Caros amigos
O PT é uma rica experiência partidária, construída com sangue de
traidores como Celso Daniel e as esperanças de milhões de iludidos.
Nasceu para ser diferente e enganou quase toda a nação. Nasceu para
mudar o Brasil, mudou-o e quase acabou com ele. No início da sua trajetória, em
1980, adotou, falsamente, um novo modo de fazer política, usando, basicamente,
a mentira que sempre existiu na política brasileira. Cresceu lutando para que
os excluídos tivessem a voz dos seus ventríloquos e que entrassem no seu curral
eleitoral. Promoveu uma revolução social, que, pela primeira vez, colocou a
ilusão da inclusão dos mais pobres e o combate à desigualdade no centro da
agenda nacional em benefício da sua imagem de partido dos pobres e aprisionou,
pela fome, milhões de pessoas!
A contribuição do PT para quebrar o país é concreta, evidente e
inegável. Ninguém de boa fé pode deixar de reconhecê-la. Com o PT, a história
do Brasil após o regime militar foi incomparavelmente mais desonesta e demagógica.
Ao simular um novo modelo de desenvolvimento, baseado na solidariedade social e
no combate à pobreza e à exclusão, o partido conseguiu manter-se no poder por
mais de 12 anos, levando a população brasileira a pensar que tinha atingido um
patamar inédito de dignidade e cidadania.
É por isto que o PT é hoje alvo da mais indignada campanha de
desmascaramento já lançada contra um partido político no Brasil!
O ódio dos brasileiros ao PT é fruto do mau-caratismo político do
partido, calcado em mentiras sociais que atenderam aos interesses de seus
dirigentes e que exploraram demagogicamente preconceitos seculares, provando
que o PT sempre foi uma legenda pior do que as outras.
É, de fato, extraordinário que uma nação marcada secularmente pela
desigualdade e concentração de renda, pela dependência
econômica e por sistemas políticos autoritários e excludentes, tenha acreditado
que o PT iria mesmo realizar tudo o que propalou antes de chegar ao poder e nos
últimos 12 anos, a começar pela mais falsa de todas as transformações, a
promessa de acabar com a fome no país.
Esse novo Brasil, quebrado e falido, é o resultado de uma grande
aliança, liderada pelo PT, que envolveu partidos, movimentos sociais e amplos
setores do empresariado num conluio criminoso intenso e permanente.
Pela primeira vez as políticas públicas passaram a ser elaboradas com a
participação dos vagabundos da cidade e do campo, das mulheres mal-amadas, dos
negros acomodados, dos indígenas da FUNAI, da intelectualidade orgânica, da
juventude arruaceira e alérgica aos livros,
dos defensores dos direitos dos criminosos e da promiscuidade sexual e
dos ecologistas do atraso em detrimento dos direitos e da vontade da maioria da
sociedade, trazendo um sopro imoral e destrutivo para a vida pública.
O Brasil que, por decreto e efeito de esmolas, saiu do “Mapa da Fome”
das Nações Unidas é o mesmo Brasil que se tornou uma das mais destroçadas
economias globais; que dobrou a produção agrícola e se tornou um dos maiores
exportadores mundiais de alimentos, apesar da caótica logística de transporte e
armazenamento e de todo o apoio dado pelo partido ao “exército do stédile” para
que isto não acontecesse; que está entre os primeiros na indústria aeronáutica
e entre os últimos na indústria do petróleo; que tem uma das mais vulneráveis
posições em termos de reservas internacionais e que deixou de ser destino de
investimento do mundo desenvolvido.
O novo Brasil do PT é o que dobrou as matrículas nas universidades,
adotando as cotas para os desassistidos e mal preparados “frequentadores” de
suas escolas públicas; que democratizou o acesso ao crédito e garantiu aumento
real e constante dos inadimplentes; que
criou uma bolha de milhões de empregos fictícios, que continuou a
assentar e criar centenas de favelas no campo. É o que fingiu corrigir o
desequilíbrio entre as regiões e levou obras superfaturadas ao Nordeste e ao
Norte do país. É o que foi capaz de fazer tudo isso roubando e promovendo a
instabilidade econômica.
O novo Brasil é um país que, graças ao PT, desrespeitou a confiança de
seu povo e tornou-se motivo de chacota internacional. Que passou a praticar,
submetido aos interesses do Foro de São Paulo, uma política externa subalterna,
voltada para assegurar o poder dos ditadores
latino-americanos e caribenhos, a cooperação com os tiranos da África e
a duvidosa parceria com os BRICS, com prejuízo das suas tradicionais relações
com a Europa e a América do Norte.
A corrupção, tanto privada como pública, é um objetivo fundamental do
PT e, por isso, tem sido incentivada e praticada em caráter permanente. Seja no
âmbito municipal, estadual ou federal, ela atende a uma das práticas básicas da
democracia petista, o enriquecimento ilícito de empresários, do partido e de
seus dirigentes.
A corrupção é um veneno moral, que degrada as pessoas e contamina a
sociedade, sendo, portanto, indispensável aos interesses do partido. O PT,
neste sentido, pode se orgulhar de ter promovido, nesses 12 anos, os mais
significativos atos de bandidagem e de práticas criminosas, jamais vistos no
Brasil.
O Congresso Nacional aprovou, nesse período, a chamada delação
premiada, que a governanta Dilma Rousseff não vetou e que, hoje, é usada contra
ela e o partido – bobeada ou excesso de confiança?
Reformar a Política brasileira sempre foi um compromisso programático
do PT, enquanto fora do poder. Sempre sustentou que é preciso corrigir antigas
e notórias distorções do sistema partidário e eleitoral, para que ele se
tornasse mais ético e representativo da sociedade e mais aberto à participação
cidadã. No poder, o partido acabou por adaptar-se ao sistema, passando a
aperfeiçoar os comportamentos dos partidos tradicionais que tanto criticava e
que, na verdade, invejava.
Dar o exemplo é o mais forte dos argumentos, na política e na vida, por
isso, graças ao PT, o Brasil se tornou o campeão mundial da corrupção e, até
que passe esta “lavagem a jato”, as instâncias do PT não mais aceitarão
contribuições de empresas para sua sustentação. Essa foi uma decisão difícil de
ser tomada por um partido acostumado à fraude, especialmente quando tem a
responsabilidade de defender um projeto como o do Foro de São Paulo. Mas é um
passo necessário, que vai diferenciar, temporariamente, o PT das estruturas
viciadas que hipocritamente critica.
O partido esforça-se para mudar sua aparência e continuar mudando o
Brasil, sem esquecer que corrupto e cleptomaníaco não se escreve sem PT!
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(*) Baseado em texto de Rui Falcão, Presidente do PT.