Por Paulo Roberto Gotaç
Quando a Presidente Dilma, vestida de candidata, reafirma, como o fez em recente entrevista na televisão, desastrosa por sinal, sua posição de ampliar a classe média, várias questões podem surgir.
Uma delas é se seu discurso tem como objetivo alargar o
escopo da mesma camada social que a Sra.
Marilena Chauí, uma das fundadoras do PT, odeia, conforme explicitamente
declarado em palestra na qual estava presente o ex-presidente Lula que apoiou
tal posicionamento, ao sorrir, quando a perturbada socióloga, jorrou a
histriônica erupção .
Se é, trata-se de uma inconsistência de base.
Se, por outro lado, Dilma, ao se pronunciar sobre a
questão visava a focalizar o aumento da
parcela da população que, segundo os estandartes do seu partido, foi incluída
na classe acima pelos 12 anos de governo, mediante os programas demagógicos de
incentivo ao consumo, cujas consequências estão levando hoje boa parte dos
atraídos a um estado endêmico de endividamento, aperto de crédito e queda na
produção industrial, com aumento de estoques e ameaça de desemprego, então é
provável que o tiro saia pela culatra.
Pode ser também que, ao declarar seu repentino amor pela
odiada classe, tenha como propósito empobrecer as camadas superiores,
rebaixando-as a um patamar inferior, com o consequente desestímulo a novos
investimentos, fazendo o país deslizar para situações de ansiedade da economia
semelhantes às atualmente vividas pelo bolivarianos Venezuela e Argentina.
Vê-se assim que ficou faltando na entrevista um importante
elemento de qualificação a respeito das verdadeiras intenções da candidata,
fato característico da atuação do PT, ao longo de seus doze cansativos anos de
poder.
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Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.
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