Por Carlos Ilich Santos Azambuja
PREFÁCIO DE UM LIVRO QUE NÃO CHEGOU A SER PUBLICADO
O que hoje é denominada, na literatura e na imprensa,
Guerrilha do Araguaia foi na verdade uma tentativa do Partido Comunista do
Brasil de conduzir a “Guerra Popular” para realizar a tomada do poder e
implantar o socialismo marxista no Brasil; a “luta prolongada, do campo para a
cidade”, modelo da Revolução de Mao-Tsetung na China.
A opção pela “via chinesa” nasceu da dissidência dos
fundadores do PC do B ao romperem com o Partidão – PCB – que, obediente a
Moscou aceitou a “via pacífica para o socialismo” preconizada por Nikita
Kruchev, crítico e acusador de Stalin. O
PC do B permaneceu adepto da violência armada e buscou a alternativa stalinista
na China Popular. Para lá mandou vários
militantes para receberem treinamento de guerrilha.
A decisão de instalar uma área de guerrilha no Brasil foi
tomada antes da eclosão do movimento político-militar de l964. Depois de
considerar algumas alternativas, o Partido decidiu pelo sul do Pará, na região
compreendida pela Transamazônica ao Norte e o Rio Araguaia a Leste, com rala
população de posseiros e extrativistas.
Os primeiros militantes foram introduzidos na área no início
de 1966 e, pouco depois e acidentalmente, as autoridades militares tomaram
conhecimento do projeto. A contra-insurreição surpreendeu os revolucionários
ainda em fase de implantação da guerrilha, despreparados e mal armados. Cerca de 80 veteranos do Partido e jovens
aliciados nas cidades, rapazes e moças, foram levados para “área tática” para
lutarem “contra a ditadura militar e pelo ideal da democracia”. Destes, uns 54
acabaram morrendo em confronto com as forças legais; os outros foram presos ou
desertaram. Exatamente esta é a
história, a verdadeira história que o Autor conta em detalhes em seu Livro.
O assunto é recorrente. Vários outros autores, com
diferentes opiniões e perspectivas têm escrito, geralmente com enfoque limitado
ou preso a certos aspectos particulares dos acontecimentos.
Azambuja escreveu com uma visão histórica, partindo dos
antecedentes, passando pela experiência guerrilheira do Partido Comunista do
Brasil, chegando à autocrítica dos derrotados. Reuniu também informações
detalhadas que servirão de referência para a pesquisa do historiador do
futuro. Seu Livro é para ser lido, é
claro, mas também para ser posto nas Bibliotecas abertas, disponível para
pesquisadores e estudiosos da História.
Ao final deste precioso Livro, o leitor poderá facilmente
chegar a duas conclusões intuitivas sobre a “Guerrilha do Araguaia”:
A primeira, a de que não é verdade que ela tenha sido uma
alternativa de luta contra a ditadura militar com o objetivo de restaurar a
Democracia. Como deixa claro o Autor,
desde sempre o objetivo do Partido era a implantação do socialismo marxista no
Brasil; o partido era e ainda é comunista.
Sua denominação continua a ser a mesma. Com ou sem ditadura militar, o
projeto revolucionário encontraria um pretexto para tomar o Poder. Não para restabelecer a democracia, mas para
impor o socialismo totalitário.
A segunda conclusão, as Forças Armadas, profissionalmente
competentes e aparelhadas, foram capazes de derrotar decisivamente a insana
tentativa guerrilheira antes que ela tivesse
evoluído para o estágio de “Exército Popular de Libertação”. Se não houvesse sido derrotada, talvez hoje
tivéssemos em nosso território uma “área liberada” e uma guerra interna
eternizada como na Colômbia, onde as FARC narcoguerrilheiras, também maoístas,
aterrorizam o país há mais de 40 anos.
General
Sergio Augusto de Avelar Coutinho
SUMÁRIO DO LIVRO VIRTUAL “ARAGUAIA SEM MÁSCARA”
1 - Introdução
2 - Antecedentes
-O
Minimanual do Guerrilheiro Urbano
- A Teoria
do Foco Guerrilheiro
- Um Pouco
de História sobre a Violência Armada no Brasil
- Como é a
Guerra Revolucionária
3 - Histórico da Guerrilha
4 - Fatores que antecederam a Guerrilha
5 - Considerações sobre a Área de Guerrilha
6 - A Propaganda na Guerrilha
7 - A Implantação da Guerrilha
8 - As Forças da Ordem
9 – O Armistício Quente
10 – O Desfecho da Insensatez
11 - Os Mortos, Presos, Desertores e “Desaparecidos” na
Guerrilha
12 - A Autocrítica
- Relatório
Arroio
- Relatório
Pomar
Fonte: A Verdade Sufocada
Por que os livros que contam os fatos como eles de fato aconteceram são mantidos longe do conhecimento do leitor consciente, sério, que quer conhecer a verdade, enquanto os livros produzidos tão-somente para louvar, homenagear a bandidagem comunista são vendidos em qualquer livraria e até em bancas de revista?
ResponderExcluirLeia o livro "A nova era e a revolução cultural" de Olavo de Carvalho e você entenderá.
ExcluirPor que os livros que contam os fatos como eles de fato aconteceram são mantidos longe do conhecimento do leitor consciente, sério, que quer conhecer a verdade, enquanto os livros produzidos tão-somente para louvar, homenagear a bandidagem comunista são vendidos em qualquer livraria e até em bancas de revista?
ResponderExcluirTambém não entendo o porque
ResponderExcluirOs jovens não são esclarecidos sobre a verdade dos fatos. Quando tomam posições e acoes equivocadas e que muitas das vezes pagam um preço alto pelo descaminho em vida. Os covardes e omissos aparecem para critica-los e condena-los. A Subversão e' uma guerra feroz e perversa que prega a mentira nos meios de comunicação, na Mídia em geral mediante o domínio cultural do politicamente correto.
em vida