Por ucho.info
Fim do caminho – A diplomacia brasileira, assim como os
ocupantes do Palácio do Planalto, está eufórica por causa do telefonema dado
pelo novo presidente de Israel, Reuven Rivlin, telefonou para Dilma Rousseff e
desculpou-se pelas recentes declarações de do porta-voz do Ministério de
Relações Exteriores israelense, Yigal Palmor, que acusou o Brasil de ser um
“anão diplomático”. De acordo com nota divulgada pelo Palácio do Planalto,
Rivlin teria dito que as expressões utilizadas pelo porta-voz “não correspondem
aos sentimentos da população de seu país em relação ao Brasil”.
É fato que todo chefe de Estado deve manter boas relações
com outros mandatários, mas Reuven Rivlin perdeu a chance de não se manifestar
em seara tão polêmica e perigosa, pois ainda não conhece a peçonha esquerdista
que campeia no Palácio do Planalto. Fora isso, sobra na sede do governo
brasileiro a obsessão por qualquer oportunidade de estocar a Casa Branca. E
atacar, mesmo que verbalmente, o Estado de Israel é uma forma de alcançar os
Estados Unidos, inimigo ideológico número um da esquerda global.
Não há como questionar o excesso de violência na incursão
israelense na Faixa de Gaza, como forma de conter as ações do grupo terrorista
Hamas, mas o governo de Israel tem por obrigação defender todos os cidadãos que
estão em seu território. A questão no Oriente Médio transcende o raso
conhecimento da opinião pública em geral, pois além da histórica queda de braço
o conflito interessava politicamente para ambos os lados. O erro injustificável
foi a perda de vidas humanas na esteira da intransigência bilateral.
Em vez de criticar a ação israelense, a diplomacia
brasileira, sempre genuflexa a um governo que pauta as relações internacionais
pela ideologia política, deveria ter se oferecido para negociar um cessar fogo,
até porque civis não podem pagar a conta decorrente da intransigência de
políticos e terroristas.
Ora, se o desgoverno de Dilma Rousseff se sensibilizou com a
tragédia ocorrida na Faixa de Gaza, onde milhares de civis foram mortos no
vácuo de uma disputa insana, o planalto deveria ter adotado postura idêntica em
relação aos cristãos iraquianos que há semanas enfrentam os criminosos que
integram o “Estado Islâmico do Iraque e do Levante” (em inglês, Islamic State
in Iraq and Syria – ISIS), que têm avançado no norte do Iraque e obrigado a
população local a se refugiar em países vizinhos. Os membros do ISIS agem com
truculência e crueldade, ao ponto de decapitar aqueles que se recusam a aderir
ao islamismo, exibindo suas cabeças em praça pública. Apesar de toda essa
violência desmedida por parte do ISIS, o governo brasileiro não emitiu nota de
repúdio à ação.
Na opinião do ucho.info, o porta-voz da diplomacia
israelense foi educado e econômico em suas palavras ao classificar o Brasil de
“anão diplomático”. Aliás, a diplomacia brasileira não sofre apenas de nanismo,
mas de covardia e falta de humanidade e de bom senso. Em outras palavras, a
diplomacia verde-loura é imoral, quiçá seja amoral.
A questão é muito simples. O governo brasileiro adota o
discurso pífio de não interferência em questões internas de outros países, mas
isso só vale quando os interesses da esquerda global não estão em jogo. Na
questão do então presidente do Paraguai, Fernando Lugo, deposto pelo Congresso
do país sul-americano após processo de impeachment, a petista Dilma Rousseff
ensaiou uma reação para garantir a volta do “companheiro” de esquerda ao poder.
Isso é ingerir em assuntos internos de outro país, o que contraria o discurso
palaciano.
Situação idêntica ocorreu no caso do bandoleiro Manoel
Zelaya, o “chapeludo” golpista, que tentou voltar ao poder da Nicarágua após
ser expulso do país da América Central por decisão do parlamento local, que não
acatou as suas manobras para eventual perpetuação no poder. Zelaya retornou
ilegalmente a Honduras, escondido no porta-malas de um carro, e instalou-se na
embaixada brasileira em Tegucigalpa, transformada em um misto de reduto
revolucionário e central de um golpe fracassado. Nesse caso específico, o
Palácio do Planalto trabalhou intensamente para o retorno de Zelaya ao poder e
a realização de novas eleições. Isso também é ingerência em assuntos internos
de outro país.
O viés imoral da diplomacia brasileira, que envergonha a
população do País, está no fato de agir de acordo com os interesses, sejam
ideológicos ou comerciais. No caso da Rússia, que vem promovendo uma verdadeira
carnificina no leste da Ucrânia, apenas porque o brucutu Vladimir Putin quer
ressuscitar o orgulho soviético no rastro de invasões a países vizinhos, o
governo da camarada Dilma Rousseff não emitiu qualquer comentário.
O Kremlin armou os separatistas pró-Rússia de tal forma, que
esses criminosos derrubaram um Boeing da Malaysia Airlines, matando as quase
trezentas pessoas que estavam a bordo da aeronave. E o Palácio do Planalto não
emitiu nenhum comunicado condenando a ação de Putin.
Essa postura pequena e criminosa da diplomacia brasileira se
deve às ordens da própria Dilma Rousseff, a guerrilheira Vanda, que por conta
da desastrada política econômica do seu governo quer manter boas relações com
Vladimir Putin, principalmente depois que o colega russo suspendeu a importação
de alimentos da Europa e dos Estados Unidos, como forma de contrapor as
retaliações do Ocidente, e substituiu por produtos brasileiros.
Em suma, ao Palácio do Planalto pouco importa quantos
ucranianos estão morrendo no confronto patrocinado por Vladimir Putin, desde
que Moscou compre cada vez mais produtos brasileiros.
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