Bruna Fasano e Eduardo Gonçalves - Veja
Yorrally Dias Ferreira, de 14 anos, foi
morta com um tiro na cabeça. O assassino, um ex-namorado ciumento, ficará no
máximo três anos internado após cometer um crime que renderia até 30 anos de
prisão.
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DOR – Rosimeri da Silva, mãe de Yorrally Ferreira, de 14 anos, morta pelo ex-namorado ( Iano Andrade/CB/D.A Press) |
O menor que matou a adolescente
Yorrally Dias Ferreira, de 14 anos, filmou a execução e enviou as imagens para
amigos pelo celular é frio, não demonstra arrependimento e teria apressado a
morte da ex-namorada porque completaria 18 anos dois dias depois do crime.
Essas são as primeiras conclusões da investigação da polícia e do Ministério
Público do Distrito Federal, após tomar depoimentos do infrator, dos amigos que
viram as imagens e de familiares da vítima.
“Ele contou, no depoimento, que
trocou uma bicicleta e um aparelho de som pela arma. A compra foi feita no dia
do crime. O menor apressou a venda das coisas para conseguir pegar a arma
porque ele sabia que se matasse a Yorrally na terça-feira, quando ele já
tivesse 18 anos, iria para uma prisão comum. Ele me disse que eu não queria ir
para a cadeia porque sabia os risco que corria, que temia ser violentado, e que
demoraria muito para sair. E disse, com frieza: ‘Peguei a arma logo e resolvi o
que precisava’", afirmou o promotor de Infância e Juventude do DF Renato
Barão Varalda.
Yorally foi morta no último domingo, depois de
ser levada para um matagal no Novo Gama (GO), onde foi baleada com um tiro na
cabeça. Amigos do menor afirmaram que receberam as imagens do crime pelo
celular ou as encontraram publicadas na internet. A delegada Viviane Bonato
disse que o celular apreendido com as supostas imagens foi encaminhado para
perícia. O motivo da barbárie: o delinquente estava com ciúmes porque Yorally
estava namorando um rapaz de uma gangue rival.