuízo, já grande, poderia ter parado por aí. Bastava à Petrobras ter feito um acordo com a Astra. De acordo com documentos inéditos obtidos por ÉPOCA, a Astra estava disposta a negociar. Em vez disso, a Petrobras preferiu entrar na Justiça outra vez. Perdeu de novo – e o prejuízo para o acionista subiu a US$ 1,2 bilhão.

Como perder (ainda mais) dinheiro (Foto: reprodução)

Até julho de 2009, o negócio de Pasadena era apenas ruim para a Petrobras. Depois, se tornou desastroso – quando não suspeito, tamanha a sequência de más decisões tomadas no curso de muitos anos. Até ali, havia um prejuízo de US$ 639 milhões com uma refinaria que para nada servia, a não ser enriquecer advogados contratados para defender a Petrobras na Justiça americana. E enriquecer também ex-fun­cionários da Petrobras que foram trabalhar na Astra. Somente os advogados contratados pela Petrobras já haviam cobrado US$ 3,9 milhões em honorários. Mesmo perdendo.

A Astra, segundo executivos ouvidos por ÉPOCA, já estava satisfeita com a indenização. Havia outros processos na Justiça americana sobre o mesmo caso, mas a Astra, de acordo com executivos ligados a ela, estava disposta a fazer um acordo para encerrar o assunto. Não interessava extrair, nos tribunais, todo o dinheiro possível da Petrobras.

Como uma trading, a Astra pretendia fazer mais dinheiro vendendo petróleo, nos anos seguintes, à própria Petrobras. E a manutenção de um longo e desgastante litígio contra a Petrobras, um dos gigantes do petróleo mundial, também afetava as outras relações comerciais da Astra, com empresas no mundo todo. Segundo esses executivos, a Astra não apenas poderia aceitar fazer um acordo. Ela queria fazer um acordo.

Se a Astra queria encerrar o assunto, quem poderia sair ganhando caso a Petrobras continuasse brigando nos tribunais? E, ainda por cima, brigando com poucas chances de se livrar do prejuízo de US$ 639 milhões – mas com chances razoáveis de aumentar substancialmente esse valor? Sem dúvida, os advogados contratados para prolongar essa briga. Quanto mais tempo e mais processos, mais honorários milionários para eles. Não parece fortuito, portanto, que a decisão de prolongar a disputa judicial tenha partido, na Petrobras, de um grupo de advogados. Ao menos oficialmente.

No dia 9 de julho de 2009, segundo documentos internos da Petrobras, o chefe do Jurídico Internacional, o advogado Carlos Borromeu, defendeu, perante a diretoria da empresa, que a Petrobras continuasse brigando com a Astra nos tribunais americanos. O departamento jurídico da Petrobras, como acontece na maioria das empresas, tem tal peso que raramente uma decisão é tomada em desacordo com a opinião dos advogados. Tem peso também, por óbvio, para escolher que advogados serão contratados para ajudar nos processos. Na Petrobras, os advogados reportam-se diretamente ao presidente – suas carreiras dependem dele. Naquele momento, o presidente era o petista José Sérgio Gabrielli, aquele que aprovara, anos antes, a compra da refinaria. E que, até hoje, defende o negócio.

Naquele dia de julho, Borromeu deveria estar em baixa. Fazia pouco tempo que uma corte arbitral dos Estados Unidos decidira que a Petrobras deveria pagar à Astra a indenização de US$ 639 milhões. Borromeu, sem se abalar pelo prejuízo que ele e seu departamento não haviam conseguido evitar na Justiça, disse aos diretores que a postura da Astra era “belicosa”. Disse também que a estratégia mais inteligente consistia em “prosseguir litigando” com os belgas. Por quê?

Segundo os cálculos apresentados por Borromeu à diretoria, a que ÉPOCA também teve acesso, eram mínimas as chances – 30%, para ser exato – de que a Astra aceitasse um acordo. Borromeu não explicou como chegara a esse percen­tual. Em contrapartida, argumentou, havia uma chance de 50% de que a Petrobras estancasse os prejuízos se continuasse nos tribunais. Logo, a decisão mais sensata era “prosseguir litigando”.
Para diretores que estavam na reunião, e altos executivos da Petrobras que entendiam do caso, os percentuais não faziam sentido. Estavam, na mais benigna das hipóteses, invertidos. O mais provável era que a Astra topasse um acordo. E, diante do tamanho do prejuízo que a derrota final da Petrobras nos tribunais americanos significaria, era preciso articular esse acordo. Gabrielli estava inflexível – não se sabe se por convicção pessoal, se por influência dos advogados ou se por ordens superiores. Como presidente, tinha poder para decidir que “sugestão de encaminhamento” seria feita ao Conselho de Administração, presidido por Dilma. Gabrielli comprou o argumento de Borromeu.

Procurado por ÉPOCA, Gabrielli afirma que “a disputa judicial buscava o melhor resultado para a Petrobras”. “As diferenças entre os sócios eram sobre procedimentos operacionais e o tamanho do investimento a realizar”, diz ele. “Buscamos explicitar as diferenças entre a disputa arbitral sobre essas questões e a judicial, que era o exercício do ‘put option’.” Pasadena foi um bom negócio? Gabrielli afirma que a resposta é “sim” para o momento da compra, mas não teria sido sob o cenário de 2008 a 2012. “Vale lembrar que a refinaria está em operação todos esses anos e, devido à disponibilidade de petróleo leve e barato no Texas, especificamente no campo de Eagle Ford, atualmente é lucrativa, ainda que a Petrobras não tenha realizado os investimentos para capacitá-la a processar petróleo pesado”, diz.

Ele sustenta que as cláusulas omitidas do Conselho de Administração – a “put option” (sobre a opção de venda) e “marlim” (referente ao petróleo brasileiro) – não são as responsáveis por transformar um bom negócio no momento da compra, em 2006, em aparente mau negócio no cenário que vai de 2008 a 2012. “Nesse período, o mundo mudou, descobrimos o pré-sal e o planejamento estratégico da Petrobras acompanhou as mudanças”, diz.

Quanto à cláusula “marlim”, que garantiria a rentabilidade de 6,9% à sócia da Petrobras no caso de duplicação da capacidade de refino, ela é inócua. “Como não houve o investimento previsto – e essa é a razão da disputa judicial com a Astra –, ela não é válida. Isso foi reconhecido pela Justiça americana.”

