domingo, 8 de março de 2015

BREVE RETORNO AO BRASIL CIVILIZADO DE MÉDICI

Por Aileda de Mattos Oliveira

É indispensável que nos reabasteçamos de oxigênio para a decisão de despejarmos os antibrasileiros da casa que nunca foi deles: o Brasil.

Assim, neste mês em que se comemoram os cinquenta e um anos da Contrarrevolução de 1964, fazer um breve retorno à época civilizada do País, é uma maneira de nos fortificarmos, ao rever o trabalho de um Presidente que se voltou, inteiramente, às necessidades de sua gente.

Aqueles que vieram, cheios de “cidadania”, de “diretas”, após “os anos das trevas”, não deram continuidade à volumosa obra dos governos militares.

Benditos “anos de chumbo”, benditos “golpistas”, bendita “ditadura”, que puseram o Brasil em franco desenvolvimento, inclusive, social.

Não ganha jogo quem grita mais alto, mas quem faz o gol.

Médici, o grande presidente castor, fez “golaços” com o seu projeto PROTERRA. Deteve-se no problema de colonização de regiões com vazios demográficos, abrindo possibilidades à exploração agroindustrial, e que viria permitir a migração de contingentes populacionais, como realmente ocorreu, em Rondônia e Roraima.

Essa ocupação da terra brasileira por brasileiros de várias regiões tinha o objetivo de fazer “com que o Brasil cresça dentro de seus próprios limites”, conforme palavras do próprio Presidente. Havia uma certeza de integração e de unidade nacional. Havia uma certeza de que era bom ser brasileiro.

Mas, para a consolidação desse trabalho, era imperativo que obras paralelas fossem postas em execução, e a construção de rodovias era imprescindível, a fim de facilitar a mobilidade, os deslocamentos desses contingentes, alguns saídos do Sul e do Sudeste para o extremo Norte.

As obras saltavam do papel e iam se transformando em realidade, não se limitavam a motes de pronunciamentos irresponsáveis, como os que transformaram o rio São Francisco, o “Velho Chico” da unidade nacional, num canteiro de obras, num monte de destroços. Ficaram satisfeitos os sádicos de esquerda ao destruírem mais uma mítica instituição brasileira.

Médici tinha objetivos sólidos. Ao incrementar a pesquisa no terreno técnico-científico, visava ao desenvolvimento dos estudos no campo da genética, da silvicultura e, mais ainda, o aumento da produtividade agrícola, pelo incentivo à pesquisa referente ao emprego da energia nuclear na agricultura.

Esses estudos, em nível universitário, puseram em grande atividade intelectual, docentes e discentes da Escola Superior de Agricultura “Luís de Queiroz”, em Piracicaba.
Não pensem que o desenvolvimento do solo ficou restrito às regiões citadas. No Rio Grande do Sul, os gaúchos puseram os instrumentos na terra, arregaçaram mangas e bombachas, e a produção de soja e de trigo foi uma beleza de se ver e de se contar.
Porém, concordamos com a esquerda, quando afirma que houve uma revolução dos militares. É verdade, houve sim, uma grande revolução.

Houve uma revolução no modo de governar, nos programas de governo destinados às soluções dos problemas nacionais, os agrários, a ocupação territorial, nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, os exclusivamente sociais como PIS, PASEP, FGTS. No âmbito da educação superior, CNPq, CAPES eram os institutos de pesquisas que abriram as portas ao mestrado e ao doutorado.

O crescimento do Brasil, certamente, causaria apreensão aos países do entorno, já que é mais fácil invejar do que trabalhar para atingir o mesmo patamar de desenvolvimento. Assim, as visitas que Médici fez ao Paraguai (hoje, dando lições de democracia ao Brasil) para a inauguração da ponte internacional sobre o rio Apa, em Bela vista (7/7/1971) e à Colômbia (7/8/1971), contribuíram para eliminar qualquer possibilidade de inquietação por parte dos governos dos dois países.
 
Ao Presidente Misael Pastrana Borrero, da Colômbia, reafirmou o interesse do Brasil em que todos os seus vizinhos, limítrofes ou não, fossem “prósperos”, porque, “Longe de nós está, portanto, a ideia de conquistar, pelo empenho que colocamos em promover o desenvolvimento nacional, qualquer tipo de hegemonia.” As relações internacionais fundamentavam-se no respeito mútuo.

Estes são alguns dados do Brasil civilizado, de ontem, pois as muitas realizações do operoso Presidente estão no livro “Médici, a Verdadeira História”, porém, as aqui citadas, encontram-se registradas, pelo próprio Presidente nas páginas de sua pequena obra “O povo não está só”.

