Por Aileda de Mattos Oliveira
É indispensável que nos reabasteçamos de oxigênio para a
decisão de despejarmos os antibrasileiros da casa que nunca foi deles: o
Brasil.
Assim, neste mês em que se comemoram os cinquenta e um anos
da Contrarrevolução de 1964, fazer um breve retorno à época civilizada do País,
é uma maneira de nos fortificarmos, ao rever o trabalho de um Presidente que se
voltou, inteiramente, às necessidades de sua gente.
Aqueles que vieram, cheios de “cidadania”, de “diretas”, após
“os anos das trevas”, não deram continuidade à volumosa obra dos governos
militares.
Benditos “anos de chumbo”, benditos “golpistas”, bendita
“ditadura”, que puseram o Brasil em franco desenvolvimento, inclusive, social.
Não ganha jogo quem grita mais alto, mas quem faz o gol.
Médici, o grande presidente castor, fez “golaços” com o seu
projeto PROTERRA. Deteve-se no problema de colonização de regiões com vazios
demográficos, abrindo possibilidades à exploração agroindustrial, e que viria
permitir a migração de contingentes populacionais, como realmente ocorreu, em
Rondônia e Roraima.
Essa ocupação da terra brasileira por brasileiros de várias
regiões tinha o objetivo de fazer “com que o Brasil cresça dentro de seus
próprios limites”, conforme palavras do próprio Presidente. Havia uma certeza
de integração e de unidade nacional. Havia uma certeza de que era bom ser
brasileiro.
Mas, para a consolidação desse trabalho, era imperativo que
obras paralelas fossem postas em execução, e a construção de rodovias era
imprescindível, a fim de facilitar a mobilidade, os deslocamentos desses
contingentes, alguns saídos do Sul e do Sudeste para o extremo Norte.
As obras saltavam do papel e iam se transformando em
realidade, não se limitavam a motes de pronunciamentos irresponsáveis, como os
que transformaram o rio São Francisco, o “Velho Chico” da unidade nacional, num
canteiro de obras, num monte de destroços. Ficaram satisfeitos os sádicos de
esquerda ao destruírem mais uma mítica instituição brasileira.
Médici tinha objetivos sólidos. Ao incrementar a pesquisa no
terreno técnico-científico, visava ao desenvolvimento dos estudos no campo da
genética, da silvicultura e, mais ainda, o aumento da produtividade agrícola,
pelo incentivo à pesquisa referente ao emprego da energia nuclear na
agricultura.
Esses estudos, em nível universitário, puseram em grande
atividade intelectual, docentes e discentes da Escola Superior de Agricultura
“Luís de Queiroz”, em Piracicaba.
Não pensem que o desenvolvimento do solo ficou restrito às
regiões citadas. No Rio Grande do Sul, os gaúchos puseram os instrumentos na
terra, arregaçaram mangas e bombachas, e a produção de soja e de trigo foi uma
beleza de se ver e de se contar.
Porém, concordamos com a esquerda, quando afirma que houve
uma revolução dos militares. É verdade, houve sim, uma grande revolução.
Houve uma revolução no modo de governar, nos programas de
governo destinados às soluções dos problemas nacionais, os agrários, a ocupação
territorial, nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, os exclusivamente
sociais como PIS, PASEP, FGTS. No âmbito da educação superior, CNPq, CAPES eram
os institutos de pesquisas que abriram as portas ao mestrado e ao doutorado.
O crescimento do Brasil, certamente, causaria apreensão aos
países do entorno, já que é mais fácil invejar do que trabalhar para atingir o
mesmo patamar de desenvolvimento. Assim, as visitas que Médici fez ao Paraguai
(hoje, dando lições de democracia ao Brasil) para a inauguração da ponte
internacional sobre o rio Apa, em Bela vista (7/7/1971) e à Colômbia
(7/8/1971), contribuíram para eliminar qualquer possibilidade de inquietação
por parte dos governos dos dois países.
Ao Presidente Misael Pastrana Borrero, da Colômbia,
reafirmou o interesse do Brasil em que todos os seus vizinhos, limítrofes ou
não, fossem “prósperos”, porque, “Longe de nós está, portanto, a ideia de
conquistar, pelo empenho que colocamos em promover o desenvolvimento nacional,
qualquer tipo de hegemonia.” As relações internacionais fundamentavam-se no
respeito mútuo.
Estes são alguns dados do Brasil civilizado, de ontem, pois
as muitas realizações do operoso Presidente estão no livro “Médici, a Verdadeira História”, porém, as aqui citadas, encontram-se registradas, pelo
próprio Presidente nas páginas de sua pequena obra “O povo não está só”.
O doloroso é termos que voltar à realidade deste, hoje,
envergonhado País, ora destruído por uma criatura incapacitada, até mesmo, de
dirigir a própria vida doméstica.
São treze anos de dilapidação do dinheiro público, pelo
governo petista. Médici, o presidente militar, não transformou os bens públicos
em particulares, apenas desenvolveu projetos, tendo em vista o bem comum, o
bem-estar do brasileiro, o desenvolvimento do Brasil.
Conclusão: nada melhor do que uma “ditadura” militar.
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Aileda de Mattos Oliveira é Dr.ª em Língua
Portuguesa. Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa
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