O Brasil é a república da impunidade? Pior que isto: é a
terra do rigor seletivo. Aos inimigos do Estado Capimunista aplica-se duramente
lei penal. Puxa cadeia quem não tem poder nem dinheiro. O País já tem a
terceira maior população carcerária do mundo: 711.463 presos em condições medievais
de dignidade humana. A conta inclui 147.937 pessoas na eufemística “prisão
domiciliar”. São números de junho, tabulados pelo Conselho Nacional de Justiça.
Vide relatório.
O quadro fica mais apavorante porque o sistema prisional tem
um déficit de 354 mil vagas. Se fossem cumpridos os 373.991 mandados de prisão
em vigor, teríamos mais de 1 milhão de encarcerados em uma nação com uma
população absoluta de quase 200 milhões de habitantes. Não há dinheiro
suficiente para construir penitenciárias. O custo médio de uma casa de detenção
para 500 presos chega a R$ 30 milhões. A conta nunca vai fechar na abertura de
novas vagas nas masmorras.
As penitenciárias existentes, em sua maioria, são “escolas
do crime”. Os “reeducandos” sofrem violências, tortura psicológica e
desrespeito total aos mais elementares direitos humanos. Postos em liberdade ou
fugitivos, geralmente subjugados por facções criminosas, eles se transformam em
ameaça real à sociedade. Curiosamente, no Brasil, quem deveria estar preso fica
solto, numa boa. Cadeia é para pé de chinelo. Os poderosos chefões vivem acima
da lei e da ordem.
A questão é mais de hegemonia que de poderio econômico.
Enquanto o crime se organiza cada vez mais, gerencial, tecnológica e
financeiramente falando, aumenta a sensação social de insegurança, impunidade e
injustiça. Aí mergulhamos no lodaçal podre da maior tragédia brasileira: a
falta de vontade política, competência e capacidade para aplicar, corretamente,
conceitos, recursos e soluções para os mais elementares problemas.
A cada dois anos, quando temos eleições, a questão da
segurança pública é sempre apontada como grande preocupação. A queixa vem junto
com a falta de saúde, de educação, de emprego e de infraestrutura. Também a
acompanha a carestia, a inflação, a alta carga tributária, a desonestidade dos
políticos e por aí vai... Os problemas nacionais estão mais que identificados
há séculos. No entanto, insistimos em não resolvê-los. Por masoquismo, burrice,
incompetência - ou seja lá por qual motivo mais ou menos votado.
A Segurança Pública foi o tema central de um congresso
promovido pela Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, na quinta e
sexta-feira passada, por iniciativa do Grão Mestre Ronaldo Fernandes.
Assustadoras foram as principais constatações do encontro, cujo conteúdo das
palestras, após um debate e filtragem, servirá de base para a formulação de uma
proposta de plano de ação social. Embora nossa Constituição Federal cuide do
assunto em seu artigo 144, há 26 anos nossos congressistas ainda não cumpriram
o dever de regulamentar o parágrafo 7º. Sem definir um Sistema de Defesa
Social, contendo uma visão ampla de segurança e ordem públicas, o Brasil
continuará sendo o País do crime, da violência e da impunidade.
Não adianta um modelo repressivo de produtividade crescente,
como já acontece hoje, com resultados policiais positivos, se os números e a
sensação real de violência continuam crescendo, gerando todo tipo de prejuízo
para a sociedade. Como de costume, a segurança pública será o tema principal da
pirotecnia verbal de candidatos ao executivo e legislativo em outubro.
Novamente, é alto o risco do discurso demagógico não se transformar em efetiva
ação para a implantação de uma Política Nacional de Segurança Pública.
Enquanto isso, assistimos ao espetáculo dantesco da
população ser afetada e desafiada pela governança do crime organizado. Ainda
não refeitos do escândalo do Mensalão, julgado com algum rigor pelo Supremo
Tribunal Federal, mas com reeducandos condenados já desfrutando a liberdade que
sempre tiveram para fazer o que quisessem, temos, agora, os desdobramentos da
Operação Lava Jato – que fazem o Mensalão parecer roubo da galinha da
vizinha.,,
Só um imbecil não enxerga que a Petrobras – maior
transnacional brasileira – foi usada pelo maior esquema de lavagem de dinheiro
nunca antes visto na História do Brasil. Só uma besta quadrada pode supor que o
doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo
Roberto Costa, agiram por conta própria, sem nenhum comando acima deles, na
lavagem estimada, inicialmente, em R$ 10 bilhões – número que deverá aumentar,
muito, se as investigações tomarem o rumo desejado pelo Ministério Público
Federal e pelo juiz Sérgio Fernando Moro – que atuou no escândalo do Banestado
(milagrosamente abafado em seus efeitos, para não gerar maiores estragos
políticos).
