Por Jornalismo SBT
domingo, 23 de março de 2014
Com Dilma, Petrobras perdeu R$ 201 bilhões e vale metade do que valia em 2010.
Dilma
no comando: muita política e prejuízos bilionários para a maior empresa do Brasil |
Oito anos depois de o ex-presidente Lula anunciar com
estardalhaço e as mãos sujas de óleo a autossuficiência do Brasil em petróleo,
a Petrobras hoje enfrenta uma de suas piores crises, com o nome envolvido em
escândalos e seu valor despencando rumo ao fundo do poço.
O valor de mercado da estatal está hoje em R$ 179 bilhões,
menos da metade dos R$ 380 bilhões de 2010, quando o preço do petróleo explodiu
e a empresa ainda festejava a descoberta do pré-sal. Para profissionais que
acompanham a companhia de perto, a Petrobras vem perdendo valor por causa do
mal-estar com o uso político da empresa, que se tornou ostensivo nos últimos
anos e afastou os investidores.
O governo obriga a estatal a vender combustíveis a preços
defasados para segurar a inflação e a comprar equipamentos de fornecedores
locais mais caros que no exterior. A Petrobras é usada também na barganha
política, por meio do loteamento de cargos entre os partidos da base aliada do
governo. "O governo loteia os cargos, os gestores ficam subordinados a
interesses dos políticos e tomam decisões que não deveriam e não tomam as que
deveriam. É trágico", diz Ildo Sauer, diretor do Instituto de Energia e
Ambiente da USP, ex-diretor da Petrobras no governo Lula.
A autossuficiência do país em petróleo durou pouco porque a
Petrobras não acompanhou o aumento da demanda por combustíveis. Na melhor das
hipóteses, sua produção neste ano vai atingir o mesmo patamar do início do
governo Dilma. Para compensar, a Petrobras é forçada a importar gasolina e
diesel num volume que aumentou 470% nos últimos três anos. "Como vende
aqui mais barato do que compra lá fora, a Petrobras é uma das poucas
petroleiras do mundo que perde dinheiro quando o preço do petróleo sobe",
diz Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura.
Com caixa apertado e uma dívida que cresceu quase três vezes
desde 2010, a estatal agora corre o risco de perder o grau de investimento, um
selo dado pelas agências de risco aos bons pagadores Uma das saídas para esse
quadro é produzir e refinar mais petróleo. Mas seus projetos, muitas vezes
decididos por critérios políticos, com frequência atrasam e custam bem mais que
o previsto.
As refinarias do Maranhão, do Ceará e do Rio de Janeiro
estão atrasadas em até cinco anos. Já a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco,
é um monumento ao uso político da Petrobras. Para agradar o então presidente da
Venezuela Hugo Chávez, o ex-presidente Lula colocou a estatal de petróleo PDVSA
como sócia do projeto.
A refinaria tinha que começar a operar em 2010, mas até hoje
não ficou pronta. Mesmo assim, o custo saltou de US$ 2,3 bilhão para US$ 20
bilhões. A PDVSA nunca colocou um bolívar venezuelano na obra e no ano passado
pulou fora do projeto. Até agora, a refinaria só serviu de palanque para Lula e
Dilma, que estiveram lá várias vezes para inaugurar pedaços do empreendimento.
(Folha de São Paulo)
2048: o jogo do momento na VERSÃO PETISTA
Por Gravatai Merengue
A nova febre da internet é o joguinho "2048". Pois
agora é possível jogá-lo de outra forma: em vez dos números simples, figuras
gloriosas do Partido dos Trabalhadores. Se conseguir formar o CHEFE LULA, você
vence o jogo!
só gente boa...(???)
|
A essa altura, creio que todos já devem ter jogado (ou ao
menos visto) o “2048″. O objetivo é mover as casas para os lados (direita,
esquerda, cima, baixo) agregando os números para formar seus múltiplos. Pois
agora ficou MUITO MAIS DIVERTIDO. Você junta figuras do PT e forma outras ainda
mais gloriosas!
