Por Políbio Braga
CLIQUE AQUI para ler acusação de Marcos Valério ao MPF. O
operador do Mensalão disse ter pago R$ 6 milhões ao empresário de ônibus Ronan
Maria Pinto para que ele parasse de chantagear Lula. O contrato encontrato esta
semana pela PF, comprova que Valério falou a verdade.
O jornal “O Estado de S. Paulo” deste sábado informa que
agentes localizaram esta semana um contrato de empréstimo, no valor de R$ 6
milhões, entre a 2 S Participações Ltda, de Marcos Valério, o operador da
quadrilha petista do Mensalão, e a Expresso Nova Santo André, de Ronan Maria
Pinto, o empresário de ônibus de Santo André acusado de ter ajudado a mandar
matar o ex-prefeito Celso Daniel. O contrato estava com a contadora do doleiro
Alberto Youssef, sócio oculto do ex-diretor da Petrobrás, Paulo Costa, o
Paulinho, amigo pessoal de Lula, preso no Paraná e neste momento fazendo
delação premiada.
. Os R$ 6 milhões são valor exato do total que Marcos
Valério pagou a Ronan para cobrir chantagem que ele vinha fazendo contra Lula,
ameaçando contar o que sabe sobre o assassinato de Celso Daniel.
. O contrato foi assinado em outubro de 2004 e com as
inscrições “Enivaldo” e “confidencial” feitas a mão. Enivaldo, supostamente,
seria Enivaldo Quadrado, que trabalhava para o doleiro Alberto Youssef.
Em dezembro de 2012,
Ronan Maria Pinto disse jamais ter se encontrado com Marcos Valério e que não
conhecia pessoalmente o operador do esquema do mensalão, em resposta ao
depoimento dado por Valério ao Ministério Público Federal na época. Na ocasião,
ele afirmou que o PT lhe pediu R$ 6 milhões para que Ronan parasse de
chantagear o ex-presidente Lula, o então chefe de gabinete da Presidência,
Gilberto Carvalho, e o ex-ministro José Dirceu. As chantagens teriam relação com
a morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado em janeiro de
2002. (O Globo)
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