domingo, 8 de março de 2015

Blindada pela PGR no Brasil, Dilma será atacada por investidores na ação contra Petrobras em Nova York

 
Por que motivo tão especial, sempre que possível e a coisa fica institucionalmente insustentável, a Procuradoria Geral da República faz questão de blindar o Presidente da República na hora que estouram escândalos de alto potencial destrutivo, como o Mensalão e o Petrolão? Não foi surpresa alguma que Dilma Rousseff fosse poupada na Lista de Janot, apesar de bastante citada pelos delatores premiados da Lava Jato, simplesmente porque fora presidente do Conselho de Administração da Petrobras na época em que ocorreram as grandes falcatruas na petrolífera.

Se aqui dentro é sempre poupada, lá fora pode não ocorrer o mesmo com a Presidenta que nunca foi Presidente. Na próxima sexta-feira, às 14h, a Corte de Justiça de Nova York vai promover uma teleconferência do magistrado Jed Rakoff, que julga o "Petrolão USA", com os reclamantes-líderes do processo movido contra a Petrobras. Já se comenta abertamente entre investidores que o nome de Dilma Rousseff será citado, claramente, como um dos membros gestores da Petrobras cujas decisões ou omissões causaram prejuízos bilionários a quem detinha ações e títulos de dívida da companhia. Nos States, a previsão é que a blindagem de Dilma não funcionará. O fato de ela agora ser uma chefe de Estado nada tem a ver com o que tenha feito no passado como membro de gestão da Petrobras.

Aqui no Brasil, os políticos perderam qualquer moral. É uma mancha vergonhosa para o Senado que os nomes dos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Humberto Costa (PT-PE), Romero Jucá (PMDB-RR), Edison Lobão (PMDB-MA), Fernando Collor (PTB-AL) e Ciro Nogueira (PP-PI) apareçam na lista negra de pedidos de abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no rastilho de pólvora dos processos e delações premiadas da Lava Jato. A listona de 54 políticos, com 28 pedidos de investigação, é a constatação da falência múltipla da classe política no Brasil. Dez por cento do Congresso suspeitos de falcatrua é um percentual nojento.

O escândalo do Petrolão mexe com o humor dos EUA, conforme informou em primeira mão, ontem, este Alerta Total. Não foi à toa que o governo dos Estados Unidos da América intimou brasileiros que têm empresas abertas na Flórida. A determinação é que só vai permitir a continuidade dos negócios se as empresas comprovarem que não fazem negócios, envolvendo corrupção, com o governo federal ou com "estatais" brasileiras. A ordem ameaça até retirar o Green Card (visto permanente) do empreendedor brazuca que não conseguir comprovar, através de documentos, contratos e extratos bancários, que está limpo e puro.


Eis o desastre gerado pela corrupção institucionalizada sobre a imagem dos próprios brasileiros que moram, trabalham e geram renda lá fora... E tudo ficará ainda mais grave, pois o Tio Sam está seguindo o procedimento indicado pelo juiz Sérgio Moro (que aprendeu por lá, aliás): "Sigam a grana"! Os ladrões e o chefe do bando serão logo localizados...

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