Haddad com Haddad forma Padilha que, com outro Padilhinha,
forma Pimentel – e esse, somando-se, dá uma Marta que gera Suplicy que
desemboca em Lulinha, Delúbio, Genoíno… Enfim, DESCUBRA VOCÊ MESMO. E tente
formar um Lula, lá.
Jogue por aqui. Boa sorte a todos.
Para divulgar o jogo aos amiguinhos, é só usar o seguinte
endereço: http://bit.ly/jogodoPT
PS – espalhe para todos, mesmo, pois os jornais só divulgam
quando o jogo é feito por petistas e contra seus adversários – quando a piada é
com eles, nenhum suplemento de internet fala nada. então "vamoquevamo" a gente
mesmo.
Fonte: Implicante / Blog
Eduardo "Duas Caras" Campos e a Petrobras.
O presidenciável Eduardo Campos (PSB-PE), com o punho
socialista cerrado, ao lado de Hugo Chávez, em foto que emoldura a história do
Brasil e a biografia do candidato. O governador pernambucano foi um dos mais
favorecidos pela construção da refinaria Abreu e Lima em seu estado, que
deveria custar U$ 2,3 bilhões e já está em U$ 20 bilhões. Um monumento ao
desperdício e às piores práticas no uso do dinheiro público. Na foto estão Lula e Dilma, antigos aliados.
Naquele momento, naquela refinaria, o pernambucano ainda sonhava em ser o vice
de Dilma, em 2014. Ontem, Campos disse que o PT está desvalorizando a Petrobras
para privatizá-la. Como bom socialista do punho cerrado, ela não gosta de
privatização. Ele gosta mesmo é de enterrar dinheiro público em obras superfaturadas.
E agora, velhaca e espertamente, quer tirar o corpo fora.
PLANTOU? CHOVEU? COLHEU?
É normal que os governantes subam ao palco das homenagens
quando o PIB do Estado registra expansão significativa. Totalmente anormal
seria apresentarem-se para vaias nos anos de crescimento negativo. Quem observa
o PIB gaúcho ao longo da série histórica de 2002 a 2013, disponível no site da
Fundação de Economia e Estatística, observará que os anos de pior desempenho
foram os de 2005, 2009 e 2012, quando o PIB caiu respectivamente 2,8%, 0,4% e
1,4%. Foram três tombos, em direta relação com as estiagens ocorridas nesses
mesmíssimos anos. Em compensação - felizmente há alguma compensação - os
períodos subsequentes às estiagens são, sempre, de crescimento significativo,
pois partem de patamares reduzidos. Os bons números recentemente divulgados a
respeito do PIB gaúcho de 2013, que cresceu 5,8%, foram bafejados pela
excelente safra do ano passado e pelo fato de se referirem à base negativa
determinada pela estiagem de 2012.
Faz parte do jogo festejar bons resultados como produtos da
inspirada e competente gestão pública e atribuir os maus à inclemência da
estiagem. No entanto, ante as manifestações oficiais sobre a boa expansão do
PIB gaúcho no ano passado, obviamente calcado no agronegócio e nas grandes
colheitas de soja, arroz e trigo, indaguei a mim mesmo: quando o partido que
nos governa começou a se interessar pela prosperidade do agronegócio?
Muitas vezes ouvi de seus parlamentares críticas candentes
ao modelo agrícola estadual e suas extensivas monoculturas. As centenas de
invasões de propriedades, levando intranquilidade e violência ao ambiente
rural, não tiveram e não continuam tendo incondicional apoio do partido?
Afinal, em que berçário nasceu e em que úberes o MST buscou leite para se
desenvolver? O Rio Grande do Sul é um Estado sem novas fronteiras agrícolas.
