Por Milton Pires
Existe, segundo um amigo meu, em psiquiatria e psicanálise
um conceito chamado “a experiência da vergonha do outro”, algo poderoso e
inexplicável que nos faz sentir – através de uma empatia que não deixa de ser a
masoquista – a vergonha que outra pessoa (que não nós mesmos) deveria sentir.
Recebi há dois ou três dias inúmeras manifestações por
e-mail disso que no Brasil Petista nos acostumamos a chamar de “entidades
médicas”. Todas elas discorriam sobre o “grande perigo” o enorme “risco” que
corremos todos nós, médicos, de termos nosso diploma alterado naquilo que
define nosso grau. Não seremos mais médicos: seremos “bacharéis em Medicina”.
Quando abri essa correspondência eletrônica, de imediato a minha experiência
foi a da “vergonha do outro”... do “ridículo que deveria ser experimentado” por
aquele ou aqueles que o dinheiro captado dos médicos utilizam para, num momento
como esse, enviar tal tipo de comunicação.
Meus amigos, a Medicina Brasileira morreu. Ponto. Simples
assim? Sim...simples assim. Há mais de um ano, estrangeiros formados sabe-se lá
em que vem entrando no país e atendendo pacientes do SUS. Recentemente, a mesma
presidente que DECRETOU o Programa Mais Médicos disse, abertamente, que vem aí
o “Mais Especialistas” e, pergunto eu, é justo que essas “coisas” chamadas
“entidades médicas” que dignidade nenhuma mostraram (porque não a tem) venham
agora fingir protesto por causa do que há de ser escrito no diploma dos futuros
médicos brasileiros?? Ora, pelo amor de Deus, tenham a devida vergonha na cara
e calem-se ! Não procurem aparentar hombridade, honra ou coragem aqueles que
não tem sequer capacidade de enfrentar agentes do partido disfarçadas de
enfermeiras brasileiras dentro dos hospitais.
Nada em parte alguma nem tempo algum pode ser mais nojento
do que a falsa afetação..do que a fanfarronice e as bravatas dos que vão se
calar e a tudo assistir como carneirinhos quando expostos a injustiça. A classe
médica brasileira chegou ao fundo do poço. Se o partido religião hoje quisesse,
extinguiria como uma canetada o exercício da profissão no Brasil enquanto
entidades e grupos de facebook se manifestariam em intermináveis reuniões, em
“a pedidos” nos jornais e outras palhaçadas em que a preocupação é “não perder
o foco” e não “agir com preconceitos contra partidos e opiniões diferentes”.
Calados e morrendo de medo, não temos sequer coragem de EXIGIR do Conselho
Federal que pagamos todos os anos a lista com o nome dos traidores da profissão
que servem de tutores de cubanos no Brasil !
É tão covarde a posição de cada “entidade” (CFM, Sindicatos,
AMB, FENAM) que elas não tem sequer personalidade para se apresentarem
separadas...para discordarem (se necessário) uma das outras e dizer de uma vez
por todas e para sempre que o problema fundamental..o único, definitivo e
inquestionável problema chama-se Partido dos Trabalhadores..um partido de
assassinos de prefeitos, de aliados do Foro de São Paulo, de adeptos da
liberação da maconha, da não internação dos viciados em crack..enfim..de uma verdadeira
legião de bandidos e vagabundos que odeiam e querem liquidar com os médicos.
Cada vez que assisto a uma manifestação do Conselho Federal
de Medicina não posso deixar de me recordar de um trecho de um filme chamado
“Exorcista III”... num impressionante diálogo entre um policial e um paciente
psiquiátrico que tendo incorporado um espírito demoníaco dirige-se ao
investigador e num ar de lamento sentencia:
“Os mortos deveriam permanecer calados... A menos que
tivessem alguma coisa para dizer”.
Fonte: Alerta Total
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Milton Simon Pires é Médico.
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