quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Dilma acostumou-se a deixar heranças malditas


A vice de Eduardo Campos namorou Suplicy. A presidenciável do PSB noivou com Serra. Se morasse em São Paulo, em qual dos dois candidatos ao Senado Marina votaria?


“Vamos botar ordem nesta orgia!”


Minha participação, nesta terça, no programa “Aqui entre nós”, na VEJA.com.

Antes de votar na marina pense duas vezes - Entrevista com LOBÃO sobre Marina Silva


Um retrato 3 x 4 de Marina

Por Nilson Lage
 
Antes que se comece o papo de sempre, com uma porção de pessoas xingando as outras, defino minha visão pessoal consolidada sobre o objeto.

Marina Silva pode ser excelente pessoa, mas é o anti-Brasil.

Nascida de esquerdismo primitivista e romântico, ostenta uma subcultura enfeitada com palavras difíceis e frases sem sentido.

Odeia o agronegócio. Não no sentido de enfrentar os herdeiros empresariais do velho coronelismo limitando suas ambições políticas, organizar agricultores em cooperativas para exploração de produtos em condições competitivas, ou criar arranjos produtivos que integrem a pequena propriedade em unidades industriais ou núcleos de armazenamento, processamento e comercialização.

É contra o agronegócio em si, contra aquilo que sustenta o comércio externo do país. Extrativista, admite no máximo a agricultura de subsistência.

Esse aspecto de seu programa é que o mais agrada aos Estados Unidos, que têm no Brasil sério concorrente real – e principalmente potencial – no mercado de commodities agrícolas.

Esquerdista radical – no que esquerda e direita se abraçam, comovidas, ao som de um bolero – não é contra o capitalismo (tanto que a assessoram alguns de mais destacados intelectuais orgânicos do financismo bancário), mas contra a “sociedade industrial” – isto é, a Embraer, as siderúrgicas, as metalúrgicas…

É dos que odeiam hidrelétricas e acham construí-las na Amazônia um crime contra os “povos da floresta”. Como termelétricas poluem e usinas nucleares são perigosas, sugerem iluminar e mover este país de 200 milhões de pessoas com cata-ventos, quando o vento sopra.

Tirando o criacionismo, o horror aos transgênicos (não ao patenteamento de novas espécies obtidas em laboratório, mas à ciência que permite criá-los) e o uso abusivo dos conceitos em ciências humanas, nada propõe em áreas do conhecimento.

Não tem suporte político além do aglomerado que se forma conjunturalmente para colocá-la no governo ou atrapalhar o “inimigo”. É contra “tudo que está aí”, pela gestão do Estado com a graça de Deus, espada da Justiça, a confiança da Fé, a pureza da Inocência e iluminação da Sabedoria. Fernando Collor, em 1989, era candidato bem mais consistente.

Muitos dos eleitores de Marina que conheço, principalmente aqui no Sul do país, vêm nos últimos anos buscando na história da família algum avô que lhes possa garantir uma “outra nacionalidade”. Pode até ser, então, que tenham oportunidade de usá-la.


Fonte: Alerta Total


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Nilson Lage é Jornalista e Doutor em Jornalismo. Originalmente publicado no Facebook dele.

Pesquisas encomendadas pelo próprio PT levam pânico ao partido, e Dilma foge de entrevista


É claro que os números das pesquisas eleitorais não dão motivos para o tucano Aécio Neves sorrir de satisfação. Mas, vá lá, ele pleiteia o poder federal, não o tem. No caso dos petistas, é diferente. O partido está em pânico e, creiam, não o vejo cometer erros tão brutais desde 1994, quando não percebeu a importância que tinha o fim da inflação para o povão e decidiu se opor ao Plano Real. Nesta terça à noite, o “Jornal da Globo” viu acontecer algo inédito desde 2002, quando teve início a prática: um presidenciável se negou a conceder uma entrevista previamente agendada. E a faltosa foi ninguém menos do que Dilma Rousseff, do PT, presidente da República e candidata à reeleição. O que ela alegou? Nada! Simplesmente mandou dizer que não haveria entrevista.

Além de ser um tanto desrespeitoso com o trabalho da imprensa, isso demonstra o desespero que toma conta da campanha de Dilma desde que Marina Silva, do PSB, deu iniciou à sua meteórica ascensão, depois da morte de Eduardo Campos. Se a disputa com Aécio já vinha se afigurando crescentemente difícil para Dilma, o confronto com Marina, caso se desse hoje, a tiraria do trono. A petista viu a candidata do PSB tomar do tucano o segundo lugar, encostar nela no primeiro turno, vencê-la no segundo e, agora, dados os levantamentos feitos pelo próprio Planalto, a ex-senadora já lidera a corrida também na etapa inicial.