Não dispomos de terras virgens, por serem exploradas. Nos últimos anos, nenhum
avanço significativo teria ocorrido na produtividade das nossas lavouras sem o
uso de defensivos e sementes geneticamente modificadas. E eu lembro bem do fogo
cerrado que as tecnologias sofreram por parte do PT. O partido apoiava muito a
agricultura familiar (no que ia bem) e métodos arcaicos de produção (no que
sempre foi muito mal). Agronegócio era palavrão, coisa de latifundiário
neoliberal. Mais, todo produtor rural conhece o jogo pesado da presidente
Dilma, junto com sua base no Congresso Nacional, para a aprovação da MP-571
numa versão que danificaria econômica e socialmente o setor, seja por indústria
de multas, seja por excesso de ônus à atividade privada, seja por abusiva
redução da área de exploração, seja por desrespeito ao pacto federativo e por
aí afora. Todos os estabelecimentos rurais passariam a trabalhar para alcançar
certas metas do governo, que não planta, não chove e não colhe. Produção e a
produtividade não pareciam encontrar lugar entre essas metas.
Por que tudo isso? Por uma ideologia que conduz as ações do
governo e de entidades com ele afinadas num viés avesso ao direito de
propriedade. Não preciso explicar, certo? É nesse sentido que trabalham a Funai
e o CIMI em sua cobiça por áreas produtivas para entregá-las a reservas
indígenas. É nesse mesmo sentido que vão as reivindicações dos quilombolas,
sempre apoiadas por movimentos sociais de idêntica motivação e na mesma
sintonia. Não possuo um palmo de terra. Mas alerto: sem respeito ao direito de
propriedade, numa correta ordem juspolítica, pouco se planta e se colhe. Quer
chova, quer não chova.
___________________
* Percival Puggina (69) é arquiteto, empresário, escritor,
titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais
e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da
utopia e Pombas e Gaviões, membro do grupo Pensar+.
Bolsistas do PT e do MST, matriculados na Venezuela, entram para o Mais Médicos sem terminar o curso.
Mesmo sem cumprir todos os requisitos do Ministério da
Saúde, 41 médicos comunitários brasileiros recém-formados na Venezuela foram
selecionados para trabalhar no programa Mais Médicos. Eles se graduaram em
novembro pela Elam (Escola Latino-Americana de Medicina) Dr. Salvador Allende,
criada em 2007 pelo então presidente Hugo Chávez. A maioria é ligada a organizações
de esquerda como o PT e o MST.
O grupo voltou ao Brasil sem atender todas as exigências da
profissão previstas no artigo 8º da Lei de Exercício da Medicina na Venezuela.
"Depois que recebem o título, os formados têm de fazer um ano como médico
rural ou dois anos de internato. Do contrário, o ministro não assina o diploma,
e eles não podem fazer pós-graduação, medicina privada nem nada. São médicos
incompletos", disse à Folha Fernando Bianco, presidente do Colégio de
Médicos de Caracas e simpatizante do chavismo.
O descumprimento dessa exigência contraria o edital de
contratação do Mais Médicos publicado em 16 de janeiro, segundo o qual médicos
brasileiros formados fora do país precisam comprovar "habilitação para
exercício da medicina no exterior". Nesta semana, o grupo começou o
treinamento de cerca de 25 dias, que inclui uma avaliação de conhecimentos em
saúde na atenção básica. Mas todos já têm cidades designadas em 14 Estados,
incluindo sete em São Paulo.
Na Venezuela, o programa de médicos integrais comunitários
tem sido criticado por causa de irregularidades normativas, improvisos e falta
de docentes qualificados. A Elam não está inscrita no Ministério de Educação
Universitária. Com isso, o diploma dos brasileiros é da Universidade Nacional Experimental
Rómulo Gallegos (Unerg), em San Juan de los Morros, a 180 km de Caracas, onde
fica a Elam.
Os brasileiros e outros estrangeiros receberam o diploma em
cerimônia com a participação do presidente Nicolás Maduro. As festividades
incluíram uma visita ao Quartel da Montanha, onde está o túmulo de Chávez --o
nome da turma é "Comandante Eterno Hugo Chávez". "Aqui, conheci
o maior líder de todos os tempos, que semeou em mim uma bandeira de luta que
levarei para sempre onde quer que eu vá", escreveu, no Facebook, a
brasileira Vaubéria Macedo. "Conheci uma medicina diferente, humanista,
onde o ser humano é o mais importante, e a saúde não é a ausência de doenças. E
por isso sou muito grata aos companheiros cubanos."
