sábado, 10 de maio de 2014

PT com os cofres cheios

NO SUPREMO - Teori Zavascki: "messianismo judicial inconsequente"
NO SUPREMO - Teori Zavascki: "messianismo judicial inconsequente" (Fellipe Sampaio/SCO/STF)
Contrário às doações de empresas privadas, o PT é o partido que mais recebeu dinheiro delas nos últimos três anos

Reza o dito que jabuti não sobe em árvore. Se ele aparece num galho, é porque alguém o colocou lá. Muito usada nas conversas entre políticos, essa imagem encerra a ideia de que, sob iniciativas aparentemente inocentes, há quase sempre interesses inconfessáveis. No ano passado, o PT retomou uma ofensiva pela adoção do financiamento público de campanha. Com a bênção do ex-presidente Lula, o partido defendeu a aprovação dessa regra pelo Congresso e, paralelamente, estimulou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a julgar procedente uma ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que pretende vetar a doação de empresas aos candidatos e suas siglas. O PT queria pressa nessas mudanças, para que valessem já nas eleições deste ano. Em busca de apoio, alegava que a proibição de repasse de dinheiro de empresas a políticos reduziria a troca de favores entre eles e ajudaria a diminuir a corrupção. Esse discurso, como se sabe, é indigente. Afinal, uma mera vedação legal não impedirá a verba do setor privado de bancar as despesas de governantes e parlamentares. Pelo contrário, a tendência, dizem especialistas, é que haja um aumento das contribuições por debaixo do pano, o chamado caixa dois.


Mais do que indigente, o discurso petista representa o pernicioso jabuti da anedota. Ao defender o financiamento público, o partido não estava preocupado em deter a roubalheira, mas facilitar a reeleição da presidente Dilma Rousseff, garantindo-lhe uma situação privilegiada em termos financeiros. Se as doações de empresas fossem proibidas nas próximas eleições, as legendas teriam de custear seus candidatos basicamente com recursos oriundos de fontes públicas, como o fundo partidário, ou com a dinheirama obtida, em anos anteriores, de doações feitas por pessoas jurídicas. O resultado seria uma surra financeira do PT nos rivais PSDB e PSB. É o que mostram as prestações de contas dos partidos apresentadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De 2011 a 2013, o PT arrecadou cerca de 165 milhões de reais de empresas, com destaque para empreiteiras que têm negócios com o governo federal. O valor é quase cinco vezes maior do que o obtido pelo PSDB e cerca de treze vezes superior ao levantado pelo PSB no mesmo período. Só em 2013, os petistas conseguiram quase 80 milhões de reais. Foi a maior quantia registrada desde a posse de Dilma na Presidência. Nada mais natural.   

LULA tem plano “B” para a derrota da DILMA

Por Jorge Oliveira* 
Rio – O brasileiro precisa está atento para o que vai acontecer a partir de janeiro de 2015 caso o PT seja derrotado nas eleições deste ano. Com o estado aparelhado, os petistas em represália vão tentar desestabilizar o país porque ainda são o partido mais organizado. Comanda as centrais de trabalhadores e milhares de sindicatos, portanto, têm como liderar greves e incentivar à massa a ir às ruas contra o novo governo. Os petistas não vão dar trégua porque, ressentidos com a derrota, tentarão de todas as formas inviabilizar o sucessor. Além disso, resistirão a abandonar os cargos para não perder os salários milionários sem antes boicotar o serviço público e  paralisar as atividades afins do estado.

É assim que opera o PT. E foi assim que a cúpula do partido agiu nos primeiros anos do governo Collor, quando estimulou a paralisação da máquina estatal,  criou CPIs, quebrou o sigilo fiscal de autoridades do governo, fabricou escândalos e levou às ruas milhares de jovens (os caras pintadas) para derrubar  o primeiro presidente eleito pelo voto direto depois da ditadura.  O PT  não se contentou com a derrota do Lula e organizou suas bases (sindicatos e centrais) para confrontar o novo governo. Criou núcleos de espionagem dentro dos órgãos federais infestados de seus militantes e simpatizantes e em pouco tempo derrubou o Collor, que já estava na corda bamba pelo governo medíocre que fazia com denúncias de corrupção pipocando por todos os lados.

Na oposição a partir de janeiro, caso a Dilma não se reeleja, os petistas vão infernizar a vida de quem assumir o governo. Quatorze anos administrando a máquina pública, eles aparelharam o estado e agora conhecem como funciona a estrutura por dentro. Para desalojá-los do poder, o presidente eleito certamente gastará boa parte do mandato na assepsia das estatais onde os petistas estão infiltrados independente da qualificação profissional.

Lula está acompanhando com lupa a campanha da Dilma. Anunciou inclusive que estará na linha de frente dos trabalhos da reeleição da sua presidente. Acontece, porém, que ele hoje já tem dúvidas quanto ao êxito do sucesso dela e analisa prognósticos desfavoráveis a sua candidata. Por isso começou a trabalhar com outro cenário político: aumentar as bancadas petistas na Câmara e no Senado Federal.

A estratégia consiste em dominar o Congresso Nacional no caso do PT não conseguir reeleger a Dilma. Perde-se, portanto, o governo, mas em compensação ganha-se o  parlamento submetendo o novo presidente às ordens petistas, leia-se lulista. Nos estados onde o PT não desponta como favorito ao governo, Lula tem estimulado uma aliança independente de ideologia para aumentar o número de parlamentares, o que permitiria o partido ter maioria no Senado e na Câmara e indicar os presidentes.

É assim que o ex-presidente quer permanecer soberano na política. Lula sabe que a Dilma estaria definitivamente fora da política se perder a reeleição porque não teria condição de se eleger nem a síndico de prédio.  A dificuldade dela de se manter na política deve-se a sua falta de base eleitoral em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul os dois estados que abraçou para viver. Lula sabe também por experiência própria que num regime presidencialista como o nosso, manter a presidência das duas Casas é dominar o destino político do país como fazem alguns partidos, a exemplo do PMDB de Sarney, de  Renan e Michel que mantêm o Executivo sob seu jugo.

