Por Carlos I. S. Azambuja
VOCÊ SABIA?
- Que no governo João Goulart algumas organizações de
esquerda condenavam a luta pela reforma agrária, porque seu triunfo daria
origem a um campesinato conservador e anti-socialista? Isso está escrito na
página 40 do livro “Combate nas Trevas”, de Jacob Gorender, que foi dirigente
do PCB e um dos fundadores do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, em
1967.
- Que no governo João Goulart já existiam campos de
treinamento de guerrilha no Brasil? Em 4 de dezembro de 1962, o jornal ”O
Estado de São Paulo” noticiou a prisão de diversos membros das famosas Ligas
Camponesas, fundadas por Francisco Julião, num campo de treinamento de
guerrilhas, em Dianópolis, Goiás.
- Que afora o PCB, por seu apego ao ortodoxo “caminho
pacífico” para a tomada do poder, os trotskistas foram o único segmento da
esquerda brasileira que não pegou em armas nos anos 60 e 70?
- Que o primeiro grupo de 10 membros do Partido Comunista do
Brasil - então partidário da chamada linha chinesa de “guerra popular
prolongada” para a tomada do poder - viajou para a China ainda no governo João
Goulart, em 29 de março de 1964, a fim de receber treinamento na Academia
Militar de Pequim? E que até 1966 mais duas turmas foram a Pequim com o mesmo
objetivo? (livro “Combate nas Trevas”, de Jacob Gorender).
- Que no regresso da China, esses militantes, e outros,
foram mandados, a partir de 1966, para a selva amazônica a fim de criar o
embrião da “guerra popular prolongada” que resultou naquilo que ficou conhecido
como Guerrilha do Araguaia, somente descoberto pelas Forças Armadas em abril de
1972, graças à prisão de um casal, no Ceará, que havia abandonado a área,
desertando?
- Que mais da metade dos cerca de 60 jovens que morreram no
Araguaia, para onde foram mandados pela direção do PC do B, eram estudantes
universitários, secundaristas ou recém-formados, segundo as profissões
descritas na Lei que, em 1995, constituiu a Comissão de Desaparecidos
Políticos?
- Que a expressão “socialismo democrático” - hoje largamente
utilizada por alguns partidos e candidatos - induz a um duplo erro: o de
apontar no rumo de um hipotético socialismo que prescindirá do Estado da
Ditadura do Proletariado, acontecimento nunca visto no mundo, e o de introduzir
a idéia de que o Estado mais democrático que o mundo já conheceu, o Estado
Proletário não é democrático? (livro “História da Ação Popular”, página 63, de
autoria dos atuais dirigentes do Partido Comunista do Brasil, Aldo Arantes e
Haroldo Rodrigues Lima).
- Que no início de 1964, antes da Revolução de Março,
Herbert José de Souza, o “Betinho” já pertencia à Coordenação Nacional da Ação
Popular? (livro “No Fio da Navalha”, do próprio “Betinho”, páginas 41 e 42).
- Que em 31 de março de 1964, quando da Revolução, “Betinho”
era o coordenador da assessoria do Ministro da Educação, Paulo de Tarso, em
Brasília? (livro “No Fio da Navalha”, páginas 46 e 47).
- Que pouco tempo antes da Revolução de Março de 1964, o
coordenador nacional do “Grupo dos Onze”, constituídos por Leonel Brizola, era
“Betinho”, designado pelo próprio Brizola? (livro “No Fio da Navalha”, páginas
49 a 51).
- Que em março de 1964 o esquema armado de João Goulart “era
uma piada”; e que “o comandante Aragão, comandante dos Fuzileiros Navais, era
um alucinado e eu nunca vi figura como aquela”? (livro “No Fio da Navalha”,
página 51).
- Que já em 1935 Luiz Carlos Prestes, o “Cavaleiro da
Esperança”, era um assalariado do Komintern (3ª Internacional)? Isso está
escrito e comprovado no livro “Camaradas”, do jornalista William Waak, que teve
acesso aos arquivos da 3ª Internacional, em Moscou, após o desmanche do
comunismo.