Na época da reunião da diretoria, Cerveró não era mais diretor internacional da Petrobras. Pelos bons serviços prestados ao PT e ao senador Renan Calheiros, que também o apadrinhava, fora realocado para a Diretoria Financeira da BR Distribuidora, uma das principais subsidiárias da estatal.

Em depoimento ao Senado nos últimos dias, Graça Foster deu a entender que Cerveró fora rebaixado em virtude do mico Pasadena. Nem tanto. É como se Cerveró deixasse de dirigir uma Ferrari para pilotar um Jaguar – e com o mesmo combustível BR. A Ferrari agora estava nas mãos de Jorge Zelada, apadrinhado pela bancada do PMDB na Câmara. Era ele que, ao lado de Paulo Roberto Costa, pilotava o bólido mais veloz da Petrobras, tinha de dar explicações e resolver o problemaço que se tornara Pasadena. Ambos discordavam do cavalo de pau proposto pelo jurídico da Petrobras – e aprovado por Gabrielli.

Os técnicos abaixo deles, também. Nos relatórios internos obtidos por ÉPOCA, eles criticam o resultado da reunião e a posição de Gabrielli.  Parte desse material já foi publicado por ÉPOCA – mas a íntegra dos documentos agora revelados detalha os bastidores que levaram a Petrobras a ter ainda mais prejuízo com Pasadena.

“Após a explanação (do advogado), resolveu a Diretoria apresentar ao Conselho a sugestão de não negociar-se com a Astra e sim prosseguir com a ação na Corte”, escreveram os executivos da área de Abastecimento. “A razão que fez com que a Diretoria optasse pelo prosseguimento da ação ao invés do acordo deveu-se principalmente pela alegada ‘prepotência’ com que a Astra vem se colocando frente à Petrobras e, segundo colocado na Diretoria, nunca ter havido de parte da Astra uma manifestação de desejar o acordo.”

Eles preferiam o acordo. E tinham argumentos, não apenas legais, para isso. Um deles: “O fato de pessoa altamente credenciada da Astra e membro do seu Board ter procurado uma aproximação para início de entendimentos com a Petrobras”. Em seguida, deixando de lado a dita prepotência dos executivos da Astra, os técnicos afirmaram o óbvio: o acordo significava menos prejuízo num negócio que, use-se lá qual fórmula matemática, já era um mico. “Caso no litígio a Petrobras perca, o custo total irá para cima de US$ 1 bilhão, acrescidos de honorários de sucumbência. Vale lembrar que a Petrobras já perdeu na arbitragem, e a possibilidade de perder na Corte é preocupante”, escreveram.

Diante desse cenário, o que propuseram os executivos? “A ministra Dilma deverá ser procurada para ser informada de que a Astra está procurando entendimentos, inicialmente por canais informais. (…) Com isto, a ministra Dilma deveria, na reunião do Conselho da próxima sexta-feira, comunicar que estão havendo (sic) movimentos de aproximação da Astra com relação a Petrobras e, com isto, o Conselho daria um prazo para que se consumasse o acordo – ou, aí sim, a partir deste prazo não restaria outra alternativa senão prosseguir na Corte.”

Os técnicos foram ignorados, os advogados prevaleceram, e o Conselho presidido por Dilma tomou, mais uma vez e no mesmo caso, uma decisão que, sob a luz do presente, revela-se profundamente danosa aos cofres – e à imagem – da Petrobras. Pode-se argumentar que Dilma e o Conselho de Administração foram, como no começo do caso Pasadena, mal assessorados. Que não tinham acesso às informações necessárias para tomar a melhor decisão possível em favor da Petrobras.

Outros executivos talvez tivessem prestado atenção aos apelos dos técnicos para levar a sério as abordagens informais da Astra. Mesmo depois que o Conselho presidido por Dilma resolveu levar a briga judicial até as últimas consequências, executivos da Astra prosseguiam buscando formas de encerrar o caso – o oposto do que asseguravam, meses antes, os advogados da Petrobras.

 Tamanho era o desejo dos belgas de pôr fim à disputa judicial que Mike Winget, presidente da Astra nos Estados Unidos, e Kari Burke, diretora da empresa, vieram ao Brasil diversas vezes, em busca de contatos políticos que resolvessem o caso definitivamente.

Segundo empresários e lobistas que mantiveram contato com eles, os diretores da Astra queriam duas coisas: que a Petrobras pagasse os US$ 639 milhões e que as duas empresas voltassem a fazer negócios. Para conseguir, a Astra, de acordo com esses relatos, estava disposta a pagar até US$ 70 milhões à pessoa certa – à pessoa que resolvesse o caso. Procuraram o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e um assessor informal dele, Carlos Mattos.

Como revelou ÉPOCA, Fernando Baiano é parceiro de negócios de Paulo Roberto. Baiano não conseguiu resolver. Procuraram outros lobistas, que também não resolveram. Nas conversas com esses lobistas e empresários, os dois executivos da Astra diziam que haviam contratado um advogado ligado ao ex-mi­nistro José Dirceu para resolver o assunto. Não declinavam o nome do advogado, o método empregado por ele para “resolver”, nem o andamento das tratativas. Para convencer a Petrobras a encerrar o caso, os executivos conseguiram até que o senador americano Ted Kennedy enviasse uma carta à presidência da Petrobras, apelando para a boa relação entre os dois países.

A intensa movimentação dos executivos demonstra que a Astra não estava interessada em faturar os US$ 1,2 bilhão pagos pela Petrobras. Queriam mais – mas em negócios. Ao fim, quem mais ganhou com tudo isso, além dos belgas, foram os advogados contratados pela Petrobras. (Revista Época)

PT faz “camping digital” para organizar guerrilha virtual. Que medinho!!!


Vejam esta foto de Werther Santana, publicada no Estadão deste sábado.
barracas petistas 
Debaixo de cada uma dessas barracas, há um petista. Ave! Eles participam neste fim de semana de um “camping digital” para organizar a guerrilha virtual contra os reacionários, entendem? Estão lá para aprender a fazer blogs, perfis nas redes sociais, militância em suma. Podem se preparar: a partir de segunda ou terça-feira, certamente aumentará muito o teor de trolagem na rede. São especialistas nisso. É alguém expressar uma opinião com a qual não concordam, tem início o festival de agressões, de baixarias, de demonização. Também fazem patrulha organizada dos meios de comunicação.

Essa coisa de “exército” organizado para defender pontos de vista me remete sempre a coisas como estas:

nazistas reunidos
Juventude fascista

Uma das imagens dispensa comentários elucidativos. A outra retrata meninos da Juventude Fascista fazendo exercícios.