Não à toa, Lula não demonstra nenhum apetite para ocupar o lugar da Dilma. Conhece como  ninguém a incompetência da sua presidente para administrar o país e do fracasso que ronda o setor econômico em 2014. Assim, previne-se ao entregar os anéis para preservar os dedos: quer a Câmara e o Senado  para transformar o Executivo refém do seu partido, no caso de uma reeleição frustrada da Dilma.




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*Jorge Oliveira é Jornalista.

Cheiro da derrota bota PSB em pânico.

 
Marina Silva deveria ter repassado no mínimo 10% de seus votos para Eduardo Campos. Este, por sua vez, deveria estar com outros 10% do seu próprio capital político. Esta era a conta. O que ocorre é que foram-se os dias e meses e lá está Campos paradinho da Silva, com 10% das intenções de voto. Com isso, todas as estratégias são jogadas para o alto e a parceira que fala com Deus antes de falar com Lula começa a ditar as regras da campanha. Deve estar dizendo: se você sair de perto do PSDB e adotar a terceira via, vamos deslanchar. E lá vai Campos correndo romper com Aécio em Minas Gerais, ameaçando candidatura própria. Já está levando chumbo na asa. Seus prefeitos paulistas querem ficar com Geraldo Alckmin e os tucanos já respondem com candidatura própria no Pernambuco. O cheiro de derrota tomou conta da campanha de Campos, depois das últimas pesquisas. E o desespero também. A candidatura não decola e as alianças descolam, racham, trincam. Marina está nem aí. Quer apenas a sua bancada para virar partido. Campos caminha para ser um novo Ciro Gomes, um cavalo paraguaio criado no agreste.

MP quer apurar suspeita de comida boa e um chip celular diário para mensaleiros na Papuda

Por Jorge Serrão – Alerta Total
 
Todo dia, um emissário do governo petista do Distrito Federal leva um chip de celular diferente, de operadoras diversas, para ser usado por mensaleiros Vips hospedados na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal. Além do acesso à telefonia, em tese proibida para detentos, os condenados no Mensalão, também conseguem mordomias, como alimentação diferenciada dos demais presos. A impressão é que existe um governo paralelo ao Palácio do Planalto, operando, livremente, no Parlatório da Papuda. A suspeita pode gerar sindicância e inquérito a pedido do Ministério Público do Distrito Federal.

Tal denúncia, abafada oficialmente, porém sabida por qualquer Zé Ruela do poder federal em Brasília, foi um dos motivos pelos quais o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, resolveu endurecer com os punidos na Ação Penal 470. Como não tem condições de conter as armações presidiárias dos petistas, Barbosa decidiu apelar a uma interpretação mais rígida da lei de execuções penais, para desautorizar o reeducando José Dirceu de Oliveira e Silva a trabalhar como bibliotecário de um escritório de advocacia, pelo salário de R$ 2.300. Já que Barbosa não tem como proibir que Dirceu faça outros “trabalhos” (além de ajudante de biblioteca e de limpeza na Papuda), também não vai deixar que ele “trabalhe”, descaradamente, fora...

Barbosa deixou claro que Dirceu só poderá ter direito ao trabalho externo, no regime semiaberto, depois que cumprir pelo menos um ano, três meses e 25 dias de cadeia. O presidente do STF evocou o artigo 37 da Lei de Execuções Penais – que exige o cumprimento de um sexto da pena para conceder benefício a detentos no semiaberto. Na prática, Barbosa ferrou completamente com os planos do reeducando Dirceu, que iria atuar, como articulador informal, na complicada reeleição de Dilma Rousseff. No dia 15 de novembro do ano passado, quando foi mandado para a Papuda, fazendo aquele gesto comunistóide de levantar o bracinho esquerdo dando soco para o ar, Dirceu pensava que ficaria pouco tempo engaiolado...

Além de cortar as asas de Dirceu – e mandar José Genoíno de volta para a prisão, depois da encenação do problema cardíaco -, Joaquim Barbosa aproveitou sua decisão de ontem para ridicularizar a proposta de trabalho feita a Dirceu pelo advogado José Gerardo Grossi, um dos mais caros criminalistas de Brasília. Barbosa classificou a oferta de emprego a Dirceu, de forma pedante: uma mera “action de Complaisance entre copains” (em francês livre: “uma mera armação entre companheiros”).

Barbosa até citou o Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil – que garante a prerrogativa de inviolabilidade dos escritórios – para justificar que a oferta de emprego a Dirceu é “absolutamente incompatível com a execução da sentença penal”, o que “não se harmoniza com o exercício, pelo Estado, de fiscalização do cumprimento da pena”. Barbosa ainda fez duas perguntinhas irônicas, autorespondíveis:

“O direito de punir indivíduos definitivamente condenados pela prática de crimes, que é uma prerrogativa típica do Estado, compatibiliza-se com esse inacaitável trade-off (troca de favores) entre proprietários de escritórios de advocacia criminal? Harmoniza-se tudo isso com o interesse público, com o direito de a sociedade ver os condenados cumprirem regularmente as penas que lhes foram impostas?”.

O presidente do STF pegou ainda mais pesado, para negar o pedido de Dirceu, cujos advogados prometem recorrer ao plenário do Supremo: “O exercício da advocacia é atividade nobre, revestida de inúmeras prerrogativas. Não se presta a arranjos visivelmente voltados a contornar a necessidade e o dever de observância estrita das leis e das decisões da Justiça”.

Só o casuísmo politiqueiro pode derrubar a clara tese justificada por Barbosa para não dar boa vida a Dirceu: “Ao eliminar a exigência legal de cumprimento de uma pequena fração da pena total aplicada ao condenado a regime semiaberto, as VEPs e o Superior Tribunal de Justiça tornaram o trabalho externo a regra do regime semiaberto, equiparando-o, no ponto, ao regime aberto, sem que o Código Penal ou a Lei de Execução Penal assim o tenham estabelecido. Noutras palavras, ignora-se às claras o comando legal, sem qualquer justificativa minimamente aceitável”.

