O Tribunal Superior Eleitoral praticou o inconstitucional e
imperdoável crime de censura ao ordenar a retirada do ar, na internet, de um
estudo que, equivocadamente, foi denunciado pelos petistas como sendo uma propaganda
favorável ao presidenciável Aécio Neves (PSDB) e, por conseguinte, contrária a
Dilma Rousseff. O ministro Admar Gonzaga
julgou contra a Lei Maior ao tomar a decisão, em caráter liminar, de censurar o
texto escrito pelo economista Felipe Miranda, da empresa Empiricus Consultoria
e Negócios, com o título “O Fim do Brasil”. O caso Santander pode render algo
parecido...
O ministro do TSE também atingiu o Google, determinando que
retire imediatamente os anúncios da Empiricus Research. A mesma decisão determina
que a empresa se abstenha de anunciar novamente conteúdos com referências
positivas ou negativas aos candidatos destas eleições. Na prática, com tal
proibição, o ministro Admar praticou a mais abjeta censura prévia. Mais curioso
e risível ainda é que a coligação de Aécio Neves será notificada para que
apresente defesa sobre um texto sobre o qual, aparentemente, não tem
responsabilidade. Certamente, o magistrado não teve tempo de ler a íntegra do
estudo da Empiricus.
A petralhada ficou aloprada com o texto de Felipe Miranda
por um motivo muito simples. O economista comprovou, com números e gráficos,
como a gestão petista de Lula e Dilma, mas também o segundo governo de FHC,
detonaram as bases do Plano Real, a partir do abandono da âncora cambial, com a
adoção do tripé câmbio flutuante, metas de superávit primário e sistema de
metas da inflação. Miranda, em seu estudo, comprovou a incompetência reinante
na gestão da política econômica petista:
“Em resposta à crise de 2008, o Governo brasileiro abandonou
o clássico tripé macroeconômico e adotou a chamada nova matriz econômica. Entre
as medidas mais emblemáticas da nova política econômica, destaco: Aumento dos
gastos públicos; Maior intervenção do Estado na Economia; Leniência no combate
à inflação; Incremento da participação do BNDES, com estímulo à criação e ao
fortalecimento de gigantes nacionais; Controle de preços; Atuações pesadas e
frequentes no mercado de câmbio; Novo marco regulatório do setor petróleo e
publicação da MP 579 (aquela do setor elétrico; Criatividade na contabilidade
nacional; e Concessões mal feitas, fixando-se simultaneamente taxa de retorno e
qualidade – é, óbvio, numa bivalência inatingível”.
Os petistas e petralhas não toleram a verdade sobre seu
fracasso gerencial. Mesmo assim, conseguiram induzir o TSE ao erro, levando um
ministro a cometer, em caráter liminar, o hediondo crime de censura. A
Empiricus Consultoria e Negócios não faz qualquer anúncio contra Dilma. O que a
empresa vende é a assinatura anual de um pacote de estudos, no valor de R$
238,80 (que pode ser pago em 12 parcelas mensais de R$ 19,90 ou, se for quitado
à vista, sai por apenas R$ 191,04).
Pelo visto, o que deixou o governo nervoso foi o conteúdo da
série “Criando a Riqueza – O Fim do Brasil”, produzido por Felipe Miranda, que
tem como sócio Rodolfo Amstalden (vide quadro abaixo)
Retaliação bancária
O Banco Central fará uma devassa nos negócios do Banco
Santander.
Os alvos serão grandes clientes do banco – cujo consultor
ousou escrever contra o governo.
O banco “espanhol” sofrerá auditorias nas suas principais
carteiras.
O que o Dilma deveria tomar cuidado é que a Oligarquia
Financeira Transnacional, da qual o Santander faz parte, não perdoa tamanha
retaliação, sem gerar maiores prejuízos aos seus detratores...
Bronca com o Santander
Dilma Rousseff avisou ontem que estuda as providencias a
tomar contra o Santander, por causa do estudo que associa sua reeleição a riscos
econômicos para o Brasil e para os investidores:
“Sempre que especularam não se deram bem. Acho inadmissível
um país que está entre as maiores economias aceitar qualquer interferência. A
pessoa que escreveu a mensagem (do Santander) fez isso sim e isso é lamentável
é inadmissível para qualquer candidato”.