Nesta segunda, depois do debate promovido pela Jovem Pan, Folha, UOL e SBT, o comando da campanha se reuniu com a presidente, e todos se dedicaram ao patético exercício do autoengano. O consenso foi que Dilma se saiu bem no confronto. Errado. Foi a pior dos três grandes. Aécio jogou melhor, mas quem venceu foi mesmo Marina porque polarizou com Dilma e passou a impressão de dar a palavra final. A petista estava tensa, com os ombros arqueados, semblante fechado, demonstrando contida irritação. Marina batia duro, afetando aquele estado de nirvana. Como atriz, ela também supera a sua oponente.

Nesta terça, dia em que Dilma deveria conceder a entrevista aos jornalistas William Waack e Christiane Pelajo, o Ibope divulgou o resultado da pesquisa para a eleição presidencial em dois colégios privilegiados. Até a semana passada, Dilma liderava no Rio, com 38% a 30% contra Marina; Aécio tinha 11%. A estarem certos os números, o tucano manteve o mesmo percentual, mas a petista é agora derrotada por 38% a 32%. Ou por outra: Dilma perdeu oito pontos, e Marina ganhou 6 — uma mexida de 14 pontos em sete dias. Em São Paulo, a distância seria bem maior: a ex-senadora saltou de 35% para 39%, e a presidente manteve os 23%. O senador mineiro oscilou de 19% para 17%.

Aguardam-se para esta quarta os números nacionais do Ibope. Certamente, vem uma ducha de água fria na cabeça de Dilma, num momento em que o petismo tenta respirar, em esforço concentrado para desconstruir Marina. Mais uma vez, o PT resolveu tirar a causa gay do armário para demonizar adversários. O esforço pode ser contraproducente.

Dilma e o PT passaram pelo vexame de ver as perguntas no ar sem resposta. Abaixo, eu as reproduzo:

1. Os últimos índices oficiais de crescimento indicam que o país entrou em recessão técnica. A senhora ainda insiste em culpar a crise internacional, mesmo diante do fato de que muitos países comparáveis ao nosso estão crescendo mais?

2. A senhora continuará a represar os preços da gasolina e do diesel artificialmente para segurar a inflação, com prejuízo para a Petrobras?

3. A forma como é feita a contabilidade dos gastos públicos no Brasil, no seu governo, tem sido criticada por economistas, dentro e fora do país, e apontada como fator de quebra de confiança. Como a senhora responde a isso?

4. A senhora prometeu investir R$ 34 bilhões em saneamento básico e abastecimento de água até o fim do mandato. No fim do ano passado, tinha investido menos da metade, segundo o Ministério das Cidades. O que deu errado?

5. Em 2002, o então candidato Lula prometeu erradicar o analfabetismo, mas não conseguiu. Em 2010, foi a vez de a senhora, em campanha, fazer a mesma promessa. Mas foi durante o seu mandato que o índice aumentou pela primeira vez, depois de 15 anos. Por quê?

6. A senhora considera correto dar dentes postiços para uma cidadã pobre, um pouco antes de ser feita com ela uma gravação do seu programa eleitoral de televisão?

É claro que a entrevista não se resumiria a isso porque estava prevista a intervenção dos jornalistas para aclarar eventuais ambiguidades ou apontar contradições.

Na segunda, a entrevistada foi Marina Silva. Nesta quarta, será a vez de Aécio Neves. O PT não sabe mais o que fazer.

Dilma em fuga. Ou: Quem parece mais com o Collor?


O Jornal da Globo tradicionalmente entrevista os principais candidatos a presidente, e ontem seria a vez de Dilma Rousseff, após a entrevista de Marina Silva na segunda-feira. Mas ela recusou o convite, algo inusitado na história. Fugiu da raia, em linguagem mais direta. Ficou com medo das perguntas de William Waack, que sabe ser ainda mais incisivo do que o outro William, o Bonner, do Jornal Nacional.

