Por Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira
Todos conhecem a estória da Branca de Neve.
Nos tempos do onça, uma meiga princesinha, cheia de candura,
por sua estupenda beleza caiu na canhota da sua madrasta e rainha.
Por inveja da megera, a desventurada jovem fugiu e padeceu,
até encontrar os seus queridos anõezinhos e viver alegre e faceira.
Tempos depois, a bruxa descobriu e com uma maçã envenenada
enrolou a charmosa, que com a infeliz dentada na fruta, mergulhou num sono
profundo. Mas, como no final o bem se dá bem, veio o beijo do príncipe
encantado, ela despertou, e a perversa estrumbicou - se.
A Branca casou com o príncipe e viveram felizes para sempre.
Mas a nossa estória é o inverso.
Um dia, a mais bagulhosa das “guerrilheiras”, uma feiosa e
mortiça figura, caiu nas boas graças do fagueiro canastrão do gueto de Vera
Cruz, que na ausência do Dirceu, empolgadíssimo, decretou: “ela é o cara”.
Assim, ela foi, e ele quedou-se nas proximidades dando palpites.
Contudo, o ignominioso ex - rei, propositadamente, apesar de
aconselhar constantemente a curta de idéias, com segundas intenções, escamoteou
da “cara” algumas dicas fundamentais.
Apesar de aconselhar de que o importante é prometer e
empurrar com a barriga, propositadamente (?), não foi exitoso em ensiná - la a
retirar da bolsa alguns macetes, como enfiar um bonezinho de alguma entidade
pró qualquer besteira na cabeça, mudar de opinião sempre que feder o
perguntório, de criar coisas
inimagináveis e inexequíveis, como o PAC 3, o PAC 4 ...
Viajar amiúde para o estrangeiro, e se hospedar
luxuosamente, que é uma demonstração de que o País está com a bola toda.
Investir na propaganda que é a alma do negócio. E dar bolsas
mesmo que o reino afunde. Com convicção fazer discursos sem nexo e manter o
olhar rútilo e fixo no horizonte, pois os votantes não entendem bulhufas.
Tentou ensinar que o básico é o deboche, e o de avacalhar os
adversários, mas a sem neurônios, apesar de horas treinando na frente do
espelho mágico, nunca conseguiu esboçar nem um arremedo de sorriso sarcástico
em relação aos desafetos.
“Defenda - se com veemência, afirme que não sabe de nada,
que não ouviu, nem viu nada, como fiz com o PNDH 3 e com o mensalão, e jure que
o imbróglio de Pasadena foi engendrado, enquanto você estava absorvida com os
problemas nacionais”.
Contudo, no frigir dos ovos, a anta cercada por seus trinta
e nove anõezinhos esfolou - se (há controvérsias).
Hoje, o reino está em polvorosa, pois a ungida é tão fraca e
destrambelhada que até uma oposição apareceu, sinal de que o futuro da esfinge
é periclitante.
Ultimamente, invocaram o Merlim, na esperança de que o mago
possa reverter a fatídica hipótese de que a infausta dama seja escorraçada do
reino com o seu séquito de magarefes.
Oxalá, a verborrágica simpatia, com o rabo entre as pernas
vá ocupar o seu lugar no quinto dos infernos para acompanhar no ostracismo, o
seu melífluo guru.
Seus inimigos, hoje, às gargalhadas afirmam, “a cara não
serve nem para administrar uma lojinha de R $ 1,99”.
Acredite quem quiser!
Brasília, DF, 22 de abril de 2014.
Fonte: A Verdade Sufocada
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