segunda-feira, 14 de julho de 2014

O fracasso da seleção afetará a candidatura de Dilma Roussef


Craque alemão avisou em 2013: "Futebol brasileiro dorme desde 2002."




Gulag: apenas duas sílabas

Por Carlos I. S. Azambuja

“Dialeticamente, os comunistas dizem que mais vale enganar-se com o partido do que ter razão fora dele ou contra ele, pois o partido é a encarnação da verdade global, da razão histórica. Um erro do partido só pode ser parcial ou passageiro e o próprio curso da história o corrigiria. Uma verdade contra o partido também só pode ser parcial e passageira, todavia, estéril e nefasta, pois ameaça obscurecer, obliterar a verdade global da sua razão histórica” (“Um Belo Domingo”, Jorge Semprun, editora Nova Fronteira, 1980).

Em 1934, quando o Ministério do Interior de Hitler estabeleceu as normas de internamento administrativo nos campos de concentração, o sistema já funcionava a 15 anos na União Soviética. Em fevereiro de 1919, na oitava reunião do Comitê Central Executivo, Felix Dzerjinsky declarava: “Proponho que se mantenham os campos de concentração para utilizar o trabalho dos detentos, dos indivíduos sem ocupação regular, de todos aqueles que não podem trabalhar sem uma certa coerção...”. Frase admirável! Qual é o proletário que vai trabalhar na fábrica sem uma certa coerção econômica?

Essa fórmula de Dzerjinski, além de abrir caminho para a arbitrariedade mais total, escondia a hipocrisia dialética que preside a ideologia do trabalho. Este, desde a vitória bolchevique, passou a ser considerado um caso de honra para o trabalhador, como uma forma de exprimir a sua adesão à revolução. Toda a reticência com relação ao trabalho passou a ser julgada como delito ou como prova de má vontade, pelo menos. Meio século mais tarde, em Cuba, a lei de Fidel Castro contra a preguiça reproduziu exatamente a mesma articulação ideológica. O genro de Marx, Paul Lafargue, nascido em Cuba e autor de um panfleto sobre o Direito à Preguiça, deve ter-se revirado no túmulo.

E. Dzerjinsky, na reunião acima mencionada, prosseguia: “Se considerarmos a administração, estas medidas” – a manutenção dos campos –“sancionarão a falta de zelo, os atrasos, etc” – esse etc. era o pior de tudo – “Permitirão colocar em marcha os nossos funcionários”. É por meio de um trabalho forçado, produtivo e reeducativo que Lênin e Dzerjinsky se propuseram corrigir maciçamente todos os parasitas, os preguiçosos, os insetos nocivos. E os doentes também, porque embaraçavam a nascente sociedade socialista.

Em 1934, portanto, quando o Ministério do Interior de Hitler estabeleceu que a detenção administrativa era assunto exclusivo da Gestapo, reproduziu quase palavra por palavra uma frase pronunciada por Dzerjinsky 15 anos antes: “O direito de internamento nos campos de concentração é conferido à Checka”.

Em 1937, quando os primeiros detentos vindos de vários outros campos de concentração da Alemanha começaram a construção de Buchenwald, o sistema de campos de concentração do Gulag chegava ao seu apogeu.

Nesse ínterim, o Partido Comunista Francês tentou proibir o uso da palavraGulag e produziu um medíocre libelo: “A URSS e Nós”, pois essas duas sílabas “produzem uma carga afetiva estranha e inquietadora e toda a visão racional e diferenciada do mundo socialista, de sua evolução e de sua realidade”.

A palavra Gulag é, com efeito, uma sigla. Quanto à “carga afetiva” que essas duas sílabas podem conter, ela não cai de um céu metafísico, ela não é uma fatalidade semântica. A “carga afetiva” vem do fato de se saber o queGulag quer dizer. Além de compreender a “carga afetiva” que essas duas sílabas contêm, Soljenitzyn, Varlam Chalamov e milhares de outros a sofreram. Essas duas sílabas nos remetem a uma experiência histórica. Não é em nível de fonética que se situa o problema. Mas o conhecimento sobre o significado dessas duas sílabas ainda é frágil, bem longe de estar suficientemente estabelecido, suficientemente entendido e tenderá a se esfumaçar, a se banalizar, pois as raízes sociológicas e políticas da surdez ocidental face às realidades do Leste continuam muito fortes.