Na reportagem do Estadão, um dos participantes explica: “Hoje, um idiota de direita com cinco milhões de seguidores faz um estrago que não conseguimos conter com nossos militantes”. Por isso o partido decidiu reunir a sua “juventude”. Ah, entendi. O exército virtual está sendo montado para enfrentar “os idiotas de direita”.

Leio na reportagem que este blog — ou, quem sabe, o blogueiro — preocupa alguns membros da Juventude Petista. Uma das militantes virtuais explicava por que Dilma usou uma expressão de Valeska Popozuda no Facebook nestes termos:

“A gente não quer atrair só o pessoal da esquerda; queremos atrair a direita. Queremos atrair a juventude. Quem atrai a juventude? A Valeska Popozuda! Mas sou contra o pancadão político, bater por bater. Bloqueie quem te agredir. É melhor você eliminar uma pessoa agressiva do que alimentar o ódio dela. Se chamar de petralha, nem precisa responder!”.

Pô, eu nem sabia que essa palavrinha doía tanto. E olhem que já expliquei mais de uma vez: nem todo petista é petralha, mas todo petralha é petista. Ou por outra: o petralha é um tipo de petista que justifica o assalto aos cofres públicos em nome da causa.

Evidentemente, a palavra teria caído no vazio se isso não acontecesse com escandalosa frequência no país, certo? Em vez de cair, foi parar no “Grande Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa”.
Verbete "petralha" no Grande Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa
Pronto! Hoje é dia de odiar mais um pouquinho Reinaldo Azevedo, debaixo daquelas barracas. Imagino como deve ser à noite, com todos aqueles petistas pensando e rimando ao mesmo tempo… Estou a muitos quilômetros de São Paulo, mas sinto daqui…

Pasadena: bom negócio da Bélgica



A compra da refinaria foi péssima para os brasileiros, mas um excelente negócio para os sócios belgas e os diretores da Petrobras que planejaram a transação.

O Brasil e a Petrobrás

Por Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

Ultimamente, apesar das escandalosas tratativas do desgoverno mais comuna da America Latina, a redoma que encobria a Petrobras foi levantada e o mau cheiro é tão forte que nem atarraxando as fossas nasais é suficiente para barrar a podridão.

A estatal do PT fede como um cadáver mal enterrado em cova rasa no cemitério das almas penadas. A caixa preta é o mausoléu do nosso nacionalista jargão “O petróleo é nosso”

Contudo, apesar de longínquo, recordo com orgulho das palavras sempre retumbantes de nosso portentoso guru que bazofiava sobre o pré - sal e sobre o nosso ingresso na OPEP, a nossa autonomia em petróleo, e na refinaria em Pernambuco, fruto de seu acordo de cumpadre com o Chávez, e a participação financeira da portentosa PDVSA.

Ufanei - me, e endossei os sacramentados ditos da metamorfose de que “nunca nesta terra...”.

A cada pronunciamento do incólume impune, mais o nosso peito nativo se inflava de desmedido orgulho.

Porém, não há embromação que sempre dure, nem imbecil que sempre perdure (no Brasil tudo é possível, e sabe se lá se ele não voltará?).

E a Petrobras, desnuda, sucumbiu.

Em consequência, a nossa comparação entre aquela degringolada entidade e o futuro do nosso País é inevitável.

Assim como a cambaleante entidade, que há poucos anos era cantada e explorada em prosa e verso pelo camaleão ambulante, e que nós em breve seriamos top do mundo e outras baboseiras, como a de que o nosso sistema de saúde era um dos melhores do mundo, hoje, ao que parece, a verdade emerge e geme de vergonha.

Recordamos com saudade, da época em que não faltavam palavras ufanistas, declarações bombásticas e inaugurações até de terrenos baldios.

Tanto que no cenário internacional agigantou - se e agregou - se até com o Irã, com diversas ditaduras na África, e com outros fétidos rincões da América Latrina e do planeta.

Mas aos poucos, a dura realidade aflorou, ou melhor, abortou.

Na Petrobras, por mais que se doure a pílula, a realidade é atroz.

A triste conclusão é que o petróleo não é nosso, mas a dinheirama e a Petrobrás são deles.

Muitos, com as barbas de molho, ao acompanhar a nossa atual trajetória econômica, temem que os indícios de que algo vai mal, se avolumem.

Aqueles ressabiados entendem que como na Petrobras, a cortina que encobre a nossa Pátria seja descerrada, e os fajutos índices que sempre encobrem a porcaria, não sejam o suficientes para evitar o caos econômico.

É sorumbático que alguns afirmem que o Brasil de amanhã, será a Petrobras de hoje.

Isto é, uma M.. do tamanho do PT.


Brasília, DF, 19 de abril de 2014


Águas de Junho


É Black, é Bloc, é o PT no caminho
É o caos planejado, é o fogo amiguinho
É a quebra do vidro, é mais um coquetel
É agência bancária, surra até em coronel
É um braço do Foro, é guerrilha urbana
José Dirceu black bloc bacana
É o Estado crescendo, cheio de mensaleiro
Mídia ninja fingindo que isto é ser brasileiro
É a rua fechada, é o fim do trabalho
É a polícia de quatro, é o Gilberto Carvalho
É a mídia afagando, é conversa rasteira
Das trevas da Globo, é mais uma parceira
É a Dilma, é o Lula, é a marcha do crime
Barricadas no chão, todos do mesmo time...
É um tributo a Fidel, é um apoio ao Irã
É o MPL, é o Brasil de amanhã...
É o fundo do poço, é o fim do caminho
Lula-lá deu palestra pro Irineu Marinho
É Farc, é USP, é uma boca de fumo
É filhinho de papai, é gigante sem rumo
É dia da criança, dia dos animais
É a figura oculta, é um cachorro atrás
Luiz Nassif, Paulo Henrique Amorim
É blog progressista
de onde é que vem o dindim?
É o projeto do PAC, é o Barak Obama
Tá tudo dominado é só lama, é so lama.
É um estádio é uma ponte a copa vem aí
Superfaturamento até no açaí
São revolucionários fazendo um Cubão
É a certeza de morte da população...
É Leandra Leal, de Abreu, é José
É a cultura na mão do Pablo Capilé
São revolucionários fazendo um Cubão
É a certeza de morte da população...
É Black, é Bloc, é o PT no caminho
É o caos planejado, é o fogo amiguinho
É um estádio é uma ponte é o maracanã
É dinheiro de monte pras ilhas Cayman
São bolivarianos na revolução
É a certeza de morte da população...