A reação do JG foi digna de aplausos: explicou o ocorrido e colocou no ar as perguntas que faria. Seguem algumas delas:

Pergunta JG

Adoraria ver como a presidente Dilma responderia a essa questão! Afinal, tenho batido muito nessa tecla aqui, e seria muito feio sair pela tangente, culpando a Copa, a seca ou a tal “crise internacional”, diante da afirmação prévia do jornalista de que o Brasil está bem atrás dos seus pares. Seria no mínimo engraçado ver a moreia se enrolando toda na linha no afã de se libertar do anzol…

Pergunta JG2

Chega a ser engraçado ver a presidente Dilma fazendo inúmeras promessas como se tivesse acabado de se candidatar pela oposição ao atual governo, e não como alguém cujo partido está no poder há 12 anos! Explica, Dilma, por que tanta coisa prometida antes não foi feita, em vez de fazer novas promessas vazias…

Pergunta JG3

Simples: negando a realidade! Mas seria curioso ver a presidente Dilma tendo de desqualificar todo mundo, os investidores brasileiros, os estrangeiros, o FMI, a The Economist e tantas outras entidades mundo afora que apontaram para os malabarismos contábeis do seu governo.

Eu faria uma pergunta um pouco diferente: por que a senhora ao menos não chamou um David Copperfield para tais malabarismos, preferindo apelar para truques rudimentares dignos de um mágico de festa infantil?

Outras perguntas falavam dos preços represados que causam enormes prejuízos à Petrobras e da dentadura distribuída para uma senhora pobre um dia antes de ser recebida pela presidente para gravar programa de campanha eleitoral. Que sinuca de bico!

Compreende-se, então, o motivo pelo qual Dilma negou o convite. A turma da zoeira, sempre criativa, produziu logo um “meme” nas redes sociais, fazendo analogia ao filme com Julia Roberts, muito parecida fisicamente com Dilma, inclusive:

Dilma em fuga

Em vez de responder a essas duras perguntas, das quais o eleitor deveria ter o direito de conhecer as respostas, Dilma preferiu fazer um ataque “velado” a Marina Silva em seu programa eleitoral, comparando-a a Jânio Quadros ou Collor de Melo. Ou seja, tentando colar na concorrente a pecha de aventureira, sem base partidária.

Quem fala o que quer ouve o que não quer. Marina respondeu que Dilma é que pareceria mais com Collor, pois jamais havia disputado uma só eleição, nem mesmo para vereadora, e foi logo de catapulta até a presidência, pelas mãos de seu criador político, Lula. Aventureira?

No mais, é realmente um espanto alguém acusar o outro de parecer com Collor, sendo que o próprio está dando todo o seu apoio… a ela mesma!

Collor e Dilma

Sou o primeiro a criticar Marina Silva, como o leitor está cansado de saber. Mas calma lá! Há limites para tanta cara de pau, ou ao menos deveria haver. Imagine só, leitor, alguém lhe apontar o dedo e acusá-lo de parecer com Fulano, sendo que Fulano está logo ali, ao lado de seu “acusador”. É como gritar: “Você não presta, pois se parece muito comigo!”


Seria cômico, não fosse trágico. O PT sempre foi assim: liga sua metralhadora giratória diante de um espelho, para acusar os adversários, tratados por eles como inimigos, daquilo que eles mesmos são e fazem. Já chega! Ninguém aguenta mais o PT. Dilma fugiu da entrevista, mas em outubro é hora de o eleitor colocá-la para correr… do Planalto!

Vejam as perguntas de que DILMA fugiu no “Jornal da Globo”


William Waack anuncia, no "Jornal da Globo", que Dilma se recusou a comparecer para a entrevista (Foto: Reprodução/TV Globo)
William Waack anuncia, no “Jornal da Globo”, que 
Dilma se recusou a comparecer para a entrevista 
(Foto: Reprodução/TV Globo)
Tal como previsto, a presidente Dilma Rousseff não compareceu à entrevista que, por sorteio entre os principais presidenciáveis, deveria ter concedido ao Jornal da Globo, iniciado às 00h05 de hoje, quarta-feira.

O âncora William Waack — sem dúvida um dos melhores entrevistadores do país, que conhece em profundidade os temas de que trata e não faz média com personalidades de qualquer tipo — anunciou, após o noticiário diário das atividades dos três candidatos mais bem situados nas prévias, que a presidente “se recusou” a dar a entrevista, acrescentando: “Naturalmente, um direito dela”.

Explicou que, com as entrevistas — a de hoje será com Aécio Neves (PSDB) –, o telejornal pretende “ajudar os eleitores” em sua escolha.

Se fosse uma candidata à Presidência que tivesse efetivamente o que dizer aos brasileiros, sem os floreios, recursos técnicos e fantasias do horário eleitoral obrigatório, Dilma consideraria haver perdido 23 preciosos minutos — tempo que o JN dedicou a Marina Silva, na madrugada desta terça-feira — de exposição livre e sem rodeios ao eleitorado.

Como demonstrou no debate transmitido pelo SBT, porém, a presidente não consegue se dar bem com perguntas e precisa consultar papelada preparada para sua assessoria para não tropeçar.

