Por
CoroneLeaks (Coturno Noturno)
Ato de fundação do PMDB, em 1980: Ulisses Guimarães, Paulo Brossard e Teotônio Vilela
cumprimentam a militância. 34 anos depois o partido pode se reencontrar com o povo.
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Nestes últimos dias, o PMDB corrupto,
fisiológico, toma-lá-dá-cá, passou a ser olhado com outros olhos pelo
eleitorado formador de opinião, que milita principalmente nas redes sociais.
Sua rebelião contra o governo e o projeto hegemônico do PT teve o dom de
começar a recuperar a imagem perdida de um grande partido, praticamente da
noite para o dia. O PMDB passou a ser assunto nos blogs e redes sociais,
acordou uma militância adormecida, composta principalmente por ex-eleitores e
pela juventude do partido.
O Brasil anda atrás de soluções e
respostas rápidas. Joaquim Barbosa, pela condução do julgamento do Mensalão,
saltou em poucos meses para 15% das intenções de voto na corrida presidencial.
A âncora de TV Raquel Sheherazade virou musa da noite para o dia, pela sua
defesa intransigente do Estado de Direito e da ética na política. Nas redes,
mesmo gastando milhões com militância paga, o PT é derrotado, sistematicamente,
por campanhas espontâneas que surgem do dia para a noite, criticando,
duramente, o governo e a presidente da República.
Indo direto ao ponto, a pergunta que
não quer calar: o PMDB vai fazer uma aliança com boa
parte da opinião pública, que não quer Dilma por mais quatro anos, ou aceitará
ser achincalhado por uma presidente que, orientada pelo seu marqueteiro, só
pensa em dividendos eleitorais e transforma o PMDB no vilão do país?
O povo brasileiro mandou um sinal
claro: quer recuperar o velho PMDB. Dilma e o PT também mandaram mensagem muito
clara: querem destruir o que resta da imagem do aliado de ocasião, mostrando ao
povo brasileiro que basta acenar com algumas migalhas que os porcos voltam
correndo para o chiqueiro.
Nos bastidores...
Um dia depois de dizer que a aliança com o PT estava “garantidíssima”, Michel Temer, vice de Dilma, declarou para deputados que o visitaram e que impuseram ao governo a maior derrota política dos últimos anos:
"O que o partido resolver, eu estou junto.
Faço o que for bom para o partido. Se querem fazer uma convenção que declare a
independência do PMDB, que saia do governo, que façam. É preciso que saibam que
essa convenção não será feita para mim, para me manter na vice”.