EIKE PEC BLOG PAC UBA PIG JEG FARC
ÓPA IFA FUT BOL ONU ONG USP PSOL

São Petistas ilustres roubando a nação
Esse ano o peru vai rolar na prisão.

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Esta é uma peça de humor. A música que originou essa paródia chama-se "Aguas de Março" e é de autoria de Antônio Carlos Jobim. O autor ou sua família não têm nenhuma relação com a letra da paródia que foi feita por Felipe Moura Brasil e Filipe Trielli. Os autores da paródia se isentam de qualquer remuneração sobre os direitos autorais da mesma.

Os petralhas não tomam jeito

Por Mário Ribeiro*

Os petralhas nunca cedem, não tomam jeito, nem se envergonham; mesmo condenados, aprisionados e com toda farsa escancarada, não arredam pé no vale-tudo pela "causa".

A memória dos 50 anos da Revolução, ou Golpe de 1964, trouxe à baila desatinos reveladores de que, em busca do poder, nossos políticos quase nunca abriram mão de interesses mesquinhos

Olhar mais atento mostra que mais do que se preocuparem com reais necessidade da população, gostavam mesmo é de promover golpes, renúncias, mudanças constitucionais e planos econômicos, sob a balela da busca pela construção de um novo País, coisas de democracia esculhambada, mas democracia.

Esse estígma acabou permitindo à esquerda chegar ao poder após insistente e dissimulada campanha durante décadas, sempre em nome da velha "causa" comunista e de impôr na marra o viés obsessivo de desprezo aos princípios democráticos.

À frente do processo, um torneiro mecânico sem habilidades maiores para o trabalho – inclusive sem dedo mínimo, decepado no torno em que trabalhava – dominou as massas e tornou-se presidente.

Em dois mandatos promoveu a ocupação da "cumpanheirada" no Poder e, como se nada tivesse com o maior escândalo da história republicana – o "mensalão" –, conseguiu eleger a atual presidente, "vendida" como "poste" competente no processo de perpetuar o partido no poder.

O tempo revelou seu total despreparo para o cargo e desmedida paixão pela ideologia ultrapassada, marcando sua administração pelo uso maciço de factóides e a destruição do Plano Real.

No bojo de mais corrupção e roubalheira com saques sem fim do dinheiro público – cujo símbolo máximo foi a espantosa ocultação de dinheiro dentro de cuecas em uso – vieram apoios financeiros a ditaduras na África, injeção maciça de grana na adorada Cuba do deus Fidel, escândalos como no escritório da presidência em São Paulo comandado por uma tal Rosemary, que sumiu do mapa sem que nada lhe acontecesse, até culminar com a quase falência da Petrobras, símbolo da sanha estatizante.

Aí surge a revelação de negócio estranho, com cheiro de imenso "por fora", na compra de refinaria em Pasadena, o que escancarou uma série de escândalos em meio à inflação sem freios, tudo somando para abalar a reeleição da presidente.

Ressalte-se ato do vice-presidente da Câmara dos Deputados, que antes da descoberta de suas transações com doleiro manjado por tramóias, desacatou o Presidente do STF com gesto torpe de levantar punho cerrado como é próprio de psicopatas da esquerda.

Com o caos instalado no governo de sua comandada, o chefe maior, denominado "Barba" pelo sistema de repressão ao qual prestava serviços, que supõe-se de alcaguetagem, arregimenta a volta de notórios "quebra-paus" do partido.

Para mostrar quem de fato manda na bagunça pátria, convoca falsa imprensa de blogs mantidos à custa de verbas estatais, ameaça censura e controle aos meios de comunicação, reúne-se com a presidente em hotel em São Paulo e articula a inviabilização de CPI sobre os escândalos de Pasadena através de jogada instrumentalizada pelo inominável presidente do Senado.

Assim, faz valer sua marca registrada de tentar impedir investigações e queda nas pesquisas eleitorais.

É isso aí: os petralhas nunca cedem, não tomam jeito, nem se envergonham; mesmo condenados, aprisionados e com toda farsa escancarada, não arredam pé no vale-tudo pela "causa".

Não é demais supor consequências nada agradáveis em futuro próximo de um País dominado por graves manifestações de psicopatia, corrupção vergonhosa e escárnio contra todos.




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*Mário Ribeiro é jornalista e publicitário.- Publicado no Diário do Comércio.

Pasadenagate: novos documentos complicam Dilma e apontam necessidade de CPI da Petrobras


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Caminho sem volta – “Dilma foi enganada, despreparada ou mal-intencionada? Esse é uma questão que só pode ser respondida com a instalação da CPI da Petrobras”, afirmou nesta sexta-feira o líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), ao comentar reportagem da revista Época que traz novos documentos e revelações sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, que trouxe um prejuízo bilionário para estatal.

De acordo com a reportagem, a empresa Astra Oil, sócia da Petrobras no negócio, estava interessada num acordo para vender sua parte para a estatal brasileira. No entanto, o setor jurídico da petroleira brasileira, com apoio do então presidente José Sérgio Gabrielli (PT) e o aval de Dilma Rousseff, que presidia o conselho de administração, optou por uma briga judicial que agravou ainda mais o prejuízo com a compra de uma refinaria adquirida por US$ 42 milhões pela Astra e que custou US$ 1,25 bilhão para a Petrobras.

Rubens Bueno ressalta que os documentos divulgados pela revista apontam que técnicos da estatal afirmavam que Dilma deveria ser avisada sobre a possibilidade de aumento dos prejuízos com a briga na Justiça. “Mais uma vez Dilma deixou de considerar os alertas. Resta saber se o aviso não chegou até suas mãos ou se foi convencida por alguém a prosseguir no litígio. Pelo que estamos vendo, nesse negócio haviam interesses além dos da Petrobrás e de sua sócia belga”, disse o líder do PPS.

Para o parlamentar, somente uma CPI poderá desmontar o esquema político que foi infiltrado dentro da Petrobras com o objetivo de abastecer campanhas, beneficiar empreiteiras “amigas” e enriquecer um grupo seleto de políticos e lobistas. “O PT conseguiu jogar o nome da Petrobras na lama e fazer com que seu valor de mercado despencasse. A sociedade e os acionistas minoritários cobram respostas. Quem atua contra a CPI afronta o interesse do povo brasileiro”, finalizou Rubens Bueno.

