A oposição comemorou o resultado da mais recente pesquisa
Datafolha de intenção de votos, na qual a presidente Dilma Rousseff aparece com
deficit de seis pontos em comparação à enquete anterior. O líder do PSB na
Câmara, Beto Albuquerque (RS), afirmou que, segundo as pesquisas, a cada dia a
presidente está perdendo confiança e credibilidade. Para ele, a melhor notícia
é o aumento do percentual de entrevistados que manifestaram desejo de mudança:
o índice saltou de 63% para 72%.
- Os pontos que a Dilma perdeu migraram para aqueles que
querem mudança. A Dilma só não cai mais porque o Aécio Neves (PSDB) e o Eduardo
Campos (PSB) ainda não são tão conhecidos quanto ela. A vida dela está ficando
dura e difícil - analisou.
O tesoureiro do PSDB na Câmara, deputado Rodrigo de Castro
(MG), afirmou que a pesquisa mostra a consciência do brasileiro em relação aos
"descuidos" do PT e da má gestão do governo Dilma e procura um
caminho novo.
- Cabe a nós, da oposição, apresentarmos essa possibilidade
de mudança ao povo brasileiro. Estamos confiantes no trabalho do senador Aécio
Neves e sua capacidade de mostrar que o Brasil pode mudar para melhor - disse o
parlamentar tucano.
Segundo o líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho
(PE), embora o Datafolha não aponte aumento no desempenho de candidatos da
oposição, gradativamente isso acabará acontecendo.
- Quem acompanha pesquisa de opinião sabe que esse processo
é assim mesmo, não é uma migração automática dos votos. A oposição vai ganhar
(as eleições). Todo processo de migração de votos ocorre dessa maneira:
primeiro tem a perda de votos, depois a migração para as alternativas. Isso vai
acontecer também com ela (Dilma). Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB)
tendem a absorver esses votos - analisou Mendonça Filho.
Na avaliação do deputado, o mais importante da pesquisa é
constatar a perda de popularidade da presidente. - Ela está num processo de
desgaste acentuado, devido ao mau governo que ela está fazendo. Tem uma
situação econômica muito ruim, de estagnação econômica e inflação elevada.
Também tem uma fortíssima cobrança por serviços públicos, que redundaram nos
protestos do ano passado. Não houve resposta do governo, pelo contrário: a
educação, a saúde, a segurança pública, os transportes, tudo isso vai muito mal
- declarou. (O Globo)
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