sexta-feira, 11 de abril de 2014

Para evitar "queima de arquivo", PF quer transferir doleiro do PT e da Petrobras para presídio de segurança máxima.


A Polícia Federal pediu autorização para transferir o doleiro Alberto Youssef (foto) para a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. Primeira prisão federal de segurança máxima, Catanduvas é destinada exclusivamente a presos de “alta periculosidade”. Youssef foi capturado no dia 17 de março pela Operação Lava Jato, investigação sobre lavagem de pelo menos R$10 bilhões. Ligado ao deputado André Vargas (PT-PR), Youssef é apontado como o cabeça do esquema. A Lava Jato apreendeu “documentos explosivos” com o doleiro, informam investigadores do caso.

Esses documentos podem indicar outras ligações de Youssef, inclusive com outros parlamentares. A investigação revela que o doleiro usou empresas de fachada para se infiltrar em órgãos públicos federais. Ele seria o verdadeiro dono da Indústria Labogen, que tentou contrato no Ministério da Saúde.

Youssef também é ligado ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, a quem presenteou com uma Range Rover Evoque, de R$ 250 mil. A PF pediu também a transferência de outro doleiro, Carlos Habib Chater. No pedido de remoção de Youssef e de Chater para Catanduvas, a PF argumenta que a carceragem da superintendência regional no Paraná é reservada para presos provisórios.

A PF considera recomendável o deslocamento de Youssef por causa da extensão da Lava Jato e suas implicações. Para os investigadores, a medida garantirá a integridade do doleiro e até de outras pessoas que se sentem ameaçadas com sua presença na custódia da corporação, em Curitiba. (Estadão)

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