quarta-feira, 17 de junho de 2015

VENEZUELA FAZ DO BRASIL UMA PIADA DIPLOMÁTICA


Se a Venezuela fosse uma democracia, não teria presos políticos.  Se a Venezuela fosse uma democracia, não se incomodaria que um grupo de senadores de um país vizinho e amigo fosse visitá-la para se entrevistar com quem quisessem, assim como fazem as autoridades venezuelanas que amiúde estão no Brasil  para cumprir os programas que bem entendem.

Agora mesmo, o presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Diosdado Cabello veio ao Brasil – em avião oficial do governo de seu país -, sem que ninguém o tivesse convidado, para manter encontros com o ex-presidente Lula, a presidente Dilma Rousseff e o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros.

Para quê? Para convencer nossos governantes a impedir a ida de uma delegação de senadores da oposição e da base do governo a Caracas, para visitar presos políticos (que não deveriam existir numa democracia)!

Aos venezuelanos oferecemos homenagem, prestígio e reverência. Em troca recebemos caneladas e golpes baixos. Viramos mesmo uma piada  diplomática, e isso em nossa própria região!

O Ministro da Defesa, Jaques Vagner, faz-se de desentendido. De manhã liga para os senadores e promete colocar uma avião da FAB à disposição da comitiva, para horas depois dizer que é muito difícil que a Venezuela conceda autorização de sobrevoo e pouso à aeronave.

Difícil? Que país  viramos nós? Que diplomacia de segunda classe é essa, que fica impassível, atarantada, quando um sócio do Mercosul nos faz desfeitas e nos ameaça? Não há pedido de igual natureza feito pelo governo da Venezuela que não seja prontamente atendido.

O Itamaraty busca disfarçar-se de poste, para ver se a confusão passa ao largo, sem afetá-lo.  Obviamente isso não será possível. Por alegações de quebra de democracia, nossos diplomatas ejetaram por algum tempo o Paraguai do Mercosul para que a Venezuela pudesse entrar na organização (entrada essa a que se opunha o Congresso paraguaio). E agora, o que nossos diplomatas vão sugerir que façamos com a Venezuela? Na percepção de número expressivo de Senadores, ela deveria igualmente ser suspensa.

Mais uma vez, é a dignidade do Brasil e os interesses do Estado brasileiro que são jogados na lata de lixo, para que não se altere a agenda do  PT. Percebemos que a influência do aspone Marco Aurélio "Top Top" Garcia, que pouco se lixa para o interesse nacional de longo prazo, continua intacta.


Doravante, não espere o Itamaraty a boa vontade dos senadores para fazer avançar sua agenda no Senado.

Ser atacado pelo PT passa a ser uma coisa boa


ESPALHAFATOSA DEFESA DA CRIMINALIDADE


A gritaria da deputada Maria do Rosário, que pode ser assistida neste vídeo, impõe alguns comentários. Os adjetivos selecionados pela oradora visam a criar uma dicotomia, onde a perversidade está nos deputados favoráveis à redução da maioridade penal e a bondade nas "organizações sociais" que a ela se opõem. De onde saiu a ideia de que a defesa da sociedade, mediante a privação da liberdade dos criminosos, é um ato mau? A deputada acusa a comissão, também, de estar assumindo uma ideologia de classe que é, por definição, a ideologia dela mesma, como petista e ex-PCdoB. Por isso, fala como se a redução da maioridade penal visasse seleção por classe social. Foi Sua Excelência e não a comissão ou o projeto que quis pautar o assunto como conflito de classe.

Tomada pela ira, sem pedir licença ao bom senso, afirma que "eles estão tentando aqui é colocar na prisão não os que matam, não os que cometem crimes bárbaros". Enorme esforço retórico para sair da sinuca de um discurso sem pé nem cabeça. Em sua exaltação cotidiana, sempre preocupada com os criminosos e desinteressada de suas vítimas, afirma, também, que o Código Penal não resolve o problema da criminalidade. Mas o Código Penal, deputada, não existe para isso. Ele existe para punir culpados, para reduzir a sedução da vida criminosa e para que o condenado, no dizer deles mesmos, "pague sua conta com a sociedade". O que a senhora deseja, a retificação da vida do criminoso, é uma das tarefa do sistema penitenciário e não do Código Penal. Aliás, para que o sistema (bem preparado para isso) faça o que a senhora pretende é necessário, primeiro, que o bandido seja preso. Precisarei desenhar?