O doloroso é termos que voltar à realidade deste, hoje, envergonhado País, ora destruído por uma criatura incapacitada, até mesmo, de dirigir a própria vida doméstica.

São treze anos de dilapidação do dinheiro público, pelo governo petista. Médici, o presidente militar, não transformou os bens públicos em particulares, apenas desenvolveu projetos, tendo em vista o bem comum, o bem-estar do brasileiro, o desenvolvimento do Brasil.

Conclusão: nada melhor do que uma “ditadura” militar.


Fonte: TERNUMA


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Aileda de Mattos Oliveira é Dr.ª em Língua Portuguesa. Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa

VAMOS À GUERRA!

Por Gen Ex R1 Rômulo Bini Pereira

Nos conflitos da humanidade, historicamente, a pior e mais sangrenta guerra é aquela entre irmãos. Ela deixa marcas indeléveis que impactam as populações dos países onde ocorre. A Guerra da Secessão nos Estados Unidos e a Guerra Civil Espanhola bem demonstram os reflexos desses conflitos até os nossos dias. Em nosso país as lutas fratricidas das décadas de 60 e 70 deixaram sequelas que impedem uma efetiva reconciliação e que ainda perturbam o atual cenário político.Em manifestações sindicalistas na cidade do Rio de Janeiro o brado de "Vamos à guerra!" foi ouvido. O seu autor foi o ex-presidente Lula e para muitos um ato surpreendente e irresponsável para quem conduziu os destinos deste país por oito anos. De alto e bom som o ex-presidente pregou a necessidade de um posicionamento agressivo para salvar a nossa maior empresa — a Petrobras — que estaria sendo predatoriamente destruída por segmentos políticos oposicionistas. Acresceu ainda em suas palavras os costumeiros e preferidos chavões das esquerdas brasileiras, quanto a um possível golpe institucional em andamento e conduzido pelas "zelites”. Para se equiparar ao seu irmão Maduro, da Venezuela, faltou somente criticar o "Satã do Norte”, os americanos.

Nessa sua defesa ele empenharia o "exército do Stédile", os integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) que, com manifestações em todo o país, poderiam até desestabilizar as instituições democráticas. As duas afirmativas do ex-presidente mais parecem um conto interminável dos que nos governam há mais de doze anos, ou uma fábula surgida de suas férteis imaginações. O povo brasileiro não quer a destruição da Petrobras, um símbolo nacional. Ao contrário, quer que todos corruptos que se apossaram da empresa no seu governo e da sua afilhada — a presidente Dilma — sejam julgados e condenados.

Não é compreensível que essas duas lideranças políticas não tenham tido conhecimento dos graves problemas que existiam na empresa. Os órgãos governamentais que lhes poderiam assessorar ou informar a respeito falharam em suas missões ou não foram ouvidos. O “Eu não sabia!”, a costumeira declaração desses mandatários já se tornou um bordão, e é motivo de ironias e piadas nas redes sociais.

A segunda proposta do ex-presidente — infeliz e semelhante às de agitadores de rua — é para incendiar o país com o "exercito do Stedile" em defesa da Petrobras e da democracia. Não se sabe se é a democracia vigente ou a democracia totalitária preconizada pelo "Fórum de São Paulo". É uma proposta no mínimo preocupante. O MST não é somente um movimento sindical que luta pela reforma agrária, a sua permanente fachada. Mas, ao se ler os seus manuais doutrinários, confirmados pelas palavras de seus líderes, conclui-se que o seu objetivo maior é a conquista do poder, se necessário com o uso da força. A revolução e o regime cubanos são os exemplos a serem seguido por esse movimento.

A recente visita dos líderes dos “campesinos venezuelanos”, ligados ao governo de Nicolas Maduro, bem identifica a postura ideológica das duas organizações, com uma marcante diferença. Os "campesinos” possuem armamentos e são considerados o braço armado do governo venezuelano. O MST, até onde se sabe, não possui armamentos letais.

Em todos os governos da Nova República, as Forças Armadas, particularmente o Exército, foram empregadas em missões de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). São missões que envolvem riscos significativos como as da força de pacificação nas favelas cariocas e greves de policias militares. Elas se caracterizam como uma medida adotada para se evitar um descrédito e aviltamento dos órgãos governamentais, principalmente dos Estados. Ano a ano este emprego vem crescendo, não só em números de ações, mas, também na sua vigência, caracterizando-se como se diz no jargão militar, a “ultima ratio regis", expressão latina que evoca o derradeiro argumento dos governantes.

