Por Paulo Roberto Gotaç
Versão pesada que circula pela internet com o
canhão
metaforicamente apontado
para aquela outra arma letal para o Brasil
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A Presidente Dilma, em recente entrevista a jornalistas
estrangeiros, criou entre eles e muito
mais entre toda a sociedade brasileira, uma sensação de perplexidade quando, ao
ser indagada a respeito da razão pela qual, afinal, o país está a apresentar
índices lamentáveis de crescimento, respondeu com um sonoro e metálico
"não sei".
Ao tentar interpretar essa estonteante resposta, o que vem à
cabeça do cidadão por ela governado?
Ele há de se perguntar primeiramente se Sua Excelência
realmente não tem conhecimento dos motivos, fato inquietador, partindo a
negativa de quem partiu.
Poderá também ele, o cidadão, divagar a respeito da
hipótese, segundo a qual a Presidente está perfeitamente ciente das causas do
baixo crescimento mas teme divulgá-las explicitamente, para não prejudicar o
andamento da campanha eleitoral, já em curso, e baseada em atos demagógicos e
inaugurações fantasmas.
Existe também, prosseguirá ainda o nosso cidadão, a
possibilidade de que ela, a Presidente, sabendo dos argumentos bizarros
frequentemente emitidos pelo seu Ministro da Fazenda, Sr. Guido Mantega, um dos
39, para justificar a inflação persistente e o depauperado crescimento do PIB,
considere que qualquer exposição de ponto de vista no sentido de avaliar o
atual momento econômico só fará aumentar a insegurança e incerteza geral.
Uma outra linha de raciocínio que poderá ser lembrada também
pelo mesmo cidadão consistirá em imaginar um agudo grau de alienação
arquitetado pelos seus escudeiros mais próximos, ao blindá-la dos fatos
desagradáveis protagonizados por grandes parcelas da população ao longo de inúmeras
demonstrações de protesto e greves perturbadoras que ela, com tranquilidade
postiça, acha natural no regime democrático, ora ameaçado por decreto suspeito
emanado dos subterrâneos do Planalto.
Qualquer que seja a realidade, porém, o fato indiscutível é
que o "não sei" traduz o descalabro que está caracterizando este
governo, tutelado por um partido desesperado cujas hostes não medem esforços no
sentido de se eternizar no poder a qualquer custo, contando, para isso, com o
baixo nível do eleitorado e com a instrumentalização das instituições.
Fonte: Alerta Total
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Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guera, reformado.
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