Por Gen Bda Paulo Chagas
Como determina o princípio da unidade de comando, a boa
prática da liderança e o respeito à precisão dos relatos, das declarações e dos
documentos de origem militar, o comandante do Exército, General Enzo Martins
Peri, muito acertadamente, tomou a si qualquer resposta às demandas das
“comissões da versão”, espalhadas pelo Brasil.
Qualquer solicitação sobre qualquer assunto deve ser
respondida pelo Comandante, impondo, assim, às respostas a precisão, o respaldo
e o crivo de ser a palavra do Exército!
O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ), por
desconhecimento desta prática militar, pretende pedir à Procuradoria Geral da
República que ingresse com representação contra o Comandante. Lamentável atropelo
que põe em dúvida a isenção jurisdicional daquela importante instituição do
Estado, essencial à defesa do regime democrático e dos interesses dos cidadãos.
O Hospital Central do Exército (HCE), ao negar ao MPF-RJ o
prontuário médico do engenheiro Raul Amaro Nin Ferreira, que morreu enquanto
estava baixado e sendo atendido por aquela Organização Militar de Saúde, em
agosto de 1971, cumpre com um compromisso fundamental da instituição militar
que, ao contrário de outras, não deixa dúvidas quanto à sua estrutura,
necessariamente, hierarquizada e responsável.
O Ministério Público, em lamentável atitude quixotesca,
certamente por ignorar as regras de procedimento do estamento militar
organizado, está tomando medidas desnecessárias visando a remover obstáculos
imaginários às investigações.
A busca obstinada por este tipo de informações e o frisson
artificial que a acompanha tem dois objetivos principais, quais sejam, a vã
tentativa de validar o invalidável, inócuo, inútil e caríssimo relatório da
“comissão nacional da versão” e a desconstrução da imagem positiva das Forças
Armadas, último e definitivo recurso da Nação em seus momentos de apreensão,
inquietude e angústia como os que antecedem as eleições de outubro e que não
deixam dúvidas quanto às ameaças do seu depois, seja qual for a decisão das
urnas.
Fossem as comissões e suas investigações voltadas para a
CONCILIAÇÃO nacional e não para a VERSÃO facciosa dos fatos, haveria a
confiança necessária e suficiente para que se construísse um verdadeiro
anteparo histórico à repetição dos equívocos que, meio século depois, com os
mesmos personagens, voltam a ameaçar a harmonia institucional.
Sempre há tempo para aprender e reconsiderar...
Fonte: A Verdade Sufocada
Nenhum comentário:
Postar um comentário