O vídeo abaixo, em espanhol, mostra o drama de um jovem colombiano que denuncia o que eles ensinam, na Elam da Venezuela.
Segurança no Rio: promessas da Dilma versus realidade
Notem como a criminalidade arregaçou as mangas quando o Sérgio Cabral
encerrou a aliança com Dilma e o PT, promovendo os mesmos atos terroristas que
aconteceram em São Paulo. Não há uma orquestração nisso?
Bill Gates Fala das Vacinas Para Reduzir a População Mundial
Bill Gates faz discurso sobre CO2 Zero o que é impossível, pois todo ser humano produz CO2
enquanto respira, mas ele diz que com as vacinas ele conseguira diminuir 15% da
população mundial.
O caso da refinaria sepulta as invencionices ufanistas de Lula e Dilma. A Petrobras é deles. Só é nossa a conta bilionária
José Sérgio Gabrielli, Graça Foster, Dilma Rousseff e Paulo
Roberto Costa
em visita à Plataforma P-56, em Angra dos Reis, em junho de 2011
|
No comício promovido por Lula para oficializar a saída de
José Eduardo Dutra e a chegada de José Sérgio Gabrielli, o Brasil ficou sabendo
que a Petrobras seria presidida por um gênio da raça disfarçado de economista
baiano. “O companheiro José Sérgio Gabrielli
se transformou num dos mais importantes diretores financeiros que a
empresa já teve em toda a sua história”, informou o palanque ambulante em 22 de
julho de 2005. Nem todos enxergam tão longe, elogiou-se na continuação do
palavrório.
“Não faltaram pessoas que me diziam assim: o mercado não vai
gostar, o mercado vai reagir, é melhor deixar quem está lá”, foi em frente o
recordista brasileiro de bravata & bazófia. ”Como eu não tenho nenhuma
relação de amizade com o mercado, resolvi indicar quem eu queria”. O que queria
(e, pelo jeito, encontrara) era alguém capaz de acumular a presidência da OPEP
com a coordenação do carnaval de Salvador. Como até gente assim pode precisar
de conselhos, ele lembrou a Gabrielli que, caso quisesse ajuda, bastaria
recorrer à onisciente e onipresente Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil e
presidente do Conselho de Administração da Petrobras.
Ainda em 2005, a sumidade descoberta por Lula encampou a
grande ideia de Nestor Cerveró, diretor da Área Internacional: comprar por US$
360 milhões metade de uma refinaria no Texas que a empresa belga Astra Oil
havia adquirido meses antes por US$ 42,5 milhões. Com a ajuda de outro diretor,
Paulo Roberto Costa, Cerveró produziu o “resumo executivo” apreciado em 3 de
fevereiro de 2006 pelo Conselho de Administração. Foi uma decisão desastrosa,
comprovou o desfecho do negócio: em 2012, para encerrar a disputa judicial
iniciada cinco anos antes, a Petrobras pagou mais US$ 820 milhões à Astra Oil e
transformou-se na única proprietária de uma refinaria inútil.
Feitas as contas, a aquisição da velharia no Texas, sugerida
por Gabrielli e aprovada por Dilma, custou US$ 1,18 bilhão ─ ou 2,8 bilhões de
reais, que poderiam ter atendido a angustiantes urgências do viveiro de
miseráveis fantasiado de potência emergente. Só nesta semana a supergerente
mandona que tudo quer saber, e confere até o custo do cafezinho, resolveu
enxergar o monumento à inépcia, à vigarice e à gatunagem. Com a candura de uma
Filha de Maria, alegou desconhecer a existência de cláusulas leoninas
infiltradas no contrato. Bastaria ter lido os documentos colocados à disposição
da presidente do Conselho.
Em outubro de 2010, todos no Planalto sabiam da história
inverossímil. Menos Lula, reiterou a visita do maior governante desde Tomé de
Souza ao campo de Tupi. “Quando a gente quiser ter orgulho de alguma coisa
neste país a gente lembra da Petrobrás, de seus engenheiros, de seu geólogos,
do pessoal que é a razão maior do orgulho, mais do que o Carnaval, do que o
futebol”, recomeçaram as invencionices ufanistas. “A Petrobrás é a certeza e a
convicção de que este país será uma grande nação. É a prova mais contundente de
que o brasileiro é capaz, é inteligente, não é de segunda classe”.
