sexta-feira, 2 de maio de 2014

PT oficializa governo paralelo de Lula. Ele será o coordenador da campanha da Dilma.


Em uma tentativa de abafar o movimento "volta, Lula", a presidente Dilma Rousseff avalia convidar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a função de coordenador formal de sua campanha à reeleição. Segundo a Folha apurou com interlocutores da dupla, a ideia tem sido discutida há semanas na coordenação da campanha e é vista como uma forma de atenuar o coro pela substituição da presidente por seu antecessor na eleição de outubro.

Há uma expectativa entre auxiliares do Planalto de que Dilma e Lula conversem hoje antes do encontro nacional do PT, em São Paulo. Eles tratariam, entre outros temas, da proposta, que tem aval de integrantes da coordenação. Antes, estava acertado que o ex-presidente teria papel central na campanha petista, mas não num cargo formal. Com a participação efetiva no grupo, auxiliares de Dilma dizem acreditar que ficará "mais claro" o empenho dele para eleger sua sucessora.

Além disso, a medida representaria um afago aos defensores da volta de Lula. Com o novo posto, ele falaria em nome da presidente tanto nas promessas para um novo mandato como nos acordos com as siglas aliadas, diz um interlocutor palaciano. Hoje, durante a abertura do evento do PT, a dupla vai passar uma imagem de união para a militância da sigla. Dilma deverá ser confirmada como candidata, cabendo à convenção nacional de junho ratificar a decisão tomada.

Nesta semana, parte do PR, partido da base governista com um ministério na Esplanada, anunciou publicamente a preferência por uma candidatura do ex-presidente. O ato motivou declarações de Dilma de que sua relação com Lula é baseada em lealdade, como ocorreu em um jantar com jornalistas esportivos na última segunda. "Nada me separa dele e nada o separa de mim. Sei da lealdade dele [Lula] a mim, e ele da minha lealdade a ele", afirmou a presidente. (Folha de São Paulo)

O vídeo interno do PT não cita Lula, mantém o PSB como possível aliado e é praticamente um apelo em favor de Dilma.

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