Waack e sua colega de bancada mostraram ao público as perguntas que fariam à presidente, caso ela não houvesse fugido da raia. É claro que, como sempre ocorre, as respostas propiciariam novas perguntas e que o elenco, portanto, seria maior do que o de abaixo.

Mas vejam como havia temas difíceis para Dilma:

1. Os últimos índices oficiais de crescimento indicam que o país entrou em recessão técnica. A senhora ainda insiste em culpar a crise internacional, mesmo diante do fato de que muitos países comparáveis ao nosso estão crescendo mais?

2. A senhora continuará a represar os preços da gasolina e do diesel artificialmente, para segurar a inflação, com prejuízo para a Petrobras?

3. A forma como é feita a contabilidade dos gastos públicos no Brasil no seu governo tem sido criticada por economistas, dentro e fora do país, e apontada como fator de quebra de confiança. Como a senhora responde a isso?

4.  A senhora prometeu investir R$ 34 bilhões em saneamento básico e abastecimento de água até o fim do mandato. No fim do ano passado, tinha investido menos da metade, segundo o Ministério das Cidades. O que deu errado?

5. Em 2002, o então candidato Lula prometeu erradicar o analfabetismo, mas não conseguiu. Em 2010, foi a vez da senhora, em campanha, fazer a mesma promessa. Mas foi durante o seu mandato que o índice aumentou pela primeira vez, depois de 15 anos. Por quê?

6. A senhora considera correto dar dentes postiços para uma cidadã pobre um pouco antes de ser feita com ela uma gravação do seu programa eleitoral de televisão?

Uma Seringueira em área de Lavoura


O eleitor comum é um sujeito com o coração no lugar do cérebro e o cérebro dividido entre a geladeira e o contracheque. Foi assim que elegeu Lula duas vezes e colocou uma tartaruga no poste em 2010.

No entanto, tem razão Bob Marley: "You may not be her first, her last, or her only. She loved before, she may love again". Ocorre o mesmo com o amor de eleitor. E o coração do eleitor brasileiro pulsou fortemente quando a queda de um avião sem dono, sem caixa-preta e sem motivo para cair, entregou uma candidatura presidencial à acreana Marina Silva. A esguia senhora, que parece saída de uma foto de Sebastião Salgado, entrou em espiral ascendente. O coração do eleitor faz coisas assim. E depois? Ora, quanto ao depois, especulemos.

A coligação agora formada em torno de Marina Silva envolve os seguintes partidos: PSB, PPS, PRP, PHS, PPL e PSL. Os três últimos não têm um único deputado federal ou senador. São legendas e quase nada mais. Os três primeiros, têm, respectivamente, 24, 6, e 2 deputados, correspondendo a apenas 6% do plenário da Câmara dos Deputados. O PSB tem 4 senadores. Mesmo supondo que a condição privilegiada da candidata socialista no momento do pleito de 5 de outubro conceda um upgrade às suas nominatas de candidatos proporcionais, é muito improvável que tenha peso significativo no Congresso a base parlamentar natural de um eventual governo do PSB. Será mesmo do PSB ou será da Rede? Marina estaria como uma seringueira solitária em área de lavoura. Onde iria buscar os outros 250 deputados e os 50 senadores que lhe faltarão para compor maioria? Como aprovaria ela as medidas que serão necessárias na crise que já se instalou no país e que se agravará no ano que vem?

Marina fala numa tal Nova Política, que incluiria o fim do instituto da reeleição e o emprego de mobilização popular para exercer pressão sobre o Congresso Nacional onde ela, como se depreende do exposto acima, teria sólida minoria. Marina contaria, então, com o apoio do povo. Por quanto tempo, Bob Marley? Até o primeiro arrufo entre namorados?

Se ela tiver fé religiosa no elevado espírito público dos senhores congressistas, um eventual governo seu terá curto prazo de validade, como demonstra a experiência histórica. No entanto, ela já deve ter consciência disso, e a questão se resume em saber quem correria primeiro - se ela para o PMDB ou o PMDB para ela. Certo, porém, é que o PMDB e seus abnegados congressistas estariam no governo. E quem mais? Tudo indica que dona Marina não nutre qualquer simpatia pelo PSDB, o que levaria esse partido para mais um quadriênio de elegante retórica oposicionista. Tampouco parece razoável, no plano das suposições, que o PSB venha a formar governo com o PT no momento em que tiver na mão as ostras e o canivete para sucedê-lo como protagonista principal da cena política nacional. Quem resta, então, para servir de coadjutor a um projeto governista de dona Marina na legislatura de 2015 a 2019? Virtudes cívicas e força política não costumam piar juntas na atual ninhada de siglas partidárias do país.