Depois que o Estadão incorporou a presidente da República ao
espetáculo da indecência, a movimentação dos atores ampliou a afronta ao país
que presta. Em campanha no Ceará, Dilma recusou-se a comentar a transação
vergonhosa: estava lá para não dizer coisa com coisa sobre “mobilidade urbana”.
Gabrielli, agora secretário de Planejamento da Bahia, culpou a “crise
internacional” pelo negócio suspeitíssimo. Nestor Cerveró, hoje diretor
financeiro da BR Distribuidora, tirou férias e foi para a Europa. Cerveró achou
prudente cair fora do país tão logo soube que o álibi montado por Dilma transfere integralmente a culpa para os
autores do resumo executivo.
A demissão o alcançou a milhares de quilômetros de
distância. Nesta sexta-feira, por ordem do Planalto, o diretor financeiro da BR
Distribuidora perdeu o emprego fpelo que fez há mais de oito anos o diretor da
Área Internacional da Petrobras. É bom que se cuide: para salvar do naufrágio a
candidata à reeleição, o comitê central da campanha pode conferir-lhe o papel
que sobrou para Marcos Valério no escândalo do mensalão. Seu parceiro Paulo
Roberto Costa está preso, mas por outros motivos: a polícia descobriu que
trocou a direção da Petrobras pelo alto comando de uma quadrilha especializada
em lavagem de dinheiro.
Afônico de novo, Lula sussurrou a alguns amigos que Dilma
não deveria ter confessado o que fez. Daqui a alguns dias vai recuperar a voz
para jurar que não sabe de nada. Como os afilhados Dilma e Gabrielli, como os
demais sacerdotes da seita que o venera, o padrinho e Grande Pastor sempre
soube de tudo. Recitando que o petróleo é nosso, os donos do poder privatizaram
a empresa agora reduzida a caso de polícia. A Petrobras é do PT. Só é nossa a
conta bilionária.
Marcha da Família reúne 1.000 pessoas em SP
Manifestantes empunham bandeiras azuis para protestar contra
o comunismo; grupo distribuiu lacres de plástico para prender adversários.
Jovens distribuíram lacres de plástico na Marcha da Família (Felipe Frazão/Veja) |
A reedição da Marcha da Família reúne cerca de 1.000 pessoas
no Centro de São Paulo neste sábado. Os manifestantes se concentraram na Praça
da República e por volta das 16h30 seguiram para a Praça da Sé pela avenida São
Luis. No trajeto, eles entoaram gritos de guerra como “Deus, pátria e família”.
Cerca de cem jovens dos grupos Frente Integralista Brasileira e Resistência
Nacionalista, vestidos com coturnos, calça jeans e suspensórios, distribuíram
entre si lacres de plástico — sua finalidade seria a de prender adversários que
encontrassem pelo caminho.
Duas pessoas foram detidas no momento em que a marcha chegou
na Preça da Sé. Um casal provocou os manifestantes e foi agredido antes de se
refugiar em uma farmácia. O rapaz foi detido e apresentava ferimentos no rosto.
Outros dois homens vestidos de mulher satirizaram a marcha e também foram
agredidos por integrantes de grupos nacionalistas no Largo São Francisco.
Antes, outra confusão foi registrada quando uma mulher que
assistia à movimentação foi agredida após gritar “Coxinhas, reaças”. Ela levou
empurrões e foi perseguida até se refugiar na estação República do metrô.
Um homem foi agredido e expulso por ter sido apontado como
petista por manifestantes. Bandeiras do Brasil e da cor azul — uma contraposição
ao vermelho-comunista, segundo os organizadores — são empunhadas.
Policiais da Rocam e da Força Tática acompanham a passeata.