O que teriam dito esses intelectuais do Partido Comunista Francês no momento da projeção de O Holocausto nas telas da TV européia? “Tendo compreendido a carga afetiva que podem conter as palavras câmara de gás e forno crematório, os judeus organizaram a respeito uma orquestração colossal e obsessiva?” Contudo, foi exatamente a mesma coisa. Seu passo foi idêntico na direção da ignomínia.

Assim, os historiadores do PCF tentaram proibir o uso da palavra Gulag. Talvez acreditassem poder suprimir a realidade dos campos, ou pelo menos os efeitos dessa realidade, censurando a palavra que a indica. Devemos deduzir dessa fórmula sábia que existe, sem dúvida, um mundo socialista para os intelectuais cães-de-guarda dos partidos comunistas de todo o mundo. E esse mundo, esse belo mundo, não é qualificado de modo depreciativo. Não é qualificado de “real”, de “primitivo”, nem de “inacabado”. Esse mundo é socialista, nem mais nem menos. Nós não pertencemos ao mesmo mundo.

No ano de 1937 um furacão desabou sobre as duas sílabas do campo de concentração de Kolyma e sobre toda a sociedade soviética. Sob as ordens do coronel Garanin, que acabou sendo fuzilado como “espião japonês”, bem como seu patrão Iejov, que substituiu Iagoda, também fuzilado, na direção da NKVD, sendo substituído por Béria, o qual, por sua vez, também foi fuzilado... O coronel Garanin fez desabar sobre Kolyma um furacão de loucura. Por sua ordem foram fuzilados milhares de deportados acusados de “agitação anti-revolucionária”. Mas, no que consiste num Gulag a agitação anti-revolucionária? Afirmar em voz alta que o trabalho é penoso, sussurrar o mais inocente comentário sobre Stalin, ficar em silêncio quando a multidão de deportados grita “Viva Stalin... fuzilado!”. O silêncio é a agitação. Grupos inteiros foram fuzilados por não obedeceram às normas. As autoridades doGulag deram a esse rigor uma base teórica: em todo o país executava-se o Plano Qüinqüenal, com números precisos para cada fábrica, cada local de trabalho. Em Kolyma definiam-se as exigências para cada monte de argila, cada carrinho, cada picareta. O Plano Qüinquenal era a lei e não executá-lo era crime anti-revolucionário!

O Plano era, portanto, prova tangível da superioridade soviética, pois permitia que se evitassem as crises e a anarquia da produção capitalista. O Plano, conceito quase místico, era, portanto, responsável não somente na sociedade civil – mas nesse caso completamente incivil – e sim por um despotismo exacerbado, pois ligava o trabalhador à fábrica e o presidiário ao presídio. O Plano era, simultaneamente, a causa de um aumento refinado do terror dentro dos campos do Gulag e tão criminoso quanto o coronel Garanin. Na verdade, um não funcionava sem o outro.

Nesse contexto, uma brigada inteira passava os dias abrindo túmulos, ou melhor, fossas, onde amontoavam fraternalmente os cadáveres anônimos... Empilhavam todos os cadáveres, completamente nus, depois de lhes tirar os dentes de ouro, registrados nas atas de inumação. Atiravam nas valas os corpos e as pedras, mas a terra recusava os mortos, imputrescíveis, condenados à eternidade do solo perpetuamente gelado do Grande Norte. Valas e fossas que eram os túmulos do homem novo criado pelos bolcheviques. O Gulag é o produto direto e inequívoco do bolchevismo.

Enquanto isso, mais tarde, em Moscou, no Mausoléu da Praça Vermelha, multidões crédulas continuavam a desfilar ante o cadáver imputrescível de Lênin protegido por sentinelas de um regimento de guarda, imóveis como estátuas de bronze. Todavia, o grande mausoléu da revolução estava no Grande Norte, em Kolyma. Lá não havia sentinelas, pois esses mortos não precisavam de guardas.

