O Brasil, nesta quinta-feira, retirou seu embaixador em
Israel para consultas em protesto contra a operação da IDF na Faixa de Gaza.
Uma declaração emitida em nota pelo Ministério das Relações Exteriores
brasileiro disse que o Brasil considera a “escalada de violência entre Israel e
Palestina” como inaceitável. “Nós condenamos fortemente o uso desproporcionado
da força por parte de Israel na Faixa de Gaza.”
O Ministério das Relações Exteriores de Israel imediatamente
reagiu ao ato brasileiro. “Esta é uma demonstração lamentável porque o Brasil,
um gigante econômico e cultural, continua a ser um “anão diplomático”, disse o
porta-voz do Ministério do Exterior, Yigal Palmor.
Palmor acrescentou: “O relativismo moral por trás deste
movimento faz do Brasil um parceiro diplomático irrelevante, aquele que cria
problemas em vez de contribuir para soluções.”
O ministério israelense está certo! O Brasil, sob o comando
do PT, virou mesmo um “anão diplomático”. O Itamaraty virou um braço ideológico
do partido, sempre do lado errado nas disputas internacionais. Os exemplos são
infindáveis e preencheriam um livro todo (que, aliás, deveria ser escrito por
algum diplomata corajoso).
Quando o avião comercial da Malásia caiu com quase 300
pessoas na fronteira da Ucrânia, a presidente Dilma logo repetiu a tese
esdrúxula de que o alvo poderia ser o próprio Putin, sendo que a comunidade
internacional levantava sérias suspeitas de que o líder russo era justamente
quem estava por trás do ataque, treinando e armando os separatistas ucranianos
na região. Essa foi apenas a bola fora mais recente. A lista é longa.
O governo brasileiro se aproximou nos últimos anos do que há
de pior na geopolítica mundial. Virou aliado de ditadores africanos, de líderes
islâmicos extremistas, ofereceu apoio incondicional ao regime cubano assassino,
tomou o partido de Chávez e depois Maduro na Venezuela, apoiou e abrigou em
nossa embaixada Manuel Zelaya em Honduras, deposto constitucionalmente em seu
país, intrometeu-se em questões internas do Paraguai, agindo contra o Congresso
do país, protagonizou o vergonhoso episódio com Roger Molina, que foi mantido
prisioneiro em nossa embaixada boliviana por mais de um ano, etc.
Como eu disse, a lista não teria fim, mas o leitor já
entendeu o ponto. O nosso governo, quando se trata de política externa, é tão
incompetente e ideológico como nas questões internas. O estrago tem sido
enorme. Ninguém sério nos leva mais a sério. O Brasil virou piada de salão, um
país que emite opinião apenas para defender a escória internacional.
A última nota emitida sobre o conflito em Gaza não menciona
uma única vez os mísseis lançados pelos terroristas do Hamas. O tom é
totalmente contra Israel, como se fosse um país invasor e colonizador, sem
motivo algum para entrar em Gaza e perseguir os membros do Hamas.
O nosso governo condena o “uso de força desproporcional”,
mas não tem opinião sobre a “moral desproporcional” entre um governo que tenta
defender o próprio povo e um grupo terrorista que usa o seu, incluindo
crianças, como escudo humano.
Ironicamente, a nota contra Israel vem em um momento em que
os próprios países árabes da região, especialmente o governo do Egito, estão
mais silenciosos e tolerantes com os avanços israelenses, pois repudiam as
práticas do Hamas e sua aliança com a Irmandade Muçulmana.
Ninguém pode ficar feliz com a tragédia humanitária dos
palestinos. Mas somente alguém muito parcial apontaria o dedo apenas para
Israel, sem levar em conta o que faz o Hamas. Essa foi a postura de nosso
governo. Um “anão diplomático”.
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