- Que Luiz Carlos Prestes foi Secretário-Geral do Partido
Comunista Brasileiro por 37 anos, ou seja, até maio de 1980, uma vez que foi
eleito em setembro de 1943, quando ainda cumpria pena por sua atuação na
Intentona Comunista? (livro “Giocondo Dias, uma Vida na Clandestinidade”, de
Ivan Alves Filho, cujo pai, Ivan Alves, pertenceu ao partido).
- Que 4 ex-militares dirigiram o PCB desde antes de 1943 até
1992: Miranda, Prestes, Giocondo Dias e Salomão Malina? Ou seja, dirigiram - ou
melhor, comandaram - o PCB por cerca de 50 anos?
- Que após o desmantelamento do socialismo real, que começou
pela queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1989, foi considerado que “o
marxismo-leninismo deixou de ser uma ferramenta de transformação da História
para tornar-se uma espécie de religião secularizada, defendida em sua ortodoxia
pelos sacerdotes das escolas do partido?” (livro “Nos Bastidores do
Socialismo”, de autoria de Frei Betto).
- Uma frase altamente edificante: “Quero deixar claro que
admito a pena de morte em uma única exceção: no decorrer da guerra de
guerrilhas”. Seu autor? Frei Betto, em seu livro “Nos Bastidores do
Socialismo”, página 404.
- Que em fins de agosto de 1995 - 16 anos após a anistia - o
governo enviou ao Congresso Nacional um projeto, logo transformado em lei,
dispondo sobre “o reconhecimento das pessoas desaparecidas em razão de
participação, ou acusação de participação, em atividades políticas, no período
de 2 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979”?
- Que esse projeto definiu que deveria ser criada uma
Comissão Especial, composta por 7 membros, com a atribuição de proceder ao
reconhecimento de pessoas que tenham falecido de causas não naturais “em
dependências policiais ou assemelhadas”?
- Que da relação de pessoas desaparecidas que acompanhou o
projeto constavam os nomes de 136 militantes da esquerda considerados desaparecidos
políticos que, por opção própria, pegaram em armas para instalar em nosso país
uma República Democrática Popular semelhante àquelas que o povo, nas ruas do
Leste Europeu, derrubou, nos anos de 1989 e 1990?
- Que entre esses nomes, estavam os de 59 guerrilheiros
desaparecidos no Araguaia, quando tentavam implantar o embrião do modelo chinês
de “guerra popular prolongada”?
- Que as famílias de todos esses guerrilheiros do Araguaia
já foram indenizados com quantias que variaram de 100 mil a 150 mil reais?
- Que, por conseguinte, à vista do que está escrito na lei,
para que essa indenização fosse concedida, a área de selva de cerca de 7 mil
quilômetros quadrados em que a guerrilha se instalou, foi considerada uma
“dependência policial ou assemelhada”?
- Que duas senhoras, integrantes da Comissão que representam
as famílias dos desaparecidos,Iara Xavier Pereira e Suzana Kiniger (ou Suzana
Lisboa) foram militantes da ALN e receberam treinamento militar em Cuba?
- Que Iara Xavier Pereira participou de “diversas ações
armadas”, conforme ela própria revela, na página 297, do livro “Mulheres que
Foram à Luta Armada”, de autoria de Luiz Maklouf?
- Que essas senhoras ou suas famílias foram indenizadas pela
morte de 4 pessoas? Iuri Xavier Pereira, Alex de Paula Xavier Pereira e Arnaldo
Cardoso Rocha (todos membros do Grupo Tático Armado da ALN, com treinamento
militar em Cuba, mortos nas ruas de São Paulo em tiroteio com a polícia),
irmãos e marido de Iara Xavier Pereira, que também recebeu treinamento militar em
Cuba, e Luiz Eurico Tejera Lisboa (treinado em Cuba), marido de Suzana Lisboa,
que com ele também recebeu treinamento na paradisíaca “ilha da liberdade”? Que,
no total, 600.000 mil reais, foi quanto os contribuintes pagaram a essas duas
senhoras?