Continuo convencido de que o movimento das peças no jogo do poder é para profissionais. Quando o eleitorado, como agora, começa a desenhar estratégias, votos mudam incontrolavelmente de lado. O PT acelerou o caminho para a recessão tentando fugir da recessão. E a crise em que lançou o país acelera esses movimentos espontâneos da opinião pública em busca de novos amores, "eternos enquanto duram".



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Percival Puggina (69) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, membro do grupo Pensar+.

Lula teme que investigações sigilosas sobre lavagem no BB, dedurada por motorista, reacenda o Rosegate

 
Tão ou mais preocupado que a “onda Marina Silva”, programada para derrotar Dilma Rousseff, o Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva ganhou um temor adicional que pode reativar a bomba que parecia desarmada no processo da Operação Porto Seguro – que, estranhamente, corre em “segredo de Justiça”. Lula teme que seu grupo seja contaminado pelas denúncias feitas ao Ministério Público Federal pelo ex-motorista do presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendini, agora alvo de uma investigação, também sigilosa, sobre indícios de lavagem de dinheiro.

O pavor de Lula é que Sebastião Ferreira da Silva, conhecido como “Ferreirinha”, também foi motorista da sua melhor amiga Rosemary Noronha, a ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo, investigada por tráfico de influência. Dirigindo há seis anos para Bendini, Ferreirinha revelou à procuradora federal Karen Kahn que realizou vários pagamentos em dinheiro vivo a pedido do presidente do BB. O motorista também testemunhou ter visto Bendini carregar sacolas de dinheiro para encontros com empresários. Um caso concreto, relatado por Ferreirinha, envolve a entrega de uma bolsa lotada de maços com notas de R$ 100 ao empresário Marcos Fernandez Garms.

Ferreirinha tem a memória viva de muitos esquemas petistas. Em 2002, ele trabalhou para a campanha presidencial de Lula – na época do conturbado assassinato de Celso Daniel. Em 2003, ele passou a dirigir para a repartição de Rosemary, que funcionava em um dos andares do prédio do Banco do Brasil, em São Paulo. Em 2007, Ferreirinha teria brigado com a poderosa Rosemary, mas não foi despedido. Acabou virando motorista de Bendini. Agora, Ferreirinha conduz o ex-chefe para as complicações com o Ministério Público Federal.

Novamente um motorista coloca em risco os poderosos da República Sindicalista do Brasil – onde a história se repete como farsa. Na Era Collor, o presidente foi ferrado pelo motorista Eriberto. Agora, por ironia literal do nome, quem pode ferrar a cúpula petista é o Ferreirinha... Este filme BB de Rosemary pode acabar muito mal...

Pesquisa feita pra você?

Ilan Goldfjn, economista chefe do Itaú-Unibanco, enviou ontem um paper aos investidores internacionais do banco com a manchete: “Marina Silva Takes the Lead in Presidential Polls”

Além de comemorar que a Marina assume a liderança nas pesquisas para à Presidência (o que não foi oficialmente confirmado por nenhum instituto), só faltou o Ilan dizer aos investidores internacionais:

“A candidatura da Marina Silva parece feita para você”...

Lagartixa no vaso


Nada a acrescentar

A não ser pela excelente performance do jornalista Carlos Nascimento, em tratamento contra um câncer, no comando do debate presidencial SBT-Folha de ontem, os tais “debates” nada acrescentam como indicadores de soluções dos candidatos para o Brasil.

Marina e Aécio ficaram na mesma, enquanto Dilma novamente ficou exposta para o desgaste que vai derrotá-la.

Outro ponto positivo foi apresentar o programa no começo da noite, facilitando a vida do torcedor-eleitor que precisa acordar cedo para trabalhar...

Encontrão


Simples, assim...

