sexta-feira, 28 de março de 2014

Gleisi Hoffmann é alertada para interromper negociação de “compra” de partido no Paraná

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Quem avisa… – Muitos dos que acompanham o desenrolar do escândalo da compra da refinaria texana de Pasadena pela Petrobras podem até ter acreditado nas falsas lições de moral que a senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, vem destilando no plenário do Senado Federal. Como já noticiou o ucho.info, Gleisi, após deixar a Casa Civil, foi guindada à condição de “buldogue” palaciano e tem cumprido as ordens presidenciais à risca. Acontece que ao mostrar os dentes a petista não tem amedrontado os adversários.

Enquanto cumpre o mandato de senadora, Gleisi está em franca campanha, pois é candidata do Partido dos Trabalhadores ao governo do Paraná. O projeto da petista é destronar o governador Beto Richa (PSDB), o que explica seus constantes embates com tucanos no plenário do Senado. Até porque, Gleisi precisa mostrar serviço aos paranaenses, pelo menos nos próximos seis meses.

No afã de conquistar o Palácio Iguaçu, sede do governo do Paraná, Gleisi tem feito alianças políticas com vistas à eleição de outubro próximo. Algumas dessas negociações não têm seguido a cartilha do ortodoxismo político. É o caso da aproximação com o Partido Ecológico Nacional (PEN), que a senadora pretende (ou pretendia) colocar no seu balaio de apoiadores.

A grande questão é que o atual presidente nacional do PEN, Adilson Barroso, estaria negociando a “venda” da legenda para a senadora Gleisi Hoffmann. A denúncia não é deste site, mas de João Bosco dos Santos, professor da rede pública de Sergipe e ex-presidente do PEN no estado nordestino.

Em e-mail enviado ao gabinete da senadora Gleisi Hoffmann, em Brasília, mais precisamente a Haroldo Rabelo (chefe de gabinete), Bosco alerta para o perigo de a petista avançar na negociação com o “charlatão” Adilson Barroso.

No alerta que faz à senadora, Bosco destaca que o presidente do PEN tenta repetir o que já fez anteriormente: tirar dinheiro de políticos em alguns estados da federação para custear sua campanha eleitoral. “Pois bem, pensem bem antes de dar dinheiro pro Adilson Barroso, pois ele não honra absolutamente NADA que promete ou combina”, enfatiza o denunciante.

O professor João Bosco faz parte do grupo denominado “Presidentes Estaduais Golpeados pelo Adilson Barroso”, que congrega ex-dirigentes do partido nos estados de Sergipe, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Alagoas e Pará. O grupo já denunciou Barroso à Polícia Federal, ao Conselho Nacional de Justiça, ao Supremo Tribunal Federal, ao Ministério Público Federal e ao Tribunal Superior Eleitoral. Em todas as denúncias o grupo pediu a punição do presidente do PEN. No “comunicado” enviado a Gleisi, o professor sugere à senadora que interrompa a negociação.

Em conversa com o editor do ucho.info, João Bosco afirmou que Adilson Barroso estaria cobrando R$ 2 milhões da senadora para que o partido não lançasse candidato ao governo do Paranaense e embarcasse na campanha da petista. Informações enviadas ao site dão conta que o pagamento seria em parcelas e que a primeira delas, no valor de R$ 150 mil, estava programada para a próxima semana.

João Bosco disse a este site que recebeu a confirmação de que o “comunicado” enviado a Gleisi Hoffmann foi lido pelo chefe de gabinete da senadora, mas até agora não obteve qualquer resposta. Questionado sobre a eventual interrupção da escusa negociação, Bosco disse que fez a sua parte e pretende “deixar Gleisi Hoffmann à vontade” para decidir.

Diante de denúncia tão grave, já de conhecimento das autoridades e das partes envolvidas, nenhum político responsável bancaria uma negociação nada republicana. Ademais, não será dessa forma que Gleisi conquistará a simpatia do eleitorado de um dos mais importantes estados da federação. A grande e incômoda pedra no caminho de Gleisi Hoffmann é a defesa ferrenha e quase insana que faz do desgoverno da companheira Dilma Rousseff, que começa a cair em desgraça junto às camadas mais desavisadas da população.

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