Também não havia marchas fúnebres tocadas em surdina. Nada havia além do silêncio. Entretanto, nas extremidades do labirinto de galerias, num anfiteatro talhado no gelo de uma vala comum, poderiam ser organizadas reuniões de estudiosos para discutir as conseqüências do “desvio stalinista”, com a ajuda de um conjunto representativo de importantes personalidades marxistas ocidentais.

Dados bibliográficos: “Um Belo Domingo”, de Jorge Semprun, editora Nova Fronteira, 1980.
GULAG: Glavnoje Upravlenije Ispravitelno-trudovych Lagerej
(Administração Central dos Campos de Trabalho Corretivo)


Fonte: Alerta Total


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Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

Cientistas refutam alarmismo com “derretimento” da Antártida




Antártida continente com 70% da agua doce do mundo, vulcões e montanhas
Antártida continente com 70% da agua doce do mundo, 
vulcões e montanhas
A recuperação cíclica da calota polar do Ártico levou os ecologistas a buscar na Antártida uma nova “prova” – na verdade, um pretexto – para justificar a ‘montagem’ ambientalista radical de um futuro aumento apocalíptico do nível dos mares.

Tomados de súbito interesse pela Antártida – e não por toda ela, mas apenas pela costa ocidental, ou Antártida do Oeste – ‘verdes’, apocalípticos e mídia esqueceram-se do Ártico.

Sem darem nenhuma explicação ao púbico, por eles ludibriado e apavorado durante alguns anos pela manipulação do derretimento cíclico do Ártico, correm agora para espalhar pânico pelo suposto derretimento do gelo antártico.

Enquanto a calota de gelo do Ártico é muito pouco profunda e seu derretimento não produz efeitos sensíveis, a massa de gelo acumulada na Antártida é colossal.

A Antártida é um continente com planaltos, sistemas montanhosos e vulcões. É também o mais alto em média (acima de 2.000 metros), o mais frio e seco, com ventos registrados de até 320 km/h.

Seu manto de gelo possui em média dois quilômetros de espessura, sendo a máxima de 4.776 metros. O volume dessa cobertura é estimado em 25,4 milhões de quilômetros cúbicos, que contêm 70% de toda a água doce do planeta.

Por certo, água doce não falta, mas esse volume parece uma ninharia se comparado ao volume de água salgada nos oceanos: 1,332 bilhões de quilômetros cúbicos!

Dados da Woods Hole Oceanographic Institution, de Massachussetts, instituição privada que investiga desde 1930 as relações entre as massas de água e o resto do planeta.

A Antártida pode derreter-se toda que os oceanos pouco vão mudar; nem New York, nem o Rio de Janeiro serão engolidos pelas águas.

Vulcões e não o aquecimento global explicam 
derretimento parcial de alguns glaciares
Porém, o viés alarmista dos infatigáveis ambientalistas exagera dados colhidos na Antártida do Oeste – e quase só nela – para fazer acreditar que o ’aquecimento global’ está derretendo o continente antártico. E que, em consequência, centenas de milhões de pessoas terão que migrar das cidades costeiras ou serem engolidas pelo mar em crescimento furioso.

Entrementes, pesquisadores do Instituto Geofísico da Universidade de Texas–Austin (UTA’s Institute for Geophysics), concluíram que a diminuição das geleiras na Antártica Ocidental se deve ao calor geotermal gerado pelos abundantes vulcões da região. E nada tem a ver com o aquecimento global.

O estudo foi publicado na sisuda revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences” e noticiado por diversos órgãos de imprensa como FoxNews.

Os pesquisadores verificaram que o glaciar flutuante Thwaites está diminuindo em virtude do calor geotérmico produzido pelo magma terrestre e pelos vulcões submersos. Esse glaciar é chave para compreender um hipotético aumento dos níveis dos mares, levando-se em conta sua inusual mutabilidade.

Na Antártida há pelo menos 20 vulcões ativos. Em 2011 foi descoberta uma cadeia de vulcões submersos, vários dos quais ativos. Um deles é enorme, segundo Philip Leat, vulcanólogo a serviço do British Antarctic Survey e que participou na descoberta.