Proposta clara de programa de governo defendido pelo economista Armínio Fraga, em entrevista á Folha de São Paulo de ontem:

“Nossa estratégia já está bem mapeada. Começar com uma reforma política, uma reforma administrativa, e colocar na mesa uma proposta já bem amarrada de reforma tributária. Fazer uma blitz na infraestrutura, mobilizar capital privado e, com isso, deslanchar uma primeira etapa do investimento no Brasil que nos parece ser urgente. Em paralelo, acho que temos que declarar a guerra ao custo Brasil. O tema da Previdência é importante, mas ele se presta também ao populismo. A nossa posição é que esse tema precisa ser debatido. Mas tenho de fazer um preâmbulo, se não imediatamente o PT vai falar: ´Eles vão arrochar os salários, vão arrochar os aposentados´. Isso tudo é mentira. Mas é, assim, nós não temos medo de discutir. Na medida em que as pessoas vivem mais, você tem de pensar na idade de aposentadoria e na viabilidade atual do sistema. Outra coisa estranha são as pensões. E acho que também merece ser discutido, sem prejuízo de quem já tem o benefício. E outros temas: como um país que está com desemprego baixo tem um aumento colossal no seguro-desemprego? São ótimos temas, mas para falar deles é preciso fazer um discurso antes, senão você vai ser acusado de assassino das velhinhas, o que obviamente não é o caso”.

Armínio Fraga já foi escalado como ministro da Fazenda, caso Aécio Neves conquiste o milagre de superar a “onda Marina” e vença eleição.

Marinei...


Auto-engano

No livro “Auto-engano” (Companhia das Letras), do economista Eduardo Gianetti da Fonseca, um dos gurus econômicos da Marina, uma reflexão que deveria valer para os incautos que desejam embarcar na candidatura presidencial socialista apenas para tirar o “PT fora”:

“O enganador auto-enganado, convencido sinceramente do seu próprio engano, é uma máquina de enganar mais habilidosa e competente em sua arte do que o enganador frio e calculista”.

Ou seja: o enganador é um mitomaníaco que embarca nas suas próprias mentiras, e as usa para tentar convencer os demais...

Conversões eleitorais


Reconhecimento Público:
BOLSONARO participa da Meia Maratona do Rio



"Na Maratona do Rio de Janeiro, no dia 31/08/12, tive a honra de ser reconhecido e cumprimentado por vários atletas e populares durante o evento.

A maneira como fui tratado, me enche de confiança e me dá forças para pensar que ainda existe esperança de fazermos de um Brasil melhor.

Gostaria de agradecer imensamente o carinho dos participantes e nesta oportunidade parabenizá-los pela conclusão da prova.

Bons tempos e saudades da Escola de Educação Física do Exército (ESEFEX). Local em que fui destacado militar desta qualificação profissional, me rendendo desde então o apelido de "Cavalão".

Um grande abraço,

Jair Bolsonaro."

Evangelicos denunciam PT


Declaração Universal dos Direitos dos Emasculados

Por Sidney Silveira

Artigo pétreo.

Por medida profilática, a virilidade espiritual está para sempre extirpada da República de Banânia.

Eis o abecedário completo da “Nomenklatura”:

a) Todas as pessoas têm o direito inviolável de cair em depressão profunda, desde que seja por qualquer ninharia.

b) Cabe exclusivamente ao Estado definir quem pode e quem deve sentir-se ofendido — e os motivos pelos quais este excelso direito deve ser exercido.

c) Quem não se sentir triste pelos motivos codificados pelo Estado será exposto à execração pública.

d) Está proibida a virtude que a extinta e antiquada civilização católica chamava de “fortaleza”. Portanto, quem ousar sentir-se forte perante qualquer situaçãozinha desfavorável da vida cotidiana será internado nalguma das trezentas mil clínicas psiquiátricas custodiadas, benevolamente, pelo Estado.

e) Todo cidadão tem o dever inalienável de transformar a própria massa encefálica num montículo de merda cremosa. Na dúvida acerca de como proceder, basta dizer “amém” ao representante do Poder Legislativo perante o qual deve comparecer, para informar-se.

f) Graças a uma bondosa concessão do Governo Permanente de Banânia, as palavras “homem”, “mulher”, “pai”, “mãe”, “irmão”, "marido" e "esposa" estão para sempre suprimidas do vocabulário dos cidadãos. No horizonte das novas identidades de gênero, as categorias mentais do triste passado a que estes vocábulos se referem não devem reaparecer em nenhuma hipótese.

g) Quem se sentir magoadinho com o seu próximo está obrigado a recorrer ao Estado para resolver a contenda, por ínfima que seja.Não fazê-lo resultará em multa a ser definida pelo poder discricionário dos governantes.

h) Qualquer tipo de fidelidade entre parceiros sexuais está proibida por lei.

i) Ninguém pode ter o mesmo parceiro sexual mais de duas vezes ao longo de toda a vida. O Ministério da Diversidade Pluri-Sexual Compulsória tratará dos acasalamentos pelos quais cada cidadão passará no decorrer de sua existência.