Manifestações de movimentos sociais — tais como as de cunho radical ocorridas em meados de 2013 e agora essa convocação do "exército de Stedile” — são verdadeiros fomentos para um real embate de forças e não de ideias. Iniciada por essa nova visão sectária do ex-presidente Lula, uma confrontação em um ambiente conturbado e acéfalo pelo qual passa o Brasil, sem dúvida, poderá nos conduzir a situações extremas. Novamente as Forças Armadas serão chamadas a intervir e não poderão deixar de cumprir o que preconiza o artigo 142 da Constituição Federal.

Os novos comandantes das Forças, que gozam de alto conceito entre seus pares e subordinados, certamente, não se calarão como seus antecessores que adotaram uma postura de silêncio obsequioso. Ela nos impingiu a ignominiosa acusação a chefes militares, como Castelo Branco, Eduardo Gomes, Maximiano e tantos outros, que tiveram suas vidas de integridade e honradez enxovalhadas pela Comissão Nacional da Verdade. Não houve sequer uma nota de repúdio desses antigos comandantes.

As Forças Armadas fazem parte da sociedade brasileira que lhe concedeu o maior índice de credibilidade entre nossas instituições, inclusive superior às religiosas. Elas não podem ser alijadas das grandes decisões nacionais. As suas análises, estudos e pareceres deverão ser obrigatoriamente ouvidos e considerados. Quem quer o seu silêncio são as instituições comprometidas com ideologias retrógradas e objetivos nebulosos como o Fórum de São Paulo. Esta participação não é um ato de indisciplina nem de arroubos golpistas. É um ato democrático de quem preza sobremaneira a paz e ordem.

Entretanto, vale um alerta. Riscos ao nosso sistema democrático vigente, mesmo aqueles de caráter sub-reptício, vindos de partidos políticos ou de quaisquer outras organizações, serão combatidos. Com base em nossa experiência e sem sermos presunçosos, reafirmamos que nossas Forças Armadas estarão à frente daqueles que enfrentarem as ameaças sem pronunciar bravatas, como essa abominável "VAMOS À GUERRA"!


A Embraer realiza com sucesso 1º vôo do novo avião de transporte militar e reabastecimento no ar KC-390

A Embraer realizou em 03 de fevereiro de 2015 o primeiro vôo do novo jato de transporte militar e reabastecimento em vôo KC-390.

O KC-390 é uma aeronave de transporte militar desenvolvida para estabelecer novos padrões de capacidade e desempenho na sua categoria, ao mesmo tempo em que apresenta o menor custo de ciclo de vida do mercado.

Genuíno multimissão, é capaz de transportar e lançar cargas e tropas, realizar evacuação aeromédica e busca e resgate, bem como combater incêndio florestal, entre outras missões. O KC-390 também pode ser utilizado como reabastecedor aéreo e possui grande flexibilidade, reabastecendo desde helicópteros a caças de alto desempenho.

Equipado com um moderno sistema de manuseio de cargas, o KC-390 acomoda cargas de grandes dimensões, como pallets, veículos, helicópteros, além de tropas, paraquedistas, macas para evacuação aeromédica ou configurações mistas.

A pilotagem da aeronave é facilitada por um moderno sistema aviônico integrado e por um sistema de comando de voo do tipo fly-by-wire, que reduz a carga de trabalho dos pilotos e aumenta a eficiência da missão.

O KC-390 também pode ser equipado com um avançado sistema de autodefesa e possui proteção balística de áreas críticas, que aumenta a capacidade de sobrevivência em ambientes hostis.


Fonte: Embraer

Blindada pela PGR no Brasil, Dilma será atacada por investidores na ação contra Petrobras em Nova York

 
Por que motivo tão especial, sempre que possível e a coisa fica institucionalmente insustentável, a Procuradoria Geral da República faz questão de blindar o Presidente da República na hora que estouram escândalos de alto potencial destrutivo, como o Mensalão e o Petrolão? Não foi surpresa alguma que Dilma Rousseff fosse poupada na Lista de Janot, apesar de bastante citada pelos delatores premiados da Lava Jato, simplesmente porque fora presidente do Conselho de Administração da Petrobras na época em que ocorreram as grandes falcatruas na petrolífera.