"Cinquenta mil presos a mais" não reduziram a insegurança social? E graças a qual estranho para-efeito isso virou motivo para que se desista de prender bandidos? Entende-se, assim, o motivo pelo qual o governo da deputada jogou a sociedade no atual nível de insegurança, sem vagas nos presídios, sem controle de fronteiras, desarmando os cidadãos de bem e se opondo à redução da maioridade penal, numa sequência de condutas que ofendem o bom senso. Quantos marmanjos de 16 anos merecem, de fato, ser tratados como inimputáveis, irresponsáveis e incapazes? A legislação penal já prevê a inimputabilidade dos que o forem, independentemente da idade! Chega a ser desrespeitoso tratar um marmanjo de 16 anos como se fosse criança, e criança pequena mal educada, incapaz de distinguir o certo do errado. A distorção da atual legislação está, visivelmente, ampliando aquilo que pretende evitar e desprotegendo aqueles que pretende resguardar. Por isso aumenta a criminalidade entre os jovens. E, não por acaso, são eles mesmos, as primeiras e principais vítimas da regra cega que a deputada se esforça em preservar.

CONTRA ou a FAVOR ? - NÃO dá mais para passar a MÃO na cabeça !


A palavra ‘corrupção’ não aparece entre as mais de 9 mil desperdiçadas por Jô Soares e Dilma na conversa de comadre ufanista

B
Pelos padrões da TV, 70 minutos são uma eternidade — e foi essa a duração da conversa entre Dilma Rousseff e Jô Soares. Sobrou tempo até para o diálogo de hospício reproduzido abaixo, transcrito da íntegra da entrevista publicada pelo Portal do Planalto:

Jô SoaresPresidente, a gente não falou ainda, mas é fundamental que a gente fale. Em 2012 você mudou o comando da Petrobras. É que você já pressentia que havia algo de podre no reino do petróleo?

Presidenta: Olha, ô Jô, quero te dizer o seguinte: eu não tinha…Não eram pessoas da minha confiança. Quando você sobe ao governo, você coloca as pessoas da sua confiança. Bom, a Petrobras não é um barquinho que você vira rapidamente, não é? Então, passou um ano e eu troquei a diretoria toda e coloquei uma diretoria da minha confiança, foi isso que eu fiz.

Jô Soares: Agora, o pré-sal, eu cheguei a lamber uma pedra do pré-sal…

Presidenta: Eu te mostrei ela.

Jô SoaresÉ, ficou de me mandar uma e não mandou.

Presidenta: Vou mandar, vou mandar. Prometi, agora eu vou mandar.

Jô Soares: Não, porque agora prometeu no ar. Tem cheiro de querosene, não é?

Presidenta: É.

Jô SoaresE eu lambi e senti que tinha gosto de sal, mas eu acho que foi a minha imaginação. A pedra está aí, não, não é? Deve estar no…

Presidenta: Não, a pedra está no Planalto.

Jô SoaresÉ uma pedrona.

Presidenta: Uma pedra.

Jô Soares: Tem gente que não sabe que o pré-sal já está funcionando, com mais de 500 mil barris/dia.

Presidenta: Bem mais. O pré-sal…

Jô Soares: Já me perguntaram quando é que vai funcionar o pré-sal. Quando funcionar, o preço do petróleo vai estar tão baixo que não vai mais compensar. Eu queria que você explicasse um pouco sobre isso, porque isso é uma falta de informação em vários níveis, porque as pessoas acham: “Ah, isso aí não vai dar em nada, o pré-sal não vai dar em nada”. Não têm ideia de que já está produzindo.

Presidenta: Olha, para você ter uma ideia dessa questão: não só está produzindo, como a Petrobras ganhou o “Oscar” na área de… este ano, a Petrobras ganhou o Oscar na área de óleo e gás.

O besteirol acima consumiu quase 400 das mais de 9 mil palavras ditas em parceria por Jô e Dilma. Mas na montanha de consoantes e vogais não aparecem uma única vez expressões inevitáveis numa entrevista com a presidente do Brasil do Ano da Graça de 2015. Corrupção, por exemplo. Ou Petrolão. Ou pelo menos escândalo.

Até bebês de colo e índios de tribos isoladas  hoje associam a Petrobras a essas palavras — além de roubalheiraladroagem e outras bem menos gentis. A entrevistada, previsivelmente, tentou driblar todas. O entrevistador, lastimavelmente, também. Dilma mentiu em todas as respostas. Jô não contestou nenhuma.

Ele sabe que a estatal foi saqueada por uma quadrilha parida pelo padrinho Lula e amamentada pelo governo Dilma. Achou mais relevante contar que já lambeu uma pedra do pré-sal. Ele sabe que o maior esquema corrupto da história engoliu bilhões de dólares. Preferiu celebrar milhares de barris imaginários.


Foi assim que o que deveria ter sido uma entrevista acabou virando conversa de comadre ufanista.

A consagração do ex-tesoureiro do PT preso em Curitiba


Comissão de Senadores vai à VENEZUELA