Por Políbio Braga
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
Brasileiros não devem dar como certa a morte do PT
O colunista Rodrigo Constantino usa como exemplo os governos
bolivarianos da Argentina e Venezuela e explica que partidos que se perpetuam
no poder podem sofrer reveses. Mas não morrem de fato.
O PT é a hérnia de disco do Brasil e precisa ser extirpado
Por Veja.com
O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) abre fogo contra o governo
e diz que a retirada do PT do poder já resolveria boa parte da crise
brasileira. Ele, que é médico ortopedista, defende novas eleições e diz que
inclusive pode ser candidato à presidência. Para o senador, as manifestações de
domingo serão decisivas e chama a nação a cobrir as ruas do Brasil com indignação.
Se as manifestações forem um sucesso, oposição terá que se mexer
O
historiador e comentarista político da Jovem Pan Marco Antonio Villa fala sobre
o momento de extrema impopularidade do governo de Dilma Rousseff. Ele afirma
que o comando do país tenta fazer manobras para reverter a situação, embora não
sejam eficazes. Villa reforça, então, que se as manifestações forem um sucesso,
a oposição terá que se mexer.
No vídeo de 2005, à beira de um ataque de nervos, Lula topa ser testemunha de defesa de Dirceu e jura que o Mensalão não existiu
Em dezembro de 2005, depois de cinco meses de esquivas,
negaceios, dribles e fintas, Lula enfim aceitou conceder uma entrevista ao Roda
Viva, então sob o comando de Paulo Markun.
“Mas tem de ser aqui no Palácio do Planalto”, condicionou o presidente,
decidido a valer-se dos fatores campo e torcida para inibir a bancada formada
por ex-apresentadores do programa. Eu estava entre eles.
O vídeo registra um dos trechos em que Lula foi confrontado
com incômodas perguntas sobre o Mensalão, assombração da qual fugia desde julho
como o diabo foge da cruz e o vampiro da claridade. Passados dez anos, o que se
vê é um documento atualíssimo. Vale a pena ouvir o entrevistado, sempre à beira
de um ataque de nervos, proclamando a inocência de José Dirceu. E vê-lo jurando
que o Mensalão não existiu é coisa que não tem preço.
Antes de virar presidente, Lula era freguês de carteirinha
do programa da TV Cultura. Depois daquele dezembro (e não por falta de
convite), nunca mais voltou ao Roda Viva. Seria interessante saber se ainda
topa, como topou em 2005, ser arrolado entre as testemunhas de defesa do
companheiro agora engaiolado em Curitiba.
Cobertor do otimismo está curto para tanta crise
O incêndio na política baixou um pouco, por algumas horas ou
dias e isso apareceu até em indicadores como dólar e taxas de juros no mercado
financeiro. Parecia que o governo estava para cair nas próximas semanas. Quem
sabe a fervura diminua mais, a depender das manifestações de domingo e de
novidades e novas prisões da Lava Jato. Mas a vida do dia a dia continua a piorar
muito e regularmente.
Não importam os acordos políticos, o consumo deve continuar
a declina até quase o final do ano. No primeiro semestre, as vendas no varejo
caíram 2,2% sobre a primeira metade do ano passado, coisa que não se via desde
2003. Mesmo as vendas dos supermercados, as dos produtos mais essenciais,
caíram 1,2%, soubemos hoje.
É muito difícil que a situação do consumo melhore antes do
final do ano, pelos motivos que quase qualquer um pode perceber.
Primeiro, a inflação está alta e deve continuar no mesmo
nível, entre 9% e 10% ao ano, até pelo menos novembro, comendo o poder de
compra dos nossos rendimentos.
Segundo, os salários caem e o desemprego aumenta; as
pesquisas com empresas indicam que essa tendência vai pelo menos até o começo
do ano que vem.
Terceiro, falta crédito. Os juros estão além da lua. Os
bancos estão na retranca, estão muito cuidadosos nos empréstimos. Quem ainda
tem condições de pedir e conseguir crédito está com medo de se endividar, dado
o ambiente.
Com renda menor, menos emprego e crédito estagnado, não há
como o consumo reagir tão cedo.
Claro que uma situação política mais resolvida e um plano
econômico de mudança grande, que tenha apoio social e político, podem abreviar
essa crise e diminuir a intensidade do sofrimento. Mas tão cedo também não vai
haver tal acordo político.
Logo, a crise ainda tende a piorar até quase o finzinho do
ano. Então, fica a dúvida: a revolta popular com a crise e o arrocho podem
causar outra piora na política? O cobertor do otimismo está curto para tanta
crise.
Desvalorização da moeda da China provoca queda do dólar
Esta quarta-feira começou com a desvalorização da moeda da
China que acarretou na queda do dólar comercial. Esse movimento pode originar a
queda no preço de commodities. Em outro tópico, a Moody's rebaixou a nota do
Brasil, entretanto, ela foi colocada em pespectiva estável - ou seja, o país
ainda tem um tempo para mostrar serviço.
16 de agosto: Governo sorri de um lado e rosna de outro
O governo pensou numa estratégia para tentar fazer frente as
manifestações do próximo domingo. A ideia é surreal: resgatar a popularidade de
Dilma com um pacote requentado e convocar a militância convertida. A mistura,
claro, não vai dar certo. A oposição sabe e também desenha uma nova estratégia
a partir de hoje.
Roda Viva - Fafá de Belém: "Dilma não estava preparada para ser presidente"
Por Roda Viva
Cantora, que completa 40 anos de carreira, fala de sua
trajetória musical; atualmente, ela divide seu tempo entre Brasil e Portugal
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