A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva participam do 14º Encontro Nacional do PT, no Centro de
Convenções Anhembi, na zona norte de São Paulo, nesta sexta-feira. (Foto:
Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo)
Visivelmente nervoso e agressivo, Luiz Inácio Lula da Silva
aproveitou discurso nesta sexta-feira (2), durante encontro nacional do PT, para
sepultar o movimento "volta, Lula" e garantir que a candidata do
partido à Presidência da República é Dilma Rousseff. "É preciso parar de
imaginar que existe outro candidato. Quando a gente brinca com isso os
adversários aproveitam, não podemos gastar energia com isso", afirmou o
ex-presidente.
A declaração do petista ocorre em meio a uma séria de
péssimas notícias para o PT: o crescimento da Oposição, o cansaço do eleitorado
em relação ao partido, tendo em vista o mensalão, além da CPI da Petrobras que
promete envolver altas figuras do partido num mar de lama. Observado por uma
Dilma aliviada, o ex-presidente procurou abafar a movimentação da plateia de
militantes. "Se um dia eu tiver que ser candidato a alguma coisa, a
primeira pessoa a saber será a companheira Dilma".
O petista disse também que essa não será uma eleição fácil e
que estará à disposição da presidente para fazer campanha. "Só você
preparar a agenda que Lulinha estará junto com você". Lula brincou ao
afirmar que, diferentemente de Dilma, não está subordinado aos acordos
eleitorais que Rui Falcão fez com aliados. Portanto, poderá comparecer a
palanques a que Dilma não irá.
Durante o discurso, Lula defendeu os condenados no mensalão
José Genoino e José Dirceu, presos na Papuda, em Brasília. Para o
ex-presidente, há uma "perseguição" contra o PT, criticando que não
há o mesmo tratamento na imprensa para o mensalão mineiro. Lula criticou
duramente a imprensa ao afirmar que é o maior "partido de oposição" e
defendeu que haja uma recuperação da imagem do PT. (Com informações da Folha
Poder)
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