Fabricantes de mártires

Por Ipojuca Pontes

Os mártires do exército comunista não são mártires de coisa alguma, e sim perfeitos exemplares de ativistas políticos fanatizados, impostores, assassinos, traidores e até inocentes úteis a serviço da guerra vermelha.
Na sua guerra incessante para fechar o cerco sobre a sociedade democrática, os comunistas, através dos tempos, em suas distintas siglas (entre elas, o PT), se tornaram especialistas na fabricação de falsos mártires, que são venerados como heróis mitológicos “sacrificados” em combate pela criação de um “mundo melhor”. Feitos semideuses por força da atuação de uma máquina de propaganda colossal, eles são exaltados em prosa e verso como figuras exemplares que imolaram suas vidas em defesa “da justiça e da liberdade”.

Na prática, dentro do sujo contexto da guerra cultural que os comunistas travam pela perpetuação do poder, tais heróis, depois de mortos, são explorados até os ossos como instrumentos da mais pura mistificação psicossocial, cujo objetivo tem sido confundir as massas e estabelecer no seio da sociedade, como medida de valor, o reino da mentira – ou, na imagem de Fernando Pessoa a propósito da fabricação do mito, no “nada que é tudo”.

Para sustentar em escala industrial a fabricação  de tais mártires, a militância vermelha parte, quase sempre histérica, para a absoluta manipulação do aparato do mundo universitário, parlamento, igreja, editoras, ONGs e meios de expressão como o teatro, o cinema, etc. – e, claro, a mídia amestrada.

Mas é preciso dizer o seguinte: examinados com o mínimo de isenção, verifica-se que os mártires do exército comunista, entoados em prosa e verso, não são mártires de coisa alguma, antes pelo contrário: são perfeitos exemplares de ativistas políticos fanatizados, impostores, assassinos, traidores e até inocentes úteis a serviço da guerra vermelha.

O caso mais eloquente do falso mártir é o do guerrilheiro “Che” Guevara, assassino psicopata que fracassou miseravelmente em tudo que meteu a mão: na órbita familiar, à frente de ministério e banco, atuando como diplomata e comandante. Nas selvas do Congo, por exemplo, em 1965, seu prestígio de guerrilheiro foi totalmente destruído pelos mercenários do Coronel Mike Hoare, irlandês que pôs o “Che” a correr, entre desmoralizantes evacuações de diarreia, do território africano – prenúncio, de resto, de sua morte acachapante na Bolívia imposta pelos soldados do capitão do exército boliviano Gary Prado.

Outro herói cultuado pelas esquerdas, Simon Bolívar, inspirador da Revolução Bolivariana promovida por Hugo Chávez, tido como “libertador visionário”, não passava, segundo o próprio Karl Marx, de reles milico oportunista, cuja única ambição, a pretexto de unificar a América Hispânica, era se tornar ditador da América do Sul. Num célebre artigo publicado em 1858 no “New York Daily Tribune”, em que traçava o perfil de Bolívar,  o “Pai do Socialismo Científico” (outro charlatão inigualável) afirmava, com riqueza de dados, que o herói venezuelano não passava de um escroque vulgar, mero contrabandista de armas a serviço do governo britânico – enfim, um sujeito que, além de covarde, traía os comparsas a três por quatro.

Em solo pátrio, temos o caso do paraibano João Pedro Teixeira, um “quadro” do Partido Comunista tornado líder e mártir das Ligas Camponesas da cidade de Sapé, nos anos 1960. João Pedro, segundo Antonio Dantas, dissidente da direção do PCB na região, era assalariado da KGB, via STB, o Serviço de Inteligência da Polícia Secreta Comunista Tcheca que repassava a grana de Moscou para Cuba, Argentina (Instituto Morazon), Brasil e outros países da América Latina cooptados para manter acesa no campo a “guerra revolucionária”. Aliás, muitos desses “quadros” do Partido Comunista, sub-heróis da guerra financiada no Nordeste pela KGB, entre eles Nego Fubá e Pedro Fazendeiro, eram catequizados para fazer a reforma agrária “na lei ou na marra” e tinham livre trânsito em Havana e Pequim.  

Na minha modesta opinião de jornalista que escrevia à época no Correio da Paraíba, João Pedro é mais um caso manifesto da hagiolatria vermelha: depois de manipulado e jogado conscientemente às feras, foi transformado em mártir obedecendo a estratégia comunista de escrever a história segundo seus parâmetros.


Fonte: Mídia@Mais

PT reúne milícias virtuais para organizar jogo sujo na internet.



Fontes informam que Jefferson Monteiro, criador da Dilma Bolada, recebe R$ 120 mil mensais do PT para manter a sua personagem, além de amplo apoio publicitário para anunciar no facebook. É uma das estrelas do encontro petista para organizar o jogo sujo nas redes sociais. Notícia abaixo é do Estadão.

A um custo de R$ 400 mil, o PT começou ontem a treinar militantes do partido para aumentar e capacitar o time do partido que faz política nas redes sociais. Em um "camping digital" que ocorre até amanhã à noite em São José dos Campos, no interior paulista, cerca de 2 mil inscritos participam de debates, palestras e oficinas que têm por objetivo formar o exército virtual da sigla que vai atuar nas eleições de outubro.

Em sua maior parte instalados em barracas do camping, dentro de um clube da cidade, os petistas começaram a chegar para o evento na noite de sexta-feira. São uma mescla de jovens e adultos, de diversos Estados: uns familiarizados com a rede e dispostos a discutir estratégias e outros que ainda engatinham no mundo digital. Entre os campistas, vereadores, assessores parlamentares e militantes em geral. Poucos portavam netbooks ou outros gadgets (aparelhos eletrônicos portáteis).

Nos três dias, frequentarão eventos que vão da tecnologia - "como usar um editor de imagens", "como formar e articular redes", "fotografia para o ativismo" - às estratégias -"como fazer seu blog acontecer", "meme, como fazer um viral" -, passando pelo conteúdo -"novos movimentos de juventude, manifestações globais e as novas utopias pós-capitalistas" e "reforma política e a crise da democracia representativa".

Ontem pela manhã, em uma das tendas, duas militantes virtuais do PT ensinavam como criar e gerenciar um perfil no Facebook e no Twitter. Kátia Figueira instruiu os presentes a separar as postagens pessoais das profissionais. "Como pessoa, você pode até falar da novela. Como partido, não", sustentou. Alguém quis saber, então, o que ela achava do perfil oficial da presidente Dilma Rousseff no Facebook ter compartilhado, no início do mês uma animação da presidente mandando um "beijinho no ombro", como no hit da funkeira Valeska Popozuda.

