Com o perdão da expressão, viu, leitores?, mas os idiotas me
enchem de preguiça, embora eu jamais me recuse a combatê-los. Pronto! Na boa,
acertei mais uma! Eu costumo desvendar crimes recorrendo à lógica elementar. Eu
costumo desvendar crimes jogando no lixo as teorias conspiratórias. Eu costumo
desvendar crimes prestando pouca atenção ao que noticia boa parte da imprensa —
em especial quando a questão resvala na ideologia.
Não! O coronel Paulo Malhães, o torturador, não foi morto
pela extrema-direita.
Não! O coronel Paulo Malhães não foi morto por
ex-torturadores que tenham decidido se vingar dele.
Não! O coronel Paulo Malhães não é personagem das fantasias
esquerdopotas e oligofrênicas — pesquisar no dicionário se for o caso — de
gente que gosta de sentar em cima das evidências, noticiando delírios. Um
rematado imbecil chegou a dizer que esse assassinato era parte da reorganização
das forças de direita no país. Bando de vigaristas!
Já há confissão. O caseiro participou da gangue que invadiu
o sítio — era o homem encapuzado. Tudo não passou de uma tentativa de roubar
armas. No primeiro dia, escrevi neste blog o seguinte:
TRECHO TEXTO CORONEL
Quanto mais aumentava a histeria dos oligofrênicos, mais
aumentava a minha convicção de que se tratava de crime comum. No dia 26,
escrevi um post com este título:
Em outros textos, perguntei qual era a hipótese da turma.
Será que ex-torturadores na faixa dos 80 anos (os mais jovens, ainda
sobreviventes) teriam feito um comando homicida? Para proteger quem? Era uma
hipótese ridícula, veiculada por gente ridícula. Mas a imprensa não aprende.
Mistificações em penca estão em curso, por exemplo, no caso do bailarino
Douglas Rafael. No post a que me refiro, considerei aqui:
O episódio emblemático do momento em que a imprensa decide
se comportar como manada, sem pensar, se deu em fevereiro de 2009, quando a
brasileira Paula Oliveira afirmou ter sido vítima de neonazistas da Suíça, que
teriam desenhado com estilete em seu corpo a sigla de um partido de
extrema-direita. Olhei as fotografias. Os desenhos eram regulares, feitos em
alguém que estivesse imóvel. Uma das letras estava espelhada. Perguntei se
aquilo era possível no escuro, com alguns brutamontes constrangendo a vítima. E
aventei a possibilidade de que a história fosse falsa; de que Paula houvesse
infligido os ferimentos em si mesma — ou, ao menos, aceitado que alguém o
fizesse.
A imprensa ficou histérica. O Itamaraty acusou racismo. Os
nacionalistas quase mandaram a Expedição Policarpo Quaresma invadir a Suíça. E
eu apanhando dos idiotas porque não seria “brasileirista” o bastante…
A história era falsa.
Paula havia feito os ferimentos em si mesma.
Não tinha havido ataque nenhum!
Nenhum comentário:
Postar um comentário