j) Os cidadãos devem adquirir o hábito de se sentirem usurpados em seus direitos trinta vezes por mês, pelo menos. Nestas ocasiões, precisam levar as suas queixas ao Ministério da Consciência Individual e Coletiva. Quem não reclamar de nada ao longo de trinta dias seguidos será higienicamente deportado para a terra dos pés-juntos.

k) Os cidadãos desta República de Banânia precisam experimentar todas as formas de prazer sexual definidas pelo Estado.

l) Antes dos cinco anos de idade, os infantes devem declamar — de memória e em ritmo de funk — os tópicos da cartilha produzida por sexólogos do Ministério do Erotismo Pan-Sexual da Primeira à Terceira Idade.

m) Se — por qualquer motivo que seja — um genitor ousar levantar a voz à criança que o Estado permite estar sob sua custódia, será encarcerado imediatamente, sem direito a posterior defesa nos tribunais de Banânia.

n) Aos genitores só é licito dar palmadinhas nos seus filhos se for ao modo de iniciação sexual sadomasoquista. Cumpre neste tópico ressaltar o seguinte: os direitos sexuais das crianças são intocáveis a partir de cinco anos de idade.

o) O Estado subministrará todos os recursos para que cada homem creia ser o deus de si mesmo.

p) A única divindade à qual os habitantes de Banânia devem prestar culto é a dos seus respectivos umbigos, limpos ou sujos.

q) Cada cidadão que se sinta momentaneamente pertencente à identidade masculina tem o direito de sodomizar uma pessoa, escolhida a seu bel-prazer, cuja faixa etária esteja entre os cinco e os noventa anos.

r) É livre o exercício do ódio ao próximo, desde que nos ditames da lei definidora das realidades odiáveis e das não-odiáveis no perímetro de Banânia. Para além dos motivos consignados no “corpus” legislativo, o ódio ao próximo será punido com a morte.

s) Cada indivíduo pode proclamar-se pertencente à raça que lhe aprouver, estando apto — a partir da manifestação deste ato solene de sua vontade — a receber os benefícios fiscais e políticos da referida raça.

OBS.: O Estado outorga a cada um dos seus indivíduos a definição do conceito de “raça” que julgar conveniente.

t) Todo cidadão tem o magno direito de exercitar a esquizofrenia, seja verdadeira ou simulada.

u) Qualquer discurso articulado e coerente deve ser banido de Banânia, nação que não tolera elitismos de nenhuma espécie.

v) A heterossexualidade, por tratar-se duma mentira radical que algumas pessoas, por preconceito, contam a si próprias, está proibida. Só deve ser tolerada eventualmente e para fins de preservação da espécie, quando faltarem os métodos artificiais de concepção.

w) Cada cidadão tem o direito de se comunicar na língua que inventar.

x) O governo de Banânia direcionará vultosas verbas a todas as minorias que quiserem expressar as suas preferências políticas,desde que seja nas ruas e no exercício do pleno direito de quebrar o patrimônio dos maiores contribuintes da nação.

y) Nunca mais haverá polícia na República de Banânia.

z) A legítima defesa está abolida. Portanto, a nenhum cidadão é dada a prerrogativa de defender-se fisicamente, ainda que seja em situação de risco de sua própria vida.




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Sidney Silveira é professor e edita o blog Contra Impugnantes.

Levy Fidelix fala sobre a Esquerda e o Foro de São Paulo


Abortos no Silêncio em vídeo!


A mensagem de “Abortos no Silêncio” está sendo disponibilizada em vídeo graças aos esforços do pastor de uma igreja pentecostal em Portugal.

O Pr. Luís F. Guerra se sentiu tão impactado pelo conteúdo esclarecedor de “Abortos no Silêncio” que não teve dúvida: Fez a narração completa do vídeo no português de Portugal. O link do vídeo é este: 




O mais importante é que essa mensagem alcance corações com a verdade pouco acessível dos malefícios da contracepção.

Parabéns aos que falam português pelo vídeo “Abortos no Silêncio” narrado e feito pelo Pr. Luís F. Guerra.

Táticas dos Comunistas

Por Carlos I. S. Azambuja
 
Os comunistas, que sempre estão em minoria, trabalham para propagar sua influência além de seu número, formando coalizão com ouros grupos, entidades civis ou partidos, em nome de alguma causa comum para depois irem, gradativamente, ocupando os espaços e os cargos dirigentes de todo o movimento.

Objetivam, com isso, insinuar sua linha política na consciência dos demais, de forma que, instintivamente, todos comecem a falar o idioma comunista, exigindo medidas definidas como de seu programa mínimo
Recorde-se que seu carro-chefe nos anos 80, após a anistia de 1979, no Brasil, foi o fortalecimento da sociedade civil.