Traduzindo o juridiquês: Se Dirceu quiser sair da cadeia mais cedo, terá de esperar que Barbosa deixe a presidência do STF. O ministro desistiu de se aposentar precocemente porque tinha certeza de que, na hora que pendurasse a toga, os mensaleiros iriam fazer armações ilimitadas para não cumprir as penas. Os reeducandos do Mensalão estão aprendendo uma lição que não esperavam.

Todos PTs da vida

Se os mensaleiros estão PTs da vida com o Barbosão, os presidiários da Papuda estão mais PTs da vida ainda com as mordomias dadas aos mensaleiros.

O maior temor do sistema penitenciário do Distrito Federal é que ocorra alguma rebelião por causa disso.

Cresce a chance de os mensaleiros serem transferidos para presídios federais...

Panela de Pressão

 
Convocação

O líder do Solidariedade na Câmara, Fernando Francischini (PR), um delegado federal com mandato parlamentar, exige esclarecimentos oficiais sobre o uso de carro da subsecretaria de Inteligência Penitenciária para levar a jovem Joana Saragoça, a visitar o Papai Dirceu, driblando a fila normal do presídio. 

O deputado vai protocolar semana que vem um requerimento na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, para convidar o subsecretário do Sistema Prisional do Distrito Federal, Cláudio de Moura Magalhães, e o servidor do mesmo órgão, Wilton Borges.

Fernando Francischini é defensor da tese de que os mensaleiros deveriam cumprir pena em presídio federal.

Dieta Global forçada?

O papo de que José Dirceu pensaria em fazer uma greve de fome na Papuda pode ter uma motivação genial.

Assim que o PT conseguir emplacar seu sonhado projeto de regulação da mídia, ele poderá tentar uma boquinha na Nova Rede Globo.

Como a empresa mandou seus principais artistas e apresentadores fazerem dietas alimentares para melhor aparecerem no vídeo, talvez Dirceu já esteja executando sua redução alimentar no regime da Papuda, de olho no futuro...

Quase lá...

Primeiro, a Justiça determinou o bloqueio de contas do bilionário Eike Batista, no valor merreca de até R$ 122 milhões.

Segundo, também ordenou a quebra dos sigilos fiscal e bancário do senhor X.

Terceiro, já tem amigões de Eike, parceirões em seus negócios, se borrando de medo de terem seus santos nomes públicos associados, judicialmente, aos problemas do empresário que está a poucos passos de ter até um pedido de prisão decretado...

Medo do Homem Bomba

 

 A República de Londrina está em polvorosa com os escândalos...

O amor é lindí$$imo...

Longe dos olhares profanos da imprensa, proibida de aparecer na festança no luxuoso Espaço Lamartine, no Itanhangá, casa-se neste sábado, às 20h 30min, o poderoso presidente estadual ao PMDB.

Aos 59 anos, Jorge Picciani, ex-contador suburbano e há algum tempo milionário pecuarista, que presidiu a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Jorge Picciani, une-se à jovem jornalista Hortência da Silva Oliveira, que tem “uns vinte e poucos anos” (confirme indiscrição de amigos do noivo).

Um dos 200 vips convidados para a festança – que não sairá por menos de R$ 120 mil - é o presidenciável tucano Aécio Neves, com quem o cacique peemedebista Picciani tende a “se casar” para a sucessão ao Palácio do Planalto, deixando a Dilminha como uma noiva abandonada no altar da derrota...

Campanha necessária

 

O ultra irônico médico Milton Pires, colunista contumaz do Alerta Total, lançou, na web essa campanha pra lá de útil, nestes tempos imagéticos de exposição da vaidade, principalmente pelos políticos oportunistas...

Brincando de votar

Até o dia 23 de maio, professores podem enviar ao portal Plenarinho, da Câmara dos Deputados, redações de estudantes do 5º ao 9º ano do ensino fundamental, para participar do projeto Eleitor Mirim 2014.

Nos textos, as crianças vão poder criar seu próprio candidato, seja real ou fictício, como um super-herói, um animal ou outra ideia que saia da imaginação delas.

Posteriormente, durante o mês de outubro - quando ocorrem as eleições no Brasil - as crianças vão poder votar nesses candidatos.

Para mais informações, acesse:

http://www.plenarinho.gov.br/cidadania/Reportagens_publicadas/chegou-a-hora-do-eleitor-mirim-2014/

Carro zero ganhando da inflação

Houve um aumento médio de 3,32% nos preços dos veículos novos, entre janeiro e abril de 2014.

O valor do carro zero subiu 0,46 p.p. acima da inflação do período, que ficou em 2,86%, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

O levantamento do WebMotors – site brasileiro especializado no setor automotivo, líder no segmento e referência em classificados de veículos online – utilizou como base os 44 modelos mais vendidos no primeiro quadrimestre, conforme divulgado pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), e os anúncios do portal.

Solução para o Pacaembu

O vereador paulistano Nelo Rodolfo – que a lenda diz ter sido um craque de bola antes de ser jornalista e se tornar político – tem uma proposta viável para impedir a ociosidade do Pacaembu, depois que Corinthians e Palmeiras deixarem de usar o Estádio Municipal, com a inauguração de suas arenas próprias.

Rodolfo entra na dividida para que a Câmara Municipal aprove o projeto de lei 226/2014, reservando o estádio Paulo Machado de Carvalho para partidas de futebol de várzea, todo domingo, das 7 da manhã às 13 horas:

“Queremos valorizar o futebol de várzea, que é muito popular nos bairros, mas ainda sofre com o preconceito. A várzea revelou muitos jogadores e é uma tradição nos bairros. Mas o crescimento da cidade, com a construção de novas moradias, tem deixado os times sem lugar para jogar. Permitir que o Pacaembu seja usado por essas equipes é uma forma de manter viva a tradição da várzea e compensar os times de várzea pelo avanço das construções”.

