quarta-feira, 2 de abril de 2014

A quem interessar possa

Por Osmar José de Barros Ribeiro
Maringá, 31 de março de 1964

A leitura do O Diário do Norte do Paraná (edição de 30 de março do corrente ano), na parte referente ao Movimento Cívico-Militar de 31 de Março de 1964 serviu, quanto mais não seja, para mostrar o quanto as idéias “politicamente corretas” invadiram e dominaram a esmagadora maioria das redações brasileiras. Assim, procurarei ser breve nas minhas observações, mesmo sabendo que, muito provavelmente, elas não serão consideradas.

Começo afirmando que “milhares de mortos e desaparecidos”, mostra o total desconhecimento da História e a aplicação do que se costuma chamar de “generalização brilhante”, demonstração óbvia do aproveitamento dos ensinos de Antônio Gramsci. O terrorismo comunista fez 119 mortos, dos quais nada se fala e nenhuma indenização receberam pois, ao fim e ao cabo, para a esquerda ora no poder, são mortos de 2ª Classe. Os terroristas tiveram 219 mortos (segundo o grupo Tortura Nunca Mais, são 358, entre mortos e “desaparecidos” – entre aspas, considerando que já aconteceram aparecimentos”).

Salta aos olhos que os milhares de mortos e desaparecidos é uma grande mentira.

Quanto à professora Ruth Ribeiro de Lima, limito-me a ligeira apreciação. Comunista desde jovem, deixou o emprego na Prefeitura de Maringá em 1966 (dois anos após 1964), dirigindo-se para Curitiba, provavelmente por ordem do Partido, onde conheceu Elinor Mendes de Brito (um dos líderes do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário-PCBR, banido para o Chile em 1971), que tomava parte ativa no planejamento e direção das manifestações de rua. A professora retornou a Maringá em 1967, com a incumbência de organizar o PCBR local. Em 1969, foi-lhe recomendado que saísse da cidade, dirigindo-se para Londrina. Alí, teria ficado 1 ano e meio escondida numa fazenda (como, se em 1970 foi mandada para Niterói/RJ, onde falsificava placas de automóveis e tomava parte no planejamento de ações, as quais não revela?). Em Niterói, teria conhecido Carlos Lamarca (desertor do Exército, ladrão, sequestrador e assassino a sangue frio) que lhe teria ensinado táticas de guerrilha (onde e quando ela as teria aplicado?) e a atirar (cumpre salientar que Lamarca foi um cadete medíocre, dos últimos colocados na sua turma de formação e nunca se destacou como atirador). A importância política da professora devia ser tanta que, sem ser processada, foi posta em liberdade em 1972 (ela não diz o ano no qual foi presa). Voltou a Maringá em 1974 (o que terá feito nesses dois anos?). Formou-se em Economia e, professora na UEM, lecionou Teoria Marxista até 2006.

Quanto ao advogado Laércio Souto Maior, como militante do PCBR, defendia a luta armada e ficou preso por nove meses em Curitiba; pelo menos alega apenas “tortura psicológica”, grosso modo o mesmo acontecido com José Tarcísio Trindade, preso por três meses em Apucarana, o qual ouvia as vítimas da tortura “urrando”. Curioso é que esses dois não tiveram que “urrar”.

São histórias como as acima, apresentadas como provas da selvageria dos “torturadores”, que todos os subversivos presos apresentam. Uns, para justificar perante os companheiros terem confessado; outros, para se darem ares de mártires. Quanto a estes últimos, encontram seu exemplo no mensaleiro José Genoíno que, confrontado com provas da mentira com a qual pretendia iludir seus captores, sem levar um único tapa, revelou todo o esquema da guerrilha do Araguaia.

Para terminar, aconselho que a redação do O Diário adquira o livro “A Verdade Sufocada – A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça”, cujo autor é o Cel Art (Ref) Carlos Alberto Brilhante Ustra. Da sua leitura, em linguagem simples e acessível, ter-se-á a prova de que a esquerda vem, ao longo do tempo e, infelizmente, sem contestação por quem deveria fazê-lo, reescrevendo um período da nossa História e transformando bandidos em heróis, enriquecidos e sustentados com o suado dinheiro dos nossos impostos. Gente que pegou em armas, assaltou, sequestrou, assassinou (inclusive companheiros), com o objetivo de implantar o comunismo no Brasil. Querem a prova? Procurem, em qualquer documento elaborado à época pelos atuais governantes, a declaração de que buscavam implantar entre nós a democracia e não a ditadura do proletariado.


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