domingo, 7 de setembro de 2014
Donos e executivos de empreiteiras viajam para não serem presos
As principais construtoras do País serão os alvos da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, tão logo o segmento relacionado com os políticos do PT e da base aliada for esgotado.
"Brasil acima de tudo! Ninguém acima de Deus!"
Por Camila Hochmüller Abadie
Hoje pela manhã fui surpreendida. Fui até a feirinha do Bom
Fim comprar algumas coisas e pude assistir ao desfile de várias escolas, entre
elas do Colégio Militar e do Colégio da Brigada, em homenagem ao 7 de setembro.
Eu não sabia que o desfile aconteceria ali e, pra falar a verdade, nem havia me
dado conta da data. Minha cabeça está voltada para o dia 13. Até lá terei
dificuldades em lembrar de qualquer outra data. Mas, voltando ao desfile, pude
ouvir e observar muita coisa interessante.
A primeira delas foi a diferença entre os poucos veteranos
presentes e os estudantes em geral. Claro que a idade, por si, já contribui
para a distinção, mas era nítida uma certa sobriedade (gravidade, melhor
dizendo) na postura dos mais velhos, enquanto a maioria dos estudantes trazia
um olhar e uma postura de quem não sabe ao certo o que está fazendo ali;
outros, por sua vez, personificavam a irreverência, alheios àquilo que deveria
ser rememorado e expressado no desfile. Alguns poucos, porém, pareciam saber a
razão de estarem ali e portaram-se de acordo.
A segunda coisa na qual prestei atenção foi a reação dos
clientes da feira. Esta é uma feira de alimentos orgânicos, comercializados por
produtores locais, e para qual afluem dezenas, centenas de bichos-grilo,
alternativos, esquerdistas, adoradores de guaipecas, e, por fim, vovós e vovôs
que só querem comprar alguma coisa direto da horta. Contrariando os
tradicionais discursos pretensamente pacifistas que jorram das bocas da maioria
desse pessoal, o clima de hostilidade era evidente. Pouquíssimas pessoas
pararam para prestigiar as escolas e suas bandas. A maioria seguiu comprando,
alheia ao evento, reclamando que o desfile tinha "acabado com a feira".
Vi semblantes de escárnio, de desprezo, de superioridade...
O ápice, na minha opinião, foi a apresentação do Colégio
Tiradentes, o único que tinha grito de guerra. Imaginem a cena: dezenas de
rapazes e moças, separados em duas companhias, uniformizados, marchando e
bradando seus respectivos gritos, cada um à sua vez. Não me recordo de todo o
grito, mas creio que guardei na memória o essencial:
"Brasil acima de tudo! Ninguém acima de Deus!"
O silêncio dos espectadores ressoou tristemente a frieza e a
indiferença na qual o povo brasileiro vive os nossos dias. Eles não sabem, mas
já não é ao exército ou à polícia que se tornaram avessos. É a ordem, a
disciplina, o rigor, a honra, a lealdade e outras virtudes semelhantes,
parcamente ali representadas, que eles hoje odeiam. Nosso povo enamorou-se de
morte pelo caos, pela bagunça, pelo improviso, pela baixeza, pela traição...
A hipótese final é notoriamente trágica: hoje, caso
rebentasse uma guerra e dependêssemos dos estudantes, estaríamos perdidos; por
outro lado, se dependêssemos dos clientes da feira, estaríamos mais que
perdidos: estaríamos entregues.
Que nesta véspera de 07 de setembro possamos nos empenhar em
fazer das nossas famílias pequenos e amorosos "quartéis", verdadeiros
núcleos de resistência à vilania onde cada um saiba o seu papel, desempenhe-o
com alegria e sirva aos demais com respeito, fidelidade e amor. Pelo futuro do
Brasil e para a glória de Deus!
Fonte: Mídia Sem Máscara
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Camila Hochmüller Abadie é mãe, esposa e mestre em
filosofia. Edita o blog Encontrando Alegria.
“Verdes” sepultam Brasil sob pirâmide de papel
Por Luis Dufaur
Mas, quanta poluição de papel e de tinta produzem os nossos
utópicos “verdes”?
No Brasil, somente as licenças ambientais são reguladas,
direta ou indiretamente, por cerca de 30 mil diferentes instrumentos legais
produzidos pelos governos federal e estaduais, segundo “O Estado de S.Paulo”.
Tentei imaginar o que isso significa em papel empregado. Uma
folha A4 (210 x 297 milímetros) tem 62.370 milímetros quadrados, e se, por
absurdo, cada um desses instrumentos legais consumisse uma folha, teríamos
1.871.100.000 mm2, ou, mais simplesmente, 1.871,1 metros quadrados. Se a média
fosse de 10 folhas por instrumento legal, equivaleria a 18.711 m2.
A superfície do campo de futebol do Maracanã é de 7.140 m2,
segundo a última adaptação (105x68). Imagine ter que ler um escrito legal duas
vezes e meia maior do que o Maracanã. É de ficar doente.
O cálculo pressupõe a edição de um só exemplar por
instrumento legal. Se a edição média for de 100: então 140 toneladas. E se for
mais, segue multiplicando.
A isso se acresce que as regras não “casam” umas com as
outras e, às vezes, se sobrepõem, criando um emaranhado jurídico tão ou mais
complexo do que o tributário, diz o jornal.
A solução do cipoal burocrático inextricável vai recair em
Varas entupidas de processos legais de natureza ambiental.
Aqui, confesso, parei de tentar calcular. Talvez ninguém
consiga saber bem a tonelagem. E não se detém aí.
O licenciamento ambiental – explica o jornal paulista – não
é exigência apenas para grandes obras: pequenos negócios, como postos de
gasolina, também são obrigados a se submeter à pirâmide de regulamentações.
Mais burocracia, controles e papelada.
Ditas licenças são a grande causa de demora dos
investimentos de infraestrutura do País. Segundo a CNI, o tempo médio para
obtê-la é de 28 meses.
Quanta papelada é gerada em média nesses 28 meses de estudos
de viabilidade e em burocracia conexa?