Liberação do Condor Sayani


Imagens da cerimônia de libertação do Condor Sayani, no dia 28 de março, na costa de Portezuelo, na Argentina. O Programa do Condor Andino já reintroduziu 139 dessas aves, ameaçadas de extinção, em toda a América do Sul.

Condicionante Imaginária para uma Candidatura Imaginária


Dias de ira

Por Alberto Dines – Gazeta do Povo

Espantado com o acúmulo de brutalidades? Quer entender o que está se passando na terra da cordialidade na véspera de converter-se em palco de uma festa global? Então separe, tente diferenciar os tipos de agressão e de agressores. A carga de violência continuará igual, porém a descompactação do fenômeno facilitará a compreensão das partes e do todo.

O que está sendo designado como “manifestação popular” é geralmente uma ação política oportunista, claramente orquestrada para obter ganhos imediatos de autoridades perplexas e atônitas num momento de grande tensão e nervosismo. Chantagem pura. Neste conjunto situam-se as greves inesperadas, intempestivas, fora do calendário, fruto de cisões e disputas entre lideranças sindicais e seus padrinhos políticos.

Foi o caso da greve de ônibus que paralisou o Rio de Janeiro na última quinta-feira. A incrível depredação de 467 ônibus tem a ver com a Operação Anti-UPP em curso, tática de exploração emocional de cada incidente adotada pela grande delinquência – o crime organizado – com o propósito de desmoralizar a política de pacificação das favelas e debilitar a capacidade de reação do sistema de segurança.

Os fins nunca justificam os meios: as reivindicações de trabalhadores não podem sequestrar os direitos da sociedade nem levar a extremos que impliquem destruição das ferramentas de trabalho. É suicídio. A propagação da violência só pode partir daqueles que dela necessitam para ocupar espaços e manter o poder.

Algo diferente são as combinações extremas de insanidade com crueldade, representadas por dois impressionantes assassinatos ocorridos com um dia de diferença, portanto não isolados: no Recife, no Estádio do Arruda, depois de um jogo do Paraná com o Santa Cruz um torcedor jogou dois vasos sanitários contra um arqui-inimigo do Sport que comemorava o empate no meio da torcida paranaense. Uma das latrinas (15 quilos convertidos pela altura de 24 metros em 300) acertou e matou instantaneamente o adepto do Sport.

Não é a primeira vez em que o Esporte-Rei converte-se em cenário de tragédia. Poderá ser a última quando o circo futebolístico perder a sua condição de fomentador de surtos de antropofagia e canibalismo.

Na etapa seguinte do torneio de brutalidades está o linchamento da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, 33 anos, mãe de dois filhos, moradora no balneário do Guarujá, litoral de São Paulo confundida com uma sequestradora de crianças a serviço de uma seita que as imolava para rituais religiosos.

Linchadores formam-se espontaneamente, agregam-se quando o Estado parece débil, quando leis, juízes e tribunais estão desacreditados e onde campeia a impunidade. São ancestrais na Europa os registros de supostos assassinatos rituais, também os castigos através de linchamentos, fogueiras e lapidações. Ocorriam onde a religiosidade era rústica, primária, e tênue o processo civilizatório.

Aquela remediada comunidade no Guarujá é servida pela internet: os covardes linchadores e os insensíveis espectadores fotografaram e postaram cenas do crime. A ira contagiosa, viral, a afunda na Idade Média.



Homem que desejava atentar contra a vida do presidente o STF é um integrante da Comissão de Ética do PT. E agora?


PF identifica um dos autores de ameaças de morte a Joaquim Barbosa

PROCURADO - A PF tenta descobrir a identidade de um tal "Antonio Granado", que incita os militantes a atentar contra a vida do ministro

Desde que o julgamento do mensalão foi concluído, em novembro do ano passado, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, tornou-se alvo de uma série de constrangimentos orquestrados por seguidores dos petistas condenados por envolvimento no maior escândalo de corrupção da história. A chamada “militância virtual” do PT, treinada pela falconaria do partido para perseguir e difamar desafetos políticos do petismo na internet, caçou Barbosa de forma implacável. O presidente do Supremo sofreu toda sorte de canalhice virtual e foi até perseguido e hostilizado por patetas fantasiados de revolucionários nas ruas de Brasília. Os ataques anônimos da patrulha virtual petista, porém, não chegavam a preocupar Barbosa até que atingiram um nível inaceitável. Da hostilidade recorrente, o jogo sujo evoluiu para uma onda de atos criminosos, incluindo ameaças de morte e virulentos ataques racistas.


Os mais graves surgiram quando Joaquim Barbosa decretou a prisão dos mensaleiros José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino. Disparadas por perfis apócrifos de simpatizantes petistas, as mensagens foram encaminhadas ao Supremo. Em uma delas, um sujeito que usava a foto de José Dirceu em seu perfil no Facebook escreve que o ministro “morreria de câncer ou com um tiro na cabeça” e que seus algozes seriam “seus senhores do novo engenho, seu capitão do mato”. Por fim, chama Joaquim de “traidor” e vocifera: “Tirem as patas dos nossos heróis!”. Em uma segunda mensagem, de dezembro de 2013, o recado foi ainda mais ameaçador: “Contra Joaquim Barbosa toda violência é permitida, porque não se trata de um ser humano, mas de um monstro e de uma aberração moral das mais pavorosas (...). Joaquim Barbosa deve ser morto”. Temendo pela integridade do presidente da mais alta corte do país, a direção do STF acionou a Polícia Federal para que apurasse a origem das ameaças. Dividida em dois inquéritos, a averiguação está em curso na polícia, mas os resultados já colhidos pelos investigadores começam a revelar o que parecia evidente.



Eleições de 2014, com Percival Puggina

PF tenta identificar perfil que ameaçava Joaquim Barbosa de morte. Vamos dar uma mãozinha?

