Por FCS Brasil
Você confia nas urnas eletrônicas?
As últimas informações dão conta que o Hacker que demonstrou
as falhas das urnas no RJ está sob proteção policial. A identidade do mesmo não
é revelada pelas forças policiais qu acompanham o caso, em face do risco à vida
do jovem.
VEJA MAIS: Juiz eleitoral diz que fraudar urna eletrônica é mais fácil que infectar computador com vírus
Reveja no site: Centenas de suspeitas de fraudes em urnas eletrônicas usadas no Brasil põe em dúvida a legitimidade das eleições.
Acesse o site: www.fraudeurnaseletronicas.com.br
O registro do caso é oficial e ocorreu durante as eleições
Municipais em 2012, no Rio de Janeiro.
Acompanhado por um especialista em transmissão de dados,
Reinaldo Mendonça, e de um delegado de polícia, Alexandre Neto, um jovem hacker
de 19 anos, identificado apenas como Rangel por questões de segurança, mostrou
como — através de acesso ilegal e privilegiado à intranet da Justiça Eleitoral
no Rio de Janeiro, sob a responsabilidade técnica da empresa Oi – interceptou
os dados alimentadores do sistema de totalização e, após o retardo do envio
desses dados aos computadores da Justiça Eleitoral, modificou resultados
beneficiando candidatos em detrimento de outros – sem nada ser oficialmente
detectado.
Fácil, fácil, diz o Hacker
“A gente entra na rede da Justiça Eleitoral quando os
resultados estão sendo transmitidos para a totalização e depois que 50% dos
dados já foram transmitidos, atuamos. Modificamos resultados mesmo quando a totalização está prestes a ser
fechada”, explicou Rangel, ao detalhar em linhas gerais como atuava para
fraudar resultados.
Especialistas ficaram de boca aberta após demonstração
O depoimento do hacker – disposto a colaborar com as
autoridades – foi chocante até para os
palestrantes convidados para o seminário, como a Dra. Maria Aparecida Cortiz,
advogada que há dez anos representa o PDT no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
para assuntos relacionados à urna eletrônica; o professor da Ciência da
Computação da Universidade de Brasília, Pedro Antônio Dourado de Rezende, que
estuda as fragilidades do voto eletrônico no Brasil, também há mais de dez
anos; e o jornalista Osvaldo Maneschy, coordenador e organizador do livro Burla
Eletrônica, escrito em 2002 ao término do primeiro seminário independente sobre
o sistema eletrônico de votação em uso no país desde 1996.
Sob proteção policial 24 horas por dia...
Rangel, que está vivendo sob proteção policial e já prestou
depoimento na Polícia Federal, declarou aos presentes que não atuava sozinho:
fazia parte de pequeno grupo que – através de acessos privilegiados à rede de
dados da Oi – alterava votações antes que elas fossem oficialmente computadas
pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Fraude em benefícios de políticos locais...
A fraude, acrescentou, era feita em benefício de políticos
com base eleitoral na Região dos Lagos – sendo um dos beneficiários diretos
dela, ele o citou explicitamente, o atual presidente da Assembléia Legislativa
do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado Paulo Melo (PMDB). A deputada
Clarissa Garotinho, que também fazia
parte da mesa, depois de dirigir algumas perguntas a Rangel - afirmou que se informará mais sobre o
assunto e não pretende deixar a denúncia de Rangel cair no vazio.
Fernando Peregrino, coordenador do seminário onde foi apresentado
como foi burlada a eleição, por sua vez, cobrou providências:
“Um crime grave foi cometido nas eleições municipais deste
ano, Rangel o está denunciando com todas as letras – mas infelizmente até agora a Polícia Federal
não tem dado a este caso a importância que ele merece porque ele atinge a essência da própria democracia
no Brasil, o voto dos brasileiros” – argumentou Peregrino.
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