Só uma fada maligna poderia dizer quantas toneladas a mais
de papel acrescentar a este título.
A CNI acrescenta que as listas de exigências de programas de
sustentabilidade estão cada vez mais amplas, em parte porque “os políticos às
vezes aproveitam para pedir coisas que não têm nada a ver com o projeto”.
O IBAMA admite que não há limites claramente definidos na
legislação atual para a imposição das condicionantes em obras de grande
envergadura, como usinas hidrelétricas na região da Amazônia, por exemplo. Na
falta de parâmetros, comenta Carneiro, tudo “depende da interpretação do
licenciador.” “É um mundo de dinheiro”, assegurou.
Na usina Santo Antônio, no rio Madeira (RO), R$ 2 bilhões no
programa de sustentabilidade. Em Belo Monte, no Xingu (PA), as ações
socioambientais somam R$ 3,7 bilhões.
Quanta burocracia e papel para planejar e gerir essas
aplicações?
Os faraós foram sepultados em pirâmides de pedra. O Brasil
está sendo sepultado em pirâmides de papel, regulamentos e burocracia. O que
tem isto a ver com “salvar o planeta” e outros idílicos slogans ambientalistas?
Nada! O efeito é um só: brecar o progresso e a prosperidade
do País e da civilização, por uma razão que o ambientalismo não ousa confessar
claramente, mas que o livro do Príncipe Dom Bertrand, Psicose ambientalista,
desvenda em sua radical totalidade.
Bateu o desespero no governo do PT. Gilberto Carvalho diz que é "tudo boataria". Dilma é vaiada no desfile do dia 7.
Nas fotos, PC e Carvalho.
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No desfile do dia 7, quando o nome de Dilma foi anunciado,
parte da plateia vaiou a presidente mas a maioria a aplaudiu.
Logo depois do desfile do 7 de setembro em Brasília, o
ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República rebateu as acusações
de que parlamentares, ministros e governadores do PT, PMDB e PP, todos da base
do governo, teriam se beneficiado de suposto esquema na Petrobras.
. Isto tudo tem caráter eleitoreiro. Estão tentando usar a
notícia de delação premiada para, no desespero, mudar o rumo da campanha
. Sobre as revelações atribuídas do ex-diretor da Petrobras
Paulo Roberto Costa também falou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Ele lembrou que o inquérito corre em sigilo e que a Polícia Federal e o
Ministério Público estão apurando dentro do que “a lei determina”.
Delação de ex-diretor da Petrobras abala a campanha eleitoral
Paulo Roberto Costa relata propinas pagas a políticos do PT,
PMDB e outros partidos. Nome de Eduardo Campos é citado
Paulo Roberto Costa, ex diretor de abastecimento da estatal
petroleira Petrobras, onde trabalhou por 35 anos, começou a ser chamado de “homem
bomba” nos bastidores da política brasileira. Preso em março na operação Lava
Jato, da Polícia Federal, que apurava lavagem de dinheiro, Costa é acusado de
desvios de dinheiro da estatal, e de destruição e ocultação de documentos que
ajudariam na investigação. Foi detido inicialmente em março, e desde então suas
informações passaram a ter peso de ouro.
Quando saiu da Petrobras, em 2012, o engenheiro criou a
empresa Costa Global, uma consultoria que intermediava negócios entre a
Petrobras e seus fornecedores. Por isso, teria os nomes de personagens que
estariam envolvidos em pagamentos de propina para facilitar obras da empresa.
Nesta sexta-feira, foram conhecidos alguns dos nomes que supostamente estariam
pagando propinas. De Eduardo Campos, do PSB, ao presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB de Alagoas), além de deputados do PT estariam envolvidos no
esquema, segundo a revista semanal Veja. Ao todo, seriam dezenas de políticos
de cinco partidos, dos quais três integram a base aliada da presidenta Dilma
Rousseff: além do PT, o PMDB, o Partido Progressista (PP), e o Partido da
República (PR).
Além de lideranças, como Henrique Alves (PMDB do Rio Grande
do Norte), presidente da Câmara, estariam também envolvidos ministros, como o
titular das Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB do Maranhão), e governadores
como Roseana Sarney, também do PMDB maranhense, e Sergio Cabral, ex-governador
pelo PMDB do Rio de Janeiro, que deixou o cargo no primeiro semestre deste ano.
João Vaccari Neto, tesoureiro nacional do PT, seria a ponte de Costa com nomes
do seu partido.
As denúncias de diretor da Petrobras, que voltou a ser preso
desde junho, começaram a ser levantadas no último dia 29 pela Polícia Federal,
a partir de um acordo de delação premiada. Seu depoimento cai como uma bomba
durante a corrida eleitoral brasileira, faltando apenas um mês para o pleito de
5 de outubro. Segundo o jornal O Globo, as denúncias estão sendo tratadas com
muito cuidado pelos investigadores, pois precisam ser checadas e devem durar
algum tempo.
O assunto demandará explicações do PSB, por envolver o nome
de Campos, morto no dia 13 de agosto num acidente de avião, mas complica ainda
mais a campanha do PT para a reeleição. Além dos nomes da sua base aliada, o
caso reforça as críticas dos adversários da presidenta Rousseff sobre o
desmazelo com a gestão da estatal, que está sob forte pressão, em função dos
resultados financeiros aquém do esperado, e agora sob denúncias de um esquema
fraudulento de desvio de dinheiro.
A suposta ligação do ex-governador pernambucano com o
esquema teria como elo a Refinaria Abreu e Lima, que começou a ser construída
em Pernambuco em 2005, e cujos valores de execução alcançaram 20 bilhões de
dólares, quase dez vezes mais que o orçamento previsto inicialmente. Ela deve
ser concluída em 2015.
O presidenciável do PSDB, Aécio Neves, disse neste sábado
que o Brasil acordava perplexo com graves denúncias de um “mensalão 2”, em
referência ao processo que levou para a prisão diversos integrantes do PT por
financiar por caixa 2 diversos integrantes do partido. Neves afirmou que
disputava a eleição contra “um grupo que utiliza o dinheiro sujo da corrupção
para manter-se no poder”.
