Por ucho.info
Pau mandado – Sob a lufada do comunismo criminoso que sopra
na América Latina, leis e decisões judiciais parecem inexistir. Assim agem os
bandoleiros que se agarram às teorias esdrúxulas e obtusas do comunismo
planetário. A maior vitrine, mas ainda não a principal, dessa avalanche utópica
é o Brasil, que ainda é, pelo menos em tese, uma democracia.
Na noite de quarta-feira (4), o presidente do Sindicato dos
Metroviários de São Paulo, Altino de Melo Prazeres, decidiu que o metrô paulistano
não funcionará por temo indeterminado, a partir desta quinta-feira,
prejudicando milhões de pessoas que dependem do transporte público para se
movimentar na maior cidade brasileira. A esse sindicalista radical pouco
importa o direito constitucional de ir e vir do cidadão, assim como nada vale a
decisão da Justiça, que determinou que nos horários de pico (das 6h às 9h e das
16h às 19h) toda a frota do metrô esteja em funcionamento, enquanto no restante
do dia pelo menos 70% dos trens devem estar circulando. A multa diária pelo
descumprimento da decisão judicial está fixada em R$ 100 mil, montante que
jamais será pago.
Altino de Melo Prazeres é filiado ao Partido Socialista dos
Trabalhadores Unificado, o extremista PSTU, o que por si só explica a sua
decisão arbitrária. As legendas mais à esquerda do Partido dos Trabalhadores
funcionam como satélites na órbita do projeto totalitarista que está em marcha
desde a chegada de Lula ao Palácio do Planalto. Apesar de discordarem de
algumas decisões mornas dos petistas, esses partidos adeptos do radicalismo
gauche agem não apenas para disseminar a ideologia burra do comunismo, mas,
sim, para barganhar cargos com companheiros de esquerda que se instalam no
poder.
Como três dúzias de partidos, o Brasil assistiu ao longo dos
anos a transformação das legendas em centros de proxenetismo político. Até
porque, não há no universo tantas correntes ideológicas que justifiquem a
criação de um número absurdo de partidos políticos. Isso explica de forma clara
a existência dos chamados partidos de aluguel, que sobrevivem do fundo
partidário e da venda de apoio e de míseros segundos de televisão às legendas
maiores e de expressão nacional.
Quando começaram a sinalizar com a possibilidade de
paralisação, os metroviários apresentaram à direção do Metrô um pleito de
reajuste salarial superior a 30%. Constatado o absurdo, o presidente do
sindicato da categoria decidiu reduzir a pedida para 16,5%, número menor, porém
utópico diante da realidade econômica do País. A Companhia do Metropolitano
ofereceu aumento salarial de 7,8%, além do reajuste do valor do
vale-alimentação e do vale-refeição. Ao todo, inclusa a majoração dos
benefícios, a proposta do Metrô chegou a 13,3%.
Pressionada e tentando evitar a instalação do caos na
capital paulista e adjacências, o Metrô melhorou a proposta no limite da
própria capacidade financeira e ofereceu reajuste salarial de 8,7%. Altino
Prazeres, que representou os trabalhadores durante as negociações, não aceitou
e disse que o aumento deveria ser de pelo menos dois dígitos. Ou seja, a greve
seria evitada se o aumento fosse de 10%, índice reajuste concedido aos
motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo. Acontece que a
proposta do Metrô é superior à inflação acumulada desde o último reajuste:
5,8%.
Depois de uma reunião sem acordo, entre metroviários e
representantes do Metrô, realizada na manhã de quarta-feira no Tribunal
Regional do Trabalho (TRT-SP), Altino Prazeres tentou justificar a
intransigência da categoria e disse que os preços dos alimentos dispararam e
que a inflação está muito acima do reajuste pleiteado. Ora, o controle da
inflação não é de responsabilidade do governo de São Paulo, mas dos
incompetentes que se instalaram no Palácio do Planalto e que a cada semana
surgem com uma novidade para enganar a opinião pública acerca da economia
nacional, cada vez mais cambaleante.
Quem conhece os bastidores da política sabe como funcionam a
decretação e a suspensão de uma greve de trabalhadores. Esse movimento
misterioso explica, na maioria das vezes, vale muito e obrigatoriamente passa
pela vala dos interesses eleitorais de algumas legendas. O PT, que apesar de
sua existência direitista lidera a esquerda verde-loura, se faz de indignado
com a paralisação do Metrô, mas nos bastidores está a esfregar as mãos, pois os
companheiros de comunismo cumpriram o combinado.
O objetivo maior da paralisação, que desde o inicio das
negociações já estava decidida, não é o aumento salarial da categoria, mas a
criação de um caos que consiga de alguma forma atrapalhar o projeto de
reeleição do governador Geraldo Alckmin, que não concordou com a proposta dos
metroviários de trocar a greve pela liberação das catracas. Em outras palavras,
os metroviários não estão preocupados com o reajuste dos salários, assim como
não souberam definir um percentual justo de aumento. Querem apenas ajudar na
instalação do caos, porque mais adiante algum esquerdista que se instalar no
poder dará a compensação necessária.
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