Por CoroneLeaks (Coturno Noturno)
O post de Reinaldo Azevedo, de 11 de abril de 2013, começa
assim: Victor Hugo Deppman tinha 19 anos. Cursava Rádio e TV na Faculdade
Cásper Líbero e fazia estágio da Rede TV. Na terça-feira à noite, foi assaltado
na porta do seu prédio, no bairro de Belém, Zona Leste de São Paulo. Um dos
bandidos lhe tomou o celular. Victor, com as mãos para o alto, não esboçou
nenhuma reação. Mesmo assim, o covarde disparou um tiro contra a sua cabeça.
Victor está morto.
O assassino tinha 17 anos. Foi preso e enviado para uma
instituição para menores. Pelo Estatuto da Criança e do Adolescente estará de
volta às ruas, em três anos. Certamente, matando de novo. Os países menos
violentos do mundo, como Austrália, consideram que criminosos já podem ser
punidos com prisão a partir de 7 anos de idade. Inglaterra a partir de 10 anos.
Canadá e Holanda desde os 12 anos. Alemanha com 14 anos. Bélgica, Chile e
Portugal aos 16 anos. No Brasil, nem mesmo o nome do assassino de Victor temos
o direito de saber.
Hoje Eduardo Campos, candidato a presidente pelo PSB,
manifestou-se contra a redução da maioridade penal. Disse à Rádio Jornal, de
Recife (PE): "As pessoas imaginam que se diminuir a idade penal vai
resolver o problema da criminalidade e não vai. Isso na verdade é um
mito". Ele argumentou ainda que para combater a criminalidade precisa-se
investir em políticas públicas. "Se você não cuidar de gerar trabalho,
renda, educação de qualidade, você vai reduzir (a maioridade penal) pra 16,
depois pra 14, depois pra 12 e não vai resolver o problema." O menor
assassino de Victor baterá palmas para Campos, lá na Fundação Casa.
Aécio Neves pensa diferente. Ainda bem."Eu defendo a
proposta do senador Aloysio (Nunes Ferreira, do PSDB paulista), inspirada na
proposta do governador Geraldo Alckmin", declarou recentemente o candidato
tucano. Pelo projeto, jovens de 16 a 18 anos envolvidos em crimes violentos ou
reincidentes seriam avaliados pelo Judiciário e poderiam ser condenados a mais
de 3 anos de reclusão, atual limite das penas socioeducativas estabelecido pelo
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). "É uma discussão que
precisamos enfrentar. Essa proposta que permite em determinados casos, em razão
da gravidade e da reincidência, e há a relação dos casos em que seria possível,
é uma proposta que eu defenderei na campanha", afirmou. Surge aí uma
diferença inconciliável entre dois candidatos, um deles que se diz de oposição,
mas não é. Campos é mais do mesmo. Até mesmo dos assassinatos hediondos
cometidos por bandidos que podem seguir matando, graças a governantes como ele,
que preferem flertar com os ditos movimentos sociais, que representam uma
minoria barulhenta e não a vontade da maioria dos brasileiros.
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