A secretaria nacional de Finanças do PT negou também as
acusações de que seu titular, João Vaccari Neto, seria uma interface no esquema
de propinas. Por meio de nota, o partido afirmou que nunca tratou de assunto
relativo ao partido com o senhor Paulo Roberto Costa. “Assim, é absolutamente
mentirosa a declaração de que tenha havido qualquer tratativa, seja pessoal,
por e-mail ou mesmo telefônica, com o referido senhor a respeito de doações
financeiras ou qualquer outro assunto”.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Costa contou que
políticos e partidos receberiam o equivalente a 3% de comissão por cada
contrato firmado com a Petrobras.
Em nota oficial, o PSB diz que desde as primeiras denúncias
de corrupção na Petrobras defendeu, sob a liderança de seu então presidente,
Eduardo Campos, a instalação de uma CPI para "investigar as denúncias de
negócios escusos". Afirmou ainda que "não há acusação digna de
honesta consideração" e apenas "malícia". "O esquema
perverso engendrado para desgastar a imagem de Eduardo Campos tem origem no
espectro da derrota próxima daquelas forças que há 20 anos sustentam uma
polarização política artificial", acusou o partido.
Um incômodo doleiro
A Polícia Federal chegou a Paulo Roberto Costa quando
investigava uma operação de lavagem de dinheiro de 10 bilhões de reais chefiada
pelo doleiro Alberto Youssef, deflagrada em março deste ano. Natural da região
de Londrina, no estado do Paraná, Youssef começou a ser monitorado depois de
uma denúncia de um empresário da sua cidade, que havia teria sido lesado em
negócios com o doleiro. Durante a investigação, foram apuradas evasão de
divisas, e envio de dinheiro para o Exterior, de importações fictícias de
empresas operadas por laranjas. Entre essas remessas, entretanto, haveria
também recursos da Petrobras. Costa estaria envolvido com estas operações.
Um dos destinos do dinheiro era a Suíça. Em colaboração com
o Brasil, a justiça suíça identificou contas tanto de Youssef como de Costa,
que foram bloqueadas para investigações. O doleiro tinha trânsito livre com
políticos de diversos partidos, como foi constatado em diversas gravações e
mensagens trocadas pelos investigadores. Um deles era André Vargas, ex vice-presidente
da Câmara dos Deputados, do PT do Paraná, que renunciou ao cargo e se desfiliou
do partido em abril deste ano.
O Ministério Público Federal investiga ainda supostas
irregularidades cometidas pelo ex-diretor com a compra da refinaria Pasadena,
em 2006, pela Petrobras. O negócio trouxe prejuízos à petroleira brasileira,
que foi obrigada a comprar 50% da refinaria da belga Astra Oil por um preço
oito vezes maior do que a belga havia pago no ano anterior pela unidade
inteira. Costa teria articulado a execução do negócio, cujo pagamento teria
irrigado o caixa de partidos.
Conselho Amigo: Não Participe dessa Farsa
Por Percival Puggina
Se em sua paróquia
houver uma urna para votação no tal "Plebiscito popular por uma
constituinte exclusiva do sistema político", saia pelo outro corredor. Se
alguém o convidar para dar seu voto por meio eletrônico, não entre no site e,
se resolver dar uma espiada, escape antes de fornecer os dados que lhe são
solicitados - nome, CPF, e-mail. É a eles e só a eles que convém conhecer seus
dados e sua orientação política.
O que você deve
fazer, sim, é checar a lista das 459 instituições apoiadoras desse estrupício
jurídico. Elas estão em ordem alfabética e começam com a A Marighella (cujo
site informa ser uma "organização socialista, patriota, internacionalista
e revolucionária, de orientação geral marxista-leninista, que busca o horizonte
do comunismo via o caminho do socialismo popular brasileiro"). A
escrutinada no longo rol de coletivos, facções, movimentos, associações, redes,
institutos, e assemelhados, irá surpreendê-lo. Tenho certeza de que, como eu,
você não sabia que a chamada "esquerda" abrigasse, em nosso país,
tantas organizações.
A constituinte pela
reforma política, objeto desse plebiscito, se conjuga com o projeto divulgado
em outubro do ano passado pelo Movimento Eleições Limpas
(www.eleicoeslimpas.com.br). Ou seja, o plebiscito servirá para dizer que foi
aprovada "pelo povo" a proposta de uma Constituinte que vai promover
a reforma política desejada pelo PT. Lembro que em texto anterior examinei a
semelhança e as mínimas diferenças entre o que pretende o Movimento Eleições
Limpas e o que recomendou ao partido o 3º Congresso Nacional do PT. Fechou-se o
círculo das conveniências.
Reitero aqui a
conclusão a que cheguei em julho passado: com esses apoiadores e tanta identidade
de pontos de vista, eu não preciso saber mais para compreender a quem serve o
projeto. E concluo: se ele convém a essa lista de apoiadores, não serve ao
Brasil. Ademais, nunca houve no mundo uma constituinte - e ainda por cima
exclusiva! - para mudar aspectos políticos de constituição em vigor. E o motivo
é simples: alterações constitucionais parciais se fazem com emendas
constitucionais. Constituintes são eventos magnos, que ocorrem em momentos de
ruptura institucional. É um disparate promover algo desse vulto para pequenas
mudanças normativas. Exceto se o objetivo for o que, neste caso, se pretende:
promover um assembleísmo para fazer de conta que o povo está exigindo. Para
tais grupos, ouvir o povo é ouvirem-se a si mesmos.
Ao fim e ao cabo,
esse é verdadeiro espírito do plebiscito. Algo semelhante aconteceu outras
vezes, ao longo da história, na legitimação revolucionária de regimes
totalitários.
______________
Percival Puggina (69) é arquiteto, empresário, escritor,
titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais
e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da
utopia e Pombas e Gaviões, membro do grupo Pensar+.
Dois Decretos Ditatoriais
Dois decretos governamentais (8242 e 8243) podem afetar o
regime democrático e a ação social das Instituições sem fins lucrativos,
principalmente as católicas.
