Por Marcos Coimbra
Seja quem for
o vencedor do próximo pleito presidencial em nosso país, os brasileiros serão
os grandes derrotados. Isto porque nenhum dos três principais candidatos
possui, em nosso entendimento, condições razoáveis de ser o primeiro mandatário
de uma Nação como a nossa, em um cenário bastante complexo e adverso.
Inclusive, dos dez candidatos, seis foram ou são petistas. Escapam apenas
quatro: o tucano Aécio, o pastor Everaldo e os Srs. Levy e Eymael.
A candidata à
reeleição revelou-se incapaz de administrar o Brasil de forma sequer razoável.
A sequência de escândalos já atinge o limite máximo imaginado. O último,
realçado pelas bombásticas revelações do ex-diretor Sr. Paulo Roberto Costa,
fere profundamente a todos nós, brasileiros nacionalistas, defensores ferrenhos
da nossa eterna Petrobras.
É triste verificar o aparelhamento político-partidário da
empresa símbolo do Brasil com suas nefastas consequências.
O “mensalão 1” já foi uma dose cavalar. Seguiram-se então
Pasadena, Abreu Lima e outros. Não é possível acreditar que a “grande gerente”,
tendo exercido as funções de ministra de Minas e Energia, da Casa Civil,
presidente do Conselho de Administração da Petrobras e agora na Presidência, de
nada sabia. Neste caso, então é de uma incompetência gritante. Se sabia e nada
fez para impedir os “malfeitos” é no mínimo conivente.
A situação
econômica é grave. Temos uma taxa de inflação no teto da meta, apesar do
represamento de inúmeros setores (energia, combustíveis e outros), um
crescimento pífio do Produto Interno Bruto (PIB) com a previsão de algo
inferior a 1%, um déficit estimado do Balanço de Pagamentos em Transações
Correntes no corrente ano de cerca de US$ 80 bilhões, uma taxa de desemprego,
segundo o DIEESE de 10,8% em junho do corrente ano, e de 7% segundo a Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE, contra 5% da Pesquisa
Mensal de Emprego (PME), uma dívida externa de US$ 526,3 bilhões, considerando
os empréstimos intercompanhia de US$ 197,9 bilhões.
O real está sobrevalorizado devido à atuação do Banco
Central. Estima-se um reajuste de pelo menos 15 % após as eleições. A taxa de
investimento não consegue ultrapassar o patamar de 18% e a taxa de poupança
fica em 14% do PIB. O ministro da Fazenda torna-se um “pato manco”, pois já foi
anunciada sua saída ainda restando quatro meses de “governo”.
Isto sem contar o Passivo Externo Bruto, em torno de US$ 1,3
trilhão já em 2010, segundo o Prof. Reinaldo Gonçalves. A corrupção campeia
livremente sem ser devidamente coibida. Centenas de milhões de dólares são
doadas a “governos amigos”, com o perdão de dívidas, ou através de
financiamentos do BNDES a empreiteiras privadas, generosas doadoras de
campanhas eleitorais, que também nunca serão ressarcidos devidamente. Ganham as
empreiteiras, os países agraciados e perde o povo brasileiro. E ainda afirmam
que não temos recursos para investir na saúde, na educação, na segurança,
enfim, na infra-estrutura econômico-social. Até para os quase dez milhões de
aposentados que recebem pouco mais de um salário mínimo de aposentadoria não há
dinheiro para reposição de seus “benefícios”.
Na expressão política, com a reeleição, teremos a definitiva
implantação de um regime bolivariano no Brasil, a exemplo do ocorrido na
Venezuela, Bolívia, Equador, Nicarágua e outros sob a inspiração castrista. Os
exemplos da Venezuela e da outrora próspera Argentina são gritantemente
esclarecedores das consequências do populismo autoritário e da incompetência
explícita. Se agora, já está assim, imaginem se a reeleição de Dilma ocorrer.
Teremos a aplicação, na prática, dos piores pesadelos dos defensores da
democracia, com a confirmação das previsões do genial escritor George Orwell
(Eric Blair). E o pior. A falta de confiabilidade das urnas eletrônicas de
primeira geração da Diebold, que está sendo processada nos tribunais dos EUA.
O senador Aécio possui compromissos políticos que o
impossibilitam na prática de administrar o país com soberania e independência.
Sua dependência a FHC piora o quadro, pois o pecado da reeleição foi cometido
pelo sociólogo, quando na prática prorrogou seu mandato por mais um período.
Não revela carisma e os indicadores de seu desempenho são decepcionantes a
começar pela sua posição atual nas pesquisas em MG que o apresentam em terceiro
lugar. Pode ser que se recupere agora, pois não foi atingido pelo “mensalão 2”.
Quanto à messiânica Marina, ela representa um salto no
escuro, se bem que é notória representante dos interesses anglo-saxões no
Brasil, bem como apresenta em sua assessoria representantes do segmento
financeiro e de ONGs ligadas ao movimento mundial de oposição ao
desenvolvimento de Nações emergentes, apesar de suas origens no PCR (Partido
Comunista Revolucionário) e no PT. Porém, para manter-se no poder terá que
fazer alianças mais programáticas do que os já repudiados acordos do denominado
“presidencialismo de coalizão”.
Resta-nos apoiar a quem cause menos prejuízo ao nosso Brasil.
Fonte: A VerdadeSufocada
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Marcos Coimbra é Professor, Membro do Conselho Diretor do
CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e Autor do livro Brasil
Soberano.
Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br
Página: www.brasilsoberano.com.br