Por Gen Bda Paulo Chagas
Caros amigos
É realmente muito triste assistir impotente à massificação
da mentira a respeito de 31 de Março e do Regime Militar.
Hoje, pouco mais de 10% dos brasileiros podem testemunhar o
que de fato ocorreu no Brasil nos 21 anos do Regime Militar, o que assegura
sucesso ao investimento do governo para demonizar este tempo da história e, por
via de consequência, no mesmo movimento, atingir a imagem e a confiança da população
nas Forças Armadas, imaginando assim poder reduzir a possibilidade de tê-las
pela frente, em caso de ruptura da normalidade institucional.
Usando os números oficiais, inflacionados pela possibilidade
de receber algum dinheiro público em indenizações da Comissão da Anistia, que,
por sinal, até hoje já distribuiu 3,4 bilhões de Reais, podemos concluir que
0,04% da população brasileira, naquele período, diz que foi atingida, de alguma
forma, direta ou indiretamente, pela ação repressiva do Estado na guerra contra
o terrorismo. Isto se considerarmos que todos os caçadores de indenizações
foram honestos em suas narrativas, o que é raro no Brasil da era pós-moral!
Do total da população brasileira à época, 0,0000055% morreu
na luta armada, de ambos os lados da contenda.
A insignificância destes números, diante dos 50 mil
assassinatos registrados por ano no Brasil de hoje, o que representa 30% de
todos os homicídios da América Latina e do Caribe, somada à comprovada
evidência de que a população nunca apoiou ou simpatizou com a ação subversiva,
nos autoriza a dizer com convicção que, malgrado os naturais equívocos internos
e as crises internacionais, os brasileiros, em sua quase totalidade, viveram
felizes, satisfeitos e seguros durante o Regime Militar.
As palavras do grande líder e mentor daqueles que, nos
últimos dias, jogaram no evento histórico e no período sob o mando de
militares, todas as pedras que encontraram ou fabricaram, o Sr Lula da Silva,
atestam o que afirmamos: “Do ponto de vista da classe trabalhadora o regime
militar impulsionou a economia do Brasil de forma extraordinária. (...) o dado
concreto é que, naquela época, se tivesse eleições diretas, o Médici ganhava. E
foi no auge da repressão política mesmo, o que a gente chama de período mais
duro do regime militar. A popularidade do Médici no meio da classe trabalhadora
era muito grande. Ora, por quê? Porque era uma época de pleno emprego. (...) os
exilados, quando voltaram tiveram um choque com o Brasil. Porque o Brasil,
nesse período, saiu de um estado semi-industrial pra um estado industrial...”
Destes números e desta declaração conclui-se, sem medo de
errar, que uma simples pesquisa nos jornais, nos arquivos televisivos, na
produção artística e em quaisquer outras fontes e referências da época, nos
provará a mentira que está sendo descaradamente contada.
Infelizmente, trata-se de uma luta injusta, desleal e
desigual, de gigantes prevalecidos e arrogantes, acobertados pela omissão ou
pela compra do silêncio ou do apoio de parte da mídia, contra pigmeus,
operadores das redes sociais, elas também impregnadas pela circulação de
mentiras e pela ação viral de hackers contratados para amordaçá-los!
Tudo de terrível que eles contam e relatam é até possível
que tenha ocorrido, descontando-se a “Recomendação Mário Lago”(*), é lógico.
Afinal, como muito bem diz o Gen Leônidas Pires Gonsalves, da guerra, só é
bonita a vitória, o resto é feio e, quem se mete nela tem que saber disso e
aguentar o tranco. Todavia, afirmar que as agruras passadas por quem não soube
avaliar o poder e a determinação do adversário estenderam-se para toda a
população é uma mentira tão deslavada que nem o maior de todos os mentirosos foi
capaz de sustentar.
A nação brasileira está no rumo errado, sendo conduzida por
mãos erradas e mal intencionadas. As eleições de outubro podem quebrar a
inércia do movimento, mas não a ambição nem a determinação daqueles que têm
Cuba como ideal, os irmãos Castro como modelo e o bolivarianismo como meta.
A precisão e a intensidade dos fogos que se têm concentrado
sobre as Forças Armadas demonstram muito bem a estratégia e o receio do
inimigo. É bom saber disso ...
Fonte: A Verdade Sufocada
_____________
(*) "Mário Lago, comunista até a morte, ensinava:
'quando sair da cadeia, diga que foi torturado. Sempre'. A pior coisa que podia
nos acontecer naqueles 'anos de chumbo' era não ser preso. Como assim, todo
mundo ia preso e nós não? Ser preso dava currículo, demonstrava que éramos da
pesada, revolucionários perigosos, ameaça ao regime, comunistas de verdade!
Sair dizendo que tínhamos apanhado, então! Mártires, heróis, cabras bons."
(Mírian Macedo)
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