O primeiro cria inúmeras restrições às imunidades garantidas
pela Constituição, matéria que é objeto de ação direta de inconstitucionalidade
no STF (nº. 2028) de relatoria do Ministro Joaquim Barbosa e de repercussão
geral da relatoria do Ministro Marco Aurélio, com resultado, até o momento,
favorável às Instituições (4x0 – votos dos dois Ministros relatores e dos
Ministros Luís Roberto Barroso e Cármen Lúcia). Se prevalecerem as ações (ADI e
RE) o decreto perderá validade.
O segundo institui a Política Nacional de Participação
Social – PNPS. Tal como descrita no Decreto 8243/14, tende a substituir o
Congresso Nacional na representação popular, para “fortalecer e articular
mecanismos e instâncias democráticas de diálogo” e em “atuação conjunta com a
administração pública federal” da “sociedade civil” (art. 1º), criar Conselhos
e Comissões de políticas públicas e sociais (artigos 10 e 11) eleitos pelo
povo, objetivando auxiliar a Secretaria Geral da Presidência da República
(artigo 9º) a “monitorar e implementar as políticas sociais” por eles
definidas, com atuação junto às diversas instâncias governamentais.
Num curto artigo, é impossível descrever e analisar o nível
de força que se pretende atribuir a instrumentos “populares”, na promoção com o
governo, das políticas que desejarem, sem a participação dos legítimos
representantes do povo, que são os senadores e deputados. Como os Conselhos e
as Comissões serão eleitos pelo “povo”, mas a eleição não é obrigatória e o
“povo” dificilmente terá condições de dedicar-se em tempo integral, deixando
trabalho ou ocupações diversas, para estar presente nestas “eleições”, serão os
“amigos do rei” os beneficiados pelas indicações, que lá estarão presentes, num
verdadeiro aparelhamento do Executivo e redução do Congresso Nacional à sua
expressão nenhuma.
Por pior que seja, o Legislativo é eleito pelo povo. Nele
está contida 100% da representação popular (situação e oposição). No atual
Executivo, nem 50% do povo brasileiro está representado, pois a atual
presidente teve que ir ao 2º turno para ganhar as eleições. Em outras palavras,
pretende o decreto que a autêntica representação popular de 130 milhões de
brasileiros seja substituída por um punhado de pessoas,que passará a DEFINIR A
POLÍTICA SOCIAL DE TODOS OS MINISTÉRIOS, INDICANDO AO EXECUTIVO COMO DEVE AGIR!
A linha da proposta é tornar o Congresso Nacional uma Casa
de tertúlias acadêmicas, pois os Conselhos e Comissões eleitos pelo “povo”
serão aqueles que dirigirão o país. Por exemplo, a Comissão encarregada da
Comunicação Social poderá determinar que o Ministério correspondente imponha
restrição de conteúdo à imprensa, a pretexto de que é esta a “vontade do povo”,
que será “obrigado” a atender aos apelos populares. As políticas públicas e
sociais não mais serão definidas pelo Poder Legislativo, mas, por este grupo
limitado de cidadãos enquistados nestes organismos.
Estamos perante uma autêntica ressurreição, da forma mais
insidiosa e sorrateira, do PNDH-3, que recebeu o repúdio nacional e, por isto,
nunca foi aplicado. Às vezes, tenho a impressão, com todo o respeito que tenho
pela figura da presidente da República, que ela tem recaídas “guerrilheiras”.
Talvez, a “devoção cívica” que demonstrou nutrir pelo sangrento ditador Fidel
Castro – tão nítida no retrato exibido por todos os jornais, de sua recente
visita a Cuba – a tenha levado a conceber e editar esta larga estrada para um
regime antidemocrático. É que o decreto suprime as funções constitucionais do
Parlamento e pretende introduzir entre nós o estilo bolivariano das
Constituições da Venezuela, Bolívia ou Equador. Nelas, o Executivo e o “povo”
são os verdadeiros poderes, sendo –é o que está naquelas leis maiores— o
Legislativo, Judiciário e Ministério Público, poderes acólitos, vicários,
secundários e sem maior expressão.
Por ter densidade normativa própria, o referido decreto é
diretamente inconstitucional, ferindo cláusula pétrea da Constituição, que é a
autonomia e independência dos Poderes (artigos 2 e 60 § 4º, inciso III). spero
que o Congresso Nacional repila o espúrio diploma, com base no artigo 49,
inciso XI, da Carta Maior, zelando, como deve, por sua competência legislativa.
________________________
Ives Gandra da Silva Martins é Advogado, professor emérito da Universidade Mackenzie, da
Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra
Sobre o tal Manifesto do Clube Militar a indicar Marina como fio da esperança. Uma conclusão.
Por Ernesto Caruso
Prezados
Dias passados encaminhamos o questionamento a respeito da
publicação em jornal de um pretenso manifesto escrito como pensamento do Clube
Militar em favor da candidatura de Marina Silva (MS...).
Opiniões várias ecoaram pela internet compondo a resultante
de cada pensador.
Quando li o texto de autoria do Gen do Bandeira transmitido
pelo CM, não vi nitidamente esse apoio à candidata MS; o texto vai e volta, mas
apresenta o fio de esperança - título chamativo e indutor - como se fosse a
tábua de salvação não para si próprio, mas pra eles/outros, cansados dos
petistas, embora sob nossa ótica, MS seja o outro lado de uma mesma carta.
No entanto, a matéria
publicada no jornal dá uma interpretação de apoio à MS que obviamente gerou
questionamentos a respeito. Os esclarecimentos surgiram de várias origens sem
um posição oficial do Clube.
Acontecimento quiçá interessante, pois que, além de trazer à
tona o Clube Militar como entidade importante no cenário político-histórico do
país, representa no todo (para alguns) ou parte (outros) a família militar com
expressivo público eleitor distribuído por todo o território nacional, com
alguma capacidade de influenciar de forma escrita, verbal, em casa, na rua, no
trabalho, pela internet, pela imprensa.
Pelo sim, pelo não, vejo que pode render algo positivo a
publicação no jornal. Quem sabe a equipe do Aécio desperte como importante o
estamento militar e enxergue o voto da família militar não tão certo e
garantido como pressuposto.