- Que a mídia, a famosa mídia que faz a cabeça das pessoas,
jovens e adultos, nunca registrou esse “pequeno trecho” altamente edificante da
História recente de nosso país?
Mas, há mais, muito mais! VOCÊ SABIA que o guerrilheiro do
Araguaia, Rosalino Cruz Souza, conhecido na guerrilha como “Mundico”, incluído
na relação de “desaparecidos políticos”,sabidamente “justiçado”, no Araguaia,
pela também guerrilheira “Dina” (Dinalva Conceição Teixeira) - cujos familiares
foram também indenizados - teve sua família indenizada? Não pelo Partido que o
mandou para lá e o matou, mas por nós, contribuintes?
VOCÊ SABIA que a família do coronel aviador Alfeu Alcântara
Monteiro, morto em 2 de abril de 1964 - cuja esposa, desde sua morte, recebe
pensão militar - foi também aquinhoada com os tais 150 mil reais, com o voto
favorável do general que, na Comissão, representava as Forças Armadas? Que,
depois, esse mesmo general, em entrevista ao jornal “Folha de São
Paulo”,buscando justificar seu voto, disse que no processo organizado pela
Comissão constava que o coronel havia sido morto com “19 tiros pelas costas”? E,
diz o general: “depois vim a saber que ele foi morto com um único tiro”.
Caso o ilustre general, que também é advogado, antes de dar
seu voto, tivesse consultado o Inquérito Policial Militar instaurado na época,
para apurar o fato, arquivado no STM, como todos os demais inquéritos, teria
constatado a versão real: dia 2 de abril de 1964, o brigadeiro Nelson Freire
Lavanère Wanderley deveria receber o comando da então Quinta Zona Aérea, em
Porto Alegre, do mais antigo oficial presente que era o coronel Alfeu Alcântara
Monteiro, reconhecidamente janguista. O coronel recusou-se a transmitir o
comando e reagiu, atirando e ferindo o brigadeiro Wanderley, sendo morto com um
tiro de pistola 45 pelo também coronel-aviador Roberto Hipólito da Costa, que
acompanhava o brigadeiro. Ou seja, o coronel Hipólito matou em legítima defesa
de outrém, conforme concluiu o Inquérito, sendo absolvido pela Justiça Militar.
- Que Carlos Marighela, morto nas ruas de São Paulo,
delatado voluntária ou involuntariamente por seus companheiros do Convento dos
Dominicanos, e Carlos Lamarca, morto no sertão da Bahia, tiveram seus
familiares indenizados, embora a esposa de Carlos Lamarca já recebesse pensão
militar? Ou seja, as ruas de São Paulo e o sertão baiano foram considerados,
também, pela Comissão, “dependências policiais ou assemelhadas”.
Mas não terminou; eles querem mais, muito mais. VOCÊ SABIA
que membros da Comissão pensaram reivindicar a promoção de Lamarca a general?
VOCÊ SABIA que o então Ministro da Justiça do governo Lula também
propôs a promoção de Apolônio de Carvalho (um ex-militar expulso do Exército em
1935 e posteriormente fundador e militante do PCBR e, posteriormente banido do
país em troca de um embaixador seqüestrado) a general?
- Que amplos setores da mídia e toda a esquerda vêm
difundindo por todos esses anos a versão de que “a resistência armada” à
“ditadura” no Brasil dos anos 60, foi uma resposta ao Ato Institucional nº 5,
que “fechou” o regime?
- Que isso não é verdade, pois o Ato Institucional nº 5, que
teria “fechado” o regime, foi assinado em 13 de dezembro de 1968?
- Que, antes disso, a esquerda armada já havia atirado uma
bomba no Aeroporto dos Guararapes, em 25 de julho de 1966, matando um
jornalista e um Almirante e ferindo um General?