PROCURADO - A PF tenta descobrir a identidade de um tal "Antonio Granado", que incita os militantes a atentar contra a vida do ministro
Desde que o julgamento do mensalão foi concluído, em novembro do ano passado, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, tornou-se alvo de uma série de constrangimentos orquestrados por seguidores dos petistas condenados por envolvimento no maior escândalo de corrupção da história. A chamada “militância virtual” do PT, treinada pela falconaria do partido para perseguir e difamar desafetos políticos do petismo na internet, caçou Barbosa de forma implacável.

O presidente do Supremo sofreu toda sorte de canalhice virtual e foi até perseguido e hostilizado por patetas fantasiados de revolucionários nas ruas de Brasília. Os ataques anônimos da patrulha virtual petista, porém, não chegavam a preocupar Barbosa até que atingiram um nível inaceitável. Da hostilidade recorrente, o jogo sujo evoluiu para uma onda de atos criminosos, incluindo ameaças de morte e virulentos ataques racistas.

Os mais graves surgiram quando Joaquim Barbosa decretou a prisão dos mensaleiros José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino. Disparadas por perfis apócrifos de simpatizantes petistas, as mensagens foram encaminhadas ao Supremo. Em uma delas, um sujeito que usava a foto de José Dirceu em seu perfil no Facebook escreve que o ministro “morreria de câncer ou com um tiro na cabeça” e que seus algozes seriam “seus senhores do novo engenho, seu capitão do mato”. Por fim, chama Joaquim de “traidor” e vocifera: “Tirem as patas dos nossos heróis!”.

Em uma segunda mensagem, de dezembro de 2013, o recado foi ainda mais ameaçador: “Contra Joaquim Barbosa toda violência é permitida, porque não se trata de um ser humano, mas de um monstro e de uma aberração moral das mais pavorosas (...). Joaquim Barbosa deve ser morto”. Temendo pela integridade do presidente da mais alta corte do país, a direção do STF acionou a Polícia Federal para que apurasse a origem das ameaças. Dividida em dois inquéritos, a averiguação está em curso na polícia, mas os resultados já colhidos pelos investigadores começam a revelar o que parecia evidente... (ver restante da matéria na edição impressa da Veja)

Vamos dar uma mãozinha para a PF?


A mesma página de facebook printada por Veja, no início da matéria, mostra o nome do perfil: Antônio Granado (Dimas Pàdua). 


Agora leiam o comentário acima printado, publicado aqui, no Blog da Cidadania e assinado por Dimas Antonio Granado de Pádua. Notem como ele se dirige a Joaquim Barbosa. Quando você clica no nome do autor, é remetido para o mesmo facebook divulgado pela PF. O que comprova que o Antonio Granado é, sem dúvida, Dimas Antonio Granado de Pádua. Aliás, procurem este nome no google e darão com ele na grande maioria dos "blogs progressistas". Se o nome também é falso, não sei. Mas fica a dica.

Datafolha inventa índice para maquiar popularidade da Dilma.

O camelo é um cavalo criado pelas mesmas pessoas que criaram o Índice de 
Avaliação Presidencial do Datafolha. Não tem bicho mais feio!
Ontem, a Folha de São Paulo, diante da pesquisa realizada pelo Datafolha que indica segundo turno, inventou uma manchete para blindar Dilma. Em vez de informar o leitor que “Aécio cresce quatro pontos e eleição tem segundo turno”, preferiu dizer “Aécio cresce quatro pontos e diminui chance de Dilma ganhar no primeiro turno”. Ora, ficou implícito, na manchete de capa, que se não ganhar no primeiro, a atual presidente ganhará no segundo turno.

Como se isso não bastasse, o Datafolha informa que criou um “índice simplificado de avaliação dos presidentes”. Um cálculo que sintetiza a popularidade de cada mandatário num só número. Funciona assim: com base nos resultados de uma pesquisa, subtrai-se a taxa de menções negativas (ruim/péssimo) da taxa de menções positivas (ótimo/bom); para evitar números negativos, soma-se 100 ao resultado.

O índice final será um número entre 0 e 200. Se ficar acima de 100, a avaliação é considerada positiva. Abaixo de 100, negativa. O resultado de um mandato é a média de todos os índices do período.

O índice atual de Dilma, conforme os dados da última pesquisa (7 e 8 de maio), é 115. Ligeiramente positivo. Na série desde o governo Collor (1990-1992), quem obteve um resultado final mais próximo disso foi Itamar Franco, com média 105. Nesse caso, a taxa 105 de Itamar é resultado da média obtida por ele em 16 pesquisas durante seu mandato.

Levando em consideração os resultados de 16 pesquisas desde 2011, Dilma alcança índice médio 153 no modelo criado pelo Datafolha. Perde para o segundo mandato de Lula (média 183). Mas ganha de Collor (78, o pior da série), de Itamar (105), dos dois mandatos de FHC (134 e 81) e ainda do primeiro mandato de Lula (139).


A série histórica não tem o menor valor científico, a não ser puxar o saco do governo federal. Mauro Paulino, diretor do Datafolha, é mestre em dizer que “ pesquisa é o retrato do momento”. Contra seus próprios argumentos,  pegou diversos "retratos" para montar esta farsa estatística. Um verdadeiro camelo, que é um cavalo criado em instituto de pesquisa que lambe os pés do governo.

COPA: O ESTADO COMO INIMIGO DO POVO - Parte 2:
O ESTUPRO JURÍDICO



A liberdade violentada: cidadãos brasileiros terão que ter autorização para entrar na própria casa em dias de jogos da copa - Parte 2: Estupro Jurídico

Privatizaram a Petrobras

Por Guilherme Fiuza*

Dilma Rousseff falou grosso. Declarou que considera “inadmissível” a privatização da Petrobras. Com toda a bravura do seu gesto, a presidente, infelizmente, está atrasada. A Petrobras já foi privatizada.

A maior empresa brasileira pertence hoje, majoritariamente, a um consórcio de franco-atiradores que prosperaram no seio do governo popular. Se não, vejamos: uma empresa que, numa única transação, transfere a terceiros mais de 500 milhões de dólares, a fundo perdido, de patrimônio público, é uma empresa dos brasileiros?

