O desgoverno do Partido dos Trabalhadores continua
promovendo um arrocho salarial do ponto de vista tributário. O confisco
promovido mensalmente pelo “Imposto de Renda” sobre os salários ajuda a piorar
a situação do bolso de quem sofre com o “aumento real do custo de vida” ou
“perda do poder de compra”. Quem encontra cada vez mais dificuldade para fazer
compras, pagar as contas obrigatórias do mês ou quitar empréstimos a juros
absurdos cobrados por bancos e cartões de crédito prepara o voto de vingança que
vai impedir a reeleição de Dilma Rousseff. A bronca dos encalacrados formadores
de opinião, que tem efeito multiplicador imediato, preocupa os estrategistas de
marketing do PT.
A defasagem de correção na tabela do Imposto de Renda já
chega a 61,42% desde 1996. Só nos quatro anos do governo Dilma Rousseff, existe
uma perda real de 6,7% em relação ao índice oficial de inflação (que é bem
menor que a inflação verdadeira, sentida pelos mortais assalariados, no dia a
dia). Esse cálculo do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita
Federal (Sindifisco) ridiculariza “o grande ganho salarial indireto”
propagandeado por Dilma, em seu discurso radiotelevisivo do Dia do Trabalho,
quando anunciou a correção de 4,5% na tabela do Imposto de Renda em 2015.
Nas contas do Sindifisco, para quem ganha acima de R$ 5 mil,
a redução será de apenas R$ 37,17 por mês, ou R$ 483,21 por ano, valor que não
inclui as deduções do INSS e nem com dependentes. No ano que vem, a faixa de
renda sobre a qual incide a alíquota do IR de 7,5% subirá de R$ 2.679,29 para
R$ 2.799,86. No caso da alíquota de 15%, o limite de rendimentos saltará de R$
3.572,43 para R$ 3.733,19. A faixa de isenção atingirá quem ganha R$ 1.868,22.
Atualmente, é de R$ 1.787,77. E, como se fosse grande vantagem, o Ministério da
Fazenda já propagandeia que abrirá mão de arrecadar R$ 5,3 bilhões com a
correção na defasadíssima tabela do Leão.
A mordida leonina na Era PT já entra na pauta reeleitoral.
Segunda-feira que vem, o presidenciável tucano Aécio Neves promete apresentar,
no Senado, uma proposta de Emenda Constitucional para que a tabela do Imposto
de Renda, nos próximos cinco anos, seja reajustada pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (IPCA). Também semana que vem, a Comissão de Constituição
e Justiça da Câmara dos Deputados tende a aprovar o Projeto de Lei 6.094/13,
proposto pelo Sindifisco, propondo que a tabela do IR seja reajustada em 5%,
mais a variação do rendimento médio do trabalhador, medido pela PNAD (Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios. O reajuste aconteceria de 2015 até 2024, a
partir de quando os 5% sairiam do cálculo.
Por tudo isso, o “Aumento real do custo de vida” ou “perda
do poder de compra” (nome que quiserem dar ao fenômeno inflacionário, de
depreciação do sempre irreal Real), junto com o peso da alta carga de impostos,
é a maior preocupação de Dilma Rousseff e seus marketeiros em seu nada fácil
plano reeleitoral. O mais complicado é que tanto Dilma quando seus principais
opositores, Aécio Neves e Eduardo Campos, também terão de fazer malabarismos
para não mexerem em outro vespeiro: os absurdos juros praticados no Brasil, que
dão sempre lucros recordes aos bancos e operadoras de cartões de crédito
(tradicionais financiadores de campanhas eleitorais).
Até agora, nenhum dos candidatos (de situação ou oposição)
fala, claramente, em mudança do modelo econômico, no campo a usura e da
tributação, que são os maiores entraves ao desenvolvimento do Brasil, junto com
o alto gasto e desperdício da máquina estatal. Nenhum deles demonstra, claramente,
como fazer uma reforma tributária urgente. Reforma política, para viabilizar a
primeira, menos ainda. Releia o artigo de Hélio Duque, publicado no Alerta
Total de 30 de abril, para entender a gravidade do problema: “A inadiável
reforma tributária”.
Assim, sem previsão de mudanças estruturais, o cenário para
a eleição fica medíocre. Resume-se a tirar o PT e seus comparsas do poder. Sem
a garantia de que o substituto da gang petralha fará algo diferente para romper
com o corrupto e incompetente sistema Capimunista na República Sindicalista do
Brazil. Eis a tragédia anunciada para a eleição em que somos obrigados a votar
e acreditar, piamente, que as urnas eletrônicas, sem direito a auditoria e
conferência impressa de votos, vão eleger, realmente, os sujeitos em quem
votarmos. Eis a Barbárie Institucional.