Os pesquisadores do UTA usaram técnicas de radar para mapear o fundo marítimo sob o glaciar e encontraram níveis de calor muito acima do imaginado e nunca antes verificados.

Esse calor explica o que acontece na geleira flutuante Thwaites, explicou o chefe do estudo David Schroeder.

“É o mais complexo ambiente termal que se possa imaginar”, acrescentou o coautor Don Blankenship. “Tentar criar um modelo dele é virtualmente impossível”.

Mas a verdade e a ciência pouco importam ao alarmismo ambientalista e aos cientistas ideologicamente engajados. Para eles, a Antártida vai para o colapso porque o planeta aquece por culpa da civilização humana. É dogma.

Superfície gelada da Antártida vem batendo recordes. 
Estado em 16/09/2013. Linha laranja: média anos 1981-2010.
Recentemente, o glaciologista da NASA Eric Rignot profetizou que o derretimento da superfície de gelo da Antártida ocidental é “imparável” e fará subir dramaticamente o nível dos mares.

Porém, os relatórios sobre a superfície total das geleiras antárticas apontam um crescimento geral continuado, sempre superando recordes. No fim do mês de maio, o gelo antártico atingiu o máximo tamanho desde que começaram as medições em 1979.

Hoje a superfície gelada atingiu 13 milhões de quilômetros quadrados — portanto, 10,3% acima da média de 11,7 milhões de km2 do período 1981-2010. O recorde anterior foi de 12,7 milhões de km2 em 2010.

Mas, a utopia anticivilizacão ocidental não quer saber da realidade. O neocomunismo tem outras metas e se a ciência não serve para essas metas, que se dane, a revolução “verde” não pode parar!


Arenas da Volência

Por Ernesto Caruso

Arena de touros e arena da antiga Roma onde gladiadores e feras trocavam “carícias”. Com o PAC da Copa os estádios foram demolidos, tristemente viraram pó. O Maracanã não ficou em ruínas e nem tempo houve para ser outro Coliseu. Ambição política, bilhões de dinheiro — 30 Bi — cimento, areia e ferro, o Maior do Mundo que acolhia 200 mil espectadores na Copa de 1950 com “aceleração do crescimento” passou para 79 mil.

Pior, roubaram o espaço das classes mais pobres que podiam comparecer ao estádio, a Geral. Nesta época — 2014 — dos governantes ditos preocupados com o social nos discursos de palanque, detratores das elites que são bajuladas e atendidas nos salões de festas dão aos necessitados as migalhas do bolsa família a troco do voto. Argumento insustentável de Lula, ratificado por Dilma, que foi a “elite branca” que a vaiou. Zombaria repetida até na final. Em alto nível, bombando na internet com imagem e voz do povão.

Assim, como suprimem o acesso do pobre ao espetáculo rico da Copa, compensam pela transmissão de imagens nos telões, sob sol e chuva nas praças e nas praias, fora do padrão FIFA, a Parceira.

O futebol arte deu lugar à violência das arenas. Matar o touro às fustigadas, bandeirolas espetadas no lombo, sangue escorrendo das feras e das gentes cortadas pelas afiadas espadas dos gladiadores. Conseguiram transmitir aos jogadores de hoje a violência do passado. Vencer ou vencer. Matar ou morrer. Dinheiro, fama, taça no novo Coliseu. Trava da chuteira, joelho e cotovelo, adversário brutalmente derrubado, tonto, ferido e a mão do agressor a tentar levantar, ás vezes rejeitada.

É o que estamos presenciando aplaudindo a vitória, mal que acomete aos comentaristas que não se cansam de dizer “... lamentável, mas a Copa continua...”. Um presidente, ex-guerrilheiro da luta armada pró-comunismo, defendeu o jogador da seleção do seu país que mordeu como um raivoso pitbull o ombro do adversário. Como se      fosse um abjeto inimigo!

Claro que no futebol há acidentes; é um esporte onde os corpos se encontram ao disputar a bola, mas está por demais o grau de violência não contida pelos árbitros, em número maior do que no passado e com recursos técnicos de observação e comunicação de toda ordem no espetáculo sem ordem. Um exagero no uso das mãos e abraços em detrimento do uso dos pés, origem e característica do esporte.