"A gente não quer atrair só o pessoal da esquerda, queremos atrair a direita. Queremos atrair a juventude. Quem atrai a juventude? Valeska Popozuda", disse ela. "Mas sou contra o pancadão político, bater por bater! Bloqueie quem te agredir. É melhor você eliminar uma pessoa agressiva do que alimentar o ódio dela. Se chamar de petralha, nem precisa responder!"

Em outra tenda, jovens militantes do partido falavam sobre a importância de articulação nas redes. "Temos que nos sensibilizar que aquele é o novo espaço em disputa. "Hoje um idiota de direita com cinco milhões de seguidores faz um estrago que não conseguimos conter com nossos militantes", disse o palestrante Tiago Pimentel.

Uma campista pediu a palavra e relatou que uma colega de partido criou uma página no Facebook com o mote do "Volta, Lula". "Aquela página pode ser um tiro no pé. Se estamos querendo Lula de novo, é porque a Dilma não deu certo. Se a Dilma não deu certo, por que o (Alexandre) Padilha (pré-candidato petista em São Paulo) vai dar? Se a gente massificar aquela página, a mídia pode falar 'nem o PT está se entendendo.'"

O secretário estadual de comunicação do PT, Aparecido Luiz da Silva, o Cidão, rechaçou o termo "guerrilha" que tem sido usado para se referir à formação digital da militância. "Dizem que estamos contratando gente. Não pagamos ninguém. O PT já é uma rede social muito antiga. É um partido que tem capilaridade."

As mãos sujas de petróleo

Por José Carlos Sepúlveda da Fonseca*

A Petrobras não apenas financiou projetos do governo petista, mas nela se instalou uma imensa máquina de corrupção, que envolve inexplicados negócios bilionários.
A primeira foto que encabeça este post é da época em que Luiz Inácio Lula da Silva, embalado pela farsa das grandes descobertas de petróleo do pré-sal, proclamava a autossuficiência do Brasil em matéria petrolífera, usava e abusava do petróleo como arma publicitária e da Petrobras como máquina para a consecução de seu projeto ideológico de poder.

Suas mãos sujas de petróleo – imitando o gesto do populista Getúlio Vargas – tornaram-se um símbolo da imensa teia de corrupção com que o PT envolveu a empresa, outrora tão prestigiada nacional e internacionalmente por sua competência e eficiência tecnológica.

Na foto seguinte, vemos Lula assentar suas mãos sujas de petróleo no dorso de Dilma Rousseff. O gesto significava a passagem de testemunho à candidata que Lula alçaria ao poder; mas também a continuidade do aparelhamento da Petrobras, que o PT iniciara com o primeiro mandato de Lula.

Aparelhamento da Petrobras pelo PT

O País assiste, nestes dias, estupefato, ao desvelar dos esquemas de corrupção que minaram o prestígio e a credibilidade da Petrobras. No início de 2014 a dívida da Petrobrás elevou-se a 300 bilhões de reais, com negócios desastrosos – para dizer apenas isso – como a compra da refinaria de Pasadena, aprovada por Dilma quando presidia o Conselho de Administração da empresa. A autossuficiência em matéria de petróleo revelou-se uma mentira, já que o déficit da conta petróleo em 2013 foi de US$ 20,277 bilhões. Em reportagem, o jornal Financial Times destacou a impressionante queda da Petrobras, que desceu no ranking das maiores empresas do mundo, do 12º para o 120º lugar.

Há onze anos a estrutura da Petrobras está sob controle do partido do governo, o PT. O aparelhamento político da empresa pelo partido e seus aliados de coligação, transformou a Petrobras num instrumento a serviço de um projeto político-ideológico, de conotação socialista e autoritária, lembrando, aliás, muito o modo pelo qual o caudilho Hugo Chávez utilizou a PDVSA (Petróleos de Venezuela S.A.) para o financiamento do seu “socialismo do século XXI”.

Como bem comentou Eliane Cantanhêde, na Folha de S. Paulo (15.abr.2014) “estava demorando, mas um dia ficaria clara uma das heranças malditas de Dilma: Lula tratava estatais e órgãos federais como se fossem dele, do PT e dos aliados” (Quem “fere” as nossas estatais?).

Consórcio criminoso - escândalo explosivo
A Petrobras não apenas financiou projetos do governo petista, mas nela se instalou uma imensa máquina de corrupção, que envolve inexplicados negócios bilionários.

A prisão de Paulo Roberto Costa, ex-executivo mais poderoso da empresa – que dirigiu a área de Abastecimento da Petrobras, o setor perfeito para gerir negócios bilionários – começa a trazer à tona o conteúdo explosivo de um escândalo, com um bilionário esquema de lavagem de dinheiro, que pode deixar o Mensalão para trás.

De acordo com a reportagem da revista Época, assinada por Diego Escosteguy e Marcelo Rocha, Paulo Roberto Costa “era bancado no cargo por um consórcio entre PT, PMDB e PP, com o aval direto do ex-presidente Lula, que o chamava de ´Paulinho´. Paulo Roberto Costa detém muitos dos segredos da República” (Ele não destruiu as provas..., 7.abr.2014).

Segundo as primeiras análises das agendas, planilhas e outros documentos apreendidos com o ex-executivo da Petrobras, “a Polícia Federal descobriu que Paulo Roberto, um doleiro, políticos e prestadores de serviços estão interligados em um consórcio criminoso montado para fraudar contratos na Petrobras, enriquecer seus membros e financiar políticos e partidos” (O objetivo é o caixa dois, Rodrigo Rangel e Hugo Marques, Veja, 16.abr.2014).

Distorções e mentiras

Não é meu objetivo traçar aqui as grandes linhas deste imenso esquema de corrupção.

O que me leva a escrever estas linhas é o impressionante grau de cinismo e o nível de mentiras a que o PT é capaz de submeter o Brasil. Hoje, ao abrir o jornal Folha de S. Paulo, um título choca: Oposição quer destruir Petrobras, diz Dilma. Na cerimônia de entrega dos dois navios petroleiros no porto de Suape (PE), a Presidente afirmou que não assistiria “calada” à campanha negativa contra a Petrobras, classificou as suspeitas como fatos isolados e se disse comprometida a apurar com o máximo rigor as denúncias. A Presidente parece esquecer-se que o governo tenta barrar a todo o custo a CPI da Petrobras; que as denúncias não são contra a Petrobras, mas contra os esquemas corruptos do PT e de seus aliados, enquistados na empresa; e que a Polícia Federal continua a executar dezenas de mandados de prisão.