Efeito Vaia
O que os petistas mais temiam começa a acontecer: vaias
sinceras, obrigando-os a ficar de boquinha calada e de vara curta em eventos
públicos nos quais não têm a torcida amestrada.
Ontem, os políticos petistas não conseguiram falar na
festança do 1º de Maio, liderada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT),
Central dos Trabalhadores (CTB) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), no
Vale do Anhangabaú, em São Paulo.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), o
pré-candidato ao governo do estado Alexandre Padilha (PT), o ministro Ricardo
Berzoini e o senador radical-chic Eduardo Suplicy tiveram de ficar quietinhos,
enquanto o insatisfeito público vaiava e atirava papéis, latas e garrafas na
direção do palco.
Diálogos complicados
Um dos líderes religiosos do lulo-petismo, o Secretário
Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, grande figurão da chamada
“República de Londrina”, teve a maior dificuldade em falar no evento “Diálogos
Governo-Sociedade Civil – Copa 2014”, no último dia 28 de abril, no Sindicato
dos Bancários do Rio de Janeiro:
“Eu fico com medo do tipo de democracia que algumas pessoas
aqui nesta sala querem impor, no grito... Fico com muito medo”...
O temeroso Carvalho garantiu que Dilma não vai apoiar projetos
que impeçam as livres manifestações – o que levou muitos jovens à gargalhada...
Reinvenção da Pólvora?
Nosso ilustrador honorário, Johil Camdeab Abreu, tira a
maior onda com uma nota da revista Veja que mostra como a petralhada já começa
a atuar, de forma suja, na campanha reeleitoral:
“No feriado de Páscoa, cerca de 2000 petistas se reuniram em
um evento batizado de Camping Digital, em São José dos Campos (SP). 0 objetivo
era aperfeiçoar os presentes na arte da guerrilha pela internet. Bancado pelo
partido, custou 400 000 reais. Os palestrantes eram alguns dos principais
defensores do PT na rede - donos de blogs e colaboradores de sites financiados
por anúncios de governos e de empresas comandadas pelo partido. Junto com os
chamados "estrategistas" do jogo nem sempre limpo das redes sociais,
eles ensinavam o melhor meio de atacar os adversários e fazer reverberar suas
acusações - uma espécie de Minimanual do Guerrilheiro da Internet. Uma das
principais táticas recomendadas à plateia foi a criação e disseminação de
"memes" - vídeos, imagens ou frases que, embalados por bom humor, se
espalham rapidamente pela internet, neste caso, com o propósito de beneficiar o
PT ou achincalhar seus adversários. Explicou Leila Farkas, responsável pela página
Fernando Haddad Prefeito: "Uma mesma imagem serve para explorar qualquer
coisa. Você pega qualquer foto e põe o significado que quiser, não é uma
delícia?".
Nosso Panfletário Virtual acha uma gracinha que a petralhada
tenha descoberto a pólvora antes dos chineses...
Aplauso remunerado
Tem coisas que só acontecem no “Congreço” tupiniquim...
O resto eles compram, a preço superfaturado, com o cartão de
crédito corporativo do serviço público federal...
Kit necessário
Gaiatos da internet já difundem o uniforme básico que o
torcedor deve usar, em caso de chuvas durante a Copa do Mundo da Fifa, no Rio
de Janeiro...
Nova Deusa da Justiça?
Nem toda nudez termina castigada no falso moralista planeta
Terra.
A juíza Enisa Bilajac, de 35 anos, chegou a ser exonerada do
Tribunal da Bósnia-Herzegovina, acusada de depor contra a moral e os bons
costumes do Judiciário.
Enisa Bilajac foi alvo de um fotógrafo indiscreto que a
flagrou deitada no chão do gabinete, totalmente nua, tentando se bronzear com o
sol que penetrava pela janela, enquanto fazia exercícios para fortalecer suas
torneadas pernas.
A meritíssima defensora da boa forma física acabou perdoada
pelos colegas da Suprema Corte de Sarajevo, e pode voltar a vestir sua toga,
normalmente.
Nudez perdoada
A naturista magistrada se salvou porque provou que a porta
de seu gabinete estava trancada, pois não tinha a intenção de que ninguém visse
seu habitual exercício matinal, antes de começar o expediente do Tribunal.
A tese aceita pela Comissão Disciplinar foi a de que Enisa
teve seu direito a privacidade invadido por quem fez a indiscreta fotografia
dela se exercitando como veio ao mundo...
O caso da juíza peladona, que acabou perdoada “por estar
cumprindo apenas um ritual matinal”, “sem ferir a credibilidade profissional da
magistratura”, é um dos maiores sucessos virais do maravilhoso mundo imagético
da internet.
De volta ao Lar?