Se aqui dentro é sempre poupada, lá fora pode não ocorrer o mesmo com a Presidenta que nunca foi Presidente. Na próxima sexta-feira, às 14h, a Corte de Justiça de Nova York vai promover uma teleconferência do magistrado Jed Rakoff, que julga o "Petrolão USA", com os reclamantes-líderes do processo movido contra a Petrobras. Já se comenta abertamente entre investidores que o nome de Dilma Rousseff será citado, claramente, como um dos membros gestores da Petrobras cujas decisões ou omissões causaram prejuízos bilionários a quem detinha ações e títulos de dívida da companhia. Nos States, a previsão é que a blindagem de Dilma não funcionará. O fato de ela agora ser uma chefe de Estado nada tem a ver com o que tenha feito no passado como membro de gestão da Petrobras.

Aqui no Brasil, os políticos perderam qualquer moral. É uma mancha vergonhosa para o Senado que os nomes dos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Humberto Costa (PT-PE), Romero Jucá (PMDB-RR), Edison Lobão (PMDB-MA), Fernando Collor (PTB-AL) e Ciro Nogueira (PP-PI) apareçam na lista negra de pedidos de abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no rastilho de pólvora dos processos e delações premiadas da Lava Jato. A listona de 54 políticos, com 28 pedidos de investigação, é a constatação da falência múltipla da classe política no Brasil. Dez por cento do Congresso suspeitos de falcatrua é um percentual nojento.

O escândalo do Petrolão mexe com o humor dos EUA, conforme informou em primeira mão, ontem, este Alerta Total. Não foi à toa que o governo dos Estados Unidos da América intimou brasileiros que têm empresas abertas na Flórida. A determinação é que só vai permitir a continuidade dos negócios se as empresas comprovarem que não fazem negócios, envolvendo corrupção, com o governo federal ou com "estatais" brasileiras. A ordem ameaça até retirar o Green Card (visto permanente) do empreendedor brazuca que não conseguir comprovar, através de documentos, contratos e extratos bancários, que está limpo e puro.


Eis o desastre gerado pela corrupção institucionalizada sobre a imagem dos próprios brasileiros que moram, trabalham e geram renda lá fora... E tudo ficará ainda mais grave, pois o Tio Sam está seguindo o procedimento indicado pelo juiz Sérgio Moro (que aprendeu por lá, aliás): "Sigam a grana"! Os ladrões e o chefe do bando serão logo localizados...

Democracia é aspiração nacional?

Por General da Reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva

"Num hipotético cenário em que a ala radical do PT viesse a controlar o governo, ela tentaria impor um regime, no mínimo, autoritário ao País. A Nação viveria momentos de tensão, em que as liberdades individuais e o regime democrático dependeriam do poder das instituições, o qual resulta de sua força política e da vontade e maturidade da Nação. A manobra da esquerda radical reuniria pressões de cúpula e de base, exercidas por organizações e atores aliados nos Poderes da União, amplamente mobiliados pelo partido; por meio de parcerias com parcela significativa do empresariado e do setor financeiro, fidelizada e controlada via benefícios concedidos no contexto da estratégia de implantação do capitalismo de Estado, adaptado do modelo chinês; e por movimentos revolucionários, eufemisticamente chamados sociais, com suas ligações externas.

A linha de frente para neutralizar tal manobra seria composta pelos setores democráticos do próprio Executivo, pelo Judiciário e pelo Legislativo. Este último, porém, está desgastado, não tem credibilidade e grande parte dos congressistas é aliada ao governo ou dá prioridade a interesses pessoais, às vezes inconfessáveis, sendo suscetível à cooptação. São as instâncias competentes para impedir a alteração do arcabouço legal e, assim, tornar inviável a manobra da esquerda radical.

Numa segunda linha se encontra a imprensa, setor com maior capacidade de projeção na sociedade para conscientizar e mobilizar as forças democráticas para a preservação do regime. Daí ser o alvo principal das manobras da esquerda radical nos campos político e financeiro visando a silenciá-la.

E as Forças Armadas? Elas se subordinam ao poder político do Estado, impropriamente chamado poder civil, e, como disse o presidente Castello Branco, os meios militares nacionais e permanentes não são propriamente para defender programas de governo, muito menos sua propaganda, mas para garantir os Poderes constitucionais, o seu funcionamento e a aplicação da lei. Não estão instituídos para declarar solidariedade a este ou àquele Poder.