Saudações
Ernesto Caruso
Fonte: A Verdade Sufocada
__________
Observação: Leiam abaixo o texto do manifesto, e tirem suas próprias conclusões.
UM FIO DE ESPERANÇA
Por Gen Clovis Purper Bandeira
As surpresas que o destino nos reserva são assustadoras.
Tudo corre num determinado sentido quando, de repente, um acontecimento
totalmente inesperado muda nossa história, nossa vida.
O terrível acidente aéreo que, no meio de agosto (sempre
agosto) ceifou a vida do Senador Eduardo Campos, candidato à Presidência da
República, bem como as da tripulação e de assessores que o acompanhavam, mudou
em duas semanas todo o panorama e as previsões para as eleições de outubro, em
nível federal e estadual.
Subitamente elevada à condição de presidenciável, a até
então candidata a Vice Presidente, Marina da Silva, foi talvez a pessoa
diretamente mais atingida pelas consequências da tragédia.
Relembremos.
Tendo obtido 20 milhões de votos nas últimas eleições
presidenciais, em 2010, Marina despontou como um fenômeno eleitoral, séria
pretendente ao cargo nas próximas eleições.
Para conseguir ser apontada como candidata, procurou fundar
um partido próprio, a Rede de Sustentabilidade, ou simplesmente Rede. No
entanto, a burocracia – e os problemas reais ou criados pelos cartórios para o
reconhecimento de centenas de milhares de firmas necessárias para a criação de
um partido – terminaram por impedir que o mesmo viesse à luz no prazo legal
para permitir o registro de seus candidatos.
Assim, sem uma sigla que a apresentasse, Marina teve que se
contentar em aderir ao PSB, que já apontara Eduardo Campos como candidato a
Presidente da República. Ela teve, então, que limitar-se à Vice Presidência.
A morte do cabeça da chapa do PSB a menos de dois meses das
eleições determinou sua substituição por Marina, que imediatamente decolou nas
pesquisas de intenção de votos.
Atualmente, já empata com Dilma Roussef no primeiro turno e
vence folgadamente por dez pontos percentuais no segundo turno.
Na verdade, a nova candidata incorporou o desejo vago de
mudanças que levou o povo às ruas em junho do ano passado. Que tipo de mudança,
isso já é outro problema.
Não tendo ainda sido atacada pelos demais candidatos – pois
sua candidatura não foi, inicialmente, percebida como grande ameaça – navega em
mar calmo e vento muito favorável, enquanto o tempo, cada vez mais curto, corre
a seu favor.
Sua figura messiânica, suas declarações vagas, suas
promessas iniciais muito generosas, mas fora do alcance do cofre nacional,
acenam com uma “nova política” misteriosa, mistura de propostas esquerdistas e
ambientalistas, entre as quais maior participação direta, governar com pessoas
e não com partidos, participação direta popular no governo, por meio de
plebiscitos e consultas populares (cheiro de bolivarianismo), criação de
conselhos do povo (cheiro dos sovietes petistas), orçamento participativo etc.
Cálculos preliminares orçam suas promessas – entre as quais
10% do orçamento para a saúde, outros 10% para a educação, aumento da bolsa
esmola, do efetivo da Polícia Federal – em quase 100 bilhões de reais por ano,
cuja origem não é esclarecida.
Seu calcanhar de Aquiles é o fraco apoio político, pois na
verdade não tem o apoio firme de nenhum partido. Seus apoiadores são aqueles
interessados em pegar carona em sua súbita popularidade, sem nenhum compromisso
com a realidade política durante seu possível governo.
Mas uma excelente candidata não será, necessariamente, uma
excelente Presidente.
No governo, terá que descer das nuvens “sonháticas” onde
flutua e lutar na arena do dia a dia da Praça dos Três Poderes, enfrentando as
feras insaciáveis que fazem as leis, sempre cobrando algum preço político por seu
apoio.
Na verdade, os políticos temem o populismo de suas propostas
e os desvios que promete adotar, para evitar o isolamento de seu governo pelos
partidos, percebendo uma ameaça de autoritarismo na ideia de governar sem os
mesmos. Será real isso ou será apenas uma ameaça para angariar apoios mais
fortes dos partidos, que seriam enfraquecidos com um governo mais populista?
Dona de um discurso inatacável é a favor de tudo que é bom e
contra tudo que é ruim. Como, aliás, todos os candidatos.
Ser uma incógnita camaleônica é uma vantagem, pois o que é
conhecido da política e dos políticos é rejeitado pelos eleitores.
A esperança de algo novo e diferente, que rompa com a
tradição negativa representada pelos atuais homens públicos, parece impulsionar
a subida de Marina nas pesquisas eleitorais.
A desilusão popular procura o novo. As mudanças podem ser
para melhor ou para pior, desde que interrompam a malfadada corruptocracia
instalada no poder pelo lulopetismo.
Como está não pode continuar. Há expectativa de que novos
rumos e novos governantes tragam melhores dias e maior esperança para os
eleitores desiludidos.
x-x-x
Dilma: depoimento de Paulo Roberto Costa é 'especulação'
A presidente da República e candidata à reeleição,
Dilma
Rousseff (PT), participa de encontro com taxistas,
em São Paulo (Ivan
Pacheco/VEJA.com)
|
Presidente disse esperar 'dados oficiais' para tomar as
'providências cabíveis'
A presidente-candidata Dilma Rousseff chamou de
"especulação" as revelações de distribuição de propina a parlamentares
e aliados do governo federal, detalhados com exclusividade na edição de VEJA
deste fim de semana. Em ato de campanha em São Paulo, ela afirmou que
"tomará as providências cabíveis" sobre o depoimento do ex-diretor de
Refino e Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, que aceitou negociar os
termos de um acordo de delação premiada com a Justiça.
"Acredito que precisamos ter dados oficiais dessa
questão. A própria revista que anuncia este fato diz que o processo está
criptografado, guardado dentro de um cofre e que irá para o Supremo. Eu
gostarei de saber direitinho quais são as informações prestadas nessas
condições e te asseguro que tomarei as providências cabíveis. Não com base em
especulação. Eu quero as informações. Acho que elas são essenciais e são
devidas ao governo, porque, caso contrário, a gente não pode tomar medidas
efetivas", disse Dilma.
