Por ucho.info
Fora do tom – Dilma Rousseff insiste em dizer que a economia
está sob controle, mas o pandeiro do cotidiano toca em ritmo diferente do que
consta na mentirosa partitura palaciana. Isso porque contra fatos não há
argumentos, principalmente quando em cena estão números de uma economia que
continua a cambalear.
Como faz semanalmente, nesta segunda-feira (5) o Banco
Central trouxe as expectativas do mercado financeiro acerca da economia
nacional. De acordo com o Boletim Focus, que sempre ouve os economistas das cem
maiores instituições financeiras em atividade no País, o crescimento do PIB em
2014 foi revisado para baixo, alcançando a desanimadora marca de 1,63%, contra
1,65% da previsão anterior. Para 2015, a previsão de avanço do Produto Interno
Bruto recuou de 2% ara 1,91%.
A situação torna-se ainda mais preocupante quando analisadas
as previsões de crescimento da produção industrial, que para este ano recuou de
1,4% para 1,21%, sendo que para 2015 o índice manteve-se em 2,65%. Ou seja, o
horizonte verde-louro aponta para seguidas turbulências na economia.
Para os economistas dos bancos e financeiras, a expectativa
de inflação para este ano continuou permaneceu em 6,5%, no teto do sistema de
metas de inflação. Os analistas consultados pelo BC creem que o Comitê de
Política Monetária (Copom) não decidirá por nova alta da taxa básica de juro
(Selic) na reunião marcada para o final deste mês. Atualmente a Selic está em 11%
ao ano, mas para o consumidor as taxas praticadas pelos bancos são muito
maiores. Os especialistas também mantiveram a expectativa em relação ao Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2015, que na semana anterior
alcançou 6%.
Ao contrário do que afirma a presidente Dilma, a economia
brasileira está fora de controle e já começa a interferir no projeto de
reeleição da presidente, que na última sexta-feira (2) foi confirmada como
pré-candidata do PT para mais uma temporada no Palácio do Planalto. O impacto
maior do descompasso que marca a política econômica do governo acontece nos
preços de produtos e serviços, em especial nos gêneros alimentícios. Os preços
dispararam por diversos fatores, mas principalmente pela baixa confiança do
empresariado no futuro. Por conta dessa conjuntura nada agradável, a inflação
real já deixou para trás o patamar de 20% ao ano. O que tem o obrigado a
extensa maioria da população a mudar os hábitos de consumo.
Apesar do cenário, o governo não desiste da teoria míope de
resolver a crise por meio do consumismo, quando na verdade deveria fazer jus
aos impostos que cobra de maneira aviltante, sem dar a devida contrapartida ao
contribuinte, investindo em infraestrutura, não sem antes rever a equivocada
política econômica que levou o País à vala das dificuldades. Enfim…
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