Agora, o Banco Central do Brasil revelou que Paulo Costa
controlava 1.832 contas correntes da Petrobras, entre maio de 2004 e abril de
2012. Mais de 90% das contas correntes
(1.726) geridas por Costa são do Banco do Brasil. Centenas delas só tiveram o
vínculo retirado no sistema do BC no dia da deflagração da Operação Lava-Jato
da Polícia Federal, em 17 de março deste ano. O mesmo ocorreu nos bancos BNP Paribas
e Santander.
Tal fato chama atenção para outro absurdo já denunciado
fartamente por investidores da Petrobras. Costa e Youssef podem ter tido
ingerência sobre os fundos BB Millenium 6, Marte e Vênus. Suspeita-se que R$ 7
bilhões tenham virado pó nestas operações financeiras sob suspeita e alvos de
inquéritos estranhamente arquivados pela Comissão de Valores Mobiliários. Paulo
Roberto Costa foi preso por tentativa de destruição de provas...
Acontece que as provas aparecem do nada. Agora, Veja revelou
o conteúdo bombástico dos depoimentos da contadora Meire Bonfim Poza, que
trabalhava para o doleiro Youssef. Meire demonstrou à PF o envolvimento de
políticos do PT, PMDB e PP com os esquemas de Youssef (e, por extensão, Paulo
Costa), principalmente nos negócios com a Petrobras. Meire também garantiu que
havia um fluxo constante de entrada e retirada de dinheiro, em pelo menos três
empreiteiras: OAS, Camargo Correa e Mendes Júnior. Segundo a testemunha, “o
dinheiro que entrava nesse esquema de pedágio era uma coisa que não dava para
controlar. Eram malas e malas de dinheiro".
Em resumo: no embalo da lição do Mensalão, e depois do
legado da Operação Lava Jato, independentemente do resultado eleitoral de
outubro-novembro, o corrupto regime capimunista do Brasil precisará ser passado
a limpo. Youssef e Paulo Roberto não são os pais da sacanagem na Petrobras e
adjacências.
O Pai, o Filho e as contas lá fora, no Espírito Santo, se
forem investigadas, renderão muitas prisões. O problema é faltar vaga para o
pagamento da penitencia... Mas, pelo menos, a maioria dos brasileiros demonstra
que cansou de dizer amém para a tanta corrupção...
Wikipediagate
Gerenciadora da segurança de tráfego de dados oficial do
governo federal, a Telefônica-Vivo garante enviou um comunicado reservado à
Presidência da República para deixar “claro” (sem trocadilho) um fato objetivo:
“Não há probabilidade de invasão no sistema do Palácio do
Planalto, criptografado com várias senhas, depois dos problemas de segurança
que tivemos no ano de 2012-2013” (por causa do problema da espionagem da NSA,
denunciado por Edward Snowden).
Quem usou o IP 200.181.15.10 para alterar a Wikipédia dos
jornalistas Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg é de dentro da
Presidência da República.
Não houve invasão de sistema e nem foi um visitante que fez
login e usou algum computador lá de dentro, sem permissão.
Ou seja, Dilma Rousseff, Gilberto Carvalho, General José
Elito, Aloísio Mercadante e Thomas Traumann têm o dever legal de revelar
publicamente o nome de quem cometeu o cibercrime, denunciando-o à Polícia
Federal, para que seja aberto um inquérito, para futuro processo pelo
Ministério Público Federal, com condenação provável pela Justiça Federal.
Tem culpa Dilma?
Uma coisa é indiscutível: tem muito poder, mas muito poder
mesmo, quem usou a rede do Palácio do Planalto para fazer a petralhagem contra
os jornalistas das Organizações Globo. A sacanagem feita está gravada e fica
registrada por seis meses.
Quem fez a sacanagem precisa ser seu nome revelado.
O risco é o denunciado revelar que agiu cumprindo ordens
superiores...
Aí o Boi, a Vaca, o Veado e outros bichos menos votados
devem ir para o brejo...
Alguns até com grandes chances de enjaulamento...
Conversão?
Vai embarcar ou não?
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