- Que já havia atirado um carro-bomba contra o
Quartel-General do II Exército, em São Paulo, matando o soldado sentinela Mario
Kosel Filho, em 26 de junho de 1968?
- Que já havia assassinado, ao sair de casa, na frente de
seus filhos, o Capitão do Exército dos EUA Charles Rodney Chandler, tachado nos
panfletos deixados sobre seu corpo, de “agente da CIA” ?
- Que um dos assassinos - um sargento expulso da Polícia
Militar de São Paulo pela Revolução de 1964 - várias vezes entrevistado, vive
hoje, tranqüilamente, em São José dos Campos, após ter sido anistiado pela
ditadura militar “fascista”, indenizado, promovido a Sub-Tenente e reintegrado
à PM, como reformado?
- Que em julho de 1968, antes, também, do Ato Institucional
nº 5, o Major do Exército da Alemanha Edward Von Westernhagen, que cursava a
Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, na Praia Vermelha, Rio de
Janeiro, foi morto na rua por um grupo do Comando de Libertação Nacional
(COLINA), do qual participavam dois ex-sargentos, um da Aeronáutica (João Lucas
Alves) e outro da Polícia Militar do Rio de Janeiro, sendo o crime, na época,
atribuído a marginais?
- Que João Lucas Alves residiu durante certo tempo na mesma
casa. Ou melhor, no mesmo “aparelho”, em que vivia a então militante do COLINA,
Dilma Roussef, em Belo Horizonte?
- Que o Major Von Westernhagen foi morto por ter sido
confundido com o capitão do Exército boliviano Gary Prado, que participou da
caçada a Che Guevara, no ano anterior, em seu país, e que, por isso, deveria
ser “justiçado”, que também cursava a Escola de Comando e Estado-Maior? (livros
“A Esquerda Armada no Brasil”, e “Memórias do Esquecimento”, de Flávio
Tavares).
- Que antes do Ato Institucional nº 5 (dezembro de 1968),
guerrilheiros do PC do B chegados da China em 1966 já se encontravam no Brasil
Central preparando a Guerrilha do Araguaia?
- Que era essa a tática utilizada pela esquerda armada para
instalar no Brasil um pleonasmo (uma República Popular Democrática): matar,
matar e matar?
- Que a alucinada esquerda armada não matava apenas seus
“inimigos”, mas também os amigos e companheiros?
Veja a relação dos companheiros assassinados, a título de
“justiçamento”, sob a alegação de que sabiam demais, demonstravam desejo de
pensar com suas próprias cabeças e que, por isso, representavam um perigo em
potencial. Não que tenham traído, mas porque poderiam (futuro do pretérito)
trair:
- Márcio Leite Toledo (ALN) em 23 de março de 1971, em São
Paulo;
- Carlos Alberto Maciel Cardoso (ALN) em 13 de novembro de
1971, no Rio de Janeiro;
- Francisco Jacques Alvarenga (RAN-Resistência Armada
Nacionalista) em 28 de junho de 1973, no Rio de Janeiro;
- Salatiel Teixeira Rolins (PCBR) em 22 de julho de 1973, no
Rio de Janeiro;
- Rosalino Cruz - “Mundico”, na Guerrilha do Araguaia;
- Amaro Luiz de Carvalho – “Capivara” (PCR), em 22 de agosto
de 1971, dentro de uma Penitenciária, em Pernambuco;
- Antonio Lourenço (Ação Popular), em fevereiro de 1971, em
Pindaré-Mirim/MA;
- Geraldo Ferreira Damasceno (Dissidência da Var-Palmares)
em 19 de maio de 1970, no Rio de Janeiro;
- Ari da Rocha Miranda (ALN), em 11 de junho de 1970, em São
Paulo.