Embora, comentários com adjetivos e superlativos qualificando e elogiando os jogos, não foi o que se viu em várias contendas.  Pancada aos borbotões e cansativo futebol sem arte. Sangue na face do vale tudo não causa espanto. Futebol americano tem mais equipamento de proteção individual. E quem sabe, possam adaptá-lo ao futebol e a legislação exigir mais “segurança” no trabalho.

Fora do campo o açodamento e a incompetência logomarca das mãos ensanguentadas em forma de taça deixam rastros de violência na construção de viadutos na propagada mobilidade urbana e nas quedas, desastres e morte de operários a enlutar famílias.

Mas, como foi dito que não se faz copa construindo hospitais, vão dizer que é comum morrer gente. Nas vias públicas, nas obras, nos assaltos, nos postos de saúde.

Sucesso no pós Copa a custa de feriados, aeroportos vazios, doze sedes, passagens caras e o brasileiro recolhido ao lar. Óbvio.

O aproveitamento político desde a escolha do Brasil para esta Copa, o exagerado número de sedes, o custo dos estádios e o descontentamento com a corrupção desenfreada mostrou uma diferença entre o entusiasmo mostrado nas telinhas e o comprovado nas ruas; nessas, poucas casas com a Bandeira Nacional e poucos automóveis a portavam.



Muda agora Brasil...



MUDA AGORA BRASIL - MUDA MESMO

Vamos tirar da janela a bandeira
Se o orgulho de ser brasileiro
Só surge com a seleção
Esconda o patriotismo bem fundo
Porque para o resto do mundo
Brasil é só decepção

Mas para quem sabe que o país / é muito mais que o Neymar
E que guerreiro de verdade é quem / faz sua parte pra mudar
("Pátria amada, Brasil")

Muda agora, Brasil
Chega dessa cor vermelha
Mais quatro anos de estrela
Vão dar perda total, Brasil

Muda agora, Brasil
E de virada é mais gostoso
Porque de cidadão teimoso
Já basta o Felipão, Brasil

De Réu a Acusador

Por Paulo Roberto Gotaç

A Presidente Dilma, em recente entrevista, emitiu alguns pontos de vista que merecem alguma reflexão.

Numa determinada altura, referindo-se às vaias e xingamentos espocados durante a abertura da Copa do mundo, declarou que uma considerável parcela dos que foram aos estádios pertenciam realmente a uma "elite branca" - termo que, segundo ela "não fomos nós que inventamos", o sempre presente "nós e eles" - com poder aquisitivo para pagar os ingressos.

Lá nos idos de 2007, no entanto, quando o então Presidente Lula ainda comemorava a escolha do país como sede do torneio, tinha ele mente, segundo admitiu mais tarde, não obter dividendos políticos mas  atender aos anseios de uma paixão do povo brasileiro, o futebol, assegurando, à época, que o evento seria bancado pela iniciativa privada, o que não ocorreu, onerando, assim, consideravelmente, os cofres públicos.

Talvez se o governo conseguisse persuadir nesse sentido os investidores particulares, quem sabe o setor público, com seus recursos, fosse capaz de baratear os preço dos ingressos e atrair mais público da classe C, cuja ascensão é alardeada pelos cardeais do PT como grande conquista?

Em outro trecho da entrevista, Dilma, afirma que a corrupção já existia antes do seu partido assumir o poder, o que é indiscutível.
Só não acrescentou que a sua amplificação durante o período petista que ainda vigora, elevou o respectivo nível a alturas inimagináveis, sendo observada a compra de votos de parlamentares visando à aprovação de projetos de seu interesse no Congresso, ação conhecida como mensalão e que consistiu na maior manobra de corrupção política da história.

Esqueceu-se também de citar os inúmeros escândalos ligados ao partido, em determinada época divulgados quase diariamente pela mídia, os favorecimentos a "cumpanheiros", afetando a gestão de estatais e domesticando os sindicatos, além da absurda formação de 39 Ministérios, alguns criados por mera conveniência de poder-político. 