A vermelha Dilma lançou sua ira contra o Touro Vermelho
espanhol – na verdade um banco controlado pelo grande capital britânico –
durante sabatina realizada pelo jornal “Folha de São Paulo”, portal UOL, SBT e
pela rádio Jovem Pan.
Conveniência
Reportagem de O Globo denuncia que a Presidenta Dilma
Rousseff embroma para cuidar da regulamentação da Lei 12.846/2013, que passou a
responsabilizar pessoas jurídicas por atos de corrupção.
“Segundo o ministro da CGU, Jorge Hage, o decreto, pronto há
alguns meses, está na Casa Civil para avaliação; para passar a valer, depende
da assinatura da presidente Dilma Rousseff. O Secretário-executivo da CGU,
Carlos Higino Ribeiro de Alencar diz que o governo decidiu não levar o debate
adiante por enquanto por causa do período eleitoral”.
Ou seja, combater a corrupção não é uma prioridade para
Dilma Rousseff...
Perda Total
O imperdoável mundo da internet dá a maior gozada na
estratégia de marketing petista de tentar esconder o desgastado nome do partido
das peças de propaganda eleitoral:
“Brasileiros e brasileiras, após reunião com a cú pula dos
nossos marketeiros, decidimos tirar o nome do PT de nossos anúncios e dos
folders, pois segundo eles as pessoas mais simples, sem escolaridade e carentes
estavam confundindo PT, o nome do nosso partido, com PT um advérbio conjuntivo
pronominal muito utilizado nas seguradoras de automóveis quando estes colidem e
não há mais recuperação, então decidimos juntos com os companheiros, inclusive
nosso líder, o Zé achou ótima a ideia, portanto não estranhem e se acostumem
com nosso marketing”.
Despesa miúda...
Medo do Sauer?
O Professor Doutor Ildo Sauer, da USP, há muito é
reconhecido como um dos mais categóricos denunciantes de desmandos no setor
energético, acusando diretamente Dilma Rousseff de atos que demandariam
investigações do Ministério Público e da Polícia Federal.
Em manobra de bastidores feita por Luiz Inácio da Silva (o
Presidentro eterno) e Luis Inácio Adams (Advogado Geral da União), o Tribunal
de Contas da União (TCU) isentou Dilma e responsabilizou Sauer e demais
ex-diretores da Petrobras por prejuízos causados pela compra da refinaria de
Pasadena, no que ficou conhecido como o imbróglio das cláusulas “put option” e
“marlim”.
Como Sauer foi diretor da área de gás da Petrobras, além de
conhecer o processo decisório dentro da empresa, conhece muito bem o caso
Gemini – amplamente denunciado pelo engenheiro João Vinhosa, há vários anos.
Por isso, João Vinhosa formula a pergunta que a “oposição”
deve fazer a Ildo Sauer: “Ao aprovar, em outubro de 2004, a participação da
Petrobras na Gemini, o Conselho Diretor da Petrobras, do qual o Senhor era
integrante, tinha conhecimento do fraudulento Acordo de Quotista firmado em 29
de janeiro de 2004, nove meses antes da aprovação do Conselho?”
Ponto final
Debates que nunca chegam a conclusão alguma, por causa da
polaridade fanática-ideológica-religiosa, enchem o e se tornam inúteis, na
prática.
Por isso, o Alerta Total não mais publicará detalhes
sórdidos e opiniões radicalóides sobre o que já chamamos de “Batalha de
Hitarareh”, entre as chancelarias brasileira e israelense.
O fato objetivo e lamentável é: “O atual governo de Israel e
o Hamás estão reproduzindo as maiores barbáries da 2ª. guerra mundial - como
bem lembrou Mtnos Calil, do Instituto Mãos Limpas, por e-mail.
Em resumo: os dois lados estão errados, e não dá para ficar
a favor de nenhum deles, quando a guerra sem fim detona vidas humanas.
Conceito correto
Frase que o leitor Ivo Wenclaski, do Rio Grande do Sul, viu
estampada no vidro de um automóvel:
"Chega de candidato socialista distribuidor de miséria,
eu quero um candidato capitalista que saiba enriquecer o povo."