Poderia ser. Mas, e se essa empresa perde metade do seu valor de mercado sob um governo que asfixia seus preços para mascarar a inflação? Considerando-se que, em tal manobra, essa empresa foi utilizada por um grupo partidário para se perpetuar no poder, ela está servindo aos brasileiros? Quais brasileiros?

E se um grupo de fornecedores e intermediários investigados pela Polícia Federal, com contratos suspeitos com essa empresa, faturou mais de 30 bilhões de reais nos últimos dez anos? Você ainda acha que essa empresa é sua? Tudo bem, talvez você ache que o Land Rover do Silvinho Pereira também é seu. Aliás, agora você tem também o Land Rover do ex-diretor da empresa Paulo Roberto Costa, presente do doleiro Alberto Youssef. Pode escolher com qual dos dois você não levará sua mãe para passear no dia dela.

Segundo a Polícia Federal, o esquema centralizado por Costa, que está preso, funciona desde 2004. Era o segundo ano do governo Lula, e a nova presidente do Conselho de Administração da Petrobras era Dilma Rousseff. Nesses dez anos, floresceram os negócios do doleiro Youssef, regendo uma formidável orquestra de contratos superfaturados, propinas e dinheiro de graça para políticos amigos do povo. Um deles era André Vargas, que o PT de Dilma tirou do anonimato e aninhou na vice-presidência da Câmara dos Deputados, nada menos. O governo popular sabe valorizar um bom engenheiro de prospecção de dólares. O petróleo é deles.

Aí vem a oposição pedir a CPI da Petrobras. Pura inveja. Choro de quem não participou desse bem-sucedido processo de privatização. Muitos não entenderam por que, em meio às revelações sobre lucrativos negócios privados com esse doce de mãe que é a Petrobras, Dilma veio falar que não admite a privatização da empresa. Alguns acharam até que a presidente estivesse esclerosada, respondendo a coisas que ninguém perguntou. Nada disso. Pensando bem, a lógica de Dilma está perfeita: é inadmissível privatizar algo que já foi privatizado.

Lula e Dilma escalaram Renan Calheiros para barrar a CPI da Petrobras, ou, pelo menos, sabotá-la. É a pessoa certa no lugar certo. O presidente do Senado entende dessa matéria de prospecção de vantagens privadas à sombra do Estado (já provou que um eficiente servidor da nação não deixa ex-namorada sem pensão). E o cenário político é o melhor possível para barrar essa tentativa de fuxicar a petrolífera dos companheiros.

Os novos manifestantes e revolucionários urbanos, que, segundo se lê por aí, vieram vocalizar um poderoso anseio de mudança, não estão nem aí para a CPI da Petrobras. O governo popular está cozinhando o assunto há dois meses, tranquilo, sem nenhum ninja, mascarado ou tranca-rua para lhe causar nem um sorriso amarelo.

O Brasil está satisfeito com o padrão petista de concubinato estatal (em comunhão de bens). A privatização do Banco do Brasil pelo valerioduto, por exemplo, encheu o PT de dinheiro público e foi saudada pela nação com a reeleição de Lula. A entrega do PAC à conexão Delta-Cachoeira foi chancelada com aprovação recorde a Dilma em 2012.

A CPI do Cachoeira, aliás, não levou às ruas um gato pingado com cartolina de protesto. A mulher do bicheiro virou musa, e a farra dos superfaturamentos no Ministério dos Transportes retornou no ano seguinte, nova em folha. A CPI da Copa, que trataria da privatização do BNDES na jogada dos estádios bilionários, foi engavetada pelo Congresso — sem nenhuma alma penada gritando que não vai ter Copa.

É claro que, com todas essas privatizações estatais do governo popular, está ficando difícil fechar as contas públicas (mesmo com a maquiagem contábil). Mas não tem problema. O ministro da criatividade fazendária, Guido Mantega, já anunciou que pode haver um aumento de impostos sobre bens de consumo. Perfeito. O contribuinte precisa ser chamado a completar o caixa, porque os sócios de Youssef não podem morrer de fome.

Agindo assim, o governo Dilma está em consonância com a coqueluche mundial dos progressistas, o best-seller “O capital no século XXI” — obra de mais um autor da bondosa esquerda francesa. Basicamente, ele propõe mais impostos para quem consegue juntar dinheiro. É isso aí. Preservem Youssef, Rousseff e demais companheiros do povo. Como diria Thatcher, o socialismo será eterno enquanto durar o dinheiro dos outros.


Fonte: Alerta Total


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*Guilherme Fiuza é Jornalista. Originalmente publicado em O Globo.

Em Portugal, Ney Matogrosso escancara a realidade do Brasil


A publicação de parte do conteúdo original deste vídeo se justifica face sua relevância na contribuição da percepção internacional sobre a realidade política, econômica e social do Brasil.

Ney Matogrosso é o convidado de Vitor Gonçalves. O artista fala sobre o Brasil, Portugal e a sua vida na música.


Fonte e vídeo original (completo): Rádio e Televisão de Portugal

UTC Engenharia, uma das maiores doadoras do PT e da Dilma, é sócia do doleiro Youssef em hotel na Bahia.

Dilma e Graça Foster em visita a uma das dezenas de obras que a UTC faturou na Petrobras.
Segundo a coluna Radar Online da Veja, a empreiteira UTC, fornecedora da Petrobras, é sócia do doleiro Alberto Youssef num empreendimento na Bahia, o Web Hotel. Este três estrelas de Salvador é o único investimento em hotéis do grupo UTC, que fatura 3 bilhões de reais ao ano.

Não é segredo que hotel e um dos negócios preferidos pelas máquinas de corrupção, pois permite que o dinheiro frito seja esquentado. Basta declarar que, tendo uma ocupação de 30% em média, o hotel teve 100% de lotação.

A UTC é uma das maiores doadoras da campanha de Dilma Rousseff em 2010. Contribuiu com R$ 5 milhões. Para o PT e partidos da base doou outros R$ 18 milhões para partidos da base. Destaca-se aí a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), uma das maiores beneficiadas pela empreiteira sócia do doleiro. Outros R$ 5 milhões foram doados a políticos da oposição, na velha estratégia da corrupção de doar para todos para não levantar suspeitas.