- Que o militante da Resistência Armada Nacionalista,
Francisco Jacques Alvarenga, “justiçado” dentro do Colégio em que era
professor, no Rio de Janeiro, por um Comando da ALN, teve seus passos
previamente levantados por Maria do Amparo Almeida Araújo, também militante da
ALN?
- Que foi ela própria quem revelou esse detalhe no livro
“Mulheres que Foram à Luta Armada”,de Luiz Maklouf ?
- Que Maria do Amparo Almeida Araújo é atualmente a
presidente do “Grupo Tortura Nunca Mais” de Pernambuco, entidade criada para
denunciar as torturas e assassinatos da chamada “repressão”?
- Finalmente, leiam este trecho, altamente significativo,
considerando a identidade de seu autor:“No curso de Estado-Maior, em Cuba,
esmiuço a história da revolução cubana e constato evidentes contradições entre
o real e a versão divulgada pela América Latina afora (...) Muitas ilusões
foram estimuladas em nossa juventude pelo mito do punhado de barbudos que,
graças ao domínio das táticas guerrilheiras e à vontade inquebrantável de seus
líderes, tomou o poder numa ilha localizada a 90 milhas de distância de Miami.
Balelas, falsificações (...) O poder socialista instituiu a censura, impediu a
livre circulação de idéias e impôs a versão oficial. Os textos encontrados
sobre a revolução cubana são meros panfletos de propaganda ou relatos factuais,
carentes de honestidade e aprofundamento teórico (...) O Partido Comunista é o
único permitido, e em seus postos importantes reinam os combatentes de Sierra
Maestra ou gente de sua confiança, em detrimento dos quadros oriundos do
movimento operário (...) Os contatos com as organizações de luta armada (de
toda a América Latina) são feitos através do S2 (Inteligência), conseqüência
das deturpações do regime. A revolução na América Latina não seria uma questão
política e sim, usando as palavras do caricato Totem, “de mandar bala”. Nos
relacionamos com os agentes secretos, que tentam influenciar na escolha de
nossos comandantes, fortalecem uns companheiros em detrimento de outros, isolam
alguns para criar uma situação de dependência psicológica que facilite a
aproximação, influência e recrutamento; alimentam melhor os que aderem à sua
linha e fornecem informações da nossa Organização, concedem status que vão
desde a localização e qualidade da moradia à presença em palanques nos atos
oficiais; não respeitam nossas questões políticas e desconsideram nosso direito
à auto-determinação”.
Totem, acima mencionado, é o general Arnaldo Ochoa,
comandante do Exército em Havana, no início dos anos 70, fuzilado nos anos 80,
sob a acusação de ser narcotraficante.
Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz (“Clemente”) é o autor
do texto acima transcrito, que está nas páginas 178 a 181 do seu livro “Nas
Trilhas da ALN”. “Clemente” foi o último dos “comandantes” da Ação Libertadora
Nacional. Recebeu treinamento militar em Cuba e foi autor de vários assaltos a
bancos, estabelecimentos comerciais, assassinatos e “justiçamentos”. Ele
próprio calcula que tenha matado dez pessoas, e já disse que não se lembra ao
certo (!), como os “justiçamentos” de seu próprio companheiro Márcio Leite
Toledo e do presidente da Ultragaz em São Paulo, Henning Albert Boilesen, em 15
de abril de 1971.
Ao concluir o curso em Cuba, nos idos de 1973, “Clemente”
desertou e foi viver em Paris, somente regressando ao Brasil após ter sido um
dos anistiados pelo presidente Figueiredo, derrubando outro mito até hoje
difundido pelas esquerdas de todos os matizes: o de que a Anistia não foi
Ampla, Geral e Irrestrita. Hoje, vive no Rio de Janeiro. Dá aulas de violão
para crianças, cujos pais nem desconfiam quem seja o “professor”, e participa
de eventos culturais organizados pelo Movimento dos Sem-Terra.
Este texto deveria ser remetido à © Omissão da Verdade, mas
não tenho o e-mail daqueles caras.
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Carlos I. S. Azambuja é Historiador.