Uma tal arrogância, um tal desaforo à verdade, fazem recordar as imensas máquinas de propaganda de regimes nazistas ou comunistas, em que a realidade era triturada impiedosamente, à semelhança dos opositores torturados nos campos de concentração.

Rodrigo Constantino escreveu um lúcido artigo no jornal O Globo (15.abr.2014), intitulado A infiltração vermelha na Petrobras, cuja leitura recomendo aos leitores.

“A Petrobras, a maior empresa industrial do país, a que detém a maior soma de recursos, a que deveria dispor dos melhores técnicos, encontra-se hoje numa situação lastimável, reduzida à função de órgão atuante na comunização do Brasil. Seus índices técnicos e financeiros são, atualmente, dos mais baixos, e os escândalos se sucedem, sem que o governo se anime a dizer um ‘Basta!’ a esse estado de coisas.

“O único diretor não comunista, [...] foi demitido por pressão dos sindicatos controlados pelos vermelhos. Era o único técnico na diretoria, seus serviços sempre foram considerados valiosíssimos, mas excomungado pelas forças da subversão, que com ele não contam, teve de dar lugar a outro, julgado mais dócil e cooperativo.

“A diretoria não se reúne, os processos se acumulam, nada se resolve. Ou melhor, só se resolve aquilo que tem sentido político. Paga-se, por exemplo, rapidamente a divulgação de manifestos do CGT, alugam-se veículos para transportar figurantes em comícios políticos, custeia-se com o dinheiro do povo, a campanha de agitação e subversão.

“Até quando persistirá tal panorama? Quando será a Nação satisfeita pela verificação de que o governo resolveu tomar uma atitude, expulsando da Petrobras aqueles que a transformaram num instrumento de sovietização do país e entregando a companhia a uma direção de técnicos apolíticos, que possam fazê-la progredir?”

Quem escreveu isso? Seria Jair Bolsonaro acusando o PT de utilizar a Petrobras como instrumento bolivariano? Seria Olavo de Carvalho com alguma “teoria conspiratória” sobre a infiltração comunista na maior empresa do país?

Nada disso. Trata-se do editorial do GLOBO, publicado em 7 de setembro de 1963, data adequada por representar o Dia da Pátria (espero que o jornal não se arrependa desse editorial também). Era um grito patriótico contra a infiltração comunista na estatal, sob a conivência do presidente João Goulart.

Reparem como o Brasil parece andar em círculos. Hoje, a Petrobras continua financiando uma “campanha de agitação e subversão”, ao bancar os invasores do MST, por exemplo. Continua aparelhada politicamente, usada por petistas como propriedade particular. Petrodólares usados para disseminar o marxismo, enquanto o endividamento da empresa se avoluma por incompetência ou corrupção.

Alguns gostam de repetir, com ar de superioridade, que a Guerra Fria acabou, tentando, com isso, pintar anticomunistas como seres ultrapassados, gente parada no tempo. Há só um detalhe: tem que avisar aos próprios comunistas que a Guerra Fria não só acabou, como foi com a derrota dos comunistas!

Tem uma turma que ainda não sabe disso. E pior: essa turma está no poder! Basta ver a própria Venezuela, mergulhada em uma tragédia justamente porque insistiu no modelo socialista fracassado. Mas não é só lá. Aqui tem um pessoal bolivariano doido para transformar o Brasil em uma nova Cuba, o sonho (pesadelo) perdido na década de 1960. Se a PDVSA foi útil ao projeto de Chávez, a Petrobras é útil aos planos de perpetuação do PT no poder.

Como evidência de que os comunistas, infelizmente, ainda não desapareceram da cena política nacional, a deputada Luciana Santos, do PCdoB, encaminhou ao Congresso projeto de lei que cria o Fundo de Desenvolvimento da Mídia Independente. Só mesmo um comunista poderia falar em “mídia independente” criando uma total dependência dos recursos estatais!

Talvez esteja ficando escancarado demais financiar indiretamente a imprensa chapa-branca com recursos das estatais, e os vermelhos, ligados ao governo do PT, pretendam oficializar logo a criação de seu exército de “jornalistas” sustentados por nossos impostos. Essa coisa de imprensa independente é muito chata, fica expondo os infindáveis escândalos da Petrobras...

Para concluir, o editorial de 1963 diz: “Deveria o presidente João Goulart iniciar pela Petrobras a purificação de seu governo. Afaste, imediatamente, os diretores comunistas, faça voltar os técnicos, ponha a empresa à margem da política, e a decepção que ele vem causando ao povo brasileiro se transformará em novas esperanças. Ao mesmo tempo dará Sua Excelência à Nação — se assim proceder — uma cabal demonstração de seus propósitos, provando que deseja governar afastado dos extremos, cujo facciosismo tantos males vem causando ao Brasil.”




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*José Carlos Sepúlveda da Fonseca edita o blog Radar da Mídia.

Ainda os mitos de 1964

Por Rodrigo Sias*

A onipresença da CIA no imaginário popular e midiático contrasta com a nunca citada interferência soviética, essa sim, enorme e operativa, desde o início da Guerra Fria. Após a tomada comunista de Cuba, a ilha caribenha passou a ser um hub de espionagem e financiamento de guerrilhas no continente americano.

Hoje se sabe que havia vários agentes e espiões (soviéticos, cubanos e até tchecos) operando em solo brasileiro e dentro da burocracia estatal. Goulart foi informado, mas preferiu colaborar, inclusive devolvendo as provas a Fidel Castro, sob pretexto de não criar um “incidente diplomático” com o bloco comunista.

Antes e após o golpe, cubanos intervieram com envio de armas, dinheiro e treinamento e os guerrilheiros brasileiros estavam inseridos numa estratégia revolucionária internacional. Não eram jovens idealistas, isolados e perseguidos por um regime opressor.

Um outro mito resultante da visão romântica dos guerrilheiros é a ênfase dada a Operação Condor. No imaginário da esquerda, o acordo costurado no início dos anos 70 entre os regimes militares do Cone Sul significou uma enorme “orquestração imperialista” liderada pelos EUA, contra as organizações “populares”.

No entanto, a aliança proposta pelo Chile consistiu apenas em uma cooperação entre os serviços de inteligência e repressão dos regimes militares da região para combater a guerrilha em seus respectivos países, feita às pressas e com papel limitado.