Um manifesto publicado em blog criado especialmente para o
evento é assinado por 17 entidades que, segundo o organizador, o fotógrafo
Bruno Toscano Franco, de 40 anos, são formadas por “brasileiros democráticos,
legalistas e constitucionais que estão cansados
de pagar impostos e vê-los gasto em metrô na Venezuela e para
revitalizar a rede hoteleira em Cuba”.
“Nosso movimento é contra a corrupção”, diz Franco. Mas o
fotógrafo também acredita que, 50 anos depois do golpe de 64, os militares
deveriam ser chamados novamente a desempenhar um papel na arena política
brasileira. “Defendemos a intervenção militar para que haja uma transição de
governo", diz ele. As eleições marcadas para este ano não bastam para
Franco. "Não temos confiança nas urnas eletrônicas.”
Oposição - A Marcha Antigolpista Ditadura Nunca Mais,
organizada por movimentos de esquerda para contrapor a Marcha da Família, reúne
cerca de mil pessoas que saíram da Praça da Sé rumo à região da Luz neste
sábado. O plano era caminhar até a antiga sede do Dops, mas o trajeto foi
mudado para evitar confronto com os integrantes da Marcha da Família, que
também teve seu rumo alterado pelo mesmo motivo.
Cabo de guerra no “Pasadenagate” pode desvendar esquema de adulteração de combustíveis
Por ucho.info
Pronto para explodir – Está longe de ser amistoso o clima
que impera nos bastidores da escandalosa aquisição da refinaria texana de
Pasadena, pela Petrobras. Os envolvidos diretamente no caso tentam escapar do
olho do furacão, mas a cada movimento brusco a situação piora sobremaneira. A
tentativa da presidente Dilma Rousseff de transferir a responsabilidade a
outros conselheiros e diretores da petroleira também não deu certo. Pelo
contrário, produziu uma repercussão negativa do imbróglio, em cujas coxias já
começam a sobrar a ameaças.
Os primeiros a mandarem recados ao Palácio do Planalto foram
o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e o ex-diretor da área
internacional da empresa, Nestor Cerveró, acusado de ser o responsável pelo
laudo técnico que Dilma classificou como “falho”. Cerveró tem evitado opinar
publicamente sobre o escândalo, mas nos bastidores tem se valido de
interlocutores para mandar recados nada simpáticos ao staff palaciano.
Um detalhe que chama a atenção é que no meio político
ninguém quer assumir a indicação de Nestor Cerveró para diretoria internacional
da Petrobras. Inicialmente, os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Delcídio
Amaral (PT-MS) trocaram farpas por causa do assunto, mas a turma do “deixa
disso” entrou em ação e os ânimos arrefeceram. Há quem garanta que Cerveró foi
indicado ao cargo por Renan, enquanto outros dizem que a indicação foi de
Delcídio. A essa altura dos acontecimentos não importa quem indicou o
ex-diretor, porque a lambança está feita e o escândalo tem crescido como massa
de pão.
Nesse cabo de guerra que se formou a partir da desastrada
nota divulgada por Dilma Rousseff, apenas a Polícia Federal é que poderá se
beneficiar. Isso porque há de prevalecer a máxima popular de que “em briga de
bandidos quem ganha é a polícia”. Tudo leva a crer que os envolvidos no
imbróglio de Pasadena são bandidos profissionais, mas ainda é preciso provar
isso. E só a PF será capaz de mostrar aos brasileiros a verdade sobre a
bilionária compra de uma refinaria obsoleta e que desde o início das
negociações não tinha condições de atender às necessidades da Petrobras.
No caso de a Polícia Federal se aprofundar nas
investigações, com a devida e necessária independência, o Brasil poderá se
surpreender com os muitos escândalos conexos à polêmica aquisição da refinaria
texana. Um dos casos que pode vir à tona é o de adulteração de combustíveis na
região Centro-Oeste do País. O esquema criminoso é grande, funciona há muitos
anos e se descoberto poderá implodir parte da República. As autoridades sabem
do caso, mas nada fazem para interromper o negócio ilícito porque alguns dos
envolvidos são figuras conhecidas na Esplanada dos Ministérios.
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