De fato, a Constituição da República prevê o emprego das Forças Armadas na garantia dos Poderes constitucionais, da lei e da ordem. O equilíbrio dos Poderes é um fator decisivo na democracia e se o Poder Executivo tentar rompê-lo e se impor aos demais, ao arrepio da lei, não cabe às Forças Armadas, e sim ao Legislativo e ao Judiciário - linha de frente já mencionada -, intervir, podendo haver até mesmo o impeachment do presidente. Neste caso, a linha sucessória seria seguida e, se necessário, as Forças Armadas seriam acionadas, sob o comando supremo do novo chefe da Nação, para fazer cumprir a Constituição.

Somente na hipótese de falência total dos Poderes da União, o caos institucional resultante obrigaria as Forças Armadas a exercê-los, temporariamente, para impedir a desintegração da Nação. Nenhum cidadão é obrigado a fazer o que é ilegal ou lesivo ao País. Na hipótese em tela, oportunamente, altos chefes militares tomariam uma digna iniciativa pessoal - sem emprego de tropa nem quebra da hierarquia e disciplina: manifestar publicamente oposição à manobra da esquerda radical, com o risco de retaliações, conscientes de que a omissão seria respaldo, implícito, a ações lesivas à democracia, às instituições e ao Brasil e que a lealdade à Pátria é o maior atestado de disciplina militar. A problemática substituição desses chefes levaria a um impasse e reforçaria a reação democrática.


A sociedade é responsável pelo seu destino e deve organizar-se, como no Movimento Ficha Limpa, para pressionar vigorosamente as instituições, obrigando-as a defender a democracia, se esta for realmente uma aspiração nacional".


Janot não poderia incluir Dilma na lista. É a Constituição


Laryssa Borges é uma excelente jornalista dos quadros da Veja.com. Ela fez uma reportagem esclarecedora sobre se, de acordo com a Constituição, seria possível investigar Dilma Rousseff durante o exercício do mandato presidencial. Os juristas ouvidos por Laryssa Borges disseram que não, e decisões do Supremo Tribunal Federal confirmam a impossibilidade.

Eis um resumo da reportagem:

A decisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de não listar a presidente Dilma Rousseff entre as autoridades que poderiam ser investigadas no escândalo do petrolão está fundamentada na Constituição Federal e não significa que a petista não possa ser responsabilizada no futuro.

Na investigação da Operação Lava Jato, as citações que envolvem Dilma remetem à época em que ela era presidente do Conselho de Administração da Petrobras, entre 2003 e março de 2010, e ministra do governo Lula. O parágrafo 4º do artigo 86 da Constituição proíbe que um presidente da República seja responsabilizado, no exercício do mandato, por atos que não dizem respeito ao exercício de suas funções. Nessa linha, dizem especialistas, como suspeitas de irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, por exemplo, ocorreram antes do primeiro mandato de Dilma à frente do Palácio do Planalto, Janot não poderia agora apresentar um pedido de investigação contra ela.

"Os fatos são anteriores ao exercício do mandato. E aí não pode se fazer nada, mesmo se houver indícios [de irregularidades]. Tem que se aguardar o fim do mandato", explica o advogado Nabor Bulhões, que defendeu o ex-presidente Fernando Collor de Mello no processo que culminou em seu impeachment.

Irregularidades praticadas por Dilma no cargo de presidente da República, mas alheias ao ofício em si, também não poderiam ser investigadas enquanto ela permanecer no maior posto da administração pública federal.

"Tem que esperar terminar o mandato para denunciar, mas pode denunciar, sim, porque senão poderia se criar uma figura de completa isenção da aplicação da lei brasileira a um agente público", diz o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavancanti.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) reforça o impedimento de Rodrigo Janot, ainda que quisesse, de pedir investigação contra a presidente. "O artigo 86, ao outorgar privilégio de ordem político-funcional ao presidente da República, excluiu-o, durante a vigência de seu mandato e por atos estranhos ao seu exercício da possibilidade de ser ele submetido, no plano judicial, a qualquer ação persecutória do Estado", disse o ministro Celso de Mello, em 1992.

Portanto, com os testemunhos de que dispõe, mesmo que eles fossem fortes o suficiente para incriminar a presidente, e ainda não o são, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não poderia incluir Dilma Rousseff na lista de políticos enviada ao STF -- seja para denunciar, seja para pedir abertura de inquérito sobre a sua conduta.

O Antagonista quer muito que o PT seja tirado do poder, mas não se cansa de repetir: o impeachment de Dilma Rousseff é um processo POLÍTICO a ser levado a cabo no Congresso Nacional. Cabe à oposição tomar a iniciativa. E, pelo visto até o momento, ela não quer saber de ouvir falar em impeachment. É histeria usar a Justiça como bode expiatório. Pressione-se o PSDB, principalmente.