Curiosamente, a ampliação metafórica do papel da Operação Condor é seguida de um total descaso na averiguação das ações da Organização Latino Americana de Solidariedade – Olas, entidade que coordenava as ações violentas da esquerda radical no continente. Foi por perceber o alcance dessa entidade, idealizada por Salvador Allende, que o governo Pinochet propôs a aliança anticomunista entre os militares.

Outro grande mito é a “submissão” do Regime Militar aos EUA. De fato, houve um alinhamento forte durante o governo de Castello Branco. No entanto, em meados dos anos 70, o Brasil rompeu unilateralmente o acordo militar com os EUA e iniciou uma diplomacia terceiro-mundista contrária aos interesses americanos. Graças a essa mentalidade equivocada, nosso país foi o primeiro a reconhecer o regime marxista angolano. Aliás, esse foi o grande crime do governo militar: ter se aliado indiretamente a Cuba no apoio ao comunismo em Angola, vitorioso numa guerra civil que vitimou milhares de pessoas.

Outra mistificação comum é a caracterização do Regime de 64 como “fascista”. Um regime do tipo fascista, além do autoritarismo, conta com um partido político único, forte militância, uma população ideologizada e um líder carismático. No Brasil, ocorreu o contrário: rodízio de presidentes com mandato definido, um congresso (com dois partidos) e judiciário funcionais – embora “amarrados”-, complacência política da população (até a crise dos anos 80) e uma atuação ideológica fraca por parte do governo.

Por fim, apesar da propaganda, a volta à democracia foi possível apesar da ação de guerrilheiros e não por conta dela. A democratização foi viabilizada, de fato, por àqueles que combateram na legalidade.

Infelizmente, a mistificação não é exclusividade da esquerda. Na semana que vem, apresento alguns mitos da direita sobre o período.



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*Rodrigo Sias é economista pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ - Originalmente publicado em Brasil Econômico, nº 1151

O governo foi para cima do TCU disposto a transformar um prontuário em ministro. Tropeçou na altivez de um gaúcho que não aceita a companhia de condenados


Augusto Nardes
Augusto Nardes
No meio da missa negra celebrada neste 8 de abril em intenção dos blogueiros estatizados, o chefe supremo ordenou o início da guerra nada santa: “Vamos para cima”, disse Lula a seus discípulos. Para cima da CPI que ameaça devassar as catacumbas da Petrobras. E para cima de qualquer indívíduo, partido ou entidade que insista na devassa das incontáveis delinquências que vêm tornando ainda mais complicada a reeleição de Dilma Rousseff.

Excitados pela palavra do mestre, sacerdotes companheiros e sacristãos alugados resolveram ampliar a ofensiva com a multiplicação das frentes de combate. A estratégia naufragou, informa o balanço dos confrontos. Pela primeira vez, líderes da oposição e descontentes em geral não renunciaram à troca de chumbo, e receberam o inesperado apoio de brasileiros convencidos de que é preciso impor limites a uma seita fora da lei. E o exército lulopetista acumulou fracassos suficientes para que o país soubesse que é dirigido por um punhado de generais da banda.

Enquanto senadores do PT e do PMDB iam para cima da CPI da Petrobras, adversários do governo recorreram ao Supremo Tribunal Federal para garantir a sobrevivência de um instrumento de investigação indispensável à democracia. Enquanto Dilma retomava a louvação do nacionalismo em barris, agentes da Polícia Federal invadiram a sede da empresa empunhando mandados de busca e apreensão. Como instrumento eleitoreiro, a estatal devastada pela necrose administrativa e moral hoje é tão valiosa quanto a sucata bilionária de Pasadena.

É possível que a CPI morra nos trabalhos de parto. Nem por isso Graça Foster escapou de comparecer ao Congresso para explicar a transformação de uma grande empresa petroleira em usina de negociatas. A essas derrotas somaram-se dois reveses produzidos por súditos mais realistas que o reizinho nu. A presidente do IBGE, Wasmália Bivar, por exemplo, resolveu ir para cima da PNAD contínua, que desmoralizou os índices ufanistas invocados para mascar a verdadeira taxa de desemprego real. Colidiu com diretores inconformados com a revogação do método que estende a centenas de municípios um levantamento até agora restrito a seis regiões administrativas.

Nenhum dos fracassos foi tão desconcertante para o Planalto quanto o ocorrido no Tribunal de Contas da União. Por exigir que o governo faça o que lei determina e deixa de fazer o que a lei proíbe, a instituição tem barrado o avanço de obras viciadas por grosseiras irregularidades e pela corrupção institucionalizada. Compreensivelmente, figura desde 2003 entre os alvos preferenciais dos donos do poder. Decidida a concretizar o sonho de Lula, Dilma resolveu encurtar o caminho com a remoção dos intermediários. E ordenou aos ministros Ricardo Berzoini e Aloizio Mercadante que fossem para cima do TCU com a candidatura do senador Gim Argello a uma vaga prestes a ser aberta.

A tropa reforçada pelo senador Renan Calheiros tropeçou na altivez do presidente do Tribunal, Augusto Nardes. Deputado federal pelo PP gaúcho de 1986 a 2005, Nardes sabe quem é quem em Brasília. E compreendeu que todos os limites seriam ultrapassados se um prontuário ambulante fosse promovido a juiz da gastança do patrão a quem presta vassalagem. “Reuni todos os ministros para tomarmos uma posição”, revelou em entrevista ao Estadão. “Propus que não deveríamos aceitar simplesmente a indicação, pelo fato de que estava se descumprindo a legislação brasileira.”

Com o aval dos colegas, Nardes divulgou uma nota aconselhando ao Senado “a observância dos requisitos constitucionais previstos para a posse de qualquer cidadão que venha a ser membro da corte”. Um dos requisitos é “reputação ilibada”. Em conversas reservadas com parlamentares governistas, Nardes avisou que o TCU “não podia aceitar um condenado”. Também revelou que, caso a afronta se consumasse, não daria posse a Gim Argello. O ultraje ao Tribunal de Contas da União morreu sem ter nascido.

As páginas reservadas ao noticiário político-policial confinaram em poucos centímetros um dos fatos mais relevantes desse começo de abril com cara de antigos agostos. O gesto de Nardes – endossado por todos os ministros do TCU, insista-se – demonstrou que o país em aparente decomposição pode recuperar a saúde se os brasileiros decentes reaprenderem a dizer não.

A pesquisa do Ibope prova que Lula teve uma péssima ideia. Ao ordenar que a turma fosse para cima, mandou Dilma para baixo.