Segundo o Ministério Público, a UTC não poderia ter feito doações pois é concessionária de serviços públicos e, por isso, entrou com ação na Justiça Eleitoral, em 2011. Ela é concessionária de dois blocos exploratórios de petróleo nas bacias Potiguar, perto de Mossoró (RN), e Rio do Peixe (PB). Agora aparece a prova de que a empresa também é concessionária do doleiro Yousseff. E o PT e a Dilma, como sempre, os maiores beneficiados.

Brasil FC

Por Nelson Motta*

Meu amigo Spike é um rapper afro-americano louco por futebol, mas não sabe nada da história política recente do Brasil. Como vem pra Copa, me pediu um resumo. Som na caixa!

Depois de um início promissor em 2010, com apoio maciço da torcida, o atual campeão passa por má fase, com chutões para frente, muitas faltas e passes errados; começa a perder terreno e a ser envolvido por manobras adversárias pelas extremas e, principalmente, pelo centro. Parte da torcida começa a vaiar. Parte pede a volta do técnico anterior.

Esse estilo de jogar para a torcida, mas evitando tomar gol, começou com o time bicampeão do técnico Lula, capitaneado pelo impetuoso e catimbeiro Zé Dirceu, que tinha o seu ponto forte no meio de campo, com o craque Meirelles como volante protegendo a defesa, e o fino armador Palocci tocando a bola e distribuindo o jogo pela esquerda e pela direita.

O jogo virou quando Dirceu foi expulso, por trocar socos e pontapés com o volante Jefferson (do seu próprio time!) e por ofensas ao árbitro, e Lula improvisou a cabeça de área Rousseff para capitã do time. Cintura dura, ela não tinha a habilidade de Dirceu, mas era disciplinada, chegava junto e corria o campo todo. Com o time sob pressão, era preciso fechar a defesa diante de uma virada iminente, e Lula seguiu a máxima de Neném Prancha: “Arrecua os arfe pra evitar a catastre.”

Jogando com todo o time atrás da linha da bola, os adversários não conseguiam entrar na área e nem chutar em gol e começaram a cansar e a bater cabeça. O time de Lula cresceu e passou a fazer rápidos contra-ataques e a envolver o adversário bisonho, que tomava bola nas costas, errava nos passes e na tática de jogo, e, depois de perder várias oportunidades com o gol vazio, acabou tomando uma virada surpreendente.

Com vantagem no placar, Lula cozinhou o jogo e, aproveitando a fraqueza do adversário, teve uma vitória folgada, com a capitã Rousseff fazendo os dois gols, um de canela e outro de barriga, e se tornando a nova técnica do time campeão.

Mas isso foi no campeonato passado. Agora é outro jogo. E a política, you know, is a small box of surprises.


Fonte: Alerta Total


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*Nelson Motta é Jornalista e Crítico Musical. Originalmente publicado em O Globo em 9 de maio de 2014.

Dilma acena com dinheiro fácil para os Eikes da vida.


Ontem, a Justiça quebrou o sigilo fiscal e bancário de Eike Batista, um dos empresários símbolos da política de subsídios do PT e da Dilma. Como todos sabem, ele literalmente quebrou. E levou uma bolada de dinheiro público do BNDES junto com ele.

Depois de ser moída em sucessivas reuniões de empresários com Aécio Neves pela sua incompetência como gestora, a presidente Dilma Rousseff ofereceu, ontem, Curitiba, dinheiro fácil para os empresários, na forma de subsídios. Promessa de que a farra com dinheiro público para meia dúzia de apaniguados vai continuar.

Ontem  Dilma Rousseff defendeu a política de subsídios do governo federal que tem sido alvo de críticas do senador e pré-candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves. O tucano e o economista Armínio Fraga, que tem trabalhado no plano de governo do PSDB, têm dito que o subsídio a empresas brasileiras por meio de bancos públicos "passou a ser a regra" no país, e seria "exagerado". Defendem que "não é normal" que um banco público empreste dinheiro para grandes empresas a 3,5% ao ano, enquanto a inflação média é de 6%.


Ao anunciar obras de mobilidade em Curitiba, Dilma defendeu os subsídios por duas vezes. "Subsídio é necessário para o Brasil, sim. Há que subsidiar vários segmentos. Porque senão não tem obra", afirmou. Mentira! É a terceira vez que ela foi à capital paranaense para inaugurar a mesma obra do metrô, sem que a mesma se realize.

Armas não matam; homens matam homens


Cel Paes de Lira insiste num dos mais importantes argumentos a nosso favor: armas de si não matam; homens matam homens. Quando um homem está decidido mesmo a dar fim de sua vida e de outros ele usa de quaisquer instrumentos a seu alcance.

COPA: O ESTADO COMO INIMIGO DO POVO - Parte1



A liberdade violentada: cidadãos brasileiros terão que ter autorização para entrar na própria casa em dias de jogos da Copa.

Afundada na corrupção, Petrobras tem lucro 30% menor no primeiro trimestre.

 
Apesar dos preços mais altos dos combustíveis, a Petrobras lucrou menos no primeiro trimestre. O resultado ficou em R$ 5,4 bilhões, com queda de 30% em relação ao valor obtido em igual período de 2013 (R$ 7,7 bilhões).

O principal motivo para o fraco resultado foi a menor produção de petróleo no país, que caiu 2% em relação ao primeiro trimestre de 2013. Segundo a estatal, a extração de óleo no período foi afetada pela parada de duas importantes plataformas. O mau resultado se deve também ao aumento das despesas operacionais, devido à provisão extraordinária de R$ 2,4 bilhões referente ao Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário, que contou com a adesão de 8.298 empregados.

