O jornalista Celso Arnaldo Araújo acaba de ordenar a
internação de Dilma Rousseff amparado em outro trecho do atordoante palavrório
produzido em Feira de Santana. Na primeira leitura da frase entre aspas,
bateu-me a suspeita de que faltaram algumas palavras. Na segunda, desconfiei
que o grande caçador de cretinices estava brincando comigo. Na terceira, achei
melhor passar a bola para o timaço de comentaristas.
O neurônio solitário, como sabem os leitores da coluna, é um
craque insuperável na arte de não falar coisa com coisa. Mas quase sempre
fornece indícios e pistas que permitem suspeitar do que queria explicar à
plateia. Desta vez, nada encontrei que me ajudasse a decifrar o enigma.
Na justificativa da internação, Celso Arnaldo informa que a
paciente decidiu “dar um exemplo dramático de como é complicado negociar com
bancos no Brasil”. É isso, mas talvez existam mais recados submersos na sopa de
letras servida abaixo:
“Quando você chega no banco, ele (sic) vai te
perguntar: ’Qual é a garantia que você
me dá? Eu vou pagar a vocês, para me aceitar te emprestar um dinheiro para você
me pagar’”.
Quero saber o que cada um de vocês imagina o que a
presidente quis dizer. Quem desvendar o mistério vai ganhar um diploma de
doutor honoris causa em dilmês.
RECADO DO CELSO ARNALDO
No começo desta tarde, nosso PhD em dilmês enviou a seguinte
mensagem:
Consegui enfim ouvir o áudio do discurso de Feira de Santana
e, de fato, ao vivo, tudo é ainda pior que na transcrição do Portal do
Planalto. Especificamente na frase deste post, eis o original literal e
apavorante:
“Quando você chega no banco, ele vai te perguntá qual é a
garantia que cê me dá. Eu vô pagá vocês pra mim, aliás, pra me aceitá ti
emprestar um dinheiro procê me pagar”.
Lamento não ter podido solucionar o enigma que
você propõe em seu post – ao contrário, agravei-o. Mas podia ser pior: já imaginou
essa senhora comandando a sétima economia do mundo? Epa! Ela comanda a sétima
economia do mundo!
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