Por Mário Ribeiro*
Os petralhas nunca cedem, não tomam jeito, nem se
envergonham; mesmo condenados, aprisionados e com toda farsa escancarada, não
arredam pé no vale-tudo pela "causa".
A memória dos 50 anos da Revolução, ou Golpe de 1964, trouxe
à baila desatinos reveladores de que, em busca do poder, nossos políticos quase
nunca abriram mão de interesses mesquinhos
Olhar mais atento mostra que mais do que se preocuparem com
reais necessidade da população, gostavam mesmo é de promover golpes, renúncias,
mudanças constitucionais e planos econômicos, sob a balela da busca pela
construção de um novo País, coisas de democracia esculhambada, mas democracia.
Esse estígma acabou permitindo à esquerda chegar ao poder
após insistente e dissimulada campanha durante décadas, sempre em nome da velha
"causa" comunista e de impôr na marra o viés obsessivo de desprezo
aos princípios democráticos.
À frente do processo, um torneiro mecânico sem habilidades
maiores para o trabalho – inclusive sem dedo mínimo, decepado no torno em que
trabalhava – dominou as massas e tornou-se presidente.
Em dois mandatos promoveu a ocupação da
"cumpanheirada" no Poder e, como se nada tivesse com o maior
escândalo da história republicana – o "mensalão" –, conseguiu eleger
a atual presidente, "vendida" como "poste" competente no
processo de perpetuar o partido no poder.
O tempo revelou seu total despreparo para o cargo e
desmedida paixão pela ideologia ultrapassada, marcando sua administração pelo
uso maciço de factóides e a destruição do Plano Real.
No bojo de mais corrupção e roubalheira com saques sem fim
do dinheiro público – cujo símbolo máximo foi a espantosa ocultação de dinheiro
dentro de cuecas em uso – vieram apoios financeiros a ditaduras na África,
injeção maciça de grana na adorada Cuba do deus Fidel, escândalos como no
escritório da presidência em São Paulo comandado por uma tal Rosemary, que
sumiu do mapa sem que nada lhe acontecesse, até culminar com a quase falência
da Petrobras, símbolo da sanha estatizante.
Aí surge a revelação de negócio estranho, com cheiro de
imenso "por fora", na compra de refinaria em Pasadena, o que
escancarou uma série de escândalos em meio à inflação sem freios, tudo somando
para abalar a reeleição da presidente.
Ressalte-se ato do vice-presidente da Câmara dos Deputados,
que antes da descoberta de suas transações com doleiro manjado por tramóias,
desacatou o Presidente do STF com gesto torpe de levantar punho cerrado como é
próprio de psicopatas da esquerda.
Com o caos instalado no governo de sua comandada, o chefe
maior, denominado "Barba" pelo sistema de repressão ao qual prestava
serviços, que supõe-se de alcaguetagem, arregimenta a volta de notórios
"quebra-paus" do partido.
Para mostrar quem de fato manda na bagunça pátria, convoca
falsa imprensa de blogs mantidos à custa de verbas estatais, ameaça censura e
controle aos meios de comunicação, reúne-se com a presidente em hotel em São
Paulo e articula a inviabilização de CPI sobre os escândalos de Pasadena
através de jogada instrumentalizada pelo inominável presidente do Senado.
Assim, faz valer sua marca registrada de tentar impedir
investigações e queda nas pesquisas eleitorais.
É isso aí: os petralhas nunca cedem, não tomam jeito, nem se
envergonham; mesmo condenados, aprisionados e com toda farsa escancarada, não
arredam pé no vale-tudo pela "causa".
Não é demais supor consequências nada agradáveis em futuro
próximo de um País dominado por graves manifestações de psicopatia, corrupção
vergonhosa e escárnio contra todos.
Fonte: Mídia Sem Máscara
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*Mário Ribeiro é jornalista e publicitário.- Publicado no
Diário do Comércio.
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