Até o momento, Costa afirmou que três governadores, seis
senadores, um ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais embolsaram
ou tiraram proveito de parte do dinheiro roubado dos cofres da Petrobras. Entre
os nomes elencados por Costa estão os ex-governadores Sérgio Cabral, do Rio de
Janeiro, Eduardo Campos, de Pernambuco, o ministro de Minas e Energia, Edison
Lobão, além do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos
Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Os nomes das autoridades com foro
privilegiado já foram encaminhados ao procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, responsável por levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A equipe da campanha de Dilma à reeleição, assim como a de
seus principais rivais, Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), passaram a
noite desta sexta-feira discutindo o impacto das denúncias de corrupção. Entre
aliados de Dilma, a avaliação é a de que, por envolver aliados diretos do
governo federal, parlamentares alinhados ao Palácio do Planalto e até um
ministro de Estado, as revelações do ex-diretor da Petrobras causarão danos à
campanha da presidente-candidata.
Durante encontro com mulheres na quadra do sindicato dos
bancários, Dilma não fez nenhuma menção ao depoimento de Costa, mas deu sinais
da linha de defesa que o governo deve adotar, por enquanto, para blindar a
campanha petista. Ela citou o projeto de reforma política do PT como iniciativa
para combater a corrupção. “Reforma política para que o Estado brasileiro seja
mais transparente, para que não haja corrupção, não se desvie dinheiro público
e se controle a forma como se faz eleição no Brasil”, disse.
A postura dos petistas aliados de Dilma seguiu a da
presidente: esquivar-se de comentários e tratar as denúncias do ex-diretor da
Petrobras como algo oficioso. “Ninguém pode ter opinião nem vai fazer
conjectura sobre algo que não está formalizado. A presidente quer as
informações e vai tomar a atitude de forte punição se tiver irregularidades nas
informações oficiais”, disse o ex-ministro Alexandre Padilha (PT), candidato ao
governo de São Paulo.
Choram Chico e Vinicius
Dizem que, na vida, a única certeza é a morte. Pois, agora,
tenho outra certeza: a de que essa situação do Brasil atual não vai acabar bem.
Sem querer ser arauto da desgraça, digo que estamos hoje em situação pior do
que em 1964.
Já declarei aqui que na única vez em que votei no candidato
de meu querer para presidente da República me dei mal. Jânio não batia bem da
bola. Desde então, sempre votei no menos pior. Isso poderia ser evitado, não
fosse o voto obrigatório, mesmo sendo nosso regime uma democracia.
Mas agora estou em dúvida desde a declaração do terrorista
Zé Dirceu, que, do alto de sua condição de preso-solto, soltou um entendimento
dúbio a respeito de sua colega de terror, dona Dilma. Disse que “Marina é o
Lula de saias” e meteu o pau em Dilma, alegando que a terrorista o abandonou e
que o deixou às feras. É preciso cuidado com tudo o que gente dessa espécie
fala.
A terrorista fez o que nunca se fez, em termos de ajuda,
para santificar todos eles. Até trocou ministros do falado egrégio Supremo para
mudar veredito já prolatado e, por consequência, o destino de todos,
interpretando as sentenças de acordo com suas conveniências. Chegaram até a
tirar do bolso das cuecas os hoje famosos “embargos infringentes”.
CÃO CHUPANDO MANGA
Quando a aplicação da lei ou do direito passa a ser na
marra, institucionalmente o país está como “cão chupando manga”. Esse tipo de
recurso no STF demonstra desconhecimento do significado etimológico da palavra
“supremo”. O leitor já viu loja de conveniência vender boi? Pois é. Supremo é
aquilo que está acima de tudo, não existe um supremo acima de outro supremo.
Sim, eu sei que existe essa competência no Regimento do STF, desde que a
decisão não seja por unanimidade, mas não entendo assim. Devo ser burro.
Mas, afinal, a quem o Zé terrorista está querendo ajudar com
essa declaração? Pra mim, a situação ficou mais difícil com a entrada da Marina
coitada. É que voto sempre no menos pior.
Enquanto isso, às vésperas de assumir o estado de recessão
da economia do país, a presidenta-candidata lança, em plena campanha eleitoral,
um pacote de estímulos ao crédito por meio do Banco Central e do Ministério da
Fazenda, que preveem afrouxamento dos controles para concessão de empréstimos e
normas voltadas para o financiamento de veículos e imóveis, e solta no sistema
bancário dinheiro do depósito compulsório dos bancos – R$ 45 bilhões.
ORIGINALIDADE
Essa medida é original porque, pela primeira vez, tentam
apagar fogo com jatos de gasolina. A classe média está devendo até as cuecas, e
ainda tem de aguentar uma desgraça dessas. Os sinais são de recessão para este
fim de ano. Passadas as eleições, ninguém segura essa vaca, que vai com todo
mundo pro brejo.
É por isso que me lembrei de Chico e Vinicius e passo a
sentir também uma tristeza no peito por não ter como lutar. E eu, que não
creio, peço a Deus por minha gente, gente humilde. Que vontade de chorar.
(transcrito de O Tempo)
A exploração da Vala do Cemitério de Perus
Por Carlos Alberto Brilhante Ustra - Cel Ref EB
Realmente, não deveria haver nenhum desaparecido mas, já que
infelizmente isto aconteceu, essa procura e essa dor não deveriam ser exploradas
politicamente, como acontece com frequência em época de eleições ou datas
importantes para as Forças Armadas.
Agora, novamente, está na pauta a Vala do Cemitério de
Perus, volta e meia remexida, por militantes da luta armada.
Ontem, 04/09/14, Ivan Seixas, militante do MRT e da ALN,
alçado à categoria de pesquisador da Comissão da Verdade, entrevistado na Globo
News, reabriu o assunto, relembrando que foi no governo de Erundina PT/SP - 1990, que o assunto veio á tona.
Evidentemente, Ivan Seixas
omitiu o motivo pelo qual esta vala foi criada e nela colocados os
restos mortais de mais de mil indigentes e alguns poucos militantes da luta
armada.
O Cemitério de Perus
foi criado pelo prefeito Paulo Maluf, em 1971, para enterrar os corpos dos
indigentes falecidos. Alguns terroristas, mortos durante a luta armada, foram enterrados neste cemitério. O
sepultamento era feito pelas autoridades estaduais. Não cabia ao Exército esta
missão.
Em 1975, durante a gestão do prefeito Miguel Colasuonno,
(28/08/73 a 16/08/75), talvez para desocupar vagas, foram exumadas mais de mil
ossadas que foram colocadas em sacos plásticos e empilhadas no cemitério.
Em 1976 quando o prefeito era Olavo Egídio Setúbal (17/08/75 a 11/07/79), o
Serviço de Sepultamento da Prefeitura de São Paulo determinou que a Vala de
Perus fosse aberta e nela despejadas as ossadas de 1049 indigentes, inclusive
as de 6 a 8 terroristas.
Quando Mário Covas era prefeito da cidade de São Paulo,
determinou que a abertura da Vala de Perus não fosse comentada. Covas foi
membro do antigo MDB, depois PMDB, fora nomeado pelo governador Franco Montoro,
portanto de oposição aos governos militares e, se não denunciou irregularidades
na colocação das ossadas na Vala é porque elas não existiram. Ao contrário,
endossou a atitude do Serviço de
Sepultamento da Prefeitura.
É impossível que, em 1990, a prefeita Luiza Erundina quando
fez o estardalhaço sobre a Vala de Perus, com grande repercussão na mídia,
acusando os militares de terem ocultado milhares de cadáveres de terroristas,
não soubesse que as ossadas colocadas naquela vala, foram lá despejadas por
ordem da Prefeitura de São Paulo.
Em depoimento, em dia 24/02/2014, à Comissão Nacional da
Verdade, o ex-administrador do Cemitério de Perus, Antonio Pires Eustáquio, que
esteve à frente do posto entre 1976 e 1992, relatou que, segundo funcionários
que trabalharam no local no início dos anos 1970. Os corpos eram enterrados
como indigentes em caixões simples de madeira e em covas rasas separadas.
Alguns vinham com uma letra “T, vermelha. Eu descobri depois que ela se referia
a terrorista. Essa declaração ficava em minha posse e, depois do sepultamento, ela
era usada para efetuar o registro de óbito”.(...) “houve uma preocupação da
administração funerária de São Paulo, na década de 1970, em dar fim aos restos
mortais. A solução encontrada foi abrir uma vala comum na qual foram despejadas
as ossadas de mais de 1500 pessoas.” Sendo entre seis e oito militantes de
esquerda”(...), “após a Anistia Política, ele foi orientado, em uma reunião na
capital paulista, a “não fazer alarde” e nem dar entrevistas sobre a vala
comum. O pedido foi feito por membros da administração funerária em São Paulo
durante a gestão de Mário Covas” - (1983-1985). “Na reunião, os meus superiores
do serviço funerário lembraram que havia tido a anistia e que apareceriam
muitos curiosos procurando por pessoas desaparecidas. E pediram que eu não
mostrasse o livro (de óbitos). Era para ele (Mário Covas) estar presente, mas
ele não foi – disse. (...)” O ex-administrador do Cemitério de Perus afirmou
ainda que foi ameaçado de morte após a descoberta da vala e teve de se esconder
no interior do estado de São Paulo, abandonando seus familiares.”
E agora, qual a versão que a Comissão Nacional da Verdade
adotará, a da Erundina ou a do Administrador do Cemitério de Perus?
Fonte: A Verdade Sufocada
Exclusivo: Paulo Roberto Costa começa a revelar nomes dos beneficiários do esquema de corrupção da Petrobras
Sergio Cabral, Roseana Sarney, Eduardo Campos, Renan
Calheiros e Edison Lobão estão entre os citados nos depoimentos do ex-diretor
da Petrobras
Preso em março pela Polícia Federal, sob a acusação de participar
de um mega esquema de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto
Youssef, o ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto
Costa aceitou recentemente os termos de um acordo de delação premiada – e
começou a falar.
No prédio da PF em Curitiba, ele vem sendo interrogado por
delegados e procuradores. Os depoimentos são registrados em vídeo — na metade
da semana passada, já havia pelo menos 42 horas de gravação. Paulo Roberto
acusa uma verdadeira constelação de participar do esquema de corrupção.
Entre eles estão os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo
Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além do ministro de
Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA). Do Senado, Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP,
e Romero Jucá (PMDB-RR), o eterno líder de qualquer governo. Já no grupo de
deputados figuram o petista Cândido Vaccarezza (SP) e João Pizzolatti (SC), um
dos mais ativos integrantes da bancada do PP na casa. O ex-ministro das Cidades
e ex-deputado Mario Negromonte, também do PP, é outro citado por Paulo Roberto
como destinatário da propina. Da lista de três “governadores” citados pelo
ex-diretor, todos os políticos são de estados onde a Petrobras tem grandes
projetos em curso: Sérgio Cabral (PMDB), ex-governador do Rio, Roseana Sarney
(PMDB), atual governadora do Maranhão, e Eduardo Campos (PSB), ex-governador de
Pernambuco e ex-candidato à Presidência da República morto no mês passado em um
acidente aéreo.
Paulo Roberto também esmiúça a lógica que predominava na
assinatura dos contratos bilionários da Petrobras – admitindo, pela primeira
vez, que as empreiteiras contratadas pela companhia tinham, obrigatoriamente,
que contribuir para um caixa paralelo cujo destino final eram partidos e
políticos de diferentes partidos da base aliada do governo.
Sobre o PT, ele afirmou que o operador encarregado de fazer
a ponte com o esquema era o tesoureiro nacional do partido, João Vaccari Neto,
cujo nome já havia aparecido nas investigações como personagem de negócios
suspeitos do doleiro Alberto Youssef.
ExpoDilma: pode isso, Arnaldo?
Recebi de duas fontes distintas a mesma informação e prova:
o PT transformou a Expointer no Rio Grande do Sul em evento partidário. As leis
eleitorais proíbem isso claramente. Vejam os crachás que foram distribuídos
para jornalistas da imprensa:
Pode isso, Arnaldo? Não, não pode! Mas será que Dias Toffoli
vai fazer algo a respeito? Onde está o TSE? Isso é campanha escancarada com
verba pública. Jornalistas deveriam receber crachás isentos. Como pode ter
IMPRENSA estampado ao lado do nome e do número da candidata do PT? Isso é um
absurdo!
Falta mais vigilância e firmeza por parte de nossa oposição
também. Por acaso, no mesmo evento, um grupo de pensadores (do qual faço parte,
apesar de não ser gaúcho) resolveu entregar ao candidato tucano uma carta
cobrando mais veemência no ataque ao aspecto político em jogo nessa eleição. Vejam
a mensagem:
SENADOR AÉCIO NEVES
Somos um grupo de intelectuais, jornalistas e empreendedores
do Rio Grande do Sul que, não possuindo em comum qualquer preferência
partidária, mas valores democrático-constitucionais intransigíveis, apoia com
veemência a sua candidatura em virtude de uma convicção fundamental e grave:
entendemos que é absolutamente necessário interromper a ciclo de poder
monolítico do Partido do Trabalhadores que, claramente, há mais de uma década,
tem ameaçado – e nestes últimos anos do governo Dilma ameaça com maior clareza
e profundidade – a sobrevivência da democracia representativa e constitucional
brasileira.
A firmeza de nosso apoio resulta de que, crendo nos valores
do liberalismo político, estamos convictos de que a próxima eleição
presidencial será muito provavelmente a última oportunidade de interromper o
crescente cerco petista à institucionalidade democrática de direito.
São esses os motivos, ilustre Senador, em virtude dos quais
tomamos a liberdade de afirmar que as últimas pesquisas de intenção de voto têm
demonstrado que, tratando-se a candidatura de Vossa Excelência de uma
candidatura de oposição, representativa também de setores expressivos da
sociedade para os quais valores políticos liberais e conservadores são
inegociáveis, deveria, denunciar o governo Dilma, questionando-o propositiva e
firmemente, sobre os elementos que concernem às
suas medidas mais do que suspeitas, quer quanto à política interna, quer quanto às relações internacionais.
Consideramos que o debate eleitoral atual restringe-se quase
exclusivamente aos aspectos da política econômica e da gestão pública,
relegando-se o debate político e ideológico propriamente dito a um segundo e
inaceitável segundo plano, porque é este o cerne de todo o drama civilizatório.
Neste sentido, também deve ser o discurso em relação à
candidata Marina Silva.
POLÍTICA INTERNA
Quanto à política interna, basta mencionar o recente Decreto
8243 que, certamente redigido pelos ideólogos proto-totalitários que ora ocupam
o Palácio do Planalto e enviado ao Congresso pela Presidente em 23 de maio de
2014, institui a Política Nacional de Participação Social. Sabe Vossa Excelência
que o famigerado decreto submete a atividade de cada uma das instituições
públicas do país ao monitoramento de conselhos populares, sob o controle da
Secretaria Geral do Governo. Lembramos que a arquitetura jurídico-política
deste ato inconstitucional foi identificada pela Revista Veja como um mecanismo
de sovietização da política brasileira.
POLÍTICA EXTERNA
Quanto à política de relações internacionais, basta afirmar
o fato estranho de que ela possui uma direção dual: de um lado o Ministro da
Pasta e o Itamarati, de outro Marco Aurélio Garcia, conhecido comunista,
assessor especial dos governos Lula e Dilma e, nesta condição, fundador e
articulador do Foro de São Paulo, que reúne a elite do proto-comunismo
venezuelano, boliviano, equatoriano e argentino.
Neste sentido, pelo respeito que temos pela história de
Vossa Excelência e pela defesa dos princípios que, sabemos, nos são comuns, é
que nos associamos a todos que esperam, da sua candidatura, que seja portadora
da contundência política indispensável para apear do poder o projeto de
controle petista do Estado brasileiro.
Porto Alegre, 5 de setembro de 2014.
Marina muda estratégia e decide reagir a ataques
A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva,
durante campanha em Porto Alegre (Ivan Pacheco/VEJA.com)
|
Em reunião na noite desta sexta-feira, a candidata do PSB se
mostrou irritada com acusações sobre o pré-sal
A candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina
Silva, decidiu mudar a estratégia e vai responder aos ataques feitos pelos
adversários no programa eleitoral. Na quinta-feira, a ex-senadora afirmou horário eleitoral que não
usaria o pouco tempo do programa para rebater as acusações.
A decisão veio depois da intensificação das críticas ao
programa da ex-senadora, segundo às quais o pré-sal, xodó da presidente Dilma,
foi escanteado. O que mais irritou a candidata foi reportagem publicada pelo
jornal O Dia nesta sexta-feira irritou a presidenciável. O texto afirmava que a
candidata é favorável à divisão dos royalties do petróleo com Estados
não-produtores, tema delicado para o Rio de Janeiro, um dos principais Estados
produtores.
"Tudo o que está sendo dito no Rio de Janeiro nesse
momento é uma onda de boatos e mentiras pelo medo que os nossos adversários têm
dessa forma espontânea como a sociedade brasileira está fazendo de forma cívica
e cidadã a nossa campanha", afirmou.
Nesta semana, a candidata foi alvo de um programa do PT que
a comparava com os ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor de Mello. A
presidente Dilma Rousseff tem repetido em seus discursos que Marina é contra o
pré-sal.
O assunto foi discutido em reunião de conselho político dos
partidos da coligação Unidos pelo Brasil, encabeçada pelo PSB. O encontro,
realizado na noite desta sexta-feira em São Paulo, durou cerca de três horas.
Ao deixar o comitê, Marina foi ao estúdio para gravar o programa ao lado de seu
vice, Beto Albuquerque.
Lula: insolência sem limites
O ex-presidente só vai perceber que bravatas não revogam
decisões judiciais quando tiver que ir visitar seus amigos na cadeia.
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