Através da infiltração sistemática, a rede de instituições que conforma a sociedade civil é levada, sutilmente, a conjugar suas reivindicações específicas com as palavras-de-ordem definidas pelo partido como capazes de mobilizar as forças contrárias ao regime em uma ampla frente.

Essa expressão – sociedade civil –, foi hoje incorporada de tal forma ao uso corrente que passou a fazer parte dos discursos e pronunciamentos de parlamentares e demais autoridades. Alguns sem mesmo conhecer o seu real e abrangente significado, citando-a na presunção de que exista uma sociedade militar, e não para estabelecer um parâmetro entre ela, a sociedade civil, e asociedade política.

Eles, os comunistas, procedem baseados em um planejamento calculado e concebido para influenciar os não-comunistas, enquanto que estes últimos atuam como indivíduos, isoladamente, que querem realizar uma obra e sabem que os problemas a resolver são complexos. Os comunistas estão isolados de qualquer influência recíproca por sua ideologia, por seu desprezo aos liberais burgueses e pelo sentido de superioridade que lhes proporciona o saber que são eles quem, de fato, manejam a situação.

Outra finalidade da atuação em frente ampla, frente única, frente popular, pacto comum ou qualquer que seja a denominação que, de acordo com as circunstâncias, se lhes dê, é converter o maior número possível de pessoas em grupos de influência submetidos ao seu comando.

O partido dá, também, muito valor a abaixo-assinados onde constem as assinaturas de conhecidos liberais não-comunistas, que não viram motivos para dizer não aos companheiros de luta. Igualmente às concentrações de massas e atos públicos, nos quais esses mesmos liberais aparecem como comissão de frente.
Embora na maioria dos casos não consigam influir na política governamental, os comunistas sempre são vitoriosos, porque criam uma situação na qual um grupo de liberais não-comunistas compartilha de seu fracasso.

Na medida em que esses companheiros de fracasso, por suas posições, vão sendo jogados para a oposição ao governo, tenderão a dizer desse governo e de seus dirigentes o mesmo que os comunistas.

Ademais, a experiência compartilhada do fracasso abranda, quase sempre, a atitude para com o partido, fazendo essas pessoas mais receptíveis às suas interpretações sobre os problemas nacionais e a forma de solucioná-los.
Os comunistas colocam a reforma em um extremo da escala e a revolução em outro extremo, com a reação entre ambas. Encaram os reformadores e os reacionários como preservadores dostatus-quo.

O inimigo principal dos comunistas, porém, não é a reação, que por sua própria resistência às mudanças contribui para a criação de uma situação revolucionária, e sim os reformistas que, ao melhorarem as condições de vida do povo, contribuem para a redução das tensões das lutas de classes, dificultando, assim, o triunfo dos comunistas.
Entretanto, o partido não pode opor-se abertamente à reforma da mesma maneira que, com efeito propagandístico, se opõe à reação, pois fazê-lo equivaleria a perder o apoio das massas que,corrompidas pela democracia burguesa e carecendo de consciência de classe, preferem apenas uma pequena melhoria a uma melhoria total, que dependerá de um vasto descalabro revolucionário.

Em conseqüência, desempenham os comunistas a estranha tarefa dual de aparentar aliança com os reformadores para, ao mesmo tempo, tratar de desacreditá-los e impedir que resolvam os problemas o suficiente para aliviar as tensões. Para essa tarefa, a frente, o pacto, a aliança, ou seja lá o nome que receba, oferece um campo de manobra ideal, pois legitima a presença dos comunistas junto aos reformadores e aproveitam ao máximo toda ocasião de assumir uma tarefa de vanguarda contra as forças da reação.

Isso permite aos comunistas realizar o que Marx recomendou em seu discurso à Liga Comunista: andar adiante dos reformadores, sendo menos tímidos e mais generosos nas demandas que formulam em nome dos necessitados e descontentes. Gozam também da mesma vantagem de que gozou Lenin quando se propôs derrubar o governo de Kerenski: a de serirresponsável, ao contrário dos reformadores responsáveis que consideram viável a nossa sociedade e contribuem para que ela funcione, propondo soluções que sejam praticáveis.

Diz um dos princípios básicos do marxismo-leninismo que o governo de qualquer país é umgoverno de classe e nenhum Estado jamais defende os direitos e promove o bem-estar de mais de uma classe. Em conseqüência, os partidos comunistas dos países não comunistas consideram-se atuando sob um governo inimigo, o qual deve ser destruído.


Fonte: Alerta Total


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Carlos I. S. Azambuja é Historiador.