A redução do lucro da companhia, que é alvo de pedidos de instalação de CPI no Congresso devido à suspeita de compra superfaturada da refinaria de Pasadena (EUA), já era esperada e ficou próxima à cifra prevista por analistas --R$ 5,2 bilhões no período. Na comparação com o quarto trimestre, o lucro da estatal caiu 14%. A empresa diz que o recuo ocorreu porque houve um benefício fiscal de R$ 3,2 bilhões no quarto trimestre que não se repetiu no primeiro trimestre.

Já o faturamento da companhia somou R$ 81,5 bilhões, com expansão de 12% ante o primeiro trimestre do ano passado graças ao reajuste dos preços dos combustíveis em novembro. Em relação ao quarto trimestre, houve alta de apenas 1%. O aumento dos combustíveis em novembro (de 4% para a gasolina e de 8% para o diesel) não foi suficiente para mudar o quadro da estatal.

Ela continua comprando derivados de petróleo (como gasolina e diesel) no mercado internacional e revendendo no Brasil com preço menor por causa da política do governo de evitar novos reajustes para não prejudicar a inflação no país, que está próxima de superar os 6,5% do teto da meta do governo --ficou em 6,28% em abril. O prejuízo da área de abastecimento, responsável pelas importações, subiu de R$ 4,2 bilhões no primeiro trimestre de 2013 para R$ 4,8 bilhões de janeiro a março deste ano.

Os papéis preferenciais da Petrobras, sem direito a voto, fecharam o pregão de ontem com queda de 1,17%, cotados a R$ 17,67, mas chegaram a subir até 2,01% no início do dia --a Bolsa já estava fechada quando o resultado financeiro foi divulgado. Segundo analistas, os investidores aproveitaram as altas recentes para vender os papéis e embolsar lucros. (Folha de São Paulo)

Copa do Mundo S/A

Por Luiz Fernando Janot*

Mais de 200 mil pessoas lotaram o Maracanã naquela fatídica tarde de 16 de julho de 1950, quando o Brasil perdeu a Copa do Mundo para o Uruguai. Ao final do jogo, a multidão silenciosa não conseguia acreditar no que estava vendo. Nascia, nessa época, o “complexo de vira-lata”, imortalizado pelo dramaturgo Nelson Rodrigues para traduzir a inferioridade que o brasileiro sentia em relação ao resto do mundo.

Com a autoestima em frangalhos, o jeito era esperar a próxima Copa para recuperar o prestígio abalado. Todavia, mais uma vez, o destino não nos foi favorável. Em 1954, a nossa equipe teve que voltar mais cedo para casa após ser eliminada pela seleção húngara, a nova sensação do momento. Com isso, a fama de jogarmos o melhor futebol do mundo só veio a se confirmar com a vitória de 1958, o bicampeonato em 1962 e o tri em 1970.

Após essas conquistas, cada Copa era esperada com a expectativa de um novo sucesso. Os preparativos para as comemorações se espalhavam por todas as cidades brasileiras. O congraçamento popular em torno dos grandes telões, onde os jogos eram exibidos, constituía um espetáculo indescritível e emocionante. Esse espírito de alegria e confraternização prevaleceu no Brasil até a última Copa, em 2010.

De lá pra cá, muita coisa mudou. Passada a euforia pela conquista do direito de sediar a Copa de 2014, o que vimos foi um estado geral de perplexidade diante da ganância desavergonhada da Fifa e do apoio servil das nossas autoridades. Prometeram mundos e fundos, mas muito pouco foi feito em benefício das cidades. Pelo contrário, o que se viu foi uma absoluta falta de planejamento e de transparência nos projetos realizados. Forjaram obras perdulárias, orçamentos inconsistentes, custos elevadíssimos e uma prática recorrente de reajustes para justificar eventuais atrasos.

Transformaram os nossos estádios em reluzentes arenas polivalentes para receber os mais variados tipos de espetáculo. Só não contaram que, além dos financiamentos a juros subsidiados, esse modelo de estádio iria exigir, no futuro, um aumento significativo no valor dos ingressos para viabilizar financeiramente as “Parcerias Público-Privadas”. Com ingressos a preços exorbitantes para os padrões nacionais, os estádios permanecem vazios mesmo em jogos importantes dos campeonatos regionais.

Diante da falta de público, a propalada eficiência administrativa dos consórcios administradores passou a exigir, por economia, que alguns setores dos estádios permanecessem fechados durante os jogos, fazendo com que as torcidas ficassem confinadas nas cadeiras atrás dos gols, onde os ingressos são mais baratos. Cinicamente, acabaram com a alegria de a população brasileira lotar os estádios, ao praticarem uma forma de gestão incompatível com a nossa realidade econômica, social e cultural.

Esse padrão “Copa do Mundo S/A”, que dá à Fifa o direito de faturar sobre tudo que é relacionado ao evento, inclusive, proibindo a comercialização de produtos de empresas concorrentes das patrocinadoras da Copa nas cercanias dos estádios, é mais um fator para inibir qualquer iniciativa popular espontânea.

Ao contrário do que costumava acontecer em outras Copas, o que vemos hoje é a triste apatia da população brasileira diante de um evento em que ela foi colocada de lado. Até a tradicional decoração das ruas não passa, até o momento, de alguns raros enfeites com pouca expressividade.

Apesar de tudo, não me resta alternativa senão vestir a camisa amarela e torcer apaixonadamente pela conquista do hexacampeonato. Passada a Copa, com vitória ou com derrota, a gente volta a enfrentar com determinação esse jogo perverso praticado contra os interesses da nossa população.


Fonte: Alerta Total


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*Luiz Fernando Janot é Arquiteto e Urbanista.

Um olhar austríaco - O que falta no PIB?


Para ativar as legendas, clique no botão esquerdo ao lado da engrenagem.

Tom Woods e Jeff Herbener discutem as falhas do PIB -- em especial, como ele deixa de fora informações importantes sobre a economia e leva as pessoas ao conceito equivocado de que o "consumo" é a maior fonte de gasto.

Transcrição, tradução e sincronização de Robson da Silva
Revisão de Ivanildo Terceiro

Original: http://www.youtube.com/watch?v=nQMmpLqIWiE