O governo FHC fez muito mais pela produção de petróleo do
que Lula e Dilma juntos. O problema é que os tucanos se encolheram na defesa do
ex-presidente. Agora é a oportunidade para reescrever uma história de mentiras
escritas pela máquina de assassinar reputações do PT. Clique aqui e compartilhe
a figura acima no facebook.
Diante da determinação do Supremo Tribunal Federal para que
o Congresso abra a CPI da Petrobrás, governo e oposição já começaram a preparar
seus ataques. Do lado da base aliada, o objetivo é conseguir trazer problemas
da gestão Fernando Henrique Cardoso para o debate, enquanto os oposicionistas
querem centrar fogo nas disputas internas entre os grupos da presidente Dilma
Rousseff e do seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva.
O discurso governista de que a oposição tem como interesse
real a privatização da Petrobrás será permeado a ataques pontuais à gestão
tucana. Além de martelar a tentativa de troca do nome para Petrobrax - projeto
de 2000 que acabou enterrado após gerar polêmica -, os aliados do Planalto
querem incluir na pauta da investigação o afundamento da maior plataforma
petrolífera do mundo, a P-36, ocorrida em março de 2001.
Os governistas pretendem ainda explorar a negociação da
estatal para a compra de ativos da espanhola Repsol na Argentina em troca de
uma participação na Refinaria Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul, em
episódio também de 2001.
A oposição, por sua vez, aposta que as disputas internas da
companhia darão combustível para a investigação focar nos negócios suspeitos da
gestão petista. Aliados dos pré-candidatos ao Planalto Aécio Neves (PSDB) e
Eduardo Campos (PSB) já têm lotes de requerimentos prontos e atacarão
inicialmente o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli, o ex-diretor
internacional Nestor Cerveró e o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto
Costa, que está preso desde o mês passado pela Operação Lava Jato da Polícia
Federal.
A CPI passou a ser defendida pela oposição após o Estado
revelar o voto favorável de Dilma na operação de compra da refinaria de
Pasadena, que trouxe um prejuízo de US$ 530 milhões já reconhecido pela
Petrobrás. Dilma argumentou que tal decisão foi tomada com base em um resumo
executivo "técnica e juridicamente falho" e com "informações
incompletas". Gabrielli era o presidente da companhia na época do negócio;
Cerveró, o responsável pelo parecer; e Paulo Roberto, o representante da
estatal em um conselho de acionistas com a sócia belga Astra Oil. A oposição
vai requerer quebras de sigilo também do doleiro Alberto Youssef, preso na Lava
Jato e apontado como responsável por lavar recursos de negócios suspeitos na
estatal.
Líderes da oposição na Câmara se reunirão nesta manhã para
definir a estratégia para a investigação sobre a Petrobrás. Eles solicitaram
audiência com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para cobrar
dele a instalação da CPI mista - com a participação de senadores e deputados.
Renan deve anunciar hoje uma decisão sobre a instalação da
CPI. Seus colegas de PMDB o pressionam para que não recorra a fim de tentar
reverter a decisão do Supremo de mandar instalar já a investigação parlamentar.
(Estadão)
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