Por Aileda de Mattos Oliveira
São os senhores, os militares, atores de primeira grandeza
na manutenção do estado de governabilidade do País. São os que estão,
realmente, afetiva e efetivamente ligados ao Território, como solo sagrado da
Nação, preservando nele, a unidade da língua, como fator de identidade
nacional.
Por essa óbvia razão, são alvos daqueles que escolheram o
caminho do escracho, demolição moral e material de alguém ou de instituição, em
troca de alguns trocados pagos por alguma figura de proa do governo. Inúteis,
vândalos, bonecos manobrados pelos ventríloquos do poder, tão ordinários quanto
eles.
Cada uma das Forças já deixou a sua marca vitoriosa em
várias épocas da História do Brasil. Hoje, surgem aos olhos da parte ordeira da
população, como instituições de grande respeitabilidade, às quais,
constitucionalmente, cabem manter a soberania da Nação contra os mercenários
que agem, não sorrateiramente, pois giram, com desenvoltura, à nossa volta,
ignoram a Constituição, e fazem do País uma casa de pasto de militantes de
várias origens latinas.
Apesar de o Ministério da Defesa não ter voz militar, pois
está entregue a um incapaz ministro civil e aos alienados e cúmplices
‘Comandantes’ das Forças, seguem os senhores, militares, silenciosos, cumprindo
as suas atribuições, como se estivessem num País em que todos os setores de
atividade funcionassem a pleno vapor, em acelerado processo de desenvolvimento.
Esse é o nosso estranhamento.
Seguem, como se o governo estivesse pondo em prática
elaborado planejamento de ataque aos problemas nacionais; aplicando os recursos
da fabulosa arrecadação na solução dos modais de transporte, diminuindo as
distâncias entre as regiões brasileiras; investindo na área de medicina
nuclear; de transplantes de órgãos; pondo em funcionamento os hospitais
públicos com moderna aparelhagem, e médicos bem-remunerados.
Como se o interesse na Educação fosse tanto, que houvesse
investimentos na atualização dos professores para qualificar o ensino e
proporcionar às novas gerações oportunidades no mercado de trabalho, cada vez
mais exigente de inteligência e liderança. Como se os professores dos Ensinos
Fundamental e Médio fossem reconhecidos como os primeiros condutores de todas
as demais profissões, e recompensados condignamente.
Seguem, como se nas próprias Forças Armadas estivessem sendo
aplicadas as verbas necessárias à sua modernização; em material humano; em
aquisição de instrumentos; de equipamentos indispensáveis ao adestramento de
cada uma e ao cumprimento de suas funções na defesa das fronteiras; do espaço
aéreo; das milhas marítimas.
Pelo visto, senhores militares, as Forças Armadas nada têm a
se queixar, como se os vencimentos recebidos fossem proporcionais à alta
qualificação profissional adquirida, há muito reconhecida pelas congêneres
estrangeiras; como se os contingentes satisfizessem as exigências de defesa
desta terra, tão decantada no seu pacifismo.
Mas, para os civis que se ombreiam com os militares, a
impressão que transmitem, senhores, é de que estão sob os efeitos de um
demorado Toque de Silêncio.
Esses civis, seus admiradores, menos disciplinados e mais
ansiosos por resultados, aguardam que alguém inicie o Toque de Alvorada e que
este seja vibrante, sem tempo determinado para os seus últimos acordes, porque
o Brasil que as Forças Armadas estão enxergando, não é o Brasil real que
estamos vivendo, atentos, com cronômetro nas mãos, aguardando, angustiados, o
tempo da vagabundagem petista terminar.
Se houver resistência na passagem da faixa, poderemos contar
com os senhores das Forças Armadas, ou já estão como a outra parte do povo,
anestesiados?
Como foi dito no início, os militares são protagonistas de
primeira grandeza, são as estrelas-alfa das constelações de profissionais que
ainda resistem à doença infecta que inocularam no País: a corrupção.
Portanto, nós, civis, amigos dos senhores militares,
aguardamos que o “Braço Forte, Mão Amiga”, seja literalmente cumprido, porém,
antes que o Brasil se torne o centro do comunismo andino e caribenho; que o
capacete com mira dos caçadores enquadre bem o centro incitador da anarquia;
que o Adsumus* não permaneça no latim, compareça, em bom português, com todo o
aparato no momento certo, porque estaremos juntos, onde ocorrer o renascimento
do Brasil.
Podem acreditar!
*“Estamos juntos!”
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Aileda de Mattos Oliveira é Dr.ª em Língua Portuguesa e
membro da Academia Brasileira de Defesa.