quinta-feira, 24 de abril de 2014

O “ARAGUAIA SEM MÁSCARA”

Por Carlos Ilich Santos Azambuja

PREFÁCIO DE UM LIVRO QUE NÃO CHEGOU A SER PUBLICADO

O que hoje é denominada, na literatura e na imprensa, Guerrilha do Araguaia foi na verdade uma tentativa do Partido Comunista do Brasil de conduzir a “Guerra Popular” para realizar a tomada do poder e implantar o socialismo marxista no Brasil; a “luta prolongada, do campo para a cidade”, modelo da Revolução de Mao-Tsetung na China.

A opção pela “via chinesa” nasceu da dissidência dos fundadores do PC do B ao romperem com o Partidão – PCB – que, obediente a Moscou aceitou a “via pacífica para o socialismo” preconizada por Nikita Kruchev, crítico e acusador de Stalin.  O PC do B permaneceu adepto da violência armada e buscou a alternativa stalinista na China Popular.  Para lá mandou vários militantes para receberem treinamento de guerrilha.

A decisão de instalar uma área de guerrilha no Brasil foi tomada antes da eclosão do movimento político-militar de l964. Depois de considerar algumas alternativas, o Partido decidiu pelo sul do Pará, na região compreendida pela Transamazônica ao Norte e o Rio Araguaia a Leste, com rala população de posseiros e extrativistas.
     
Os primeiros militantes foram introduzidos na área no início de 1966 e, pouco depois e acidentalmente, as autoridades militares tomaram conhecimento do projeto. A contra-insurreição surpreendeu os revolucionários ainda em fase de implantação da guerrilha, despreparados e mal armados.  Cerca de 80 veteranos do Partido e jovens aliciados nas cidades, rapazes e moças, foram levados para “área tática” para lutarem “contra a ditadura militar e pelo ideal da democracia”. Destes, uns 54 acabaram morrendo em confronto com as forças legais; os outros foram presos ou desertaram.  Exatamente esta é a história, a verdadeira história que o Autor conta em detalhes em seu Livro.
  
O assunto é recorrente. Vários outros autores, com diferentes opiniões e perspectivas têm escrito, geralmente com enfoque limitado ou preso a certos aspectos particulares dos acontecimentos.

Azambuja escreveu com uma visão histórica, partindo dos antecedentes, passando pela experiência guerrilheira do Partido Comunista do Brasil, chegando à autocrítica dos derrotados. Reuniu também informações detalhadas que servirão de referência para a pesquisa do historiador do futuro.  Seu Livro é para ser lido, é claro, mas também para ser posto nas Bibliotecas abertas, disponível para pesquisadores e estudiosos da História.

Ao final deste precioso Livro, o leitor poderá facilmente chegar a duas conclusões intuitivas sobre a “Guerrilha do Araguaia”:
     
A primeira, a de que não é verdade que ela tenha sido uma alternativa de luta contra a ditadura militar com o objetivo de restaurar a Democracia.  Como deixa claro o Autor, desde sempre o objetivo do Partido era a implantação do socialismo marxista no Brasil; o partido era e ainda é comunista.  Sua denominação continua a ser a mesma. Com ou sem ditadura militar, o projeto revolucionário encontraria um pretexto para tomar o Poder.  Não para restabelecer a democracia, mas para impor o socialismo totalitário.
     
A segunda conclusão, as Forças Armadas, profissionalmente competentes e aparelhadas, foram capazes de derrotar decisivamente a insana tentativa guerrilheira antes que ela tivesse  evoluído para o estágio de “Exército Popular de Libertação”.  Se não houvesse sido derrotada, talvez hoje tivéssemos em nosso território uma “área liberada” e uma guerra interna eternizada como na Colômbia, onde as FARC narcoguerrilheiras, também maoístas, aterrorizam o país há mais de 40 anos.  
                                                            
                                   General Sergio Augusto de Avelar Coutinho

SUMÁRIO DO LIVRO VIRTUAL “ARAGUAIA SEM MÁSCARA”

1 - Introdução
2 - Antecedentes
          -O Minimanual do Guerrilheiro Urbano
          - A Teoria do Foco Guerrilheiro
          - Um Pouco de História sobre a Violência Armada no Brasil
          - Como é a Guerra Revolucionária
3 - Histórico da Guerrilha
4 - Fatores que antecederam a Guerrilha
5 - Considerações sobre a Área de Guerrilha
6 - A Propaganda na Guerrilha
7 - A Implantação da Guerrilha
8 - As Forças da Ordem
9 – O Armistício Quente
10 – O Desfecho da Insensatez
11 - Os Mortos, Presos, Desertores e “Desaparecidos” na Guerrilha
12 - A Autocrítica
          - Relatório Arroio
          - Relatório Pomar



4 comentários:

  1. Por que os livros que contam os fatos como eles de fato aconteceram são mantidos longe do conhecimento do leitor consciente, sério, que quer conhecer a verdade, enquanto os livros produzidos tão-somente para louvar, homenagear a bandidagem comunista são vendidos em qualquer livraria e até em bancas de revista?

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    1. Leia o livro "A nova era e a revolução cultural" de Olavo de Carvalho e você entenderá.

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  2. Por que os livros que contam os fatos como eles de fato aconteceram são mantidos longe do conhecimento do leitor consciente, sério, que quer conhecer a verdade, enquanto os livros produzidos tão-somente para louvar, homenagear a bandidagem comunista são vendidos em qualquer livraria e até em bancas de revista?

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  3. Também não entendo o porque
    Os jovens não são esclarecidos sobre a verdade dos fatos. Quando tomam posições e acoes equivocadas e que muitas das vezes pagam um preço alto pelo descaminho em vida. Os covardes e omissos aparecem para critica-los e condena-los. A Subversão e' uma guerra feroz e perversa que prega a mentira nos meios de comunicação, na Mídia em geral mediante o domínio cultural do politicamente correto.
    em vida

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