O crescente número de senegaleses que têm cruzado as
fronteiras do Brasil com o Peru nas últimas semanas e a preocupação com o surto
de ebola que assusta a população de países africanos e autoridades de saúde de
todo o mundo levou o governo do Acre a pedir ao governo federal um controle mais
rígido sobre o estado de saúde dos imigrantes que chegam aos postos de
fronteira acrianos.
O pedido do governo estadual para que o Ministério da Saúde
desloque especialistas para orientar o trabalho dos servidores da Polícia e da
Receita Federal que atuam nos postos de fronteira foi feito à ministra da
Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, Ideli
Salvatti, na última sexta-feira (29) – mesmo dia em que autoridades do Senegal
confirmaram o primeiro caso de um senegalês infectado pelo vírus da doença.
Trata-se de um universitário de 21 anos, que está internado em um hospital da
capital Dakar.
Segundo a assessoria da Secretaria de Direitos Humanos, os
ministérios da Saúde e da Justiça já foram informados sobre as demandas das
autoridades acrianas. Representantes do governo federal devem se reunir esta
semana para analisar a necessidade de providências para garantir a segurança da
população e dos profissionais que trabalham na fronteira.
Na sexta, ao viajar para Rio Branco, a ministra visitou um
abrigo onde mais de 100 imigrantes, a maioria vinda do Haiti e de países
africanos, aguardavam para regulamentar sua situação e, assim, poder trabalhar.
Ao menos 20 senegaleses faziam parte do grupo.
No início do mês, a Secretaria de Assistência Social
minimizou as chances de alguém infectado pelo vírus ebola chegar ao Brasil nas
condições a que estão sujeitos os imigrantes que cruzam a fronteira terrestre
com os países vizinhos, em busca de trabalho.
Também na sexta-feira, o Ministério da Saúde fez uma
simulação de resposta a um eventual caso de ebola em um turista estrangeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário