domingo, 7 de setembro de 2014

PT já faz planos para 2018 – e o plano é Lula


Lula se reúne com caciques do PT para debater erros nas campanhas de Dilma e Padilha
Lula se reúne com caciques do PT para debater erros nas 
campanhas de Dilma e Padilha (Reprodução/YouTube/VEJA)
Caciques do partido se reuniram com o ex-presidente para debater erros das campanhas da presidente-candidata Dilma Rousseff e do ex-ministro Alexandre Padilha, candidato ao governo paulista

O PT reuniu nesta sexta-feira em São Paulo o ex-presidente Lula com caciques do partido para debater erros das campanhas da presidente-candidata Dilma Rousseff e do ex-ministro Alexandre Padilha, candidato ao governo paulista, e conclamar militantes a intensificar a campanha nas ruas. No encontro, em que Dilma não esteve presente, dirigentes falaram abertamente lançar Lula como candidato em 2018.

“É grande a nossa responsabilidade de eleger a Dilma para dar continuidade nesse processo e preparar a volta do Lula em 2018”, disse o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão.

“O caminho mais curto e melhor para o Lula voltar a ser presidente é a Dilma ser reeleita”, disse o presidente do PT estadual, Emídio de Souza, que também cometeu um ato falho. “É evidente que nós tivemos dificuldade com material de campanha no último período. Mas desde ontem e hoje, todas as macrorregiões e cidades estão recebendo panfletos à vontade com os principais pontos do Padilha, recebendo cédula do Lula... Do Lula não, da Dilma e do Suplicy.”

Pela manhã, integrantes do Diretório Nacional redigiram uma resolução com críticas à candidata do PSB, Marina Silva, e pediram ajustes na tática de Dilma, que procurava convencer eleitores “com números” do governo federal. O manifesto diz que “os candidatos da oposição vestem a fantasia da mudança, mas seus programas de governo revelam que a mudança propalada serve mais aos grupos que os apoiam do que àquela desejada pela maioria da população.” O documento também fala em “ajuste conservador” e “retrocesso”.

“Não temos nada contra Marina Silva, temos contra o programa que ela encampou, as ideias que ela passou a defender, embora tenha mudado depois de um tuíte. É um contraste de projetos, não uma disputa de personalidades, um ataque duro àquelas ideias que representam o retrocesso”, disse Falcão. “Esse programa é hostil à classe trabalhadora. O programa do PSB e de seus coligados é um programa de desemprego. Eu não dou cheque em branco para o Banco Itaú.”

Vagner Freitas,  presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), braço sindical do PT, disse que Marina é uma “candidata forjada” e um “engodo nacional”.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), também alfinetou a Marina. Ele disse que o PT sempre dialogou com os grandes bancos, mas que eles nunca mandaram no programa de governo. Haddad repudiou o que classificou como um “ataque ao patrimônio” dos doze anos de governo do PT. Ele falou que “é suportável o ataque à pessoa, à Dilma, ao Lula, ao Padilha, ao Suplicy e a mim”

O diretório do PT estacionou um caminhão lotado de material de campanha – bandeiras, panfletos e adesivos para carro – no estacionamento do Anhembi, local da reunião. Os dirigentes pediram que os parlamentares de todos as cidades promovam atos de campanha semanalmente, ainda que sem a presença de Padilha ou de Dilma. “Não tenham vergonha de usar a estrela do PT. Não aceitem provocação na rua, não tem de abrir a janela do carro para xingar ninguém”, pregou Emídio para combater a onda “anti-petista”.

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