Vê-se assim que a tentativa do partido do governo de se transmudar de réu para acusador pode, nas mãos de uma eficiente oposição, ter efeito contrário aos objetivos eleitorais ligados à re-eleição.


Fonte: Alerta Total


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Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

Intervenção militar?

Por Gen Bda Paulo Chagas

Caros amigos
 
Tenho recebido muitas mensagens de pessoas, muito justamente preocupadas com o futuro do País, sugerindo uma intervenção militar na política brasileira.
Sinto muito, por mim e por todas essas pessoas, mas a situação que estamos vivendo hoje no Brasil foi construída pelos brasileiros, por livre e espontânea vontade, por que então teriam os militares que por ordem na casa, contrariando o que a maioria dos brasileiros, aparentemente, quer?

Lula venceu as eleições e tomou o poder dos Tucanos com as mesmas urnas eletrônicas que se suspeita, desde sempre, que sejam fraudáveis. Por que FHC não fez o seu substituto? Será que não sabia fraudar urnas ou não sabia que eram fraudáveis?

Tudo que está sendo feito para o mal do Brasil é constitucional ou está sendo aceito como tal pelas Casas que representam o povo. Na Democracia Representativa, em princípio, isto é a vontade da maioria. As instituições, bem ou mal, estão funcionando - aparelhadas, é bem verdade.

Está tudo uma droga, mas dentro da lei, caso contrário o MP, a OAB e outros fiscais da lei já teriam tomado providências. Porque não o fazem? Aparentemente estão todos achando tudo muito bom! Por que então os militares, ao arrepio de tudo isto, apenas porque ostentam as armas do Estado e representam o argumento da força, iriam tomar conta da Nação? Que instituições, entre as tantas que temos, ficariam do lado do golpe?

Democracia é o mesmo que religião - não basta ser batizado - tem que ser professada. Há que se acreditar, ter fé e praticá-la. Vejo muitos católicos, como eu, maldizendo a Deus quando morre um familiar ou amigo próximo, jogando no lixo a crença na promessa de uma outra vida, ao lado do Pai, na qual juravam crer até o dia anterior!

O mesmo acontece com muitos democratas quando os seus candidatos não são eleitos ou as suas convicções não são as mesmas da maioria, comprada ou não!

Da mesma forma, serve de exemplo a “Parábola do Semeador” que põe em relevo a ação de semear a Palavra por toda parte, não importando o terreno que acolhe a semente. Quando há “terra boa” a palavra é ouvida e compreendida, a semente frutifica. Apesar dos obstáculos (pássaros, terreno pedregoso, espinhos), no final, a colheita é sempre abundante.

Por que a direita não semeia o que é direito até que se esgotem os recursos da democracia? Será que o medo de declarar-se de direita ou conservador tomou conta de nós e nos impede de semear seus ideais?

A esquerda conseguiu, com a ajuda da nossa omissão, fazer com que seja politicamente incorreto declarar-se de direita ou conservador. A solução mais simples parece que passa a ser chamar os militares e escudar-se atrás deles - não dá trabalho e é mais seguro para garantir os interesses frustrados.

Seria muito bom também se aproveitássemos a lição deixada pela humilhante derrota futebolística,  se assimilássemos os ensinamentos e colocássemos em prática as reais medidas de salvamento da Pátria que se fazem necessárias, e que estão ao nosso alcance, antes de querer transferir a responsabilidade e a iniciativa para os outros.

Em 1964 houve uma decisão manifestada pela maioria, ou se dava o golpe ou se sofria um golpe, e hoje? Onde está a maioria que apoiará o golpe militar?

Não descarto, é lógico, a intervenção, mas repudio o golpe para salvar os acomodados. Intervenção, em qualquer caso, justificada ou não, é uma agressão à lei!

É preciso, portanto, antes de mais nada esgotar os recursos da democracia para, só então, se for o caso, apenas aplaudir os Salvadores da Pátria, porque eles não precisarão ser chamados, eles conhecem a voz do dever e não lhe faltarão!

Nenhuma ditadura serve para o Brasil! – Grupo Ternuma